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Sombra preta de chapéu


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Bom dia, gente!

Percebo que o pessoal daqui é bem entendido e experiente, e talvez alguém possa me esclarecer uma dúvida que persiste há anos. Quando busco na internet a resposta é sempre muito genérica, e na verdade, tem-se aquele impressão de que ninguém na verdade sabe o que é. Mas talvez aqui eu encontre alguma resposta...

Quem ou o quê é aquela sombra preta que às vezes se vê, não necessariamente em projeção astral, que usa um CHAPÉU? E qual a razão do chapéu, que sentindo tem?...rsrsrs

Também já vi, não em projeção astral, mas tentando uma - eu não estava paralisado, talvez alguém suponha que eu estivesse cataléptico - uma figura bemmmmmmm branca sentada ao meu lado no sofá. Essa figura sorria e tinha rosto. O homem de chapéu não tinha rosto... embora estivesse escuro quando o vi, e ele já é uma sombra... 

Nas duas ocasiões, que já se repetiram, eu estava muito acordado, e podia me movimentar, tanto que nas duas ocasiões cobri o rosto. E quando descobri as entidades ainda estavam lá...

Alguém sabe o que pode ser?

 

Obrigado! 

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fredrobmainbg.jpg

 

Mas falando sério, eu nunca cruzei com nenhuma figura sombria de chapéu. Já estive em astral com um cara assim, sem tridente ou charuto, e chapéu baixo asism, não cartola como alguns representam .Não se quem era, mas parecia um tipo de protetor, do tipo de ação, não do tipo de "pregação":

image003.gif

 

Mas como eu estava projetado, era um cara normal para mim, e não tive dúvida de que era um sujeito do bem.

Mas já li em livros americanos, sobre lendas urbanas,  que lá para cima muita gente relata ver um tal vulto negro de chapéu, nas sombras mesmo em vigília. Falam coo se fosse comum mas eu nunca ouvi falar disso por aqui, antes que esses materiais de lendas americanas começassem a circular por aqui, depois do filme "Lendas Urbanas", que meio que chamou atenção do público em geral para esse termo e as variedades disso.

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O que acham disso?

Encontrei agora...

Os Predadores do Ser Humano: Os Voadores

 
 “Eles descobriram que nós temos companhia na vida,” ele disse, tão claramente quanto pôde. “Nóstemos um predador que veio das profundezas do cosmos e assumiu o controle de nossas vidas. Os seres humanos são seus prisioneiros. O predador é nosso senhor e mestre. Nos faz dóceis e desamparados. Se queremos protestar, suprime nosso protesto. Se queremos agir independentemente, exige que não o façamos.” 

(...)

“Está um breu aqui”, don Juan disse, “mas se você olhar pelo canto do olho, você ainda verá sombras em movimento, saltando ao seu redor.”

Ele estava certo. Eu ainda podia vê-las. Seu movimento me deixou atordoado. Dom Juan acendeu a luz, e isso pareceu dissipar tudo.

(...)

“Por que este predador assumiu o controle do modo que você está descrevendo, don Juan?” eu perguntei. “Deve haver uma explicação lógica”.

“Há uma explicação”, don Juan respondeu, “que é a explicação mais simples no mundo. Eles nos dominam porque somos comida para eles, e nos apertam impiedosamente porque somos seu sustento. Da mesma  maneira que nós criamos galinhas em galinheiros, gallineros, os predadores  nos criam em gaiolas humanas, humaneros. Então, sua comida está sempre disponível para eles.”

(...)


“Bem,” ele disse, “você não ouviu todas as afirmações ainda. Espere um pouco mais e veja como você se sente. Eu vou sujeitá-lo a um ataque relâmpago. Aliás, eu vou sujeitar sua mente a tremendos assaltos, e você não pode levantar e partir porque você está preso. Não porque eu o estou prendendo, mas porque algo em você o impedirá de partir, enquanto outra parte de você ficará totalmente desarvorada. Então prepare-se!”  

