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há muito tempo atrás eu iniciei umas visitas em centro espírita mas não fui muito a diante mas cheguei a estudar e ler alguns títulos de Allan Kardec, e depois de muito tempo comecei a ter uns "sonhos" muito reais e eu nunca tinha pesquisado sobre viagem astral e nem sabia oque era então comecei a sonhar e sem querer controlar as coisas no sonho e a me controlar e eu lembro de muita coisa, mas uma experiência que eu tive mais recente que eu acho que pode ser viagem astral pois teve uma época que eu descobri oque era a viagem astral comecei a pesquisar e tentar fazer umas induções e uma noite dormi normalmente sem nem quer pensar em viajar aconteceu o seguinte. Eu acordei na casa da minha avó a onde eu passei a infância, e fui pro quintal da casa e tinha uma bola muito grande que parecia ser de vidro, no meio dela era tudo oco vazio dava pra ver através dela era bem transparente, parecia uma fina camada de vidro. E quando eu cheguei perto dela abriu-se uma "porta" bem no centro e alguma coisa ou alguém me fez entrar lá dentro eu tinha a impressão de estar acompanhado mas não via ninguém então entrei logo do nada apareceu uma cadeira bem no meio da Bola da porta fechou e fiquei preso lá dentro. Aí fiquei pensando em querer sair de lá mas logo me acalmei e alguma coisa dentro de mim falou senta, então sentei na cadeira que parecia uma poltrona bem confortável, ao sentar na cadeira eu senti e vi a bola saindo do chão bem devagar aí ela foi subindo subindo e foi, e nisso comecei a ter muito medo porque achei que eu ia cair e pra mim aquilo era de vidro e ia quebrar tudo rss aí a Bola começou a ir mais rápido pra cima e tomei conta que não iria cair e passou as nuvens e o chão foi ficando muito longe daí comecei ver as estrelas e quando vi de novo eu estava fora do planeta. Tudo muito lindo inacreditável e foi se distanciando e só ia pra cima aí foi muito rápido só lembro de muitas cores que eu vi e de repente eu estava me aproximando de outro planeta parecido com o nosso visualmente mas um tanto diferente e aí a "Bola de vidro" entrou no planeta e desceu até uma plantação de trigo parecia uma fazenda. E aí algo me levou para uma cidade próxima dali um lugar perfeito parecia aquelas cidades de filme ou de videogame tudo limpo tudo branquinho ou aquele cinza clarinho ruas todas planejadas tudo arborizado perfeitamente tudo no lugar ruas grandes e largas parecidas as ruas de Brasília sabe... E muitas pessoas andando felizes sorridentes e eu senti uma alegria e uma paz de estar lá e as ruas pareciam que levavam ao centro da cidade a onde havia uma mansão parecia um palácio nada exagerado só muito grande e alguém falou pra mim assim. Nós viemos adorar o Rei e sua família, todos os dias eles aparecem na varanda e nós o louvamos, foi algo assim que me falaram. Então as pessoas saíram na varanda parecia uma sacada mas era muito alto, e eles estavam com roupas brancas brilhantes não dava pra ver quem era por causa do brilho só via a silhueta do corpo, aí toda a cidade parou para aplaudir eles e aí começaram a cantar mas eu não entendia o que eles cantaram. Eu só ouvia a melodia e ouvia as vozes em tons perfeitos. Nossa me senti muito em paz naquele lugar. Então alguns instantes depois fui levado para a Bola de vidro novamente e do mesmo jeito que eu saí do planeta fui tirado desse planeta que eu estava e fui trazido de volta só que um pouco mais rápido. Essa experiência foi tão forte que eu imediatamente acordei e comecei a chorar de soluçar choro igual de uma criança sabe... Eu nunca vou esquecer essa experiência.

Interessante reflexão. "Muitas pessoas espiritualizadas/Nova Era que preferem acreditar em reptilianos que dominam o mundo, que estamos passando por transição planetária, que Ashtar Sheram, blablablá geralmente são as que preferem orar, meditar e buscar saídas individuais do que combater o sistema capitalista. As mesmas pessoas que acham que eu vibro no ódio ou coisa assim. Meu ódio é pela injustiça. Eu não odeio as pessoas. É por amar a humanidade que temos que ser combativas e firmes. Você pode acender uma vela para seus guias espirituais pedindo proteção contra o corona vírus, mas pode, também, ser aliado na defesa do SUS. Pode meditar, mas pode também mandar mensagem para seus amigos neuroatípicos perguntando como estão, seus amigos em perrengue financeiro oferecendo ajuda, se cabe nas suas possibilidades. É muito conveniente colocar tudo na conta da espiritualidade e se recusar a meter a mão na massa em questões sociais. É muito fácil botar o valor de um salário mínimo e meio para seu curso imersivo de 3 dias e achar que quem não tem esse valor tem "crenças limitantes sobre finanças", em vez de analisar que vivemos num país extremamente racista, extremamente desigual. Muito lindo "se colocar a serviço" somente de quem tem 200, 300, 700 reais para uma sessão. Vocês querem uma Nova Era talvez mais trazida pelos ETs e por suas orações do que pelo labor real da matéria. E não estou falando de trabalho assalariado. Estou falando de ajudar o próximo. Pra mim, há muito mais divindade no MST doando toneladas de arroz orgânico do que em eventos de sagrado feminino heteronormativos, caros e que só tem brancas. Pra mim, construir um mundo melhor é trabalhar na matéria também. Hoaskeiros que pagam 150 reais numa cerimônia indígena, o que mais vocês já fizeram pela causa dos povos que CRIARAM essa medicina? Você lê autores indígenas? Você ajuda financeiramente com doações terras indígenas quando tem oportunidade? Ou ajuda de outras maneiras? Eu não sou contra meditação, oração nem ayahuasca - essas coisas são presentes na minha vida. Eu sou contra alienação, egoísmo e hipocrisia. Eu sou contra a arrogância de um ego suuuper espiritualizado que se coloca acima da matéria e apartado dos problemas sociais para justificar sua falta de mobilização. Se querem a Nova Era, vamos criá-la. Ativamente. Porque se sua Nova Era não inclui o fim do capitalismo, do patriarcado, da desigualdade, do racismo, da LGBTfobia, ela não tem nada de nova. É tão velha quanto todas essas opressões. "As mãos que ajudam são mais sagradas do que os lábios que só oram"." Texto de Giovana Lizana