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Obsessão de encarnado para encarnado


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@Kaly, esse "pai de santo" que você citou no seu relato, entre o povo de santo (pessoal do Candomblé e da Umbanda ) esse tipo de gente é conhecido como quimbandeiro que é a palavra de origem africana para designar o "mago negro". Na maioria das vezes, eles são mais charlatães do que qualquer outra coisa mas há os que são mais espertos e perigosos. Pelo seu relato, não deve ser um deles, portanto, apenas mantenha a boa sintonia e siga a vida. ;-)

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@Dio.Castro, penso que só devamos ajudar quem realmente quer nossa ajuda e, pelo que você falou da reação deste teu amigo, ele não me parece estar querendo, né? Neste caso eu me limitaria a enviar boas vibrações, talvez fazer uma oração e pedir aos amigos espirituais que ajudem a pessoa pois, apenas desejar o bem, mal não faz, né?

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2 minutos atrás, Iogui disse:

@Dio.Castro, penso que só devamos ajudar quem realmente quer nossa ajuda e, pelo que você falou da reação deste teu amigo, ele não me parece estar querendo, né? Neste caso eu me limitaria a enviar boas vibrações, talvez fazer uma oração e pedir aos amigos espirituais que ajudem a pessoa pois, apenas desejar o bem, mal não faz, né?

verdade. mas a gente nao gosta de ver amigo sofrendo né? mas tenho  a obrigação de respeitar o espaço dele, e nao me intrometer onde nao fui chamado. ;)

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@Dio.Castro, na verdade, eu já respondi a esta pergunta:

10 horas atrás, Iogui disse:

Eu apenas passei a querer seguir algumas idéias e ideais que conflitavam um pouco com os costumes da religião. Por exemplo, não quero mais praticar sacrifícios de animais por ter me aprofundado bastante no conceito de ahimsa  (não violência ). Mas nem por isso os endemoniso. Senão, para ser consistente, eu teria que endemonisar todos que comem carne visto que, para tanto, precisam de forma direta ou indireta sacrificar a vida dos animais também  (carne não dá em árvore ).

Podemos dizer que eu senti que, a partir dali, deveria seguir outro caminho de desenvolvimento espiritual, ético e de pesquisa que conflitaria, ou seja, não daria pra fazer as duas coisas ao mesmo tempo. O Candomblé possui costumes que conflitariam com as idéias e práticas que eu pretendia aplicar à minha vida. Outro exemplo: a suntuosidade das vestimentas e dos rituais, embora possuam um fator cultural interessante e belo entrariam em conflito com o foco mais de desenvolvimento interno que eu estava e estou buscando. Eu não estava mais disposto a empregar tempo e esforço para manter essa estrutura.

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@Dio.Castro,

Vou te falar um pouco da minha experiência pessoal. Eu conheci a Umbanda aos 14 anos e o Candomblé aos 18. Sempre frequentei, mas comecei a trabalhar na Umbanda há poucos anos. Eu tenho 34 anos e te digo, o problema não é a religião, são as pessoas...e há gente de todo tipo, boas ou más, por isso não dá pra estigmatizar as pessoas pela religião que elas optam por seguir.

Quando o bicho pegou pro meu lado e eu resolvi trabalhar minha mediunidade, corri pra Umbanda e pedi ajuda, porque eu já frequentava, (mas não trabalhava), eu passei por um processo depressivo/obsessivo bem forte...pensei que não fosse superar. Optei por não tomar remédios, busquei uma solução mais holística e deu certo, mas foi muito difícil. Foi ali que desconstruí certas bases para me abrir para outras.

Não satisfeita em buscar ajuda na Umbanda, fui buscar mais uma opinião, mas desta vez, fui consultar os búzios...(eu estava desnorteada) e ouvi exatamente o que  me disseram na Umbanda, mas com algumas particularidades. Cheguei até a fazer um Bori, que é um  ritual específico do Candomblé, para acalmar as influências e equilibrar minha saúde. Eu tive a opção de escolher onde queria seguir e meu coração mandou pra Umbanda.

