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Relatos, Relatos Saulo Calderon Leave a Comment

Recife 25 de maio de 2009

Fui deitar com muito sono. Mas ainda consegui fazer  alguma prática energética.

Perdi a consciência e despertei num local com um espírito ao meu lado falando: – Saulo, Saulo, acorda!Temos que ir lá buscá-lo, ele está preso.

Entendi o que era para fazer, captando os pensamentos do rapaz que ali estava.
Ele não era um mentor, era algum espírito que queria ajudar um amigo, mas sabia que não estava sozinho.

Percebi o ambiente que estava. Eram corredores de casas bem simples, parecia algum tipo de favela.  Tivemos o seguinte diálogo:

– Chame os seres de luz, não vá entrar lá sozinho, tem gente ruim lá. Falou ele.

– Tudo bem, não estamos sós!

– Mas cadê eles então? Só vejo você!

– Calma, estão aqui, mas é que eles ficam invisíveis… Ah, vamos lá ver então esse “povo ruim”, a gente não tem que ir buscar seu amigo? Se vamos, mesmo com medo, vamos com bom humor e sorrindo (eu sentia o ambiente pesado, também estava com medo, mas procurei disfarçar isso).

Eu vi um portão pequeno. Era um muro alto com um portão de madeira onde tive que me encurvar para passar. Ao passar ali o ambiente ficou mais escuro e as vibrações ficaram densas.  Fui à frente e o rapaz logo atrás. Andando rápido, eu sabia onde tinha que ir, como eu sabia, eu não sei agora, mas eu sabia o caminho naquele momento. Até que vi outra porta e abri. Lá tinha um cachorro nervoso, olhei para ele levantei as mãos e falei: – venho em paz! O animal continuava rosnando, ameaçou pular em nossa direção, mas ficou travado no canto, parecia que uma corrente o prendia pelo pescoço, certamente preso pelos mentores.

Adentramos e num quarto estava o amigo dele, que não conseguia fugir por causa daquele animal. Chamei-o e falei: – vamos, amigo. Vem conosco, está livre. E ele falou: – estou com fome, estou com fome, tem algo aí? E comentei brincando: – calma, vamos passar no MAC Donald´s e comprar um MAC lanche feliz para você. Os dois deram uma gargalhada.
Saímos dali e falei: – bem, ele não está mais preso, amigo. Mas não é aconselhável ficarem aqui, por que não aproveitam a oportunidade para sair dessa freqüência? Os amigos espirituais aqui podem levar vocês para um lugar melhor, sem essa perseguição! Um olhou para o outro e falou: – Mas, a gente gosta de futebol, lá tem isso? Não vamos poder mais ir para os jogos!  – Para estádio não, mas tem uma TV instalada lá que passam TODOS os jogos! Falei para eles. (Que mentira a minha, espero que tenha mesmo, pois usei de psicologia barata). E um olhou para o outro novamente e falou: – Vamos então, Bé?(apelido que ele chamou). E assim, percebi os dois sumirem na minha frente, e segundos depois eu também voltei ao corpo.

Levantei de madrugada com um sono terrível e não tive coragem de levantar para relatar. Mas escrevo agora. Não sei se lembro de tudo, mas foi uma experiência simples, porém curiosa.  Quer dizer que esses dois queriam ficar no umbral só para assistirem jogos de futebol nos estádios? Isso que é amor! Devem ser corinthianos! Rsrs. (Brincadeira!)

Muita paz, amigos, e “bons jogos”!

Saulo Calderon

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