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Obsessão de encarnado para encarnado


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Só pra ficar claro de onde vem essa linha de pensamento defendida pelo Robson, é algo macabro. Esse Robson Pinheiro é olavete no linguajar dos espíritas e espiritualista Olavo de Carvalho é um Mago Negro sem dúvidas, vídeo que demonstra o lado ocultistas e etc do Olavo:

 

Então se tu segue a doutrina de um mago negro tu é o que? discípulo das trevas? Tinha um vídeo do Robson pedindo energia das pessoas... tanto prana pelo universo mas o cara precisa de prana humano... lembra os vampiros...

 

 

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  • 1 year later...
Em 31/12/2016 at 19:33, sandrofabres disse:

Bom, vou deixar aqui umas páginas escaneadas de amostra, DOS DOIS  livros.

https://drive.google.com/file/d/0ByXGi2vq5-wsZ0FnR1MxZnBhVlk/view?usp=sharing

Como é uma só estorinha, não separei um do outro ao escanear.  Fui pulando as páginas, o que não ajuda a entender cada cena, mas em geral são reuniões astrais de seres trevosos, discursando para seu grupinho, as vezes sequestrando o Lula e a Dilma em astral para dar instruções para eles ( kkkkkk) ou então guardiões conversando sobre o Brasil, o socialismo, eheheh. É fácil de entender o que rola, mesmo sem ter toda a situação escaneada.

Mas se não achar suficiente para ter uma opinião própria ...

outdoor_campo_grande_01.jpg

Lembrei daquele filme que alias é muito bom:

Eles-vivem.jpg

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Alguém achou uma forma bem divertida de mostrar a situação deprimente do espiritualismo brasileiro, ehehe:

https://www.facebook.com/DesassediandoOEspiritismo/

Para quem não é velho o suficiente para entender a imagem usada no perfil, trata-se de um personagem da novela espírita A Viagem(1994).

 Aqui uma cena para ilustrar:

Mas tem completa no youtube. Essa foi uma das poucas novelas da TV brasileira que valia a pena assistir:

https://www.youtube.com/watch?v=_bpnJfnqwKE&list=PLpPCywuBlnQSI_tqCazKKw05KlDgn1UZL

 

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  • 1 month later...

Excelente texto sobre o atual momento do espiritismo brasileiro, mas principalmente sobre como as obras do Robson Pinheiro foram mudando (para pior): 

Citar

Sobre o atual fenômeno "espiritismo de direita", por Rogério Mattos

O espiritismo no Brasil dá sinais nítidos de decadência. O caso do médium acusado de violência sexual já é a cópia da cópia de um processo bem mais amplo. Para determinados assuntos chegarem ao noticiário, contudo, na maioria das vezes se recorre a expedientesgrosseiros. Assim, o público acaba recebendo uma ideia bastante reduzida e distorcida sobre inúmeros assuntos.

Como a Lava-Jato cansou de demonstrar, a questão criminal não nos leva para muito longe. Também por isso ela foi um sucesso de bilheteria. Igualmente, já chegou à estafa as acusações ao conservadorismo de Divaldo Franco, com seus louvores despudorados a Sérgio Moro, as alegres fotografias ao lado de João Dória e seu último vaticínio espiritual, talvez seguindo "planos maiores", de que a capital do Brasil agora é Curitiba.

Falo do médium Robson Pinheiro para ilustrar o caso mais amplo do "espiritismo de direita" por ter sido um leitor entusiasmado de seus primeiros livros. Conheço relativamente de perto determinados aspectos de seu desenvolvimento como escritor, por ter acompanhado parte considerável de sua produção.

Gostava daquele negócio de Tambores de Angola (e quantos não?), a chamada "trilogia das sombras", e até quando trouxe ao debate público, sob o tema da "reurbanização extrafísica", o pesquisador do Azerbaijão, Zecharia Sitchin. Pouco importa se o médium, na ocasião, fazia referências a armas climáticas (HAARPs), ao Clube Bildberg, a "larvas astrais", agêneres, exus ou filosofia védica. Escândalo frente a qualquer tipo de teoria é um excesso dos "bens pensantes" que, afinal, se não vêem nada de novo, tampouco tem a capacidade de rir às gargalhadas. Nessa "loucura" de Robson Pinheiro, existia uma razão muito séria.