Não posso falar mal do Candomblé, pois já fui muito ajudada e orientada, mas o que pesou na hora da “escolha” foi essa questão do sacrifício dos animais, eu sei que é uma questão cultural e de tradição ancestral no Candomblé, mas eu simplesmente não conseguia encarar com naturalidade. Tenho muitos amigos no Candomblé e são pessoas ótimas, educadas, intelectualizadas, pessoas de bem, eu já recebi inúmeros convites pra entrar para a religião, mas não consigo, pois existiria conflito.

Eu infelizmente “ainda” consumo carne, mas é algo que pretendo trabalhar em breve...então seria mais conflituoso ainda.

A Umbanda que pratico trabalha com outros elementos, como flores, frutas e velas, não fazemos sacrifícios, não trabalhamos com sangue, não cobramos e não damos “ consultas” em casa, é a Umbanda pés no Chão, que foca na humildade, simplicidade e na caridade. Mas é claro que tem casas por aí, que se intitulam como "Umbanda" e que pensam e fazem diferente, conheci algumas ao longo dos anos.

Então meu amigo, reforço a idéia do amigo @Iogui, é necessário respeitar (mesmo discordando) das escolhas alheias. Cada um está num grau de entendimento e evolução e existem pessoas de boa e de má índole por todos os lados.

Carrego a Umbanda no meu coração, mas te digo que eu pessoalmente, acredito em espiritualidade independente de religião, inclusive estou fazendo cursos no IIPC, não que eu concorde com tudo que aprendo lá, mas devemos sempre estar abertos ao conhecimento...o aprendizado é constante.

 

 

 

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18 horas atrás, Iogui disse:

@Kaly, esse "pai de santo" que você citou no seu relato, entre o povo de santo (pessoal do Candomblé e da Umbanda ) esse tipo de gente é conhecido como quimbandeiro que é a palavra de origem africana para designar o "mago negro". Na maioria das vezes, eles são mais charlatães do que qualquer outra coisa mas há os que são mais espertos e perigosos. Pelo seu relato, não deve ser um deles, portanto, apenas mantenha a boa sintonia e siga a vida. ;-)

É, esse termo "quimbandeiro" gera um pouco de confusão a meu ver...no terreiro onde frequento, quimbanda é o nome dado ao trabalho realizado com Exus, que nada  mais é do que a linha de esquerda da Umbanda, uma ramificação digamos assim, que trabalha com o povo de rua e não trabalha para o mal.

Mas deve existir por aí, um pessoal mal intencionado que trabalha com magia negra e se intitula quimbandeiro.

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Realmente @lgomes, os termo quimbanda e kimbanda são meio controversos mesmo. Quimbanda hora é utilizado para representar a linha de esquerda (Exus e Pombas-Giras), hora é utilizado para representar o nome de uma religião, cujo foco são os trabalhos de linha de esquerda voltados para magia negra. Foi este segundo sentido que eu empreguei e que é bastante comum. Mesmo porquê, no Candomblé, ao menos na nação do Keto a que estou mais familiarizado, não se utiliza chamar os trabalhos de linha de esquerda de quimbanda como em alguns terreiros de Umbanda. Nos livros do F. Rivas Neto, ele faz distinção entre as palavras Kimbanda e Kiumbanda (que viria de Kiumbas - espíritos atrasados, de má índole, zombeteiros), a primeira um trabalho positivo com linha de esquerda, a segunda relacionada a magia negra. Alguns inclusive alegam que Kimbanda e Quimbanda são termos distintos com significados distintos sendo que o segundo tem o significado que utilizei e o primeiro não.

Eu pessoalmente não me importei tanto com a palavra em si visto que os próprios frequentadores destes cultos de magia negra se intitulam quimbanda.