Havia algo em mim que estava, eu sentia, com desejo de ser castigado. Ele tinha razão. Eu não teria ido embora por nada neste mundo. E ainda assim eu não gostava nem um pouco das coisas que ele estava dizendo.

“Eu quero atrair a sua mente analítica”, don Juan disse. “Pense por um momento, e me diga como você explica a contradição  entre a inteligência do homem engenheiro e a estupidez de seus sistemas de convicções, ou a estupidez de seu comportamento contraditório. Os feiticeiros acreditam que os predadores nos deram nosso sistema de crenças, nossas idéias de bem e mal, nossos costumes sociais. Foram eles que programaram nossas esperanças e expectativas e sonhos de sucesso ou fracasso. Eles nos deram ambição, ganância, e covardia. São os predadores que nos fazem complacentes, rotineiros, e egomaníacos”.

(...)

“Não, eles não fazem assim. Isso é idiota!” Don Juan disse, sorrindo. “Eles são infinitamente mais eficientes e organizados que isso. Para nos manter obedientes, submissos e fracos, os predadores empreenderam uma manobra estupenda — estupenda, claro, do ponto de vista de um combatente estrategista. Uma manobra horrenda do ponto de vista dos que a sofrem. Eles nos deram sua mente! Entende? Os predadores nos dão a mente deles que se torna a nossa mente. A mente dos predadores é grotesca, contraditória, taciturna e cheia de medo de ser descoberta a qualquer momento.”
 
matrix36.jpg
O Predador segundo o filme "Matrix"
“Eu sei que embora nunca tenha passado fome,” ele continuou, “você tem ansiedade por comida que não é diferente da ansiedade do predador que teme que a qualquer momento sua manobra vai ser descoberta e sua comida vai ser negada. Pela nossa mente que, afinal de contas, é a mente deles, os predadores injetam nas vidas dos seres humanos tudo que é conveniente para eles. E eles asseguram, desta maneira, um grau de segurança para agir como um pára-choque contra o medo deles.”

(...)

Don Juan deu um largo sorriso. Ele estava tão contente quanto um saltimbanco. Ele explicou que os feiticeiros vêem as crianças como estranhas e luminosas bolas de energia, cobertas de cima a baixo com uma capa brilhante, algo como uma cobertura de plástico que é ajustada firmemente em cima de seu casulo de energia. Ele disse que aquela capa brilhante de consciência era o que os predadores consumiam, e que quando um ser humano alcançava a idade adulta, tudo que sobrava daquela capa brilhante de consciência era uma franja estreita que ia do chão  ao topo dos dedos do pé. Aquela franja permitia ao gênero humano continuar vivendo, mas só de forma precária.

Como em um sonho, eu ouvi Don Juan Matus explicando que, ao que ele sabia, o homem era a única espécie que tinha a capa brilhante de consciência fora de seu casulo luminoso. Portanto, ele se tornou presa fácil para uma consciência de uma ordem diferente, como a consciência pesada do predador.

Ele fez então a declaração mais prejudicial que tinha feito até então. Ele disse que esta faixa estreita de consciência era o epicentro da auto-reflexão, onde o homem era irremediavelmente preso. Manipulando nossa auto-reflexão, que é o único ponto de consciência que nos restou, os predadores criam lampejos de consciência que eles em seguida consomem de forma cruel e predatória. Eles  nos dão problemas frívolos que forçam esses lampejos de consciência a aumentar, e desta maneira nos mantêm vivos para que eles possam ser alimentados com o brilho energético de nossas pseudo-preocupações.

(...)

“Não há nada que você ou eu possamos fazer sobre isso,” Don Juan disse em uma voz triste e grave. “Tudo que nós podemos fazer é disciplinar-nos até o ponto onde eles não poderão nos tocar. Como você pode pedir para os seres humanos que passem por esses rigores de disciplina? Eles rirão e farão chacota de você, e os mais agressivos irão até bater-lhe. E nem tanto porque eles não acreditem nisto. Bem fundo, nos recônditos de todo ser humano, há um conhecimento ancestral, visceral sobre a existência dos predadores”.