No mais, frente a qualquer catástrofe ou ao escândalo, frente a abril de 1964 ou a maio de 1968, o trabalho deve continuar sendo feito quase como se nada houvesse ocorrido e com a mesma gana se tivéssemos a instantes da mais consagradora vitória, aquela que por nada devemos deixar escapar.

Depois de lançada a "trilogia das sombras" (talvez seu livro mais "especulativo"), houve uma demanda por parte de almas mais sensíveis para que fosse escrito algo a respeito do "mundo da luz". O médium se pôs de prontidão e escreveu nova trilogia, a das luzes.

Mas que estranhas luzes apareceram ali! Parecia uma propaganda de governo Lula entregue a um imigrante azerbaijanês recém-chegado. A consciência era mínima a respeito do que estava sendo descrito. Um Brasil mulato, com imensas universidades, uma multidão de estudantes, e firmemente comprometido com o futuro. Ao lado disso, a inconsciência com o processo social e histórico mais amplo, como se a metáfora dissesse respeito ao "mundo espiritual", a Aruanda, e não a história concreta.

A trilogia perdeu assim em dois aspectos: o primeiro, a confusão entre o empírico e o transcendental (problema de estilo); o segundo, pela ausência de ruptura entre um aspecto e outro da realidade, não se chegou nem a descrever nem o "empírico" ou o "transcendental" (não servia nem para fins políticos, tampouco para revelações do além). Livros, portanto, que não trouxeram novidade alguma.

Foi quando o médium começou, talvez, a se tornar fácil demais, vendável demais...

O que colocou fim para mim a qualquer novidade que seus livros poderiam trazer foi sua publicação a respeito da homossexualidade. Tema tabu no meio espírita, Robson Pinheiro foi extremamente corajoso e arcou com todos os ônus trazidos por suas palavras. Livro corajoso pelo tema e corajoso pela forma. Ainda existia o apreço pela inovação formal, como no antigo livro Crepúsculo dos deuses, de acentuado teor nietzschiano, escrito sob o pseudônimo de um hindu falecido há mais de mil anos. Vendo retrospectivamente, fica mais claro o tamanho da inconsciência do médium, porque sem dúvida se abria ali um horizonte de trabalho bastante interessante e que não foi explorado posteriormente.

Coloco esse livro, O próximo minuto, como ponto de ruptura ao lado da "trilogia das luzes". Um ato de coragem ao lado de uma consciência crítica não muito desenvolvida. Parece que nessa fotografia se cristalizou as capacidades do médiuns. O próximo passo foi uma dupla fuga do real. Quer dizer, pouco importa o que bens pensantes consideram "o real". Houve uma fuga no estilo esquizofrênico ao combate da verdade. Apareceram discos voadores e se materializaram capas da Veja em seus livros.

Os parcos recursos estilísticos não deram conta de descrever, por exemplo, o "buracos de minhoca" do universo, determinados portais de comunicação entre mundos distantes. Ao lado de parcelas de verdade, o veio poético talvez devesse falar mais alto do que revelações extrafísicas ou prováveis confirmações da ciência moderna. Conforme o conteúdo de verdade parecia se acumular, a prosa se tornava cada vez mais rala...

Até que surgiu a surpresa da "trilogia política". São sugestivos os nomes dos livros: O partido, A Quadrilha, O Golpe. Nesse momento já me encontrava a relativa distância das publicações da Casa dos Espíritos Editora. Um muro então se ergueu. Como os seus livros aprofundavam a tendência de capas espetaculosas, letras grandes, espaçamento gigante, cada vez ficava mais fácil perceber que pareciam mais artigos diligentemente alongadas por ferramentas editoriais do que estudos sérios e extensos. Em relação aos três livros, o que me impediu até uma leitura crítica foi a publicação da carta de Tancredo Neves (veja bem osobrenome), de conteúdo duvidoso e tornada pública em meio ao conturbado processo eleitoral de 2014.

