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janus

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Everything posted by janus

  1. Vlw por compartilhar, Saulo. Abração
  2. Olá amigo. Boa parte desses anseios é normal pra todo mundo, faz parte. Com o tempo, boa parte das nossas amizades se afasta e só vai ficando aqueles mais especiais, que dura a vida. Antes eu ficava meio triste comigo mesmo pq eu ia perdendo contato conforme mudava de escola, e depois de cidade pra estudar na faculdade. Logo vi que outros amigos apareciam e agora, um a um, com os amigos da facul está sendo bem difícil de nos vermos, correria, cada um indo prum lado. Eu sempre me esforcei um bocado pra reunir o pessoal, ou da minha cidade de origem ou da facul, mas dificilmente encontrava eco. Tipo pregar no deserto. Logo ascendeu uma luz de que isso era uma puta oportunidade pra introspecção e paciência (não só por isso, tive uns problemas de saúde que, pelo timing exato, redondo, perfeito da coisa, só podia interpretar como o universo gritando comigo para ter paciência, mas paciência pra valer e a partir daí minha vida começou a mudar pra melhor mesmo, inclusive alguns problemas de saúde, pela graça de Deus, foram sumindo). Hj eu não ligo mais, simplesmente vivo tentando cultivar em mim o desapego, que como o Iogui bem ressaltou, não é o mesmo que descaso. E no meu coração guardo um carinho imenso por cada uma dessas pessoas. Quem sabe se nos reencontramos um dia...ou não, tanto faz, há muito o que desfrutar da vida por aí, muita para preencher. Essas coisas mais pessoais não disse pra diminuir ninguém ou me expor a toa, apenas para ilustrar pra vc, amigo, que eu também passei por algo parecido, e hj vejo que aprendi um bocado e tinha que passar por isso. Não se condene ao imobilismo e nem brigue com a vida. Há muito o que ser feito e admirado. Vai com calma. E pelo que venho observando ao meu redor, com família, irmãos e amigos, não é que eu esteja competindo com as outras pessoas ou me sinta superior, bemmmm longe disso, mas vejo que eu lido com as transições, mudanças, início e fins de ciclos pela vida com muito mais naturalidade do que a maioria das pessoas. Não significa que eu não tenha medo ou insegurança. Tenho sim, porém procuro aprender com essas situações. Cada cenário te procriará novas oportunidades, cada porta fechada é uma outra aberta, vc "só'' precisa ver com mais atenção. Boa sorte cara.
  3. Parece que descreveu a personalidade do ilustríssimo Raduan Nassar hahahahahaha
  4. Oi Mira, bem vinda. Bom, se tem dúvidas, lança aqui http://www.viagemastral.com/forum/index.php?/forum/4-dúvidas/ agora, a depender da natureza da coisa, pode também ser adequado que vc poste aqui: http://www.viagemastral.com/forum/index.php?/forum/9-vibrações-eou-mentalizações/ Boa sorte e espero que tudo melhore!
  5. Boa tarde. Pegando o bonde andando, no que tange a transfusão de sangue e órgãos, até hj eu não tenho uma posição definida, me parece um assunto bemmmmmmmm complexo. Como geralmente sou muito pragmático com as coisas, creio que se tivesse numa situação em que fosse necessário eu realizar uma transfusão, por exemplo, eu o faria sem titubear. Vou bem na linha do Iogui e outros colegas, acho que nossa função é tentar fazer o que pudermos com os instrumentos que temos e com bom senso, o carma que corra atrás, o que é diferente de confrontar o carma, no sentido de tentar escapar dele. Vou diminuir a intensidade do exemplo: imaginem o que seria do mundo hj sem a descoberta da vacina? Mas, mesmo que a medicina tenha avançado muitíssimo nesta área, há ainda muito o que ser feito e de maneira alguma os problemas das grandes epidemias globais foi resolvido, foi "apenas" drasticamente atenuado, rs. O carma se manifesta na própria lógica da natureza e da mutação gênica dos vírus e bactérias, assim novas doenças ou versões das antigas surgem de tempos em tempos, entretanto, claramente estamos num patamar de prevenção e combate a tais agentes muito superior ao que era há 200 anos atrás. Agora, por outro lado, induzir seu corpo a produzir determinados anticorpos tem uma lógica completamente diferente de transferir parte de um ser a outro (sangue ou órgãos), aí já estamos num terreno diferente e mais sensível, e as implicações espirituais não são claras. Aliás, creio que muito pouco se sabe sobre isso e quem sabe com toda a certeza pouco ou nada divulga por aí. Vou contar dois casos que se passaram com pessoas muito próximas, apenas para ilustrar as propriedades espirituais do sangue e até onde o mesmo se vincula as questões energéticas e, talvez, cármicas(?). No primeiro caso, dois amigos meus, quando eram adolescente, sendo ambos médiuns ostensivos e com um passado envolvendo magia e coisas bem pesadas, estavam na casa de um deles, sendo que esta casa tinha uma energia simplesmente horrível, e um deles (o que morava na casa), resolveu gratuitamente (pra não dizer, estupidamente) desenhar um pentagrama com a água no espelho do banheiro só pra ver o que acontecia... Os dois desceram pra tomar um café e quando voltaram se depararam com o pentagrama vermelho e com outros símbolos no entorno e mais uns escritos, os quais prefiro evitar detalhar. Não preciso nem dizer a reação de espanto que levaram ao verem essa cena. O que aconteceu? Provavelmente o espelho já era um portal para o que quer que ficava vagando naquela casa, os espelhos têm essa propriedade no astral. Você tem dois médiuns tolos que não sabem o que estão fazendo da vida: um banquete energético para entidades pesadas. E o rapaz ainda vai lá e ativa alguma chave esotérica (provavelmente foi induzido mentalmente a fazer aquele pentagrama) para que as entidades ganhassem tamanho acesso a este plano que simplesmente materializaram sangue na água. O sangue, segundo um conhecido nosso que manja muito e que inclusive o relato posterior ocorreu com ele, tem alta probabilidade de ser de galinha, pois é o que geralmente se usa em casas de trabalhos maléficos. Então as entidades pegaram aquele sangue, e não sei os nuances da coisa, e o materializaram ali para algum propósito energético qualquer. Já a história daquele conhecido nosso que é paranormal e tem total domínio da projeção astral, foi quando ele relatou uma vez que trabalhava num hospício (ele é enfermeiro) e tinha um paciente o qual, encerrados os surtos psicóticos, nos seus parcos momentos de lucidez conversava normalmente, totalmente lúcido mesmo. Durante as conversas, ele descobriu com o paciente que tudo começou depois de uma folia de reis, quando o cara, ainda na juventude, se acidentou e acabou por ferir um dos olhos.Visando que o fato não ofuscasse o divertimento da festa, esconderam o cara num chiqueiro. Enquanto ele estava agachado e o sangue escorria da ferida, um dos porcos se aproximou e bebeu o sangue do infeliz. Desde então ele começou a ver um espírito em particular que o seguia onde quer que ele fosse e vivia o atormentando. Este conhecido falou que se tratava do elemental do porco, pois o sangue tem a propriedade de estabelecer laços energéticos, e as vezes, até mesmo físicos, muito fortes. Só quero ressaltar que escrevi esses relatos não por sensacionalismo, geralmente me furto de dizer qualquer coisa do âmbito de experiências pessoais, mas apenas para exemplificar situações com maneiras diversas as quais as propriedades espirituais do sangue podem ser usadas. Para demonstrar o tamanho da encrenca que enfrentamos ao falar deste assunto, e que ,mesmo eu sendo mais pragmático, tenho lá minhas sérias dúvidas sobre o assunto. Por exemplo, nunca doei sangue justamente por conta de coisas assim, mas faria uma transfusão se alguém próximo precisasse e não houvesse alternativa ( por mais contraditório que possa ser) e acho uma atitude louvável quem o faz regularmente para ajudar nos bancos de sangue dos hospitais. Então, para concluir: há um problema ético sim que devemos enfrentar. O ideal é que como qualquer coisa neste mundo, deveríamos dar um passo de cada vez, demorasse o que fosse, mas que fosse um passo consciente e que não saíssemos por aí atropelando tudo, empregando os mais diversos métodos sem ter noção do que isso pode acarretar no futuro, a exemplo dos antibióticos e hormônios na carnes, a exposição excessiva à ondas eletromagnéticas de celulares e rádios, e por aí vai. Mas isso é o ideal, o rascunho da perfeição, não a nossa