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Lucidez


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É uma pergunta ampla que poderia receber as mais variadas respostas mas, na minha visão, o essencial é a auto-observação/auto-análise constante e reforma íntima e o exercício do desapego. Isso de forma resumida.

Dá pra escrever todo um tratado sobre o tema e cada escola vai ter seus próprios métodos nesse sentido, exemplo (se você se esforçar por seguir o caminho do meio do budismo, vai melhorar sua lucidez, se meditar diariamente buscando aumentar o domínio da mente, vai aumentar a lucidez, se buscar aplicar ahimsa a suas ações na vida, tende a aumentar a lucidez, se procurar obter o conhecimento lendo livros, pesquisando e comparando fontes com a mente aberta, sem preconceitos, mas com senso crítico, vai aumentar a lucidez, etc, etc.).

Eu diria que o ato de viver tende a aumentar sua lucidez aos poucos porque é um caminho natural. O esforço proposital neste sentido tende a acelerar o processo, independente da escola de conhecimento ou filosófica escolhida como base contanto que se faça um esforço consciente para melhorar a si mesmo tentando não se limitar por preconceitos tolos e nem dominar pelo ego ou pelo fanatismo.

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Lucidez se treina em vigília. Quando você pratica isto intensamente, começa a despertar  a lucidez durante os "sonhos", mas, o grande problema é conseguir de fato gerar um estado de auto-questionamento REAL, pois com a prática diária várias vezes por dia, é fácil cair na práticar automática,e e aí o método perde eficácia:

http://agsaw.com.br/chavesol.html

Outrm método que parece ter o mesmo objetivo é a meditação caminhando:

https://budismopetropolis.wordpress.com/2015/07/08/meditacao-caminhando-tecnica/

 

 

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é contraditório esse assunto veja é dito que a lucidez é um trabalho e tal. Mas isso é falar com base em doutrinas, justamente o que elas querem. Vejam só, conheço uma pessoa, parente próxima, que consegue sair do corpo com facilidade e nem mesmo ela querendo, ela simplesmente não gosta de conhecimentos formulados. Conversei já muito com essa pessoa, e convivi com ela. e destaco as caraterísticas: Não gosta de estudar, Não gosta de ler livros (e nem lê/leu realmente), prefere escutar um padre ou pastor falando suas verdades com aquele apelo emocional sem critica nem auto-critica, evangelica (já foi católica e evangelica, depois católica de novo e já frequentou a umbanda e o espiritismo, mas não gostou de lidar com o assunto "espiritos" nem nunca gostou muito da idéia, embora que na época incorporava facilmente) , tem familia, filhos e marido, boa relação entre a familia e é uma pessoa super engraçada.

Saí do corpo automaticamente, com alta lucidez nunca precisou fazer método algum, e nem sabia o nome desse fenômeno, até eu  ter tido abertura para explicar a "teoria" sobre esse fenômeno, pois é uma pessoa bem comum, come carne, bebida, já fumou, não fuma mais, não usa a internet e nem sabe usar o computador direito.

obs: eu leio, e estudo e não saio do corpo (ainda) com tanta lucidez como ela.

Conclusão: Não é com tecnicas milenares nem  nada dessas baboseiras que a pessoa vai despertar a lucidez, até porque está elas provavelmente foram muito destorcidas com o passar dos tempos. Eu acho que sim  com técnicas diretas como o do raduga, a abordagem do moisés esagui dos chakras (afinal ele enxerga os chakras) e a de exraterrestres que transmitem para o seu contactado especifico consegue-se fazer algo. Mas ainda assim é necessario uma CHAVE algo assim, que ainda não descobrimos.

Pois não se trata mais como antigamente de que apenas um seleto grupo consegue ter consciencie fora do corpo, pois eu não incorpo nem nada, já saí do corpo sim com 90% de lucidez , mas é automatico é isso que pega. 

Por isso eu proponho para vocês pensarem: Se a saída do corpo na realidade é uma PERMISSÃO TEMPORÁRIA dada por Deus para a pessoa em especifico (momento, fase da vida e etc) experiementar e não uma habilidade.

 

abrçs

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Bom, ninguém vai concluir o que é bom para lucidez analisando  o caso do outro, ainda mais de quem não faz nada. Médiuns também em geral não procuraram ,nesta vida, ser o que são, e ainda assim  tem que lidar com isso. 

Você só tem a você mesmo, e o que funciona para você. O que os outros são não importa, ainda mais se nunca fizeram nada para chegar nisso. Mas o que os outros FAZEM e funciona, importa, porque pode funcionar com você. Ainda mais coisa que são praticadas por muita gente, porque escolas e métodos não tem seguidores por acaso, elas tem porque funciona. Isso é justo o que as diferente das religiões, que não tem nada exceto as crenças, então o fator funciona/não funciona não é uma variável a considerar quando se trata de crenças religiosas.

Muitas coisas não se pode analisar  comparando pessoas diferentes, você só pode comparar o que você era antes e o que você se tornou depois de praticar a coisa x. O resto é filosofia estéril.

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Outro detalhe importante @cyber2050: neste tópico, eu pelo menos, estou me referindo à lucidez de uma forma mais abrangente e não de simplesmente ficar lúcido fora do corpo. Estou falando de algo que é maior do que simplesmente ter uma projeção lúcida, consciente. E nada do que você falou sobre essa pessoa que você conhece atesta que ela possua boa lucidez neste sentido mais amplo.

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32 minutos atrás, Alekine disse:

Eu já penso que é o contrário. Vejo a encarnação como uma permissão temporária para permitir que demos mais alguns passos nessa nossa jornada evolutiva. E estar do "lado de lá" é uma coisa mais natural.

Estar do lado de lá é natural, porque acontece com todos, e você projetado com lucidez pode encontrar, as vezes, do lado de lá, a pessoa projetada mas adormecida. Estar do lado de lá é natural, mas a sacaninha da lucidez não. É como se a ordem natural das coisas fosse a INCONSCIENCIA né? E claro, consciência não é desenvolvida pela natureza, que é toda mecânica, automática, tem que ser despertada por esforço pessoais.