O que não me impediu de folhear alguns deles nas livrarias. Numa leitura rápida, se vê que Lula é uma reencarnação de Lênin e Dilma a de Rosa Luxemburgo. Isso seria muito bom (pelo menos é o que penso), mas vinha enquadrado nas teorias conspiranóicas sobre o Fórum de São Paulo e considerações bastante retrógradas a respeito da multiplicação de direitos sociais. Existiria uma dicotomia, por exemplo, entre Cuba e Curitiba...

Num grupo do Facebook vi uma descrição interessante sobre um dos livros de alguém que conseguiu se ocupar com isso: "O Partido no caso fica claro q é o PT e seu plano de dominação. Coloca claramente o PT com seus agentes espirituais do mal agindo nas sombras, influências e tudo o mais. Coloca Lula como um "cachaceiro das sombras" , recebendo ordens diretas das entidades infernais... Nesse lenga lenga, aparecem naves, obsessões complexas, gadgets espirituais, preto velhos, flash gordons genéricos etc... Uma misturade umbanda com x-men".

Não dá vontade de falar mais nada depois disso, porém existe dois comentários mais gerais que não posso deixar de fazer. Se existe algo que diferencia o espiritismo no Brasil e o movimento francês do século XIX é seu nítido conteúdo social. Allan Kardec dizia fazer ciência e tinha interlocutores da alta sociedade europeia. Era um fenômeno eminentemente iluminista. Já Chico Xavier é aquela figura romântica, que psicografava ouvindo Roberto Carlos, e tinha mais como objetivo consolar mães e desalentados do que falar para interlocutores privilegiados.

O espiritismo no Brasil me faz lembrar palavras de Gilles Deleuze sobre o cinema no Terceiro Mundo: ele serviria para criar uma memória para o mundo. O cinema europeu nunca faria isso, já que suas reivindicações de identidade são as do cidadão branco médio, de cultura conservadora e horizontes previsíveis. Se existe uma memória do mundo ela não está nos chamados países desenvolvidos. Igualmente, no Brasil qualquer movimento da cultura (o espiritismo não é nada mais do que isso) tem que estar atrelado às questões sociais do país e todo o chamado "pensamento crítico brasileiro", de Capistrano de Abreu e Manoel Bomfim até Ruy Mauro Maurini e Haroldo de Campos, só tem validade caso sirva para ser essa denúncia e esse pensamento sobre si que cria uma memória para o mundo.

Nesse sentido, como é exemplificado na "trilogia das luzes" ou (inconscientemente) "lulista" de Robson Pinheiro, fora qualquer consideração a respeito de sua capacidade pessoal ou intelectual (que demonstrou ter dentro de determinados parâmetros), infelizmente ele não se mostrou a altura daquela imensa universidade que talvez tenha visto em sonhos. Era o povo mais pobre tendo acesso não só a possibilidade de desenvolver de forma mais ampla seu pensamento crítico, como também se capacitando para exercer novas profissões, algo inadiável com a plataforma para o futuro que se abria com os governos do PT.

De certa forma, o médium se mostra como a parte perdedora desse imenso retrocesso social que vivemos. De origem pobre, é vítima das carências que sem sucesso procurou identificar em livros mais antigos, sem ter sido suficientemente beneficiado dos valores que timidamente reconheceu. Ele é mais um retrato do que um agente da moral de escravos que assaltou o poder.

Como diz a moral nietzschiana, os chamados senhores são escravos por serem reféns do ressentimento e da má-consciência. Os senhores, os homens livres, são a minoria. A luta das minorias é a luta pelos valores verdadeiramente nobres ou "aristocráticos", se é que esses podem ser denominados assim. A chamada "maioria", imbuída do espírito de negação (o éthos do século XIX, sua sofisticação, "preferir desejar o nada do que nada desejar"), age de modo vingativo e destruidor, ou seja, procura entorpecer a dor, suas frustrações pessoais, através de uma forte descarga de afeto. Como as manchetes grotescas dos jornais, tudo isso é extremamente contagioso.