a realidade, que é difícil e muitas vezes cruel. O problema é que vivemos num inferninho de mundo, o sofrimento é inerente a esta existência, os problemas surgem e buscamos soluções com o que temos, as vezes acertamos, outras erramos, e é cientificamente impossível de prevermos todas as consequências de nossas ações. Individualmente isso já é uma tarefa e tanto, quem dirá coletivamente, hahaha. Por isso penso que também não dá pra sair por aí condenando tudo por conta dos excessos de determinados setores, grupos ou pessoas. Não devemos simplesmente ficarmos condenados ao imobilismo e a passividade frente às forças que nos cercam. Errar faz parte do aprendizado, a gente faz de tudo pra diminuir os erros, mas não há como evitá-los. Se dentro duma ética universal cosmológica é correto realizar transfusões porque, sei lá, a intenção e o fim que vc direciona são bons e isso, de alguma maneira, fica impregnado na matéria física e no laço energético que vai se constituir, ou se é errado de qualquer maneira, pois estaríamos "manipulando" as condições cármicas para fugir do débito devido; ainda é uma nuvem bem cinzenta e até aqui não obtive certeza de nada. (note que nos dois exemplos citados, foram só situações ruins, como será que são em situações boas, se é que isso é possível? Eu não sei hahaha). Abração
  6. Que relato bacana, apesar da lamentável condição do sujeito. É importante notar que boa parte das vezes em um aparo, utilizar-se de jargões simplórios como citação do Evangelho e coisas afins não surte muito efeito. É preciso bem mais tato, empatia, raciocínio lógico e rápido. Obrigado por compartilhar os ensinamentos.
  7. Puts, é bem isso. Recentemente eu tive muita lucidez numa saída rápida, certeza total que estava lúcido. Assim que acordei fui rememorando e tal. Conforme os dias foram se passando, as vezes eu ficava me questionando se aquilo não foi um sonho lúcido, mas durante a experiência e no momento logo após a volta ao corpo físico eu tinha certeza absoluta. Parece que há uma parte da nossa mente que insiste em tentar enquadrar essas experiências, ou a memória delas, em sonho, porque, no frigir dos ovos, são realidades diferentes e a mente parece não querer aceitar isso como "real", de tão identificada que está com a dimensão física. É só uma opinião mesmo hehehe
  8. "O silêncio não faz de um tolo um mestre." "Essa é uma estranha afirmação de um buda, porque o silêncio tem sido sempre muitíssimo louvado; mas Buda diz a verdade como ela é. Ele não se importa com a tradição. Na Índia, o silêncio tem sido uma das qualidades mais louvadas, durante séculos. O monje jaina é chamado de muni – muni quer dizer “o silencioso”. Todo o seu esforço é para ficar calado, cada vez mais calado. Mas Buda diz: “Mas não seja tolo, só o silêncio não vai adiantar”. Ele pode ajudá-lo a manter sua tolice para si mesmo, mas a tolice irá se acumulando e, mais cedo ou mais tarde, ela será excessiva. Ela acabará transbordando e é melhor deixá-la sair em pequenas doses todos os dias, em vez de acumulá-la e depois vê-la causar uma enchente. É isso que também tenho observado. As pessoas que ficam caladas por muito tempo tornam-se muito burras, porque seu silêncio é somente na superfície. Lá no fundo, há agitação. Lá no fundo, elas são as mesmas pessoas, com ambição, ciúme, inveja, ódio, violência – inconscientes, com todas as espécies de desejos. Talvez agora elas sejam desejosas de outro mundo, ambicionem o outro mundo, pensado mais em paraíso do que neste mundo e na terra. Mas é a mesma coisa, projetada numa tela maior, projetada na eternidade. Na verdade, a ambição cresceu milhares de vezes. Primeiramente, era por pequenas coisas: dinheiro, poder, prestígio. Agora é por Deus, pelo samadhi, pelo nirvana. Ela ficou mais condensada e mais perigosa. Então, o que é preciso fazer? Se o silêncio não pode fazer de um tolo um mestre, então o que pode fazer de uma pessoa um mestre? Consciência. E o milagre é que, se você se torna consciente, o silêncio te persegue como uma sombra. Mas, nesse caso, o silêncio não é praticado – ele vem por conta própria. E, quando o silêncio vem por conta própria, ele tem uma tremenda beleza em si. Ele é vivo, ele tem uma canção no seu âmago mais profundo. Ele é amoroso, ele é bem-aventurado. Ele não é vazio; ao contrário: é plenitude. Você fica tão cheio, que pode abençoar o mundo todo e, ainda assim, sua fontes continuam inesgotáveis; você continua dando e não será capaz de esgotar a fonte. Mas isso acontece por meio da consciência. Essa é a verdadeira contribuição de Buda – sua ênfase na consciência. O silêncio se torna secundário, o silêncio se torna uma consequência. A pessoa não faz do silêncio a meta – a meta é a consciência." Do Livro A descoberta do Buda – OSHO – pags. 94 e 95