MAS....notem o perfil da pessoa que o Cyber citou, eu estava relendo aqui com mais cuidado:

6 horas atrás, cyber2050 disse:

já frequentou a umbanda e o espiritismo....  nunca gostou muito da idéia.... incorporava facilmente...saí do corpo automaticamente, com alta lucidez

Parece o caso clássico da pessoa que nasceu médium, para trabalhar, mas em geral essa turma é rebelde e tenta fugir disso né? E aí eles não tem opção, acabam tendo que conviver com essas habilidades, exatamente porque elas estão ativas neles para que não tenham como fugir do trabalho, já foi  oacrdo pré-nascimento. Mas aí tentam fechar mediunidade e tal, se enfiam em igrejas... e isso, dito de outra forma, é o mesmo que  Cyber disse, só que com outras palavras:

50 minutos atrás, Alekine disse:

dada por Deus para a pessoa em especifico

Aquele líder do meu grupo de desobsessão me contava que conheceu uma colega de aula que falav isso, que não sabia porque as pessoas achavam tão interessante a projeção astral, porque ela saia todas as noites, sem desejar, e ficava a noite toda vagando pelas ruas da cidade, e só o que via eram espíritos caídos pelo chão, como se fossem bêbados ou drogados. Dizia que achava horrível ver aquilo, mas não sabia como evitar, não sabia como deitar e dormir sem estar lúcida em astral logo depois.

OU SEJA: Esses pessoa deveria conhecer aquela realidade astral (coisa que eu nunca vi nas minhas projeções, por exemplo) por alguma razão, talvez para ajudar aqueles espíritos? Talvez para se incomodar mesmo e penar porque diabos ela se projetava nua zona tão baixa? Sintonia???

Mas não podemos nos comparar a essas pessoas, algum motivo fora do comum há para que passem por isso.

 

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Eu entendo perfeitamente o descontentamento Cyber. rs Às vezes parece que as pessoas ganham o que não desejam da vida. Uns saem com extrema facilidade mas não querem isso. Outros (como a maioria aqui) querem sair conscientemente todas as noites mas não conseguem. kkk Claro que no caso dos médiuns eles nascem com essas habilidades desbloqueadas por razões passadas. 

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21 hours ago, MichelleA said:

Como melhorar a lucidez?

Lucidez é estar presente em todas as ações, e é muito simples explicar mas se trata de algo complexo de realizar, pois existe uma diversidade de ações que podemos praticar.
Pra maioria de nós probres mortais, a meu ver, antes de começar qualquer trabalho espiritual você precisar primeiro ter controle da limpeza do seu campo áurico, pra maioria absoluta das pessoas isso ja dá um passo adiante na lucidez. Seja com técnicas energéticas (corretas pro estilo de vida da pessoa), banimentos (ou outros rituais como banhos), aterramentos... isso tudo pra limpar o campo áurico do indivíduo e fazer ele perceber duas coisas...
1) olha, eu tenho aura/energia ! rs
2) esse espaço é meu.
Percebido isso, então o sujeito ganha um trabalho diário, ai começa a luta pra ficar consciente.

Aí entra a segunda parte. Que é o que o Saulo sempre fala de observância diária, e aí que entra a variedade de técnicas, porque há alguns sistemas pra isso, dentro de escolas esotéricas ou de religiões (que talvez precisem ou não ser saneados, de acordo com o gosto do cliente). Você vai ter que primeiro dedicar mais tempo a parar e tomar consciência do seu corpo, e da sua mente. Lucidez pra mim é, denovo usando uma fala do Saulo, mas é pq é exatamente como me sinto quando to lúcido no meio de alguma tarefa do dia-a-dia... é como se você se localizasse exatamente pela primeira vez, como se olhasse por uma lente lá de cima (do sol, thelemita? não, aqui é o GVA :P).
Ou seja, é um processo de identificação com algo que aparentemente está fora do seu corpo físico (sua real consciência?), e DESidentificação com a sua personalidade, sentimentos, pensamentos... e devaneios (e talvez o corpo físico).
Lucidez nesse ponto é então sintonia.
E aí pra isso tem um monte de outras técnicas, de meditação, de bhakti (adoração), mantras, técnicas xamânicas (que frequentemente são visualização e trabalho energético, juntos).
Dessa papagaiada que falei da segunda parte, o resultado importante pra lucidez é o auto controle. Você vai trabalhar pra ter uma mente focada e vigilante, para que evite cair em turbilhões de emoções, afetando assim diretamente sua lucidez, porque você vai estar presente nas suas ações.

Ué... mas e fora do corpo ?
Como o @Iogui, eu fui genérico aqui... lucidez é a mesma, dentro ou fora do corpo. A gente tem a falsa impressão que não, mas quem vaga pelo astral, tá rastejando aqui pelo físico também, ué! rs
Pô mas eu sou um cara super lúcido (aham, ta bom!), e não consigo lembrar ou sair do corpo com lucidez.
Aí já é uma coisa técnica, pra ter saídas com técnicas diretas você precisa treinar técnicas diretas.
Pra ter (mais) sonhos lúcidos, você precisa se familiarizar com as nuances dos sonhos, e as técnicas do sonhar.
Pra lembrar dessas coisas você precisa treinar o seu cérebro pra lembrar (todos os dias ao acordar...).
E isso são técnicas.
Se você não nasceu sabendo algo (hehehe) você precisa se ater aos detalhes teóricos e técnicos pra aprender uma habilidade, simples assim.
A questão da saída, da rememoração e dos sonhos lúcidos, não é SÓ questão de ter lucidez.
No nível das pessoas normais.. pro buda deve ter sido diferentes... mas as pessoas normais, se esforçam pra ter uma lucidez que é meia boca e não resolve o problema sozinha.

De novo o Saulo, ele faz esses comentários que fiz sobre lucidez ali em cima, e sempre diz que faz as tecnicas energéticas todo dia. As duas coisas andando juntas.
Acho que agora deu pra separar as duas questões.

 

9 hours ago, cyber2050 said:

Saí do corpo automaticamente, com alta lucidez nunca precisou fazer método algum, e nem sabia o nome desse fenômeno, até eu  ter tido abertura para explicar a "teoria" sobre esse fenômeno, pois é uma pessoa bem comum, come carne, bebida, já fumou, não fuma mais, não usa a internet e nem sabe usar o computador direito.

A saída então é uma habilidade nata, assim como rememoração. E ela tem fora do corpo o mesmo nível de lucidez que tem dentro dele. (Enquanto ela tá fora do corpo, sabe que ta fora ?)
Pense, dentro do corpo, é uma pessoa controlada emocionalmente ? É uma pessoa calma ? Isso é um sinal de lucidez mais confiável.
Se come carne, se bebe, se fuma... contribui ou não pro quadro na maioria das pessoas... mas não determina.
Mas não dá pra tomar como base a pessoa pra aprender algo né... se a gente começar a agir como ela, não tem grande probabilidade de acontecer o que acontece com ela nesse sentido. É uma característica da pessoa.
 