Enfim... não nos prendamos a esta bagunça que as pessoas fazem das palavras e seus significados.

Uma das características interessantes da Umbanda é que, não possuindo ela um código único que a unifique como a bíblia para os católicos, acabam existindo muitas representações e interpretações distintas umas das outras. Os trabalhos em um terreiro, tenda ou igreja (como alguns preferem) podem ser muito diferentes de um para outro e nenhum deles está mais certo que o outro ou mais errado. São formas distintas e isso, as vezes, é até mesmo incentivado. É claro que justamente por conta destas características vão sempre surgir discordâncias e este tipo de confusão. Isso também acontece no Candomblé só que numa escala um pouco menor pois no candomblé existe uma preocupação um pouco maior em manter a tal da "tradição". E daí vem também aquele monte de briga de ego, cada um querendo estar mais certo e mais dentro da dita "tradição" do que o outro.

Sinceramente... essas "picuinhas" também são outros dos aspectos que me cansaram no Candomblé e eu sei que isso existe um pouco em tudo que é religião... na verdade em tudo que é agrupamento humano. E acho que a gente deveria crescer e parar com esse tipo de comportamento infantil... rs

Mas, digressões a parte, e voltando ao nosso pequeno estudo semântico, eu quero concluir que os próprios autores da literatura de Umbanda se debatem com estes termos e não chegam a uma conclusão de fato. Cada um tem a sua própria definição da coisa. A mim basta que vocês entendam que, ao utilizar o termo, eu estava me referindo ao seu significado relacionado com "culto de magia negra".

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On 13/5/2016 at 2:43 AM, Iogui said:

@Kaly, esse "pai de santo" que você citou no seu relato, entre o povo de santo (pessoal do Candomblé e da Umbanda ) esse tipo de gente é conhecido como quimbandeiro que é a palavra de origem africana para designar o "mago negro". Na maioria das vezes, eles são mais charlatães do que qualquer outra coisa mas há os que são mais espertos e perigosos. Pelo seu relato, não deve ser um deles, portanto, apenas mantenha a boa sintonia e siga a vida. ;-)

@Iogui gostaria muito de acreditar que ele era um charlatão, mas infelizmente tenho muitas provas de que ele realmente sabia coisas sobre a minha vida que ninguém mais sabia... Até mesmo o tal processo, ele já sabia antes de acontecer, ele já tinha me avisado que eu teria uma causa na justiça, que eu ficaria muito perturbada, mas andaria tudo ao meu favor, isso meses antes de acontecer o fato... Aí quando aconteceu, ele começou com essa de que as coisas tinham complicado e eu precisava sacrificar o boi...

Realmente, em partes ele tinha razão, pq eu venci a causa, mas a pessoa nunca foi presa até hoje... E nem vai ser presa, tenho certeza disso, mesmo condenada na justiça...

Teve uma vez que ele estava na cozinha e eu passei pela porta pra ir ao banheiro, ele me chamou de volta e falou: nega, quem é esse menino loirinho agarrado na tua perna? Vc sofreu um aborto?

Eu realmente tive um aborto espontâneo, mas ninguém sabia, pq eu não ficava contando isso pra ninguém, era uma dor minha...

Aí ele completou: não se preocupe não, ele vai voltar pra vc, não era hora dele nascer, mas ele te ama demais e está sempre ao seu lado..

Meu filho nasceu ano passado, loirinho, igual ele me descreveu essa criança...

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É @Kaly, conforme eu disse, nem todos são charlatães mas acho que você precisaria ter mais certeza de que esta pessoa está querendo te fazer mal a este ponto pois me parece muito pouco a motivação ser apenas por você ter se recusado a fazer o tal "trabalho" com ele. Você foi de alguma forma agressiva com ele ou notou da parte dele que ele não tenha gostado de como você agiu em relação a ele?

Você afirma que o tal pai de santo é de um terreiro "barra pesada", com que base? Não é só pelo fato de eles fazerem sacrifícios de animas não, né? Digo isso por que é comum o sacrifício no Candomblé e sem finalidades negativas.

