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Gazéis de Hafiz


rapaduraman

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Recebi o e-mail d um amigo e vou compartilhar com vocês.

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Amigos, permitam-me dividir com vocês estas maravilhas que são os gazéis de Hafiz.

A Taverna

Homem puro, não censures aquele que ama o vinho: os pecados alheios não serão levados à tua conta. Cada um colherá o que houver semeado.

Não me arrastes ao desespero por causa do meu passado: sabes quem, atrás do véu, será tido por bom ou mau?

Indulgente ou severo para consigo mesmo, cada um procura o Amor. Sinagoga ou mesquita – todo lugar pode ser o Altar do Amor.

Não sou o único expulso da casa santa. O próprio Adão, nosso pai, deixou fugir de suas mãos o Éden.

Deve ser doce o jardim do Paraíso; mas – cuidado! – não o confundas com a sombra macia do salgueiro ou a margem da estrada.

Confia pouco em tuas obras. Como podes ler de antemão o que a pena do Criador escreveu contra ti?

No último dia, Oh Hafiz, mesmo se ainda tiveres a taça na mão, poderás, da taverna, ser levado ao Paraíso.

(Tradução de Aurélio Buarque de Hollanda, a partir da tradução francesa de Charles Devilliers. José Olimpio Editora – Edição de 1944)

No prefácio do livro, escrito pelo próprio Aurélio, entre outras coisas há uma pequena biografia de Hafiz, além de comentários sobre os gazéis que também gostaria de dividir, pelo menos em parte.

“Gazel, ou gazal, é um poemeto, espécie de ode, em que os versos, todos de metro igual, e número não superior a trinta, são dispostos em dísticos ou parelhas.”

“Nascido de pais humildes, em Chiraz, na primeira metade do século XIV, conforme a lenda, Hafiz trabalhou, no começo da vida, com aprendiz de padeiro. Passou quase toda a existência – durante a qual foi alvo ora dos favores ora do desagrado dos reis persas – na terra natal, onde morreu em 1389, segundo o cronograma no seu túmulo.

Khwaja Shamsuddin Mohammed: eis o verdadeiro nome de Hafiz, do “rouxinol de Chiraz”. O cognome Hafiz quer dizer – “o que sabe o Corão de cor”. (...) Nem é de admirar que assim seja: tal como a grande maioria dos mais ilustres poetas persas, Hafiz pertenceu à seita dos Sufís, místicos do Islã, que lhe chamavam “o intérprete dos segredos”, “conhecedor da língua mística””língua do invisível”.

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