(...)

“Sempre que as dúvidas empurrarem você para um ponto perigoso”, ele disse, “faça algo pragmático a respeito. Apague a luz. Perscrute a escuridão; descubra o que você pode ver”.
Ele se levantou para apagar as luzes. Eu o impedi.

“Não, não, Don Juan”, eu disse, não apague as luzes. “Eu estou bem”.

O que eu sentia então era um, para mim incomum, medo da escuridão. O mero pensamento me fez arquejar. (...)

“Você viu as sombras passageiras contra as árvores”, Don Juan disse, recostando-se no espaldar de sua cadeira. “Isso é muito bom. Eu gostaria que você os visse dentro deste quarto. Você não está vendo nada. Você está simplesmente capturando imagens passageiras. Você tem bastante energia para isso”.

Eu temia que don Juan se levantasse de qualquer maneira e apagasse as luzes, o que ele fez. Dois segundos depois, eu estava gritando a plenos pulmões. Não só consegui um rápido lampejo dessas imagens passageiras, como eu os ouvi zumbindo em meus ouvidos. Don Juan caiu na gargalhada enquanto acendia as luzes.

“Que sujeito temperamental!” ele disse. “Um cético  total, por um lado, e um pragmático total por outro. Você tem que organizar esta briga interna. Caso contrário, você vai inchar como um sapo grande e estourar.”

(...)

“Os feiticeiros de México antigo”, ele disse, “viam o predador. Eles o chamaram o voador porque voa pelo ar. Não é uma bela visão. É  uma sombra grande, impenetravelmente escura, uma sombra preta que salta pelo ar. Então, pousa pesadamente no chão. Os feiticeiros de México antigo ficavam facilmente doentes com a idéia de quando teriam feito seu aparecimento na Terra. Eles achavam que o homem deveria ter sido em certo ponto um ser completo, com insights estupendos e feitos de consciência que são hoje em dia lendas mitológicas. E então tudo parece desaparecer, e nós temos um homem sedado agora”.

(...)

O que eu estou dizendo é que o que temos contra nós não é um simples predador. É muito inteligente, e organizado. Segue um sistema metódico para nos fazer inúteis. O Homem, o ser mágico que ele é destinado a ser, não é mais mágico. Ele é um pedaço comum de carne. Não há nenhum sonho mais no homem a não ser os sonhos de um animal que está sendo criado para se tornar um pedaço de carne: muito vulgar, convencional, imbecil.”

(...).

Este predador”, don Juan disse, “que, claro, é um  ser inorgânico, não é completamente invisível a nós, como outros seres inorgânicos são. Eu penso que quando crianças nós podemos vê-lo e decidimos que é tão horroroso que nós não queremos pensar nisto. Crianças, claro, podem teimar em focalizar sua visão, mas todos ao seu redor as dissuadem de fazer isso”.

A única alternativa deixada para o gênero humano”, ele continuou, “é a disciplina. Disciplina é o único dissuasor. Mas por disciplina eu não quero dizer rotinas severas. Eu não quero dizer acordar todas as manhãs às cinco e meia e entrar na água fria até que você fique azul. Feiticeiros entendem  disciplina como a capacidade para enfrentar com serenidade imprevistos que não estão  incluídos em nossas expectativas.

Para eles, disciplina é uma arte: a arte de enfrentar o infinito sem vacilar, não porque eles são fortes e duros, mas porque eles estão cheios de respeito e temor.”

(...)

“Os feiticeiros dizem que disciplina torna a capa brilhante de consciência sem sabor para o voador”, Don Juan disse, examinando minha expressão como para descobrir qualquer sinal de descrença. “O resultado é que os predadores ficam desnorteados. Uma capa brilhante de consciência não comestível não é parte da cognição deles, eu suponho. Depois de ficarem confusos, eles não têm nenhum recurso além de se abster de continuar sua tarefa abominável”.