Olha o que você disse aqui:

9 hours ago, cyber2050 said:

Conclusão: Não é com tecnicas milenares nem  nada dessas baboseiras que a pessoa vai despertar a lucidez, até porque está elas provavelmente foram muito destorcidas com o passar dos tempos. Eu acho que sim  com técnicas diretas como o do raduga, a abordagem do moisés esagui dos chakras (afinal ele enxerga os chakras) 

E o que disse aqui:

9 hours ago, cyber2050 said:

Se a saída do corpo na realidade é uma PERMISSÃO TEMPORÁRIA dada por Deus para a pessoa em especifico (momento, fase da vida e etc) experiementar e não uma habilidade.

Veja bem amigo, técnicas milenares, como as artes marciais, como a medicina tradicional chinesa, como a medicina ayurvédica, são tão boas em suas áreas... quanto a yoga ou chi kung é pra lucidez geral. São técnicas milenares que estão contando com milhares de praticantes até hoje, não por acaso. A conduta moral sugerida no yogasutra por exemplo, tem um objetivo bem parecido com o da sugerida pelo Moisés (o dos mandamentos, não o Esagui! rs). O que você tentou desmerecer como técnicas milenares que diz ser baboseiras é nada mais que o justamente o caminho daqueles que atingiram níveis muito acima dos padrões normais de lucidez, e que dezenas de outros (que se dedicaram) também alcançaram pelos mesmos métodos.

A abordagem do Moisés (agora sim o Esagui) não foi sistematizada num método, até onde sei. É uma abordagem teórica que ele se revelou, só se é em palestra dele, ou algo mais pessoal. E tudo, absolutamente TUDO, que vem de técnica da conscienciologia que eu já vi... tem sempre alguma técnica esotérica, religiosa, de algum lugar que é muito semelhante (será pq?). A diferença é mais na roupagem, e roupagem é questão de gosto ! Qualquer coisa que não é aceitável na roupagem pseudocientífica da conscienciologia é... "muleta" ! hehehe
Não to criticando, cada um escolhe a linguagem que mais lhe agrade, mas não cabe dizer que escolas de pensamento orientais e ocidentais esotéricas são baboseira e vangloriar a pseudociência.

O que eu quero dizer é que já ficou claro pra mim, embora eu nunca tenha visto você dizer, que:
1) Você é católico, ou foi, e tem grande inclinação a aceitar tudo que a seu ver caiba dentro da religião. E aí você aceita uma argumentação mais religiosa, ou até mística (na falta de palavra melhor).
2) Todo o resto dos assuntos tratados aqui no fórum, você prefere uma visão mais científica, não no sentido de método científico (o que é seria bom), mas no sentido de ficar mais no ceticismo e ciência materialista... já que são questões que não cabem a seu ver na sua visão da religião católica.

Veja bem, não tenho a menor intenção de mudar suas crenças, nem te convencer de nada... e acho que a maioria aqui também não. Mas eu acho que isso tem prendido a sua capacidade de análise (e você tem uma grande capacidade nesse ponto).
Pra você sistemas milenares de sabedoria são "baboseira" (possivelmente porque você não entende, e porque muitos não são inteiramente compreendidos pela ciência moderna), mas pra você é aceitável um deus antropomórfico ?
Porque um deus que tá permitindo, ou não permitindo coisas, sugere em algum ponto a visão de um ser sensiente, e antropomorfizado. Que eu imagino que você já deve ter superado essa idéia, mas que a meu ver vem justamente da sua base católica.

O que quero te mostrar, e por isso comparei Yogasutra com a Tábua dos Mandamentos (que deus me ajude!), é que a diferença entre as técnicas milenares que citei acima, e as religiões tradicionais (como a católica) é que as primeiras por serem técnicas, evoluiram pelo menos pra se adaptar aos corpos e estilos de vida dos praticantes... já a segunda, se baseia justamente na não evolução das idéias, o atraente nas religiões tradicionais é justamente o fato de serem... tradicionais! Dar segurança para as pessoas com verdades que não mudam.
As técnicas... evoluiram, não foram deturpadas.
As religiões... não evoluiram, e ainda assim foram deturpadas ! (Nesse ponto não vou me delongar falando sobre como surgiu o catolicismo com o concílio de nicéia e os assassinatos que foram consequencias desse surgimento... nem no quanto textos bíblicos já foram deturpados deliberadamente ou não... acho que não precisa disso aqui, mas caso você ou alguem não tenha essas informações posso pontuar também).
Não faz muito sentido pra mim juntas as frases que citei de você acima.

Só quis te dizer isso porque talvez você não tenha percebido, ou eu esteja completamente equivocado, então um de nós dois precisava entender melhor isso rs.

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Em 30/08/2016 at 03:14, MichelleA disse:

Como melhorar a lucidez?

Oi Michelle, bom dia!

Olha, eu vi essa pergunta e pelo visto a gente tem várias interpretações - pelo que os colegas disseram acima - , então eu vou colocar a minha. Vou responder pra você como faço, você me conta o que acha, ok? Para mim lucidez é a medida exata do conhecimento de mim mesmo. E o que é conhecimento de mim mesmo? Para mim, é o quanto sei do que sou capaz, o quanto sei da extensão dos meus atos e suas consequências. Por que estou aqui? Como vim parar aqui? E para onde vou afinal? 

Parece simples né? Mas não é fácil: ter isso, saber isso, desenrolar isso. Eu uso uma técnica minha, que descrevi em:

Não é necessário a viagem astral para eu desenvolver isso. Isso porque o que sou aqui, exatinho, sou lá na outra dimensão. Por afinidade vou navegar do lado de pessoas que tem a haver com o meu tipo de pensamento, assim como aqui no físico. Com frequência enxergo ou "tenho lucidez" - estou falando de mim ok? - daquilo que já estou preparado para "enxergar". Exemplo: Temos uma amizade de meses ou anos. De repente - por alguma razão - aquela pessoa se afasta. Percebemos que com esse afastamento, passamos a fazer coisas que não fazíamos. É como se aquela pessoa nos "segurasse". Coisa que muito assediador adora fazer. Mas só enxergamos "ou temos lucidez" muito depois. Daí damos graças a Deus que fulano ou fulana não anda mais com a gente. Um pequeno detalhe - que esquecemos - é que se estava do meu lado, andando comigo eu sintonizava com ela (ele). Ou seja, na ocasião eu não tinha lucidez para aquilo. Agora tenho.