  9. Nicolas, eu também passo por isso as vezes com os áudios do Saulo, e não sei, é alguma coisa com o saulo (brincadeira, heheheh), pq quando escuto outros tipos de áudio, assim que vai terminando a técnica eu já vou pegando no sono. Deve ter alguma relação com a estimulação energética. Faz um teste: tenta fazer a técnica passo a passo só que sem o áudio. Memoriza como ela ocorre, as etapas, mais ou menos o tempo de cada etapa e executa sozinho. O relaxamento idem. Se depois de uns três dias tentando vc ainda estiver com o mesmo problema de insônia, então deve ser algo diferente. Abração
  10. Olá amigo. Bom, posso somente falar pelas minhas experiências. Tenho dois amigos meio problemáticos em termos espirituais. Um não acredita em projeção astral e antes mesmo de saber do que se tratava alega que um dia se viu flutuando em cima da cama (sim, e mesmo assim ele não acredita, acha que foi um sonho super realista hahaha). O outro tem mediunidade extremamente aguçada (vê, escuta, interage) e total domínio de projeção astral, ele só acredita no mundo espiritual pq nasceu com essas habilidades, na real ele preferiria não vivenciar o que ele vivenciou. Digo isso para demonstrar que são duas pessoas que se quer tinham/têm interesse no assunto, têm energias bem pesadas, e conseguem se projetar com total lucidez. Além disso, uma vez que assumimos que é um fenômeno natural, o qual ocorre todos os dias com todas as pessoas, alcançar o controle disso me parece ter muito mais haver com treinamento psíquico do que possuir uma índole moral "evoluída". Decorrente desses fatos concluo, a princípio e sem ter total certeza, que a facilidade para ter lucidez numa projeção astral não está atrelada à evolução espiritual. Mas não termina aí. Eu digo isso pra "média", porque acho que depois de um determinado grau de evolução espiritual (muito avançado mesmo, nível "santo", por assim dizer) a expansão natural da própria consciência acaba por engendrar o despertar psíquico no corpo astral. Abraço.
  11. OI Lightium Eu já passei por algo parecido. Uma vez estava deitado na cama, no estado entre sono e vigília, e literalmente do nada, eu senti uma energia "férica" se aproximar e meio que "entrar", ou melhor definindo, era mais como se eu tivesse sintonizado aquela energia, não sei porquê, Eu vi um tigre encaixar em mim, patas com mãos, cabeça, tronco, etc. Foi tão intenso que eu quase rosnei hahahahaha. Eu via com o olhar dele. Tomei um susto e levantei. Outra vez tive um sonho bem lúcido, onde num determinado momento entrei em uma espécie de caverna com umas cachoeiras muito belas, era um lugar fantástico, e vi o meu já falecido avô no centro. Ele olhava pra mim e o olhar dele emanava muito energia e respeito, como se tivesse uma autoridade moral inerente e eu sentisse isso. Como se eu ficasse em um estado hipnótico ao olhar diretamente nos olhos dele, percebi que os mesmos começaram a ficar azuis brilhantes e gradualmente meu avô foi tomando a forma de um tigre branco e eu a de um tigre rajado laranja. Vai saber o significado disso. Abs
