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O amparo do Senhor Heleno


Marcio Sá

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Certa vez, abri a minha lucidez caminhando na avenida onde fica o meu trabalho.

Era de manhã cedo, pois percebi que o sol ainda estava se desprendendo da linha do horizonte. Senti uma paz indescritível e a luz do sol me parecia alimentar. Olhei para ele, e agradeci por estar sempre ali.

As pessoas passavam em um passo rápido, com certa pressa. Quase ninguém me percebia ali. Algumas até olhavam para mim, mas eu sabia que elas não me viam. Estavam pensando em seus problemas e compromissos.

Diferente deles, eu estava andando tranquilamente, afinal, percebi que estava lúcido então resolvi aproveitar o momento.

No meio desta contemplação, virei para meu mentor e me coloquei à disposição: “- Meu querido irmão, estou lúcido! Gostaria de ser útil no que eu puder.”

Naquele momento, nada aconteceu. Continuei ali mesmo, mas me veio a intuição de entrar na lanchonete em frente. Entrei.

Pedi um café com leite e um pão na chapa para viagem. E o mais engraçado de tudo é que o atendente me viu e serviu no que estava pedindo. Engraçado não!

Peguei o meu pedido e saí. Lá fora, uma forte intuição me fez seguir para a esquerda.

Um pouco na frente, avistei um homem. Uma espécie de andarilho em uma situação de extrema sujeira.

Suas roupas eram pedaços de panos envolvendo o corpo. O cheiro era insuportável e seus pés já estavam em processo de putrefação. Seu olhar, avermelhado, era extremamente triste e acanhado.

Me aproximei. Dei bom dia, e de forma respeitosa perguntei o seu nome. Ele me disse sem olhar nos meus olhos: “Heleno”.

Naquele momento, consegui sentir o seu estado atormentado. Afinal, era daqueles que conversava sozinho, e alguém lhe dirigir a palavra era a coisa mais difícil de acontecer.

Perguntei: “O senhor já tomou café seu Heleno?” e a resposta negativa foi automática.

Estendi a sacolinha e disse: “O senhor aceita? Ainda está quentinho!”

De forma impulsiva, ele pegou e agradeceu.

Levantei e projetei nele uma luz verde. Pedi às correntes médicas de Dr. Bezerra que o amparassem.

Segui meu caminho até o trabalho, sem que ninguém percebesse o que aconteceu ali.

E a vida continuou...

O mais interessante dessa história, não foi o amparo, mas sim, tê-lo feito sem a necessidade de estar projetado. Afinal, eu estava acoplado em meu corpo, acordado.

Se alguém acha que o intuito dessa história foi o de auto promoção, peço desculpas e desconsidere essa idéia. Na verdade, essa é uma história fictícia.

O que eu gostaria mesmo, era compartilhar com vocês a seguinte reflexão:

O quanto amparamos dentro do corpo?

Que o Cristo Jesus, nosso Senhor, nos ilumine no sono e na vigília.

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Que comédia! kkkkkkkk

Primeiro faz pensar que era uma projeção. Depois diz que estava acordado. Depois revela que é apenas uma estória inventada.

Bárbaro! Bravo! Muito criativo.

Mas é bem fácil fazer isso acordado. A vantagem de fazer acordado é que podemos ter certeza de que é real, já amparando em projeção talvez estamos amparando apenas nossas figurinhas oníricas.

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Olá Daniel.

Me desculpe no que vou escrever. Mas não é nada fácil fazer isso acordado.

É muito difícil. Basta vermos as quantidades de vezes que temos a oportunidade de fazer algo e não fazemos.

Muitos andarilhos passam por mim e eu sequer os percebo.

Quantos Garis passam por nós por dia? Não sabemos! Porquê? Não os percebemos!

Parece que a caridade está condicionada com motivos externos, como fazê-la somente em nossa igreja, templo ou centro, ou ajudando alguma instituição que nos identificamos.

Fazer caridade é fácil, até uma pessoa não muito boa faz.

O difícil, é seu caridoso o tempo todo.

É uma triste realidade. Não estamos lúcidos nem no corpo, e queremos estar fora dele.

Não me entenda mal, por favor. Não estou sendo contra o seu pensamento. Estou só complementando a reflexão.

Grande abraço.

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Oi Marcio Sá!

É acontece, muitas pessoas até querem ajudar,mais com a criminalidade aumentando cada vez mais (quando eles pedem dinheiro como ajuda), vai saber o que eles vao comprar.

Agora quando é comida, não nego.

Minha mãe é uma pessoa de muito bom coração, sempre quando vem um morador de rua aqui pedir comida, com certeza recebe.

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