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O ESPIRITO PURO


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O ESPIRITO PURO

A consciência nasceu-me fora do físico num distrito espiritual evoluído, no esplendor de beleza transcendendo os locais costumeiros nas imediações da Crosta Terrestre. Minhas percepções detectavam apenas luzes e cores vivas não circunscritas por formas definidas. Nenhum sinal de habitação, completa ausência de edificações. Tinha a sensação apenas da mente. Não sentia a forma do psicossoma; Estava invisível até para mim mesmo.

Mais leve que o normal fora do corpo denso, a atitude interior de confiança com pensamentos de superioridade moral, fazia o meu íntimo aspirar energias de inequívoca sublimação, num contenta-mento indefinível e tranqüilo.

Não havia formas nem fisionomias humanas, apenas centros de irradiação de energia constituindo personalidades conhecidas en-tre as quais algumas marcantes pelo que realizaram como os médiuns Fernando de Lacerda, Aura Celeste e Eusápia Paladino. E todos convertidos em pura luz. Não possuíam nomes, nem os identificava pelos formatos, mas os conhecia e estava unido a eles por uma experiência em comum.

Surgiu-me a certeza de estar numa assembléia, embora sem forma ou aparência, apenas focos mentais incorpóreos, massas de energia na atmosfera nirvânica, impossíveis de imaginar na elevação mental, inabordáveis a descrições terrestres, indefiníveis nos termos conhecidos.

Estariam minhas percepções imperfeitas perturbadas pelo meio-ambiente perfeito? Como falar o infalável, descrever o indescri-tível, além da prosa, da poesia, dos jogos de palavras convencionais? Como achar o idioma das origens, o denominador comum, o nível universal para situar-me na assembléia sem forma, entender a (falange não antropomórfica e penetrar os mistérios inexcedí-veis?

Julgo que vibravam naquele plano ou esfera somente os corpos mentais das inteligências. Uma constatação sobressaía: o meu conhe-cimento exato de quem era cada qual naquele lugar que não existe no tempo, mas existirá na eternidade. Ali, num lugar inexistente, não existia nada, mas estava existindo tudo. No entanto, as idéias me assomavam palpáveis, as certezas indiscutíveis, as emoções serenas indescritíveis o bem estar nunca sentido, sonhado ou dimensionado Era patente para mim que uma Entidade Maior se manifestaria através de todos que ali serviam de médiuns. E foi o que aconteceu suavemente.

A presença dos eflúvios dessa personalidade intangível, dotada de atributos ignotos, projetou-me a consciência às culminancias do sentimento, dando impacto profundo de entendimento substituindo as estruturas de todas as emoções.

Sem abalo nem euforia, a paz estrutural definitiva falava que aquela realidade constituía o maior acontecimento da encarnação Tudo valeu e todo sacrifício valerá só para viver "aquilo", vindo de alguém que chegou a um ácume supremo de existência espiritual.

Como dizer? De que modo dar idéia? Como descrever? "Quem" descrever? Experimento, mais do que nunca, o pauperismo das pala-vras e expressões. Gota d'água feliz dentro do sol, explosão galática de paz, avalanche cósmica sem encosta para despencar, universo sem fim para expandir, os motos vorticosos desconhecidos do infinito, a tor-rente oceânica na gota de mar? Tudo apenas palavras. Na verdade é impossível descrever-se algo que não tenha padrão de referência anterior estocado no banco de memória, ou concepções estranhas ao entendimento da consciência física. E não se pode estabelecer frontei-ras para o infinito.

Fatos e não palavras. Uma certeza: era um espírito puro. Centro consciente de irradiação energética vibrante, livre de matéria, forma e espaço, e do ciclo de reencarnações na Crosta, que não enverga mais o psicossoma no conceito comum. E todo espírito puro há de ser seme-lhante na posição de multigênio da evolução, num estágio inconcebí-vel neste planeta, em condições inapreciáveis ao cérebro humano, com sentimentos universalistas inacessíveis às nossas percepções, tradições e condicionamentos?

Que nome? Por que nome? Quem? De onde? Não importa a etiqueta. Que forma? Há forma? Como entender? Que o contemporâneo de evolução ofereça-lhe o nome que escolher. Raio de Luz, Fotônio, Ponto Inexistente, Anti-energia, Pré-Deus? Eis o simples complexíssimo.