  12. Boa tarde pessoal. Sandro, eu já acho diferente. Por mais que a qualidade do texto acadêmico sério, ainda cru, seja , digamos, abaixo da excelência científica necessária para uma publicação, a qualidade do texto do Bruno não chega nem perto do que até mesmo meus colegas de faculdade escrevem, e isso porque são somente estudantes de graduação. O vocabulário dele é claramente limitado, ele não tem repertório linguístico, o que para mim é um sinal relevante de que ele não leu o tanto de livros que a família alega. Na verdade, é um absurdo alguém conseguir ler, e mais importante ainda, absorver/digerir o conteúdo de mais de 500 livros, dentre eles de filosofia hard como Kant, em um ano. Para quem realmente estuda e pratica ciência, beira ao desrespeito ao próprio autor você querer assimilar Kant, em sei lá, algumas semanas? Nem os professores e nem os alunos mais brilhantes que conheci são capazes disso. Obviamente poderia-se alegar que se trata de um super gênio, porém não é o que os escritos deste rapaz demonstram, muito pelo contrário. Está mais para uma colcha de retalhos por demais mal elaborada e extremamente rasa. Há ainda a total contradição dele alegar que fez o que fez (sumiço, aquele circo todo no quarto e publicar os livros para venda) para incentivar as pessoas a buscarem o mistério e não se importar com dinheiro, ao mesmo tempo em que 61% dos lucros da venda do livro vão pra ele. Pode ter algo de real ali? Pode. Mas o saldo geral dessa história, pra mim , não passa de um desserviço à espiritualidade e aos espiritualistas (ou usem o termo que quiserem) que trabalham e levam a coisa a sério. Por fim, gostaria de deixar um vídeo para os colegas do fórum sobre uma análise do caso, através de leitura corporal das entrevistas do Bruno e dos fatos que se sucederam. Grande abraço.
  13. Olá a todos. Eu li somente os primeiros comentários desse post e fiquei tão animado com a discussão que resolvi logo escrever sem ler tudo hahahaha. Poucas vezes me senti tão contemplado nas falas de colegas do meio espiritualista como me senti aqui (assumo como "espiritualismo" o conjunto de práticas, filosofias e credos relacionados aos planos espirituais superiores ao plano físico, então misticismo, ocultismo, espiritismo, umbanda, etc.). Fiquei contente por saber que não estou sozinho, para além de alguns poucos amigos meus. É um assunto tão complexo e, ao mesmo tempo, tão necessário de ser debatido que não sei nem por onde começar. Uma coisa que vejo muito presente nos discursos espiritualistas é essa coisa de se afastar dos embates políticos e ideológicos que ocorrem na arena pública no mundo material, de se manifestarem como isentões e que simplesmente torcem para ou confiam nas forças da luz, que “política não importa” e “sim o que há no seu coração” e que as coisas vão evoluir assim, naturalmente. Ao meu ver, esse tipo de atitude é prova do nível de inconsciência da maior parte do mundo, o que não é novidade, pq se geral aqui fosse desperto pras questões básicas, este planeta não seria um inferno em miniatura como o é hj. Confesso que por vezes sinto uma certa revolta interna ao escutar esse tipo de assertiva vinda de estudantes espiritualistas e, sempre, fico incomodado, entretanto, não condeno ninguém por isso mas sim suas atitudes. De início ninguém é “apolítico” ou não tem ideologia. Quem afirma ser "apolítico" e não ter ideologia o faz por ser ignorante ou mau caráter. A palavra “política “ vem do grego politikos, que significa "de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis, a cidade, a comunidade. Trocando em miúdos, é a arte de se relacionar com a comunidade e tratar de seus assuntos. "Ideologia" é o conjunto de ideias, de pensamentos, de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, que orientam suas ações políticas e sociais. Se alguém diz que não tem ideologia, ela está dizendo que não tem visão alguma sobre o mundo, não tem ideias, nada, o que é impossível. Se dizem “ sou apolítico”, presume-se que quem o afirma seja um ermitão vivendo numa concha e que não influência e nem é influenciado por nada do coletivo, o que para mim, é um erro de princípio, pois creio que todos estão conectados a tudo e por mais que um animalzinho como o ermitão possa parecer insignificante e se esforce, jamais irá se separar da coletividade. Até um ermitão tem um papel a desempenhar no mundo. Além do mais, é pra lá de contraditório uma pessoa afirmar ser discípulo disto ou daquilo, supomos de Jesus (que é um ícone pra várias correntes e bem conhecido), e ao mesmo tempo soltar umas pérolas do tipo "o capitalismo não é perfeito mas é o que tem pra hj", "não nos cabe questionar, mas seguir a diante com fé", ou pior, caem na falsa dicotomia "então o bom é a ditadura socialista?". Se esmiuçarmos essas afirmações, geralmente encontramos no seu pano de fundo ideológico é o seguinte: "tudo bem as opressões e explorações generalizadas que este sistema promove, faz parte do ciclo evolutivo do planeta, não consigo e nem quero pensar em algo melhor, é difícil, cansativo, sou insignificante no cósmos, os mestres da luz estão no controle, PORTANTO, devemos aceitar esse fardo e seguir adiante com fé em Jesus". É contraditório porque Jesus foi um opositor político do sistema, do estado e do arranjo religioso predominante. Ele não morreu de resfriado. Foi preso, torturado e morto por Roma. Embora sua doutrina vá muito além de questões meramente materiais, ela foi e continua sendo revolucionária, pois propõem um outro modo de viver e de se relacionar com o próximo, um modo que vai diretamente em oposição à exploração e a violência. Seu ensinamento máximo e que também está contido em vários outros seguimentos religiosos, o “feijão com arroz espiritual”, é: - "O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles" Lucas 6:31. - "Não firas os outros de um modo que não gostarias de ser ferido." Udanda-Varqa 5:18 - "De cinco maneiras um verdadeiro líder deve tratar seus amigos e dependentes: com generosidade, cortesia, benevolência, dando o que deles espera receber e sendo tão fiel quanto à sua própria palavra." Digha Nikaya iii.185-91, Sigalovada Sutta Zoroastrismo: - "Aquela natureza só é boa quando não faz ao outro aquilo que não é bom para ela própria." Dadistan-i Dinik 94:5 Judaísmo: - "O que te é odioso, não faças ao teu semelhante. Esta é toda a Lei, o resto é comentário." Talmude, Shabbat 31a Hinduísmo: - "Esta é a soma de toda a verdadeira virtude: trate os outros tal como gostarias que eles te tratassem. Não faças ao teu próximo o que não gostarias que ele depois fizesse a ti." Mahabharata Como seguir e ser fiel a tais ensinamentos sem se opor às opressões, encarnadas primeiro nas pessoas, no âmbito individual, e, posteriormente, se manifestando como o sistema político e econômico vigente? A opressão não é só porrada, embora há gente aí que advoga pela paz mas que está pouco se lixando pro extermínio de inocentes nas periferias, no campo e no sistema prisional e que pra eles "tá tudo certo, é uma questão cármica, se a pessoa morreu sem ser bandido é pq foi em outra vida e tá pagando agora". A opressão vem também da escravidão econômica-laboral, onde a pessoa não tem alternativa a não ser encarar um tipo de trabalho pesado, extenuante, sendo agredida fisicamente ou mentalmente ou os dois e em condições insalubres por uma remuneração baixíssima. Aqui as pessoas não são só desprovidas de dinheiro e itens materiais. Não. São tolhidas suas oportunidades, seu tempo, sua energia física e mental que poderiam ser empregadas em desenvolvimento de suas próprias potencialidades (profissionais, artísticas, físicas, mentais, espirituais, etc.), no desfrutamento da vida, no cuidado de seus filhos, dos seus familiares, na promoção do desenvolvimento e melhoria de sua própria comunidade, na comunhão com a natureza, e segue. Enfim, com que legitimidade alguém afirma ser discípulo de Buda, Jesus ou que seja, apoiando ações truculentas do estado, a exploração social, econômica e ambiental de bilhões de seres humanos para o lucro de 8 invíduos? " Hã?! 8 indivíduos? Do que vc tá falando?" Sim! Segundo a Oxfan (2016), 8 pessoas concentram a riqueza equivalente a dos 3,2 bilhões de pessoas mais pobres do mundo. Isso é natural? É correto, do ponto de vista de uma ética espiritual e universalista, esse nível de desigualdade absurdo? As condições para o estado das coisas ser como são se deve às escolhas e ações dos indivíduos. Nós, no passado e no presente, corroboramos cada um pra situação chegar nisso. A desigualdade, o "mal" dessa civilização é uma cria de todos nós encarnados e desencarnados, ligados ao sistema Terra e se nós o criamos, podemos desfazê-lo e construir algo melhor no lugar. “Ah mas não apoio essas coisas ruins”. Apoia, mesmo que não declarado, mesmo que inconsciente, cada vez que se deixa levar por tudo que a mídia diz, quando consome opinião fabricada e não pensa por