Então, Michelle, a minha resposta é que obtenho lucidez à medida em que caminho. A cada passo, pego um pouquinho mais de lucidez. Pena que para obter mais e mais lucidez, talvez eu tenha que passar por algumas decepções no caminho. Mas acho que, a medida em que enxergo mais (ou tenho mais lucidez) aqui no físico, terei também projetado. A desenvoltura que tenho para enxergar quem  diz ser o que não é ou é aqui no físico terei lá em outra dimensão também.

Abração.

Ernani

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52 minutos atrás, NanMed disse:

Então, Michelle, a minha resposta é que obtenho lucidez à medida em que caminho. A cada passo, pego um pouquinho mais de lucidez. Pena que para obter mais e mais lucidez, talvez eu tenha que passar por algumas decepções no caminho.

Olha, lembrei de duas histórias que ilustram o que penso. Quando eu era Espírita, li em André Luiz esses dois casos. O primeiro era que ele havia achado um velhinho que segurava com todo cuidado um monte de barro nas mãos. O velhinho considerava que aquele barro era ouro, ele via ouro ali. O André, posteriormente, reconheceu o próprio avô ali naquele velhinho. Era o avô dele mesmo, agarrado em um monte de barro.

O outro caso aconteceu quando ele estava nas portas de Nosso Lar e chegou uma caravana, nela uma senhora, descia e já ia dando ordens pro André: Menino pega minhas malas aqui, ou algo parecido. Aquela senhora procurava os seus escravos. Achava incrível que não os localizava mais afim de demandar para eles.

Bom, considerando que André escreveu suas histórias em torno da década de 40 do século 20 e a abolição da escravatura tinha ocorrido em 1888, temos no mínimo 60 anos.

Então, a lucidez do velhinho só lhe permitia ver ouro onde só tinha barro; ainda não dava pra ele entender a real. A senhora e o velhinho sequer tinham lucidez para entender que haviam morrido. Complexo né? Pois é, por isso eu acho que lucidez é o caminhar de cada um.

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@Cristaldo Você já compartilhou em outro tópico um pouco de suas experiencias no âmbito do espiritualismo apoiando-se em algumas teorias do ocultismo. Então eu acho justo responder a sua hipotese de que estou me fundamentando minha visão em uma religião, no caso que sou Católico. Você não me fez pergunta alguma, mas o seu post assim como os dos participantes do forum sempre me despertam dúvidas, por que simplesmente na minha atual compreensão do conhecimento, principalmente no conhecimento da espiritualidade, está muito contaminado com duas coisas na atualidade: senso comum e crenças vendidas por gurus de ficcção cientifica. Basta começar a perguntar a fonte da fonta da fonte e contaminar essa fonte (provinda de uma cultura antiga) com valores da atualidade que nada dizem respeito com os valores cultarais e conhecimentos CIENTIFICOS das pessoas que escreveram essas teorias na época. É simples, a mente do homem na atualidade está pautada em uma coisa: PRAZER . E o prazer não deve ser combatido, nem o ego nem nada disso (como alguns gurus sustentam) é uma caracteristica humana que sempre existiu. Porém o que distorce o fundamento dessas teorias não são as caracteristicas  psicológicas do homem e sim o ato de pegar conhecimentos antigos e tentar absorver eles como uma pessoa de uma cultura moderna tentando retornar para uma cultura que já passou.

 

 

 

Não estou sendo cético ou ignorante tentando negar as outras perspectivas. É muito saúdavel e lógico os valores que são benignos a mente e ao corpo humano propostos por essas outras vertentes. Porém quando se trata de MAGIA (objetos de estudos ainda não provados/experimentados pela ciência) já começa haver uma distorção. Primeiro por que MAGIA era a ciência antiga. Porém a Ciência atual é FRUTO (RESULTADO, APRIMORADO) da magia antiga, então se tem algo para se confiar é na ciência.

Por isso não estou sendo cético, só estou vendo o óbvio: As veze nós (como humanos as vezes não temos o controle de tudo) tiramos sem perceber assuntos como  lucidez e"trabalhos mágicos" da ciência (no caso, psicologia) e coloca esses assuntos em patamares SUBJETIVOS, ou seja, pega um objeto e fala que ele é x, y e z sendo que já foi explicado que esse objeto sempre foi x. A lucidez vai muito além da projeção astral  sim, mas uma vez que a pessoa é lucida CONTINUA LUCIDA, ELA NÃO RETROCEDE A NÃO SER QUE HAJA ALGUMA INFLUÊNCIA EXTERNA OU ALTERAÇÃO QUIMICA (QUMICA -> ORGANIZAÇÃO DOS ELEMENTOS MATERIAS (SEJA EM NIVEL CARNAL, ASTRAL, MENTAL HÁ UM CORPO COM ELEMENTOS) . Então quando Se uma pessoa consegue se PERCEBER NO FISICO, ERA PARA SE PERCEBER TAMBÉM EM QUALQUER LUGAR.

Mas aí que entra na questão da possibilidade dE QUE QUANDO SAÍMOS DO CORPO ESTAMOS SOFRENDO ALGUMA ALTERAÇÃO INFLUÊNCIA NÃO NATURAL DO ORGANISMO. E AO MESMO TEMPO tem-se que AS VEZES quando saímos ESTAMOS LUCIDOS, NORMAIS COMO SE ESTIVESSEMOS ACORDADO.

ENTÃO não é atitudes como propostas por alguns meios espiritualistas, por exemplo Se tornar um erudito em determinado assunto, ficar puxando o dedo que VAI AUMENTAR A LUCIDEZ DA PESSOA. Não dá para criar resultados controlados em uma pessoa que esta ALTERADA, pode-se INVENTAR técnicas que SÓ FUNCIONAM algumas vezes para a pessoa que está alterada mentalmente SE PERCEBER mas É TEMPORÁRIO, pois seu organismo está ALTERADO. Portanto quando essas TÉCNICAS FUNCIONAM, NÃO É POR CAUSA DA TÉCNICA, É POR CAUSA DA MENTE QUE TEVE UM MOMENTO DE LUCIDEZ TEMPORAL QUE IA TER OU NÃO, INDEPENDENTE DELA. É só olhar como exemplo pessoas que tomam anestias.