Um orgasmo-nirvânico-sub-intrante-permanente atirava os prin-cípios espirituais na paz do turbilhão das nebulosas. Cada qual parecia ter a potência de fecundar larga porção do Universo, sendo o centro-e-a-periferia-a-parte-e-o-todo. Um criador em função. Cada personalidade ali presente, encarnados e desencarnados, detinha a impressão de receber individualmente a manifestação exclusiva do espírito puro, vivendo o momentum indescritível e emudecedor. A eloquência sem palavras do discurso que aparentemente não houve, ouvida na voz do silêncio do íntimo, surgiu-me tão fugaz e perdura sempre. O influxo provinha de uma inteligência invisível, impessoal, super-humana, com uma sabedoria serena, sem nenhum emocionalismo.

a mensagem enfatizava o aproveitamento da experiência dos encarnados amadurecidos, adquirida na vida humana, no amparo aos encarnados jovens, a fim de evitar o desperdício da formação intelectual multiface dos idosos, tendo em vista o aumento crescente e predominante da humanidade moça nesse atual período terrestre.

Ocorreu um fenômeno de expansão intelectiva , numa ampliação omnidirecional, surgindo uma certeza erudita, tranquilizadora, supra-física, supra-racional, nessa esfera de conscientização. Não escutei nada, nem aconteceu transmissão de pensamento comum. Sucedeu a projeção em bloco das idéias fundamentais, de uma só vez. Todos sentiram e compreenderam tudo, até às últimas conseqüências, num átimo. Alguém esteve lá, ninguém viu, mas todos notaram. Trans-mitiu a mensagem, ninguém ouviu, mas todos entenderam.

Após o retorno ao físico, emergiram do meu intimo apenas os soluços da compreensão e as lágrimas da intraduzível euforia de quem deseja fazer o mundo feliz, inundando a Terra, se possível for, com a melodia desses soluços e a doçura dessas lágrimas.

Embora minhas experiências anteriores nos campos da psico-grafia, psicofonia, vidência, precognição, efeitos físicos e até mesmo centenas e centenas de outras projeções conscientes de muitas natu-rezas, "trailers" reais da vida espiritual próxima, nada existiu antes nesta encarnação para comparar com o deslumbramento da "visão--sem-enxergar" e da "emoção da paz-estrutural", "vista" e "sentida" nesse desprendimento de consciência plena após o despertar. Hoje, a minha atual existência divide-se em dois períodos distintos: antes e depois da visão do espírito puro. Foi o divisor de águas, o marco incomparável, o momento da grande paz.

O relógio marcava zero hora e 42 minutos. Como estabelecer parâmetros à duração dessa assembléia? A passagem do tempo nada tem a ver com a experiência: o tempo deixara de existir. Em 22 minutos de sono, aconteceu o milênio de realidade. Na cronologia humana foram alguns momentos, na mente valeram séculos. Foi o segundo milenar. A percepção consciente do projetor, numa curiosa distorção da dimensão espaço-tempo, passara do nível temporal e espacial para o nível cósmico, num grau ilimitado fora de todas as restrições materiais e entraves corporais.

Tudo me aconteceu com naturalidade de nascer do sol, vida familiar, regato correndo, capim verde esvoaçando à brisa, chilrear de passarinhos, mansidão bucólica, mar tranqüilo, nuvens no azul, mas tudo foi transcendente. O fato impregnou-me a mente com a certeza das verdades básicas tornando-as "imanentes ao ser.

O meu desejo de ficar lá suplantava todos os outros anseios e aspirações, mas um comando irresistível ordenava voltar e conti-nuar. Nasceu-me a vontade de deixar o físico e seus liames para aquela dimensão-pacífica-turbilhonante-gloriosa-desconhecida-conhecida-indescritível. A coerência, contudo, jamais me permitiria re-laxar o entusiasmo de agir com dignidade até o fim do veículo celular. E as obrigações maiores me ordenaram continuar com a felicidade profunda da certeza do futuro próximo, futuro-presente, ou presente-já-futuro, dentro da relativa ilusão do tempo terráqueo, sabendo que no amanhã; na dependência do esforço próprio, aquela realidade será conquista para ser usufruída permanentemente.

Após a visão, sentia-me o super-homem, mas um super-homem sem violência, sem incertezas, sem vontade de parlamentar, apenas pensando-falando-fazendo-o-possível-para- o- bem- de todos-e - tudo, com um otimismo-certeza~absoluta, uma euforia~doce-contida, uma convicção-indignação-comigo-próprio. Sem nenhuma amargura quanto ao passado-presente-futuro-pessoas-animais-plantas-fatos-coisas-circunstâncias.

De vigília comigo, em paz com tudo, apareceu outro acréscimo de responsabilidade no cumprimento de um trato. Quando, em qual reencarnação, intervalo reencarnatório ou paragem futura, ocorrerá outra visita igual e outra visão idêntica, no presente estágio de desenvolvimento? Tudo dependerá do esforço próprio e assim será sempre, para todos.