Se os predadores não comerem nossa capa brilhante de consciência por algum tempo”, ele continuou, “ela continuará crescendo. Simplificando este assunto ao extremo, eu posso dizer quefeiticeiros, por meio de sua disciplina, repelem os predadores tempo suficiente para permitir que sua capa brilhante de consciência cresça além do nível dos dedos do pé. Uma vez que vá além do nível dos dedos do pé, cresce de volta a seu tamanho natural”.

“Os feiticeiros de México antigo costumavam dizer que a capa brilhante de consciência é como uma árvore. Se não é podada, cresce até seu volume e tamanho naturais. Quando a consciência atinge níveis mais altos que os dedos do pé, tremendas manobras de percepção se tornam naturais.”

O truque principal desses feiticeiros de tempos antigos,” don Juan continuou, “era sobrecarregar a mente dos voadores com disciplina. Eles descobriram que se eles ‘taxassem’ a mente dos voadores com silêncio interno, a instalação estrangeira fugiria, dando a qualquer um dos praticantes envolvidos nesta manobra a certeza total da origem externa da mente. A instalação estrangeira volta, eu lhe asseguro, mas não tão forte, e começa um processo no qual o fugir da mente dos voadores se torna rotineiro, até um dia que foge permanentemente. Um dia triste realmente! Esse é o dia em que você tem que confiar nos seus próprios dispositivos, que são quase zero. Não há ninguém para lhe dizer o que fazer. Não há nenhuma mente de origem alienígena para ditar as imbecilidades às quais você está acostumado.”

(...)

Don Juan continuou, “que este era o dia mais duro na vida de um feiticeiro, pois a mente real que pertence a nós, a soma total de nossas experiências, depois de toda uma vida de dominação se tornou tímida, insegura, e velhaca. Pessoalmente, eu diria que a batalha real dos feiticeiros começa naquele momento. O resto somente é preparação.”

Eu fiquei genuinamente agitado. Queria saber mais,  e ainda assim um sentimento estranho em mim clamava para eu parar. Aludia a resultados negros e castigo, algo como a ira de Deus descendo em mim por ter mexido com algo ocultado pelo próprio Deus. Eu fiz um esforço supremo para permitir minha curiosidade vencer.

“Qu—qu—que você quer dizer,” eu me ouvi dizer, “taxando a mente dos voadores?”

“Disciplina taxa a mente estrangeira tremendamente”, ele respondeu. “Assim, pela disciplina, feiticeiros derrotam a instalação alienígena”.

(...)

Ele olhou para mim e sorriu maliciosamente. “A mente dos voadores foge para sempre,” ele disse, “quando um feiticeiro tem sucesso em agarrar a força vibratória que nos une num conglomerado de campos de energia. Se um feiticeiro mantiver aquela pressão tempo suficiente, a mente dos voadores foge derrotada. E isso é exatamente o que você vai fazer: agarre-se à energia que o mantém unido.”

(...)

“Você está temendo a ira de Deus, não é?” ele disse. “Fique certo, isso não é seu medo. É o medo dos voadores, porque sabe que você fará exatamente como eu estou lhe falando”.

As palavras dele não me acalmaram em absoluto. Eu me sentia pior. Eu estava tendo ânsias de vômito involuntariamente, e não tinha nenhum meio de parar isto. “Não se preocupe”, disse Don Juan calmamente. “Eu sei por experiência que esses ataques se enfraquecem muito depressa”. A mente do voador não tem absolutamente nenhuma concentração.”

(...)

Eu tinha liberado de alguma maneira em mim uma visão miserável: sombras pretas, esvoaçantes, saltando ao redor de mim, para onde quer que eu me virasse. Eu fechei meus olhos e descansei minha cabeça no braço da cadeira estofada. “Eu não sei para onde me virar, Don Juan,” eu disse. “Hoje à noite, você realmente teve sucesso em me deixar perdido.”