O caso Robson Pinheiro é como o daquele cidadão desavisado num ponto de ônibus que vê uma vã passar em baixa velocidade, com as portas abertas, e embarca. Mas a vã não tem motorista, está vazia. É de origem e destino altamente duvidosos. Trem fantasma.

O fenômeno "espiritismo de direita" é a normalidade de um Brasil doente, decadente, vítima do mesmo mal do século XIX, o niilismo. Atualmente, por causa do desenvolvimento tecnológico, chega a adquirir características apocalípticas frente a uma realidade cada vez mais complexa, oxalá mais justa e soberana, que se avizinha.

Rogério Mattos: Professor e tradutor da revista Executive Intelligence Review. Formado em História (UERJ) e doutorando em Literatura Comparada (UFF). Mantém o site http://www.oabertinho.com.br, onde publica alguns de seus escritos.

 

Fonte: https://jornalggn.com.br/blog/rogerio-mattos/sobre-o-atual-fenomeno-espiritismo-de-direita

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  • 2 years later...
  • 1 month later...
Em 06/05/2021 at 20:31, sandrofabres disse:

Ferrou geral, o "Robson Dinheiro" tá no esquema de pirâmide, kkkkk:

https://theintercept.com/2021/05/04/entre-cloroquina-namaste-conheca-direita-gratiluz/

 

Embora eu já tenha essa sisma minha com as coisas do Robson pinheiro há muito tempo. Esse é um fenômeno que eu não estava observando muito porque não costumo concordar com os autores se o que propagam não passar por meu crivo crítico. Então descarto logo as baboseiras.

Mas isso que a moça cita nesse texto é um fenômeno que tenho visto acontecer bastante. Essa distorção da realidade tenho visto muito em vários meios e, pior, tenho visto muita gente comprando esse monte de mentiras. 

Essa convergência toda das ideias espiritualistas com a política no meio de tantas distorções é coisa mesmo de enojar.

Mas essa história de pirâmide aí do Robson a mim não espanta. Só serve mesmo para confirmar ainda mais aquilo que eu já suspeitava há muito a respeito do trabalho dele. Não é confiável. 

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14 horas atrás, Iogui disse:

Embora eu já tenha essa sisma minha com as coisas do Robson pinheiro há muito tempo. Esse é um fenômeno que eu não estava observando muito porque não costumo concordar com os autores se o que propagam não passar por meu crivo crítico. Então descarto logo as baboseiras.

Mas isso que a moça cita nesse texto é um fenômeno que tenho visto acontecer bastante. Essa distorção da realidade tenho visto muito em vários meios e, pior, tenho visto muita gente comprando esse monte de mentiras. 

Essa convergência toda das ideias espiritualistas com a política no meio de tantas distorções é coisa mesmo de enojar.

Mas essa história de pirâmide aí do Robson a mim não espanta. Só serve mesmo para confirmar ainda mais aquilo que eu já suspeitava há muito a respeito do trabalho dele. Não é confiável. 

Li um trecho de um relato dele postado aqui e achei bem interessante os detalhes de amparo e sobre os mentores. Mas não conheço mais do trabalho dele. Vc sabe se ele vive da renda dos livros dele? Ou se faz doação dessa renda. Se é muito rico. Tenho essa duvida, so por curiosidade. Li que o Chico Xavier não usufruiua do dinheiro dos seus livros, que tudo era revertido para entidades carentes. Outra coisa, não me envolvo, mas pelo pouco que sei e vejo no dia a dia na política, acho contraditório um espiritualista ser de direita.

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acho contraditório um espiritualista ser de direita.

Eu também, mas eu sou suspeito, eheheh. Posso até entender que um materialista ache lógica em ser de direita, mas não um espiritualista e nem mesmo um religioso tradicional, padres, pastores. É uma contradição grave, me parece.