Enfim, se o cara for chegado à prática de magia negra de fato é melhor você evitar contato.

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@Iogui o lance todo não era só por causa do boi... É uma longa história, vou tentar resumir sem entrar em muitos detalhes:

Essa minha "amiga" que hospedava ele, estava desempregada... Ela estava vivendo de bicos, organizava festas... Tinha 3 filhos pra criar... Eu sabendo da situação dela, ajudava indo trabalhar com ela, muitas vezes sem receber nada, pq ela dizia que davam calote nela e não me pagava... Veja bem, eu saia da minha cidade, viajava 12 h de trem pra ir até lá e não recebia nada por isso, sem falar nas despesas que eu tinha... Mas ok, eu tentava levar numa boa... O lance todo foi que quando tudo isso aconteceu, quando essa pessoa me agrediu, eu fui para o hospital... Enquanto me faziam exames, físicos e psicológicos, essa amiga foi pra delegacia testemunhar... Te pergunto: testemunhar o que? Eu não tinha nem feito a denúncia ainda... Quando terminei os exames, a polícia já estava me esperando do lado de fora, pra ir fazer o B.O., achei estranho ela ter ido testemunhar antes de mim.

Cheguei em casa, com a polícia junto comigo, foram pegar as roupas que eu estava usando no momento da agressão, eles estavam bebendo vinho, comemorando... Comemorando pq eu iria receber uma indenização... Olha isso...

Eles estavam de olho no possível dinheiro que eu ganharia com a causa... Aí começou essa história de matar o boi, teria que dar não sei quanto pra matar o boi... A tão amiga queria que eu pagasse uma lipo pra ela, pq ela foi testemunhar... Detalhe, ela não estava no momento da agressão... Nunca pedi pra ela ser testemunha de nada...

Eu sabendo da situação dela, desempregada e com 3 filhos, ofereci uma sociedade... Falei olha, a gente abre alguma coisa juntas, vc ganha seu dinheiro e paga a sua lipo... Ela não quis... Falei ok... Não quer, então é isso... Não vou te dar dinheiro pra uma lipo, sabendo que teus filhos tão passando necessidade...

Eis o motivo da perseguição...

Quanto a saber que ele é barra pesada, é pq vi ele realizando trabalhos do tipo: matar a sogra de alguém com magia, e vi a pessoa vindo agradecer, trazer bebidas e comidas, dinheiro, etc... Foi mais de um caso... 

Essa amiga me fez uma ligação, antes de eu mudar meus telefones, me ameaçando, que eles iriam me perseguir, caso eu não desse o dinheiro pra ela... Falei: ok, tenha um bom dia vc tbm... 

Faz uns 5 anos essa história toda, mas ainda chegam pessoas que eu conheço que me contam que ela foi perguntar de mim... A mulher não me esquece...

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Agora sim @Kaly, sabendo melhor da história toda eu posso imaginar com que tipos de mau elementos você acabou se envolvendo.

O melhor que você deve fazer nessa situação é:

1) Manter distância desse tipo de gente.

2) Procurar ajuda espiritual em algum lugar sério, seja casa espírita, tenda de umbanda, terreiro de Candomblé, ou qualquer outro lugar sério.

3) Não se abalar com possíveis sonhos e buscar manter um bom nível energético ao seu redor e da sua família. (Bons pensamentos, boas conversações, boas músicas, atividades sadias). Não se ligue energeticamente a eles, não fique pensando neles, lembrando com saudosismo ou com medo. Toque sua vida e procure ser feliz mas sempre tentando observar se o clima energético está bom e, em caso de dúvida, procure ajuda espiritual.

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@Iogui tento manter a paz no meu coração... Não sinto raiva deles, sinto pena... E nem isso gosto de sentir, melhor seria não sentir nada...