O humano capaz de pensar, de falar, de se expressar e de se auto-perceber já está lucido, se é "teletransportado" para outro lugar (com corpo ou não) e não está conseguindo se auto-perceber a CULPA NÃO ESTÁ NO COMPORTAMENTO DESSA PESSOA no LOCAL QUE ESTAVA ANTERIORMENTE. (a não ser que ela tenha ingerido alguma substancia que tenha a alterado quimicamente antes da "viagem").

Então no caso que o Iogui falou, no que diz respeito a todas as esferas a lucidez é mesmo aprimorada com a aquicisão do conhecimento do mundo que nos cerca e de si próprio. Isso tudo ainda fica no ponto de vista material, mas é isso que é lucidez, é de âmbito material.

Com isso da para entender que mesmo que a pessoa tenha o máximo de lucidez isso NÃO VAI RESULTAR (em nivel individual, pois em nivel externo é claro que se ela pode ser PUXADA do corpo por Deus por exemplo, ou um anjo ou um extraterrestre ou... utilizar esse PRETEXTO como JUSTIFICATIVA do porque ela foi puxada, mas uma pessao que DEPENDE de forças EXTERNAS para ser PUXADA não está tentando MELHORAR A SUA AUTO-PRECEPÇÃO pois simplesmente alguém vai fazer isso por ela [fora do controle dela] )  na AUTO-PERCEPÇÃO NO PLANO ASTRAL, porque se FOSSE O CASO, por lógica toda vez que ela SAISSE DO CORPO, era para sair no MINIMO com o nivel de lucidez MINIMO que ela tem enquanto encarnada, e por acaso essa pessoa encarnada não se auto-percebe? É logico que consegue se auto-perceber, se não nem estaria querendo fazer uma projeção astral.

E com isso observamos que quando saímos do corpo HÁ SIM uma força EXTERNA nos influenciando, por isso propus o que já é proposto faz tempo, QUE QUANDO SAÍMOS COM LUCIDEZ (OU SEJA, QUANDO SAÍMOS DO CORPO EM ESTADO MENTAL NÃO ALTERADO[= o que de fato JÁ TEM quando está no plano fisico])  de que é um fenômeno PROVOCADO por uma força externa ou por alguma CONSCIÊNCIA BENIGNA (benigna no sentido de que SE PREOCUPOU EM TE MANTER MANTER CIÊNTE/CONSCIÊNTE DE SI PRÓPRIO). Do qual eu falei da probailidade de SER DEUS que o faz pois as minhas melhores projeções com lucidez foram em ambito para AUTO-CONHECIMENTO/AMPARO como propósito e etc.., Então para ser dessa natureza tem que ser por uma força ou dELE ou oriunda dEle.

--

 

Citar

As religiões... não evoluiram, e ainda assim foram deturpadas ! (Nesse ponto não vou me delongar falando sobre como surgiu o catolicismo com o concílio de nicéia e os assassinatos que foram consequencias desse surgimento... nem no quanto textos bíblicos já foram deturpados deliberadamente ou não... acho que não precisa disso aqui, mas caso você ou alguem não tenha essas informações posso pontuar também).

Citar

Aí entra a segunda parte. Que é o que o Saulo sempre fala de observância diária, e aí que entra a variedade de técnicas, porque há alguns sistemas pra isso, dentro de escolas esotéricas ou de religiões (que talvez precisem ou não ser saneados, de acordo com o gosto do cliente). 

Agora, Sobre a sua dedução racional de eu ser Católico, eu deduzo com base no que você escreveu que talvez você tenha deduzido que estou me prendendo aos limites simbolicos de abordagem dessa religião. Então, eu gostaria de te responder, que não estou me deixando contaminar pela minha religião no que diz respeito ao estudo racional de um objeto pois ela nada tem a falar sobre isso que é de natureza humana material. Sim viagem astral nada tem haver com valores religiosos. Mas isso não anula o conceito DEUS/CRIADOR/FORÇA EXTERNA. Do qual como Católico acredito ser definida por DEUS que é TAMBÉM criador BENIGNO A SUAS CRIAÇÕES, mas posso utilizar a idéia  de DEUS sim, como um criador, afinal até agora é um assunto sendo estudado.

Sim, concordo que se trata de ESCOLHER um sistema (até por que podemos CRIAR sistemas bem melhores na atualidade com a auxilio tanto da ciência antiga OBSERVAVEL quanto da ciência atual OBSERVÁVEL). 

Mas cuidado para não compararmos religião como um SISTEMA ESCOLHIVEL como fazem com ALGUNS GRUPOS OCULTISTAS

Não escolhe ser católico ou não. Não se saí dela nem se entra nela.  Pois são um conjunto de valores TRANSMITIDOS que constroem todo um individuo OU QUE ESTAVA VAZIO ou QUE NASCEU NELA e também há os casos daqueles QUE JÁ TINHAM ESSES VALORES MESMO SEM SABER QUE SÃO VALORES DELA. Os temos para ser de determinada religião vai muito além de acreditar na existencia de Jesus ou não. Um filho de Judeu, vai continuar sendo Judeu DESDE QUE ELE TENHA SIDO CRIADO POR JUDEUS.

Isso não é um sistema a ser escolhido. O ocidente é de todo cristão, podem chorar e espernear aqueles que negam isso e que não foram criados pelos indicanos, ou ateus ou etc.

 SÃO CRISTÃOS. É uma questão cultural, tradicional e etc.. E as religiões de FATO tradicionais são uma história de um povo do qual alguns mesmo na atualidade fazem parte, não da para simplesmente escolher não ser mais parte dessa história. Por isso o BRASIL colonizado por PORTUGUESES CATÓLICOS para as familias que transmitiam a sua tradição os seus VALORES, todos os seus herdeiros continuam sendo católicos por mais que queria ser o mais NEW AGE, ainda assim não da para apagar uma história. VAI MUITO ALÉM de "CRIARAM ESSA RELIGIÃO" Vai muito além disso.