Deixo aqui uns vídeos do cientista político bem conhecido que acompanho no youtube, sobre esquerda e direita:

https://www.youtube.com/watch?v=TqiLu8t-l9Q

https://www.youtube.com/watch?v=eoKYBMQBTcw

https://www.youtube.com/watch?v=gGOsq7iOTCU

 

19 horas atrás, Iogui disse:

Essa convergência toda das ideias espiritualistas com a política...

Me parece que não exista um  conflito estrutural entre espiritualidade e politica. Uma é interior, pessoal  enquanto a outra é exterior, social. Porém, sempre que as escolhas interiores  andam na direção oposta do exterior, deve-se desconfiar. Então, para que não surja conflito  entre política e a espiritualidade a política tem que se posicionar do lado certo né?

"-Ahhh, mas qual o lado certo? Cada lado acha que está certo!"

Sim, na politica, na filosofia. A ciência mesmo só tem dois lados quando um deles conhece menos que o outro, caso contrário, o resultado é um só lado em cada questão.

E também a espiritualidade positiva só tem um lado, pois ela tem como objetivo central  a "libertação daquilo que nos prende", e aí pode haver variação de uma para outra sobre do que exatamente devemos nos libertar ( do pecado, das ilusões,..) Mas o viés da espiritualidade positiva é claro:

 pró-libertação.

Em função disso, caso a espiritualidade ache necessário se misturar com a política, para cada contexto nacional, em cada época,  só há um lado ideológico ao qual ela pode se unir sem contradizer seus objetivos:

o lado que luta pela libertação de todos os tipos os tipos de opressão/ exploração na sociedade.

Por isso Gandhi se colocou ao lado da Índia e não da Inglaterra, ná época dele. E também Annie Besant, da sociedade teosófica, mesmo sendo inglesa. Ou Martin Luther King contra o racismo nos EUA. Parecem escolhas óbvias mas certamente não faltou nesses países aqueles que exerciam posições de liderança espiritual  mas que ficaram ao lado da Inglaterra, os dos racistas americanos. Só que desses ninguém sabe os nomes porque vão parar na lata de lixo da historia. 

É fácil perceber que essa escolha não é tão  óbvia quando analisamos o contexto do nosso país ou região. Toda luta contra as formas de opressão parece bonitinha quando são feitas longe de nós,  no tempo e no espaço, mas parecem " outra coisa" quando acontecem no presente ou passado recente do nosso próprio país, porque as forças de dominação estão sempre atuando no nosso subconsciente, cujos valores são reforçados diariamente através das estruturas de inseminação  ideológica. Sobre isso aliás,  vale a pena assistir essa palestra desse ponto em diante:

https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=R31LT7piqbg&t=6480s

Num contexto de escravizacão de índios pelos europeus aqui na america latina, qual a única posição legitima que caberia à espiritualidade positiva adotar? posicionar-se contra e apoiar os grupos que  se rebelassem contra isso. Na época da escravidão dos negros? idem. No black lives matter....idem

Mas quando o assunto vem para as execuções dos moradores das favelas, pela polícia... aí complica. Quanto se fala das execuções de lideranças rurais, ligadas ao MST por exemplo, ou lideranças indígenas que apenas querem proteger seu território, ou quando se fala de feminismo... aí complica.

No fundo é aquilo que todo mundo sabe: se Jesus viesse hoje de novo, seria crucificado de novo, e com a poio das igrejas cristãs, da mesma forma como foi crucificado com o apoio dos fariseus e autoridades religiosas judaicas, porque é a lógica do chapeleiro louco:

Citar

" Quando Alice estava tomando chá com o Chapeleiro Louco, ela notou que não havia geléia. Pediu, então geléia, e ele disse:

-A geléia é servida dia sim, dia não.

Alice reclamou:

-Mas ontem também não havia geléia!”