Como moro na Itália, aqui é difícil achar um centro, seja espírita, de candomblé e afins... (por isso que o dito cujo pai de santo vinha pra cá, pra fazer trabalho pros brasileiros daqui, pq não acha terreiro por aqui).

Eu só estava tentando entender como uma pessoa com um coração tão ruim consegue se conectar com os espíritos, e pessoas com boas intenções muitas vezes não conseguem... Era mais pra entender rsrsrs ( sei que ele se conecta com o mal, mas acho que os espíritos do bem poderiam dar uma forcinha pro povo do bem tbm Kkkkkkkkkk)

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@Kaly, as pessoas com boas intensões conseguem sim. Se a pessoa é médium e se esforça por desenvolver sua mediunidade, ela consegue manter contato sim. Como qualquer outra coisa, exige trabalho e dedicação. Não tem mistério nisso não.

É claro que se a pessoa, tem má índole, é médium e está em contato com espíritos de sua sintonia, também vai conseguir estabelecer contato. Muitas vezes, a pessoa já nasce de acordo com magos negros a fim de se tornar médium deles, isso também acontece. Também não tem mistério.

Uma observação importante para quem estiver lendo o tópico: Pessoas que praticam magia negra (trabalhos para matar, prejudicar, fazer o mal, suplantar a vontade alheia e etc.) não podem ser consideradas praticante do Candomblé pois o Candomblé não é isso. Candomblé é uma religião honesta e de bons princípios e, quando levada a sério, é quase que uma extensão da família e tem esse clima de família. O mesmo vale para a Umbanda que é algo muito belo e de respeito.

Portanto, o que essa pessoa citada pela Kaly pratica, não é Candomblé nem Umbanda, e sim Quimbanda daquela das mais baixas. Pura magia negra.

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Em 14/05/2016 at 00:22, Iogui disse:

Realmente @lgomes, os termo quimbanda e kimbanda são meio controversos mesmo. Quimbanda hora é utilizado para representar a linha de esquerda (Exus e Pombas-Giras), hora é utilizado para representar o nome de uma religião, cujo foco são os trabalhos de linha de esquerda voltados para magia negra. Foi este segundo sentido que eu empreguei e que é bastante comum. Mesmo porquê, no Candomblé, ao menos na nação do Keto a que estou mais familiarizado, não se utiliza chamar os trabalhos de linha de esquerda de quimbanda como em alguns terreiros de Umbanda.

Sim, eu também frequentava Candomblé de Ketu. Realmente quem não conhece acha que Exu de Candomblé e Exú de Umbanda são os mesmos, mas sabemos que não, que são energias diferentes.

 

Em 14/05/2016 at 00:22, Iogui disse:

Uma das características interessantes da Umbanda é que, não possuindo ela um código único que a unifique como a bíblia para os católicos, acabam existindo muitas representações e interpretações distintas umas das outras. Os trabalhos em um terreiro, tenda ou igreja (como alguns preferem) podem ser muito diferentes de um para outro e nenhum deles está mais certo que o outro ou mais errado. São formas distintas e isso, as vezes, é até mesmo incentivado. É claro que justamente por conta destas características vão sempre surgir discordâncias e este tipo de confusão. Isso também acontece no Candomblé só que numa escala um pouco menor pois no candomblé existe uma preocupação um pouco maior em manter a tal da "tradição". E daí vem também aquele monte de briga de ego, cada um querendo estar mais certo e mais dentro da dita "tradição" do que o outro.

É, esse lado eu acho meio ruim, o fato de não existir um código/regra única que estabeleça certas normas, acaba deixando algumas pontas meio soltas...daí cada um faz como aprendeu, e a coisa vai rolando...mas, a gente sabe que problemas existem em todos os lugares, por isso tenho me questionado muito a respeito de religião....