Você está sendo rasgado por uma luta interna,” disse Don Juan. “Bem nas profundezas de seu ser, você sabe que é incapaz de recusar o acordo em que uma parte indispensável de você, sua capa brilhante de consciência, vai servir como uma fonte incompreensível de alimento para, naturalmente, entidades incompreensíveis. E outra parte de você ficará contra esta situação com todo seu poder.”

“A revolução dos feiticeiros,” ele continuou, “é que eles recusam honrar acordos dos quais eles não participaram. Ninguém nunca me perguntou se eu consentia em ser comido por seres de um tipo diferente de consciência. Meus pais apenas me trouxeram neste mundo para ser comida, como eles, e isso é o fim da história.”

(...)

Em casa, à medida que o tempo passava, a idéia dos voadores se tornou um das principais fixações de minha vida. Eu cheguei ao ponto onde eu sentia que Don Juan estava absolutamente certo sobre eles. Não importa  quanto eu tentasse, não podia descartar sua lógica. Quanto mais eu pensava nisso, mais eu falava e observava a mim e meus pares da raça humana, mais intensa a convicção de que algo estava nos tornando incapaz de qualquer atividade ou qualquer interação ou qualquer pensamento que não tivesse o ego como ponto focal. Minha preocupação, como também a preocupação de todos que eu conhecia ou com quem conversava, era o ego. Como eu não podia achar nenhuma explicação para tal homogeneidade universal, eu acreditei que a linha de pensamento de don Juan era o modo mais apropriado de elucidar o fenômeno.

(...)

“Eu tentei o máximo ser racional sobre este assunto,” disse eu, “mas eu não posso. Há momentos em que eu concordo completamente com você sobre os predadores.”

“Focalize sua atenção nas sombras fugazes que você vê de fato,” don Juan disse com um sorriso.

Eu disse a don Juan que essas sombras iam ser o fim de minha vida racional. Eu as via em todos os lugares. Desde que tinha deixado sua casa, eu era incapaz de dormir na escuridão. Dormir com as luzes acesas não me aborrecia em nada. O momento em que eu apagava as luzes, porém, tudo ao meu redor começava a saltar. Eu nunca via figuras completas ou formas. Tudo que eu via eram sombras pretas fugazes.

“A mente dos voadores não o deixou,” disse don Juan, “Ela foi seriamente ferida. Está tentando ao máximo rearranjar sua relação com você. Mas algo em você está rompido para sempre. O voador sabe isso. O perigo real é que a mente dos voadores pode ganhar cansando-o e forçando-o a desistir, mostrando a contradição entre o que ela diz e o que eu digo.”

“Você vê, a mente dos voadores não tem nenhum competidor,” don Juan continuou. “Quando ela propõe algo, concorda com sua própria proposição, e o faz acreditar que você fez algo de valor. A mente dos voadores dirá a você que tudo que Juan Matus está contando é pura tolice, e então a mesma mente concordará com sua própria proposição, 'Sim, claro que é tolice,' você dirá. Esse é o modo com que eles nos derrotam.”

Os voadores são uma parte essencial do universo,” ele continuou, “e devem ser levados como o que eles realmente são — pavorosos, monstruosos. Eles são os meios pelos quais o universo nos testa.”

Nós somos sondas energéticas criadas pelo universo,” ele continuou como se estivesse inconsciente da minha presença, “e é porque nós somos os possuidores de energia que tem consciência que nós somos os meios pelos quais o universo se dá conta de si mesmo. Os voadores são os desafiantes implacáveis. Eles não podem ser tomados como qualquer outra coisa. Se nós temos sucesso nisso, o universo nos permite continuar.”

Eu quis que don Juan dissesse mais. Mas ele disse apenas, “a blitz terminou a última vez que você esteve aqui; há tanto que você pode dizer sobre os voadores. Está na hora de outro tipo de manobra”.

(...)

“Apreciar a vista é para pessoas em carros”, ele disse. “Eles vão a grande velocidade sem qualquer esforço de sua parte. Apreciar a vista não é para andarilhos. Por exemplo, quando você está indo em um carro, você pode ver uma montanha gigantesca cuja visão o subjuga com sua beleza. A visão da mesma montanha não o subjugaria da mesma maneira se você olhá-la enquanto você for a pé; o impressionará de modo diferente, especialmente se você tem que escalá-la ou dar a volta em torno dela.”