Outra coisa:

Citar

As religiões... não evoluiram

A história já aconteceu, A tradição já está sendo transmitida. A forma para religar-se é através da tradição dos valores da religião. O conhecimento transmitido já foi transmitido, não há mais o que falar. O que tem que evoluir é a CIÊNCIA. Os esotéricos, se querem trazer resultados ÚTEIS/REAIS/OBSERVÁVEIS para humanidade (tudo pode ser útil, desde que seja observável) tem que parar de gracinha de querer hora estar entre a religião e a ciência, tem que se definir. A ciência atual nada mais é do que uma parte dos conhecimentos esotéricos do passado TESTÁVEIS.Os cientistas simplesmente não aceitam esses grupos esotérios pois eles não conseguem demonstrar objetos presentes na realidade PARA TODOS eles mostram objetos presentes para ALGUNS, ou seja, uma coisa meio que hierárquica e bem ultrapassada.

 

Agora: "ESCOLA ESOTÉRICA X " É uma escola (embora também conhecidos como ordem..) que esse sim tem um MÉTODO, uma perspectiva, esse "SISTEMA" sim pode ser ESCOLHIDO ou trocado, mas NADA TEM A VER COM A RELIGIÃO da pessoa, com a sua atributos, valores, cultura pessoal que estão intrinsicamente ligados com para que tipo de coisas a pessoa vai ter FÉ e para as que não vai ter FÉ.

 

ATENÇÃO AO CONTRADITÓRIO

Aproveito para deixar aqui uma observação a respeito desse senso de sistemas espirituais práticos POR ESCOLHA propostos por alguns grupos esotéricos. Na Cabala Mistica da Dion Fortune ela fala da importancia do estudante escolher e ficar em um único SISTEMA (Nota: ela não está falando RELIGIÃO) e persistir nele ao invés de pular de um sistema a outro. Bom está implicitamente dentro desse contexto de comportamento elementos como a FÉ.(Não é atoa que ela colocou esse AVISO logo no começo do livro).

Aí é que entra o detalhe, a pessoa tem que TER FÉ no que ela está fazendo, e a FÉ no ambito ESPIRITUAL está ligada a como a pessoa É. E como ela foi construída pelo seu meio (e isso inclui as religiões).

Então, sistemas técnicos que venham com técnicas do tipo: INVOCAR O GRANDE X sendo que esse X Nada tem haver com os valores da pessoa, exemplo rezar para o dEUS ODIN geram uma INCOMPATIBILIDADE RACIONAL.

E o mesmo se aplica as técnicas de viagem astral que utilizam-se de técnicas com base na FÉ. Pois se está contando com a FÉ está automaticamente contando com uma força EXTERIOR. E por exemplo, para se contar com seu anjo você precisa ter FÉ nele, precisa muito mais além de conhecer o conceito: ANJO, a história simbolica do ANJO, precisa muito masi do que isso, precisa RELACIONAR-SE com isso. 

No caso, propus Deus, pois DEUS se relaciona conosco e nós nos relacionamos com ele, querendo ou não. Já se for contar com outras forças externas é necessario ter fé na linha que ela trabalha.

(obs: A cabala me parece muito interessante pois me parece que nos seus estudos ela estuda isso também, mas isso não significa que automaticamente eu tenho FÉ nela).

Então, esse alerta eu deixo para os New Age que tentam misturar elementos de Religião para obter resultados, ao meu ver até o momento, pela lógica isso é o mesmo que depender sempre de elemetnos EXTERNOS para fazer algo. E sabe o que acontece que se faz isso? A pessoa não consegue PROVOCAR O FENÔMENO, justamente porque ela não tem o controle DELE. Um exemplo: Deus AGE no momento X, não no momento que a pequenez da pessoa quer. E o mesmo muito provalmente acontece com outras forças menores anjos, seres misticos e etc...

O que sabemos até agora é que a projeção astral é um fenômeno que REAL, pelo menos acho que dentro desse forum todos nós já a EXPERIMENTAMOS ao menos uma vez na vida, você descolar do corpo fisico, descobrir que tem um outro corpo em um outro espaço-tempo sincrono com o espaço-tempo do plano fisico olhar o ambiente, olhar o próprio corpo fisico e depois voltar. Agora, como estudantes do fenômenos podemos optar por seguir um caminho que mistura uma série de conceitos (religião+espiritualismo+crenças+filosofias, tudo isso para fazer projeçãos astral?) ou optar por um caminho cientifico[não tenha medo dessa palavra pois ela é a magia atualizada](FAZ ? obtem X FAZ ? mais uma vez e obtem Y de novo, isso se chama: Controle do objeto de estudo, Compreensão do objeto de estudo COMO ELE DE FATO É) 

O grande desafio é que até agora não descobrimos o FAZ ? obtem Y da projeção  se isso tivesse sido descoberto a própria comunidade cientifica já teria se apropriado como autor desse conhecimento, pois muito provavelmente o próprio autor estaria automaticamente se classificado como um cientista mesmo se não sabesse. Então, na minha opinião o que nos resta é RESULTADOS RELATADOS de pesquisadores SÉRIOS que não tem nada a GANHAR com isso, que buscam o conhecimento assim como nós.

Por isso que quando me falam de técnica "MILENAR ou x" para fazer alguma prática espiritual e eu não encontro nenhum RELATO disso eu já acho muito estranho, mas mesmo assim não a descarto, experimento sim (nesses casos quando EU TENHO FÉ NELA, ou seja quando os valores dela BATEM COM OS MEUS VALORES, valores tais que estão curiosamente relacionados com a cultura ocidental, ou seja, mais uma vez: não é uma questão de  ESCOLHA de sistema é uma identificação na sensação DA FÉ, não se produz a sensação da FÉ, A FÉ se sente).

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Cyber, acho que a essência da divergência de compreensão nessa questão reside na forma diferente como as pessoas percebem sua lucidez de vigília.

Você estabelece uma oposição entre o estado lúcido de vigília, e o estado não-lúcido dos sonhos (projeções inconscientes), além de considerar que, uma vez que você esteja lúcido, não pode depois estar sem lucidez .

Eu pelo menos, considero que tanto  o estado de vigília quanto o estado de sonho, lucidez zero, são iguais.

Já quando estou projetado lucidamente, não sinto esse estado como igual ao meu estado de vigília, sinto ele igual ao estado de "lembrança de si", que é um estado mais "consciente", masi "lúcido" mesmo. Porque em em vigília passamos quase o tempo todo sonâmbulos, viajando entre um pensamento e outro. Se você prestar atenção nas suas projeçoes lúcidas, talvez perceba que o foco mental é mais interno, mais afiado, menos agitado mentalmente

Mas dura pouco? Sim, da mesma maneira como o estado de lucidez em vigília, a “lembrança de si” também dura pouco.