 

Em 14/05/2016 at 10:36, Iogui disse:

Você afirma que o tal pai de santo é de um terreiro "barra pesada", com que base? Não é só pelo fato de eles fazerem sacrifícios de animas não, né? Digo isso por que é comum o sacrifício no Candomblé e sem finalidades negativas.

Pois é, eu já li muito a respeito, já tentaram me explicar de tudo que é jeito a finalidade dos sacrifícios. Entendo que faz parte da tradição da religião, mas lá no fundo do meu coração eu juro que não compreendo. Aliás se não fosse por essa questão, talvez eu estivesse no Candomblé e não na Umbanda. É que eu fico aqui me questionando, se são energias sublimes, do bem, por que cargas d'água precisam da energia do sangue? daí a maioria das pessoas acaba associando o sacrifício à finalidades negativas...

Lembro que existia um famoso pai de Santo do Rio de Janeiro, que já faleceu, Pai Agenor Miranda e me lembro que ele se posicionava contrário à prática das matanças, ele dizia que o Orixá, sendo força da natureza, só precisa do sangue das folhas...

@Iogui, já que estamos no assunto, peço aos demais que me perdoem, pois o fórum trata de projeção, mas tendo em vista que esses dias alguém postou alguma dúvida referente ao Tarot, então tomo a liberdade de fugir um pouco ao foco do fórum. Esses tempos consultei os búzios e confesso, não me animei muito com o que ouvi, apesar de confiar na pessoa que jogou e respeitar o oráculo em si, fiquei intrigada...

Me diga, na sua concepção atual,  depende da interpretação de quem joga ou realmente da energia que responde, lógico que os dois fatores são importantes, mas ...até que ponto confiar sem questionar?

 

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Só falando em relação ao sangue:

Eu vejo da seguinte forma:

Para fazer algo, mesmo no plano material, você precisa de "recursos", que no mundo material é dinheiro.

Pessoas honestas trabalham para adquirir recursos, pessoas desonestas roubam (baixo escalão), ou escravizam outros para que trabalhem por eles (alto escalão).

Assim, se uma operação precisa ser feita, recursos serão necessários, mas quem tem ética mais elevada se recusa a obter esses recursos de maneira questionável.

 

A questão do sangue se enquadra nisso, pois é o meio mais rápido e fácil para obter grande quantidade de recursos de energia densa. No entanto pode-se obter os mesmos recursos de forma não tão questionável, e mais trabalhosa, se as entidades do local são competentes para isso. Logo, se é permitido usarem a forma mais fácil, o sangue, também o nível das entidades do grupo será mais baixo, porque mesmo entidades de capacidade quase nula  podem operar milagres se houver sangue disponível.

De certa forma, ao introduzir esse "ponto de corte", separam-se "os homens dos meninos". As entidades que não conseguem absorver energias densas de fontes naturais, porque elas próprias estão "abaixo do seu nível natural", terão que trabalhar em outros centros menos exigentes.

É similar à lógica do viver de luz: se você consegue elevar sua frequência o suficiente, você pode absorver prana em quantidade suficiente para não precisar comer. Caso não consiga, precisará comer para se manter. Portanto criar um critério assim (no caso o sangue) garante um nível melhor dos trabalhadores espirituais da casa.

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@lgomes e @sandrofabres, em relação aos sacrifícios no Candomblé tenho algumas observações a fazer, já que entramos no mérito da questão. A primeira coisa é que não se trata apenas do sangue, não é só ele que é utilizado. A coisa do sacrifício no Candomblé tem mais a ver com "compartilhar" e com "refeição", você está compartilhando uma refeição com o orixá. Tudo é aproveitado de uma forma ou de outra, o sangue, os axés, a carne e são feitas comidas que, no decorrer do ritual serão consumidas pela comunidade do terreiro. Portanto, pelo menos pra mim, eu considerava grande hipocrisia a pessoa que come carne, criticar os sacrifícios. Um dos grandes motivos pelos quais eu deixei o Candomblé foi justamente porque eu não queria mais concorrer para a matança de animais de nenhuma forma, assim, eu não só deixei o Candomblé mas também parei de comer carne.