si, quando a propaganda faz a sua cabeça, quando tem ódio por alguém que pensa ou se expressa diferente, quando continua se deixa cair nessa hipnose coletiva. Amar ao próximo, perdoá-lo e servi-lo é, entre outras coisas, não admitir que um ser humano sofra. É ser empático, em todos os sentidos, à posição subalterna do outro. Fazer doações, caridade, distribuir agasalhos na rua é bom, é legal, é necessário, mas fazê-lo sem ter um olhar macro da realidade, sem adotar práticas internas e ações externas que corroborem para a dissolução dessa organização hiper exploratória a que o mundo está sujeito, é dar a mão perdendo o braço. Não é uma coisa que emancipa ninguém. Pensamentos como “As coisas são como são, por motivos cármicos, por isso devemos orar e fazer caridade, fé na espiritualidade”, a meu ver, é assumir uma derrota, uma complacência com o cenário de degradação generalizado. É se eximir da co-responsabilidade a que todos temos uns com os outros. O que esperam? Que venha um salvador e milagrosamente as pessoas mudem? Quantos mestres e mestras já vieram aqui e falaram, em essência, a mesma coisa e o mundo continuou a ignorar? Acham que o paraíso na Terra vai se estabelecer do dia pra noite com tudo permanecendo na mesma? Tudo deve mudar desde que nada mude? Salvo raras exceções, todo mundo aqui está encarnado pq não sabe o básico do básico (e eu me incluo nisso), e isso perpassa por aprender a relacionarmos uns com os outros, nos apoiarmos, nos perdoar, procurar criar um clima mais fraterno, menos competitivo e mais solidário. Espiritualidade É SIM questionar , buscar e criar novas formas de organização e relacionamento com as pessoas, com a natureza, com a vida. Estamos todos no mesmo barco, no mesmo emaranhado cármico coletivo, se não agirmos uns pelos outros, todos afundamos juntos. Depende de nós essa decisão, destaco, DECISÃO, que pede ESCOLHA, REFLEXÃO, QUESTIONAMENTO. Não acho que nossa salvação virá do céu feito um unicórnio rosa voador.
  14. Olá Thiago. Quase nunca eu comento algo, mas dado que sua situação parece um pouco difícil e que você pergunta se mais alguém passou por algo parecido, então resolvi me manifestar, hahahaha Uma vez, logo de manhã, acordei naquele estado bem sonolento, entre o sono e a vigília, e percebi um clarão na minha vista. Logo depois, começou a formar linhas e quando notei, estava vendo o quarto e os móveis, com um único detalhe: minhas pálpebras estavam fechadas. Aí que eu notei que estava com a 3ª visão aberta. Blz. Foi quando senti um aperto violento no peito e quando foquei a visão para próximo de mim, vi uma silhueta humana escura de pé na minha cama e me observando. Eu sabia, por intuição, que era algo ameaçador. Essa coisa se aproximou, como que estava de curiosa por eu tê-la notado, e apertou meu pescoço. Eu comecei a rezar mentalmente, no maior cagaço, ela soltou meu pescoço, levantou, saiu andando no ar em direção a parede e sumiu. Fiquei com a sensação também, dela ter saído, não por eu ter rezado, mas pra avisar sei lá quem do ocorrido. Logo em seguida eu levantei e com a sensação nítida de queimação no lugar onde o ser havia me segurado no pescoço, como se fosse uma alergia. Durou poucos minutos e foi isso. O Sandro já disse em vários posts que quando estamos neste estado entre a projeção e a vigília, é comum vermos sombras, ouvirmos vozes, etc, como se fosse um tilt na hora de sintonizarmos a dimensão astral. Mas acho que tanto no seu caso como no meu, não foi isso. E como o Sandro falou, o negócio é encarar. Não é sair com a intenção de brigar com alguém, se não só piora tudo, mas enfrentar o medo. Pensa assim: o fato de não termos consciência do que ocorre em astral não significa que isso não ocorre e, muito menos, não afete nossa vida. Afeta sim e lá no fundo do seu consciente ficam marcadas essas vivências. Então ficamos diante de uma escolha: sermos subjugados e vivermos igual zumbis no plano astral ou adquirirmos autonomia e temos a oportunidade de aprender um monte coisa bacana pro nosso crescimento. Boa sorte. Abs
  15. Olá pessoal, já a algum tempo acompanho o fórum e aprendo bastante com vcs! Abraço!
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