-‘Isso mesmo’ respondeu o Chapeleiro Louco. ’A regra é esta: geléia sempre ontem e geléia amanhã, nunca geléia hoje…porque hoje não é ontem nem amanhã

Messias/Libertações/Mudança de paradigmas só no passado ou futuro, nunca no presente. Ou... Mandela é bem visto porque viveu longe, se vivesse aqui seria só um "vagabundo que foi parar na cadeia"

 

 

 

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23 horas atrás, sandrofabres disse:

Me parece que não exista um  conflito estrutural entre espiritualidade e politica.

Acho que preciso explicar um pouco melhor o que eu quis dizer quando me referi ao problema da convergência da espiritualidade com a política no caso do trabalho do Robson Pinheiro. Realmente não fui muito claro. 

Podemos dizer que a palavra "política" é usada para representar duas coisas distintas que, embora relacionadas, possuem uma sutil diferença:

  1. Política como conceito que, resumidamente trata da influência que cada cidadão exerce sobre os assuntos públicos por meio de seu voto em alguns representantes e também da ação de tais representantes como agentes políticos atuando de forma a representar uma determinada parcela da população. Ou seja, política é a forma que temos, como cidadãos de participarmos das decisões sobre os assuntos públicos. Essa é uma visão de política dentro de uma democracia mas é algo um pouco mais abrangente que isso e que adquire certos contornos dependendo do regime político.
  2. Política como sendo a forma como os agentes representantes políticos se comportam principalmente no Brasil (mas que deve ser mais ou menos assim no mundo todo) onde é considerado lícito fazer acordos por conveniência onde a ética precisa, muitas vezes, ser deixada de lado sob pretexto de se fazer a vontade de uma suposta maioria. Como exemplo, podemos pensar no político (deputado ou vereador, por exemplo) que durante o seu mandato se submete a votar a favor de determinadas propostas de leis que considera ética ou moralmente questionáveis mas que foram determinação de seu partido político. O mencionado político votaria então a favor dessas propostas para que possa ser permitido votar a favor de outras propostas que definam a causa que seja sua bandeira e que represente os interesses de sua proposta política. Ou seja, é aquele jogo de toma lá da cá. Eu voto nisso e fecho meus olhos para coisas questionáveis para que eu também possa votar naquilo outro que considero importantes. Ceder um pouco em prol daquilo que se consideraria um bem maior. Esse tipo de comportamento pode e frequentemente tende a gerar distorções de onde surjam atitudes políticas deletérias a população onde ética e moral são frequentemente pisoteadas em função do interesse escuso de alguns.

Então quando me referi a política anteriormente foi pensando neste segundo significado e não em relação ao sentido puro da palavra. É comum utilizar essa palavra dessa forma e deixar que o contexto a defina mas certamente isso pode dar margem à dúvidas. Então quando afirmo que é um problema o médium misturar sua ação mediúnica com política estou me referindo a esta política "impura", deturpada, cheia de acordos, conchavos e distorções do cotidiano político conhecido.

Obviamente que é importantíssimo para todo cidadão ter uma ação política, procurar se informar e participar de alguma forma. Por mais micro que seja, nem que seja só por meio do meu voto, minha ação política é importante quando penso numa sociedade mais humana e igualitária. Todo mundo deveria procurar se esforçar neste sentido. Inclusive médiuns, sacerdotes e demais espiritualistas. O problema está mais quando isso acontece de forma desconexa, sem conhecimento de causa ou simplesmente leviana.

Além disso, especificamente no caso dos médiuns o objetivo maior não está na ação política e sim na ação de esclarecimento e/ou assistencial onde a atuação política mais explícita tende a representar um fardo maior ao que se possa carregar e atrair um tipo específico de assedio que tende a se tornar uma barreira maior que a necessária. É importante não confundir as estações.

Isso não quer dizer que o encontro entre espiritualidade e política seja sempre negativo e o caso do Gandhi é aí um grande exemplo porque ele foi personalidade de importantíssima ação política que pautou todo o embasamento de suas teorias em conceitos profundamente espiritualistas. O próprio movimento Satyagraha, que foi um movimento político, tem seu fundamento em conceitos muito difundidos no contexto religioso hinduísta, satya e ahimsa que são dois dos cinco yamas de Patanjali que estão entre as bases da filosofia Yogi.