Outra coisa é que, o Candomblé teve origem nas tradições tribais de culto aos Orixás em uma África ancestral e toda a sua estrutura é feita de forma a englobar toda a comunidade de uma forma hierarquizada e não excludente onde todos possuem um lugar, possuem o seu valor e são respeitados pelo que são (incluindo a hierarquia espiritual), ou seja, é muito simplista dizer que no espiritual existam apenas espíritos de tal ou tal classe dentro do Candomblé. É claro que esta religião ainda traz muitos rituais que poderiam ser encarados como primitivistas e também é claro que, como movimento humano ele também passa por transformações que tendem a ir modificando seus elementos de forma a se adequar mais a vida moderna.

@lgomes você cita o Professor Agenor Miranda Rocha que tinha um ponto de vista polêmico dentro da religião justamente por defender a não utilização das matanças. São bastante conhecidas suas palavras a este respeito: "A força do candomblé está no sangue verde das plantas e não no sangue vermelho dos animais". Uma observação interessante em relação a ele é que ele não era um pai de santo. Ele era um babalawo de origem africana (que é um sacerdote de ifá e não possui filhos de santo), cargo muito incomum no Brasil onde os pais de santo acabaram englobando também a sua função com o uso do jogo de búzios (o babalawo não joba búzios, ele joga opele-ifa que também é um jogo divinatório mas muito mais elaborado e complexo) e ele também era babalossain que é um cargo responsável pelas folhas e ervas em geral (banhos e remédios e etc). Alguns afirmam que sua defesa ao uso das folhas versus o uso de matança de animais se deve justamente a este fato.

Quanto à sua pergunta @lgomes, o jogo de búzios é tarefa mediúnica e, portanto, depende de mais coisas do que somente interpretação. É claro que tem interpretação e, como toda tarefa mediúnica, a comunicação possui um percentual que é do médium. Nenhuma comunicação mediúnica é isenta. Uma curiosidade a este respeito, dizem que a famosa Mãe Menininha jogava búzios e, no meio do jogo, complementava as informações que via nos búzios com coisas que ela dizia enxergar olhando para o aparelho de tv que tinha no aposento, ou seja, ela era clarividente.

De qualquer forma, @lgomes, nunca confie em nada sem questionar. Eu acho que, se temos a razão, devemo utilizar.

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12 minutos atrás, Iogui disse:

é muito simplista dizer que no espiritual existam apenas espíritos de tal ou tal classe dentro do Candomblé

Eu pelo menos não disse isso, só falei que se não quer a companhia de alcóolatras, não servir bebidas alcoólicas na suas festinhas familiares ajudará a que eles percam interesse nas suas festas, e isso não dependerá das crenças, cultura,s hábitos, tradições de ninguém, trata-se de praticidade.

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1 hora atrás, sandrofabres disse:

Eu pelo menos não disse isso, só falei que se não quer a companhia de alcóolatras, não servir bebidas alcoólicas na suas festinhas familiares ajudará a que eles percam interesse nas suas festas, e isso não dependerá das crenças, cultura,s hábitos, tradições de ninguém, trata-se de praticidade.

Realmente, Sandro, quanto a isso você tem razão. Se são feitos sacrifícios, isso tende a atrair uma classe de espíritos que tenham gosto por isso. É claro também que dependendo dos cuidados dispensados pela equipe espiritual relacionada aos trabalhos de candomblé, essa classe de espíritos menos evoluídos não terão acesso livre ao menos ao ritual. 

De qualquer forma eu tendo a concordar com o Professor Agenor Miranda Rocha e acho que os sacrifícios deveriam ser deixados no passado. A sabedoria das ervas pode trazer muito mais benefícios e, por si só, já representaria com magnanimidade a beleza que ainda existe no Candomblé. 