Não tenho porque me estender em explicações sobre isso, há fartas explicações em livros, mas vou deixar um trecho do livro "Fragmentos" aqui, para ilustrar essa questão, pode ser que alguém leia, consiga sentir isso em si mesmo e aí sim, vai entender melhor a relação entre o estado sonambulismo da vigília e as projeções sem lucidez que temos todas as noites:

Citar

Capitulo Sete


Perguntei um dia a G. se achava possível alcançar a “consciência cósmica”, não apenas por um instante, mas durante certo tempo. Com o termo “consciência cósmica” eu entendia como expus em meu livro Tertium Organum — a mais elevada consciência acessível ao homem.

—        Não sei o que chama “consciência cósmica”, disse G. . É um termo vago e indefinido; cada um pode chamar o que quiser por este nome. Na maioria dos casos, o que se chama “consciência cósmica” é apenas fantasia, divagação, associações, acompanhadas de intenso trabalho do centro emocional. Isto pode ir até o limiar do êxtase, porém, o mais das vezes, trata-se apenas de uma experiência emocional subjetiva no nível dos sonhos. Aliás, antes de falar de “consciência cósmica”, devemos definir, em geral, o que é a consciência. Como você define a consciência?

—        A consciência é considerada indefinível, disse eu. E, com efeito, como poderia ser definida, se é uma qualidade interior? Com os meios comuns à nossa disposição, é impossível estabelecer a presença da consciência noutro homem. Só a conhecemos em nós mesmos.

Tudo isso é lixo — disse G., sofisma científico habitual ! É tempo de você se libertar disso. Só há um ponto justo em tudo o que disse, é que só pode conhecer a consciência em você mesmo. Mas, note bem, somente quando você tem a consciência é que pode reconhecê-la. Quando não a tem, você não pode, no próprio momento, reconhecer que não a tem; só mais tarde é que poderá fazê-lo. Quero dizer que quando a consciência retornar, você poderá ver que ela esteve ausente durante muito tempo e lembrará do momento em que ela desapareceu e do momento em que reapareceu. Poderá também determinar os momentos em que está mais perto ou mais longe da consciência. Mas, ao observar em você mesmo os aparecimentos e desaparecimentos da consciência, verá inevitavelmente um fato que nunca vê e do qual nunca se dera conta: é que os momentos de consciência são muito curtos e separados uns dos outros por longos intervalos de completa inconsciência, durante os quais sua máquina tra¬balha automaticamente. Verá que pode pensar, sentir, agir, falar, trabalhar, sem estar consciente. E, se aprender a ver em você mesmo os momentos de consciência e os longos períodos de mecanicidade, verá com a mesma certeza, nos outros, em que momentos estão conscientes do que fazem e em qüe momentos não estão.

OBS: Você só sabe que estava sonhando quando acorda, quando vem para a vigília né? Antes disso você jura que está tudo ok, no plano físico, com um corpo fíisico, trabalhando, e acredita estar lúcido. Do mesmo modo, quando você consegue despertar algumas vezes o estado e lembrança de si você detecta como você, até esse momento, estava sem lucidez , mesmo estando em vigília. Mas como no sonho, enquanto não consegue mudar seu estado, acredtia que está tudo ok com sua lucidez de vigília. Cotninuando..

15 minutos atrás, sandrofabres disse:

Não compreendi, de imediato, o que G. dizia sobre a consciência. Entretanto, os princípios básicos de seu ensinamento tornaram-se claros para mim durante as conversações seguintes.

Um dia, no início de uma reunião, G. pediu-nos que respondêssemos, cada um por sua vez, essa pergunta: “Que notaram de mais importante durante suas observações?” Alguns disseram que, durante as tentativas de observação de si, o que sentiram com mais força era um fluxo incessante de pensamentos que lhes havia sido impossível deter. Outros falaram de sua dificuldade em distinguir o trabalho de um centro do trabalho de outro centro. Quanto a mim, evidentemente não compreendera bem a pergunta ou então respondi aos meus próprios pensamentos; expliquei que o que mais me tocara, no sistema, era a interdependência de todos os seus elementos; eles estavam ligados entre si de modo que formavam um só todo “orgânico”, e a significação inteiramente nova que tinha agora para mim a palavra conhecer, que não queria mais dizer apenas conhecer tal ou qual aspecto, mas a relação entre esse aspecto e todos os outros.

G. estava visivelmente descontente com nossas respostas. Eu já começara a adivinhar que, em tais circunstâncias, ele esperava de nós testemunhos de alguma coisa bem definida que nos escapara ou não soubéramos assimilar.

—        Até aqui, disse, nenhum de vocês percebeu a importância capital desse ponto que, no entanto, eu lhes havia assinalado. Vocês se esquecem sempre de si mesmos, vocês nunca se lembram de si mesmos. (Pronunciou essas palavras com particular insistência). Vocês não sentem a si mesmos', vocês não são conscientes de si mesmos. Em vocês, “isso observa”, ou então “isso fala”, “isso pensa”, “isso ri”; vocês não sentem: “sou eu quem observa, eu observo, eu noto, eu vejo.” Tudo se observa sozinho, se vê sozinho . . . Para chegar a observar-se verdadeiramente, é necessário, antes de tudo, lembrar-se de si mesmo (insistiu novamente). Tentem lembrar de si mesmos ao se observarem e, mais tarde, me dirão o que se passou, qual foi o resultado. Só têm valor os resultados obtidos durante a lembrança de si. De outro modo, vocês não estão em suas observações. E, nesse caso, que valor elas podem ter?

Essas palavras de G. fizeram-me refletir muito. Pareceu-me de imediato que eram a chave de tudo o que ele dissera antes sobre a consciência. Entretanto, decidi não tirar nenhuma espécie de conclusão disso, mas tentar apenas lembrar-me de mim mesmo, enquanto me observasse.

 

Desde as primeiras tentativas, pude ver como era difícil. As tentativas de lembrança de si não me deram, no início, resultado algum, mas mostraram-me que, de fato, não nos lembramos nunca de nós mesmos.