(...)

“Não os (insetos) tente dispersar com sua mão”, ele disse em um tom firme. “Intente-os longe. Monte uma barreira de energia ao seu redor. Fique em silêncio, e de seu silêncio será construída a barreira. Ninguém sabe como isto é feito. É uma dessas coisas que os feiticeiros antigos chamavam fatos energéticos. Desligue seu diálogo interno. Isso é tudo que é necessário”.

(...)

“A idéia estranha”, ele disse lentamente, medindo o efeito de suas palavras, “é que todo ser humano nesta terra parece ter exatamente as mesmas reações, os mesmos pensamentos, os mesmos sentimentos. Eles parecem responder mais ou menos do mesmo modo aos mesmos estímulos. Essas reações parecem algo “enevoadas” pelo idioma que eles falam, mas se nós eliminarmos isso, são exatamente as mesmas reações que sitiam todo ser humano na Terra. Eu gostaria que você ficasse curioso sobre isto, como cientista social, claro, e veja se você poderia explicar formalmente tal homogeneidade.”

(...)

Eu estava profundamente envolvido pensando na tarefa que ele tinha delineado para mim. Comecei tentando revisar em minha mente se eu conhecia qualquer artigo ou documento escrito sobre este assunto. Eu pensei que eu teria que pesquisar, e decidi começar minha pesquisa lendo todos os trabalhos disponíveis em âmbito nacional. Eu me pus entusiástico sobre o tema, de modo fortuito, e realmente quis ir imediatamente para casa, porque queria levar a tarefa a sério, mas antes que nós chegássemos à sua casa, don Juan se sentou em uma borda alta que descortinava o vale. Não disse nada durante algum tempo. Ele não estava ofegante. Não pude conceber por que ele tinha parado para se sentar.

“A tarefa do dia, para você,” ele disse abruptamente, em um tom de presságio, “é uma das coisas mais misteriosas da feitiçaria, algo que vai além da linguagem, além das explicações. Nós caminhamos hoje, nós falamos,  porque o mistério de feitiçaria deve ser acomodado dentro do mundano. Deve originar-se do nada, e voltar novamente  para o nada. Isso é a arte dos guerreiros: passar pelo buraco de uma agulha desapercebidos. Então, firme-se apoiando suas costas nesta parede de pedra, o mais longe possível da extremidade. Eu estarei próximo, no caso de você desfalecer ou cair.
  
(...)
  
“Eu quero que você cruze suas pernas e entre no silêncio interior,” ele disse.

“Digamos que você quer descobrir que artigos você poderia procurar para desacreditar ou substanciar o que eu lhe pedi que faça em seu ambiente acadêmico. Entre no silêncio interior, mas não durma. Esta não é uma viagem pelo mar escuro de consciência. Isto é ver a partir do silêncio interior.”

Era bastante difícil para mim entrar no silêncio interior sem cair adormecido. Eu lutei contra um desejo quase invencível de dormir. Tive sucesso, e me vi olhando para o fundo do vale a partir de uma escuridão impenetrável ao meu redor. E então, eu vi algo que me gelou até a medula dos ossos. Eu vi uma sombra gigantesca, de talvez cinco metros de comprimento, saltando no ar e pousando com um baque silencioso. Eu sentia o baque em meus ossos, mas não o ouvi.

“Eles são realmente pesados,” don Juan disse em meu ouvido. Ele estava me segurando pelo braço esquerdo, com toda a força que podia.

Eu vi algo que se parecia com um meneio de sombra de lama agitar-se no chão, e então dar outro pulo gigantesco, talvez de quinze metros, e pousar novamente, com o mesmo baque silencioso ameaçador. Eu lutei para não perder minha concentração.