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17 hours ago, Joe said:

Tu usa uma foto de kaly devia lembrar que pra solucionar coisas que parecem impossíveis a força da divindade é perfeita pra isso. :-P

@Joe Kaly foi o apelido que um grande amigo me deu há muitos anos, justamente pq ele me comparava com a força dessa deusa, de chegar solucionando tudo rsrsrsrs... Eu acredito nessa força... Mas estou sempre vigiando :)

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Tenho uma parte escaneada do livro do Robson, Os Guardiões, que descreve uma visita astral a um grupo de umbanda, o que mostra que, sinceramente, se não tem gente 100% clarividente ali trabalhando, a coisa fica meio que "a deus dará"

https://drive.google.com/file/d/0ByXGi2vq5-wsWFpMNE55S0JJYkE/view?usp=sharing

Ele fala no texto que antes tinham visitado o grupo de candomblé. Não lembro do que ela falou sobre candomblé, talvez porque nunca nem conheci ninguém que frequentasse candomblé. Como acabei vendendo para um sebo 300 livros em português, para dar espaço nas estantes,  não lembro se os livros do Robson foram embora junto (porque a trilogia das sombras já tem em pdf na internet). Quando voltar para casa vou ver se acho o livro e checo o capítulo para ver se tem algo que acrescente aqui.

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@sandrofabres, eu já lí alguns livros do Robson pinheiro, mas sinceramente, fico com um pé atrás com os livros dele. Os livros dele não me inspiram confiança. Por exemplo, o livro "Faz parte do Meu Show" me parece extremamente fantasioso, os livros Aruanda  e Tambores de Angola também me pareceram muito fraquinhos e o Legião (primeiro da trilogia O Reino das Sombras) não me convenceu muito não aí acabei nem lendo o resto dessa trilogia que tenho em pdf. Esse que você citou é de outra trilogia, Os Filhos da luz. Talvez algum dia eu dê uma chance a ele e leia outros de seus livros mas os que lí até agora não inspiram a ler mais de sua obra.

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Agora... também tem uma coisa, eu convivi durante 20 anos no meio tanto da Umbanda quanto do Candomblé e te digo que tem muita "marmotagem" no meio viu? Eu até me arrisco a dizer que de 10 casas de Umbanda ou de Candomblé 1 é realmente séria e as outras 9 não valem a pena. Isso na minha opinião, é claro.

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22 minutos atrás, Iogui disse:

@sandrofabres, eu já lí alguns livros do Robson pinheiro, mas sinceramente, fico com um pé atrás com os livros dele. Os livros dele não me inspiram confiança. Por exemplo, o livro "Faz parte do Meu Show" me parece extremamente fantasioso, os livros Aruanda  e Tambores de Angola também me pareceram muito fraquinhos e o Legião (primeiro da trilogia O Reino das Sombras) não me convenceu muito não aí acabei nem lendo o resto dessa trilogia que tenho em pdf. Esse que você citou é de outra trilogia, Os Filhos da luz. Talvez algum dia eu dê uma chance a ele e leia outros de seus livros mas os que lí até agora não inspiram a ler mais de sua obra.

Ah não mas eu parei nesse que escaneei. Os melhores para mim vieram antes. Legião ainda achei o melhor, o que veio depois minguou, parece que ficou enchendo linguiça.

Eu acho que ele enfeita e aumenta, para dar sentido, porque pelo que convivi com médiuns, ninguém nunca tem uma estorinha pronta assim, com início meio e fim, sobre algo. São sempre fragmentos, só que aí não dá para colocar em livro. Então acho que ele pode costurar fragmentos reais  para conseguir dar sentido, sei lá.

Mas como eu já relatei aqui, as coisas que tem no legião mesmo são tão parecidas com coisas que aconteciam no nosso grupo, que achei que o Robson poderia ter participado dos nosso trabalhos, em astral, sem sabermos, eueueue. Por isso levei a sério quando li o Legião. Depois foi minguando de conteúdo.

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