Entretanto, essa política do item 2 a que me refiro acima não combina com espiritualidade por estar poluída porque nela o ético e o antiético, o moral e o amoral frequentemente se encontram e muitas vezes se defende a tese de que os fins justificam os meios e isso não tem lugar numa espiritualidade verdadeira. Para a verdadeira espiritualidade, os fins NUNCA justificam os meios e não há espaço para a falta de ética e para as atitudes amorais. 

Então o espiritualista que quer se envolver com política de uma forma mais intensa precisa exercer um esforço sobre-humano para se manter no escopo da política pura dentro de sua definição mais básica. Não há espaço para abrir exceções porque essas exceções são, na maioria das vezes, a porta do precipício. Pouquíssimas são as pessoas capazes de tais feitos porque as tentações do caminho são muitas. A política frequentemente está relacionada ao poder e o poder corrompe com uma facilidade incrível.

Política e espiritualidade pode e deve se misturar mas apenas quando o caminho exige isso. Apenas nos casos em que há uma missão clara estabelecida.

Se o cara, assim como o Robson Pinheiros, não é capaz nem de identificar a amoralidade e antiética de um esquema de pirâmide, como que uma pessoa dessa pode ser bem sucedida (do ponto de vista ético e moral) misturando espiritualidade com política?

Na grande maior parte das vezes, não convém misturar mediunidade e política. Obviamente, há exceções mas estas, são muito específicas dado o atual nível evolutivo da humanidade. Talvez no futuro, isso seja mais comum e menos perigoso.

Só para resumir:

23 horas atrás, sandrofabres disse:

Me parece que não exista um  conflito estrutural entre espiritualidade e politica

Se você analisar a afirmação de forma incompleta:

Em 12/06/2021 at 00:31, Iogui disse:

Essa convergência toda das ideias espiritualistas com a política

Realmente não existe um conflito entre espiritualidade e política. Mas se você olhar para a afirmação como um todo:

Em 12/06/2021 at 00:31, Iogui disse:

Essa convergência toda das ideias espiritualistas com a política no meio de tantas distorções é coisa mesmo de enojar.

Verá que o problema não está na relação entre espiritualidade e política em si e sim nas distorções. (E, no final das contas, o que é a "lógica do chapeleiro louco" se não uma distorção?)

Acho importante realçar isso para não parecer que se está defendendo que espiritualidade e política são incompatíveis. Só é muito difícil conciliar as duas coisas de forma mais profunda porque a pessoa precisa ter um preparo que não é tão comum num mundo de tantas inconsequências como o que vivemos.

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Em 12/06/2021 at 14:49, bandeirapvh disse:

Mas não conheço mais do trabalho dele. Vc sabe se ele vive da renda dos livros dele? Ou se faz doação dessa renda. Se é muito rico.

Realmente não tenho essas informações. Só sei que existe algo que não me cheira muito bem no trabalho dele.

Desde antes mesmo de 2016, no começo deste tópico, quando mencionei essas minhas reticências ao trabalho do Robson Pinheiro foi porque algo não me parecia muito certo. Tendo um conhecimento razoavelmente bom da Umbanda, do Candomblé e mesmo do espiritismo kardecista (todos movimentos aos quais já participei com profundidade), quando li "Tambores de Angola", não consegui me convencer pelo conteúdo do livro. Não é que seja um livro ruim mas algo me parecia meio fora do lugar. Não sei bem te dizer o que é. Uma intuição talvez.
O livro "Faz Parte do Meu Show" onde, o Robson Pinheiro supostamente conta como foi a situação de Cazuza após sua morte me parece ainda mais inverossímil. Não fez o menor sentido pra mim. Simplesmente não me convenceu.

E isso tudo foi muito antes dessa tal trilogia política totalmente enviesada lançada por ele. Daí pra frente, foi só ladeira abaixo.

E aqui estou analisando só o conteúdo das obras. Nem estou olhando para a ação social do autor. Até mesmo porque ação social as vezes também pode servir de fachada para coisas bem menos honestas.

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