Estava amedrontado além de qualquer coisa que eu pudesse usar racionalmente como descrição.Mantive meus olhos fixos na sombra saltando no fundo do vale. Então eu ouvi um zumbido mais peculiar, uma mistura do som de asas batendo e o zumbido de um rádio cujo dial não sintonizou totalmente a freqüência de uma estação de rádio, e o baque que seguiu foi algo inesquecível. Sacudiu don Juan e eu a fundo — uma sombra de lama preta gigantesca tinha acabado de pousar aos nossos pés.

“Não fique apavorado”, don Juan disse imperiosamente. “Mantenha seu silêncio interior e ela se afastará”.

Eu estava tremendo de cabeça aos pés. Tive o conhecimento claro de que se eu não mantivesse meu silêncio interior vivo, a sombra de lama me cobriria como uma manta e me sufocaria. Sem esquecer a escuridão ao meu redor, eu gritei com todas as minhas forças. Nunca tido estado tão irritado, tão  totalmente frustrado. A sombra deu outro pulo, claramente para o fundo do vale. Eu continuei gritando, sacudindo minhas pernas. Eu queria livrar-me de tudo que pudesse vir a me comer. Meu estado de nervosismo era tão intenso que eu perdi o controle  do tempo. Talvez eu tenha desmaiado.

Quando despertei, eu estava em minha cama na casa de Don Juan. Havia uma toalha, encharcada em água gelada, enrolada em minha testa. Eu estava ardendo em febre. Um das discípulas de don Juan esfregava minhas costas, peito e testa com álcool, mas isto não me aliviou. O calor que eu estava experimentando vinha de dentro. Era gerado por minha ira e impotência.

Don Juan riu como se o que estava acontecendo a mim fosse a coisa mais engraçada no mundo. Acessos de riso o invadiam de forma contínua.

“Eu nunca teria pensado que você levaria ver um voador tão a sério,” ele disse.

Ele me levou pela mão e me conduziu à parte de trás da casa, onde ele me mergulhou em uma banheira enorme de água, completamente vestido — sapatos, relógio, tudo.

“Meu relógio, meu relógio!” eu gritei.

Don Juan se torcia de rir. “Você não deveria usar um relógio quando vem me ver,” ele disse. “Agora você estragou seu relógio!”. Eu tirei meu relógio e o pus ao lado da banheira. Me lembrei que era à prova d’água e que nada poderia lhe acontecer.

Ser molhado na banheira me ajudou enormemente. Quando Don Juan me tirou da água gelada, eu tinha ganho um certo grau de controle.

“Essa coisa é absurda!” eu continuei repetindo, incapaz de dizer qualquer outra coisa.

O predador que don Juan tinha descrito não era algo benevolente. Era enormemente pesado, bruto, indiferente. Eu sentia seu descaso por nós.

Indubitavelmente, tinha nos esmagado eras atrás, tornando-nos, como don Juan tinha dito, fracos, vulneráveis e dóceis. Eu tirei minhas roupas molhadas, cobri-me com um poncho, sentei em minha cama, e verdadeiramente me acabei de tanto chorar, mas não por mim. Minha ira e meu intento inflexível não os deixariam me comer. Eu chorei por meus companheiros da raça humana, especialmente por meu pai. Eu nunca soube até aquele momento que eu o amava tanto.

“Ele nunca teve uma chance”, eu me ouvi repetindo,  sem parar, como se as palavras realmente não fossem minhas. Meu pobre pai, o ser mais atencioso que eu conheci, tão terno, tão gentil, tão indefeso.

(...)
 
Fonte: Capítulo 'Sombras de Barro', O Lado Ativo do Infinito - Carlos Castañeda
 
Postado por RRS às 00:59 
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É, eheheeh, eu também achei. Pareceu um "mix afrescalhado" entre teorias sobre os reptilianos , junto com   a turma que pelas TC mais atuais seriam o pessoal que ajudou a construir a torre de Babel. Mas já tinha algo sobre essas idéias no  livro " O Caminho do Xamã" e aquela famosa entrecvista que um suposto xamã africano deu ao David Icke.