Antes da visão, a natureza, a Astronomia, a Astronáutica, os chamados discos voadores, a ficção científica, a Física, a música erudita e a fantasia imaginativa dos grandes artistas de todos os tempos eram para mim as demonstrações máximas do campo avan-çado das realidades futuras da evolução do espírito. Agora, com toda admiração e respeito, surgem muito caricatas ainda. Ante o futuro sem o tempo e a forma conhecidos, tudo isso desaparece qual cenário que se desmorona. Mais do que nunca há razão para a existência da Filosofia e da Poesia como os únicos ramos do pensa-mento da mente corporificada na Terra que se libertam mais da deficiência humana transitória na ânsia de se expandirem para mais próximo da realidade permanente. Nunca surgira tão profunda, den-tro de mim, a importância da Revelação sobre os estudos racionais.

Os catorze bilhões de células do cérebro? permitem apenas uma filtragem infinitesimal da realidade do espírito puro, por mais se use a elaboração mental, a memória, a imaginação, o juízo crítico, a comparação,. os milhões de zonas corticais existentes, cada qual servindo a uma função definida, e os outros milhões de conexões agrupamentos, interações e interdependências. Será possível a experiência ou a visão amiúde de ocorrência espiritual, dessa natureza? Os mecanismos biológicos do homem dispõem de recursos capazes de resistir aos impactos dessa "paz" ou desse "bem estar"? Os videntes, através dos séculos da História Humana, usaram inconscientemente o misticismo e os rituais quais muletas intimas. ou fugas emocionais das realidades que entreviram ou tiveram intuição permanente para suportar melhor o próprio corpo físico daí em; 'diante. Mas esse expediente não é o ideal. Não apareceu nenhum traço de misticismo na manifestação do espírito puro.

Julgo compreender um pouco melhor, agora, a visão panorâ-mica retrospectiva de toda uma existência, recapitulação de lembran-ças vistas em bloco, ao mesmo tempo, nos relatos dos desencarnados, dos doentes terminais e dos fronteiriços a passagem da morte. Ocorre nesses casos, a projeção fora do tempo e do espaço dentro do centro' mnemônico ou banco de memória integral da personalidade, sem interferências externas, ao modo de grande computador que visse num átimo, a própria biografia com todos os dados que traz programados.

A mente livre reúne o passado, o presente e o futuro numa só realidade. O desprendimento da personalidade desencadeia fora do físico a mais ampla alteração do estado de consciência do encarnado que, por vezes, influi no campo biogravitacional e atua até sobre a curvatura do espaço com o pensamento deslocando-se mais rápido que a luz.

O êxtase espiritual, tão comentado há séculos, parece pálido para exprimir a realidade da visão d~. espírito puro. Há expansões de emoções e repercussões de idéias que superam o êxtase, a iluminação, a superconsciência temporária e sem forma, o profundo "samadhi" ou consciência cósmica. Tem-se a prova de que o espírito domina a matéria e suas aparentes leis imutáveis, além de todo espaço, tempo, sentimentos, pensamentos, expectativas ou compulsões de mudanças.

O corpo físico, a aura, o cordão de prata, o psicossoma e suas transformações, as expansões da consciência, bem como o corpo mental ou a consciência que age isoladamente, são fatos inegáveis para mim que já os experimentei. Baseado nisso, acho que o corpo mental é a condição permanente do espírito puro.

A ocorrência demonstrou também um fato curioso: os espíritos, encarnados e desencarnados, apenas com o corpo mental, podem funcionar como médiuns no plano extrafísico.

Imitando o astrônomo que consegue prever a existência de um corpo celeste desconhecido, através das leis da gravitação e das disposições das órbitas dos astros, podemos aplicar o princípio da analogia nos estudos extrafísicos. Em Biologia Geral encontramos o fato da "homologia" que o dicionário registra como sendo a "semelhança de estrutura e de origem, em partes de organismos taxionomicamente diferentes". Sabemos, com certeza, de que entre um corpo físico, o da mãe, e outro corpo físico, o do filho, existe uma primeira ligação constante, física, que é o cordão umbilical. Igualmente, não igno-ramos que entre os corpos físico e espiritual existe uma segunda ligação constante, semi-física ou semi-espiritual, palpável, que sob certo aspecto, tem volume e ocupa espaço, que é o cordão de prata. Será que, por homologia, existe uma terceira ligação constante, eté-rea, ou cordão quintessenciado, de outra natureza, entre o corpo espiritual e o corpo mental? Onde? Como? De que natureza?