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Em países de língua inglesa eles são chamados de pessoas da sombras, ou shadow peoples. São entidades endurecidas. Ou quiumbas como diz o pessoal da Umbanda. Já vi alguns. Tem uns que andam de chapéu, porque andavam assim quando encarnados. E outros lembram os ceifeiros, sabe aquela imagem da morte? Pois é, são mais negros que a noite, são obssessores, se cobrem desse jeito para assustar as pessoas. E tem uns que se cobrem assim, porque tem vergonha da aparência grotesca ou cadavérica. Já via alguns obssessores correrem quando eu os vejo claramente. Muitas pessoas no mundo inteiro dão de cara com as tais sombras. Não sabem nem o que é, o que fazem, por que aparecem. No Brasil nós sabemos graças ao Espiritismo difundido. 

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Eu já vi ele, faz muito tempo atrás, só agora lembrei, ele era preto e tinha chapéu ou cartola, ele não tinha intenções ruins, ele estava me guiando para alguma coisa, na época eu não conhecia, ou quase não tinha noção de projeção, só lembro que o sonho era real e ele estava na minha casa ou quase, sabe como é, as projeções e sonhos distorcem alguma coisa da vida real, principalmente quando não tem noção nenhuma de projeção 

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Não necessariamente são desencarnados, há uma organização inteligente dimensional ligada as testemunhas de fenômenos dimensionais e extraterrestres que se vestem assim mas não são se apresentam com pele de coloração negra e sim pálida..

Mas quanto aos literais 'shadow people' que NEM sempre usam chapéu são outro tipo, mas eles são tão pretos, mas tão pretos que até os olhos deles são como buracos, e há alguns deles que quando em suas zonas de trabalho podem se materializar por alguns segundos e quando isso acontece é que algo vai acontecer ou aconteceu com a pessoa que a viu. 

Mas especificamente, em um país em especifico, japão que tem uma espécie de parque floresta, onde muitas pessoas se perdem lá pois é muito grande e tem muitas arvores e tal, muitas pessoas morrem lá anualmente e com isso acabou pegando uma má fama, o que atraiu pessoas que começaram a se suicidar no local, ou seja, a egregora do local ficou muito distorcida, a ponto de que muitos que visitam lá acabam escutando coisas quando estão sozinhos, se perdendo e até mesmo tendo alterações no seu comportamento, até que um dos casos mais famosos, do qual um desses shadow people se materializou para uma pessoa, a pessoa relatou e tal, e dias depois foi encontrada lá, por ter se suicidado.

Então, me parece, que quanto aos 'shadow people', tem alguma organização de recrutamento e/ou projetos deles próprios, para corromper/manipular/recrutar ou afetar emocionalmente ou energeticamente certas pessoas. Mas não sei..  Se aa pessoa viu um deles e não conseguiu entender a experiencia, então pode ser arriscado dar atenção para esse tipo de egregora.

O moises esagui já relatou algo parecido sobre seres muito parecidos, ao meu ver eram os mesmos shadow people, mas o curioso é que no caso do moisés esagui que não conseguiam enxerga-lo, então isso pode ser um indicativo da densidade desses seres, se não são capazes de ver um humano, a densidade deles deve ser complicada e com afinidade diferente dos humanos. E eles estavam fazendo uma espécie de reunião conspirando algo contra os moradores da casa onde estavam

 

 

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  • 1 year later...
On 7/17/2016 at 1:18 PM, hawdore said:

Eu já vi ele, faz muito tempo atrás, só agora lembrei, ele era preto e tinha chapéu ou cartola, ele não tinha intenções ruins, ele estava me guiando para alguma coisa, na época eu não conhecia, ou quase não tinha noção de projeção, só lembro que o sonho era real e ele estava na minha casa ou quase, sabe como é, as projeções e sonhos distorcem alguma coisa da vida real, principalmente quando não tem noção nenhuma de projeção 

Está confundindo com outro ser. Os. Voadores são diferentes.

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