Deixo aqui esta hipótese de trabalho aos projetores e pesqui-sadores do futuro. Se a suposição for correta, vem explicar claramente que a encarnação ocorre com o corte do cordão umbilical; a desen-carnação com o seccionamento do cordão de prata; e o surgimento do espírito puro, no ato de desvestir o perispírito, psicossoma ou corpo espiritual, acontece com a "ruptura" do cordão quintessenciado, deixando-o de corpo mental apenas.

Igualmente, pode-se dar o nome de corpo mental à consciência agindo isoladamente e de modo temporário; e a denominação de corpo causal à consciência agindo isoladamente e de modo perma-nente, ou à condição daquele que chamamos de espírito puro.

Por aí se vê que os "renascimentos" do Espírito são múltiplos e variados. Mas isso constitui apenas uma questão secundária de pala-vras ou denominações para a melhoria do entendimento. A' visão faz a voragem do pensamento dar mais idéia da profun-didade do passado e do infinito do futuro, alcançando, revolvendo e interagindo em todas as direções. Desaparecem as incoerências, as contradições, os paradoxos. Surgem elaborações retilíneas de pensa-mentos em todos os campos.

O impossível torna-se realidade. Identifica-se, mais do que nunca, as taras da córtex instintiva e as suas influências sobre os atos racionais, compreendendo-se a causa do surgimento da doutrina da não-violência e das chamadas ocorrências sobre-humanas de todos os tempos. A noção aproximada da realidade do espírito puro, vivendo num momentum optimum continuum, talvez seja mais importante que a idéia exata da energia e do buraco negro.

Sem dúvida, visões iguais a essa lançaram os alicerces em que se erigiram todas as crenças religiosas através dos milênios.

A visão viva trouxe possibilidades de atingir várias conclusões, pensando alto. Todos os seres inteligentes próximos, no futuro opor-tuno, viverão sem forma e sem a influência do tempo, num mundo mental.

Sendo assim, não haverá sexo, o maior esporte humano, mas para que, se viverão num estado orgásmico permanente? Não haverá comida, mas para que, se não existirá nem estômago nem fome? Não haverá apêndices locomotores, mas para que, se a consciência pode se manifestar aonde deseja? Livre da escravidão do corpo, organismo pelo qual o encarnado passa cuidando a maior parte da vida humana, irá viver sem a necessidade do sono, sentir-se eufórico numa vigília contínua, concientizar-se além dos dias e das noites. Esta será a existência de todos que viverão, sem exceção, com os pensamentos, enfrentando as conseqüências dos atos, às claras, num processo impossível de fugir, ocultar ou disfarçar. Será a vida total, sem simulações, convencionalismos e hipocrisias. Estarão todos despo-jados das aparências, rótulos e quaisquer excrescências da matéria.

E, mais tarde, libertar-se-ão, igualmente, do psicossoma para existir sem forma e sem a influência do tempo, num processo agora, na condição de homens, decididamente impossível de conceber até como utopia. Só mesmo através da projeção consciente.

Não usando nenhum dos padrões de medidas, unidades de peso, distâncias e avaliações conhecidas na problemática humana, a rea-lidade entrevista do espírito puro é mais autêntica e inesquecível do que tudo o mais tido como real numa vida inteira.

Doenças, desarmonias físicas, fracassos, carências, egoísmo e temores foram minimizados a uma existência microscópica por outra verdade imensa que sobrepaira. Não há razão de ser, nem valem a pena o radicalismo, a intransigência, a ortodoxia; os excessos. Por que as situações conflitantes, os choques por razões mínimas as insensatezes de um minuto, as vaidadizinhas, as obstinações negativas na vida humana passageira? Melhor a orientação política liberal, o otimismo perante a vida, a participação no esforço da comunidade, a independência perante a opinião pública, a rnente aberta ante as renovações, a maturidade plena de coerência nas atitudes. (......)

Extraído de "Projeções da Consciência : diário de experiência fora do corpo físico", Waldo Vieira, 1982, LAKE, São PAulo. P. 213-220.

http://br.youtube.com/watch?v=OCmdTvPBw ... re=related

obrigado a todos pela atenção

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No meu ver, a matéria foi criada para enfrentarmos tudo que passamos por hoje, tentação,honestidade,sentimentos humanos(talvez bons ou ruins),infelizmente a lei dos Homens modifica nosso instinto e nossa Alma Pura!

Paz meus amigos.

sim passamos por tudo isso.tentação,honestidade,sentimentos humanos(talvez bons ou ruins),,talvez a materia fisica exista para isso para ver quem consegue se libertar dela,a meu ver a materia fisica serve como um tipo de prisao astral

hummm como eu gostaria que fossemos todos livres dela

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