—        Que é que você quer mais ? disse G.. Compreender isso já é, em si, de capital importância. Os que sabem isso já sabem muito. Todo o mal está no fato de que ninguém o sabe. Se perguntar a alguém se pode lembrar-se de si mesmo, ele responderá naturalmente que pode. Se lhe disser que ele não pode se lembrar de si mesmo se zangará ou pensará que você está maluco. Toda a vida, toda a existência humana, toda a cegueira humana baseiam-se nisso. Se um homem sabe realmente que não pode lembrar-se de si mesmo, já está próximo de uma compreensão de seu ser.

Tudo o que G. dizia, tudo o que eu pensava e sobretudo o que minhas tentativas para “lembrar-me de mim mesmo” me tinham mostrado, convenceram-me muito rapidamente de que me encontrava em presença de um problema inteiramente novo que, até então, a ciência e a filosofia tinham descuidado.

Mas, antes de fazer deduções, tentarei descrever minhas tentativas para “lembrar-me de mim mesmo”.

 

15 minutos atrás, sandrofabres disse:

Minha primeira impressão foi que as tentativas de lembrança de si ou de ser consciente de si, de se dizer a si mesmo: Sou eu quem anda, sou eu quem faz isto, tentando continuamente experimentar a sensação desse eu — detinham os pensamentos. Quando tinha a sensação de mim, não podia mais pensar nem falar; as próprias sensações se obscureciam. É por isso que não se pode “lembrar-se de si mesmo” desse modo, a não ser por alguns instantes.

Eu já fizera certas experiências de “parar o pensamento”, do tipo daquelas mencionadas nos livros de ioga, como por exemplo no livro de Edward Carpenter: From Adam’s Peak to Elephanta, embora aí se tratasse de uma descrição muito geral. E as primeiras tentativas de “lembrança de si” trouxeram-me à memória minhas tentativas anteriores. De fato, há quase identidade entre as duas experiências, com a única diferença de que, ao deter-se os pensamentos, a atenção é inteiramente orientada para o esforço de não admitir pensamentos, enquanto, no ato da “lembrança de si”, a atenção se divide: uma parte dela dirige-se para o próprio esforço, a outra é a sensação de si.

Esta última experiência permitiu-me chegar a certa definição da lembrança de si,” talvez muito incompleta, mas que se revelou muito útil na prática.

Falo da lembrança de si, enquanto divisão da atenção: é o seu traço característico.

Quando observo alguma coisa, minha atenção é dirigida para o que observo.

Eu ------ > o fenômeno observado.

Quando tento, ao mesmo tempo, lembrar-me de mim mesmo, minha intenção é dirigida simultaneamente para o objeto observado e para mim mesmo.

Eu <-------> o fenômeno observado.

OBS: PARA QUEM SE PROJETA LUCIDAMENTE NOTEM QUE ESSE É UM ESTADO COMUM À PROJEÇÃO, PORQUE VOCÊ ESTÁ OBSERVANDO O MUNDO AO SEU REDOR, MAS TAMBÉM ESTÁ ATENTO A SI, AO QUE SENTE,  PARA NÃO PERDER SUA LUCIDEZ. QUEM NÃO FAZ ISSO CAI NUMA PEGADINHA ATRAS DA OUTRA DURANTE A PROJEÇÃO E ELA ACABA VIRANDO UM SONHO COMUM.

NÓS NÃO FAZEMOS ISSO NO FÍSICO, PORQUE SE PERDEMOS A LUCIDEZ NO FÍSICO NADA ACONTECE (EXCETO MÁS DECISÕES, QUE CONSIDERAMOS NORMAIS, SEGUINDO A LÓGICA DO 'ERRAR É HUMANO') O QUE COLOCA O ESTADO DE VIGÍLIA NUM DEGRAU DE CONSCIÊNCIA INFERIOR AO DA PROJEÇÃO LÚCIDA

continuando...

16 minutos atrás, sandrofabres disse:

Definido isso, vi que o problema consistia em dirigir a atenção para mim mesmo sem deixar enfraquecer ou desaparecer a atenção dirigida para o  fenômeno observado. Além disso, este “fenômeno” pode estar tanto em mim como fora de mim.

As primeiras tentativas que fiz para obter tal divisão da atenção mostraram-me sua possibilidade. Ao mesmo tempo, fiz duas outras constatações.

Em primeiro lugar, vi que a “lembrança de si”, obtida desse modo, nada tinha em comum com a “introspecção” ou com a “auto-análise”. Tratava-se de um estado novo e cativante, com sabor estranhamente familiar.

Em segundo lugar, eu compreendia que momentos de lembrança de si ocorrem de fato, na vida, mas raramente, e que só a produção deliberada desses momentos criava a sensação de novidade. Tinha, aliás, a experiência de tais momentos desde minha mais tenra infância; eles acontecem em circunstâncias novas ou inesperadas, num lugar inacostumado, entre pessoas estranhas, durante uma viagem, por exemplo; olha-se em torno de si e diz-se a si mesmo: “Como é estranho! Eu, e neste lugar!”; ou em momentos de emoção, de perigo, em que não se pode perder a cabeça, em que se ouve a própria voz, em que se vê e se observa a si mesmo de fora.

OBS: NOTEM NOVAMENTE COMO A DESCRIÇÃO DESSE ESTADO É SIMILAR AO QUE ACONTECE NAS PROJEÇÕES LÚCIDAS, E COMO NÃO É ISSO QUE ACONTECE EM NOSSO  ESTADO USUAL DE VIGÍLIA

continuando..

17 minutos atrás, sandrofabres disse:

Vi, com perfeita clareza, que minhas lembranças mais remotas - e, no meu caso, essas lembranças remontavam à mais tenra infância — tinham sido momentos de “lembrança de si”. E, ao mesmo tempo, tive a revelação de muitas outras coisas. Pude dar-me conta, desse modo, de que só me lembrava realmente dos momentos em que tinha me lembrado de mim mesmo, Dos outros, sabia apenas que tinham ocorrido. Não era capaz de revivê-los integralmente, nem de experimentá-los de novo. Mas os momentos em que me tinha “lembrado de mim mesmo” eram vivos e em nada diferiam do presente. Receava ainda concluir depressa demais. Mas já via que me encontrava no limiar de uma grande descoberta. Sempre ficara espantado com a fraqueza e insuficiência de nossa memória. Tantas coisas desaparecem, são esquecidas. Parecia-me que todo o absurdo de nossa vida tinha por fundamento esse esquecimento. Para que tantas experiências, se é para esquecê-las depois. Parecia-me, por outro lado, haver nisso algo degradante. Um homem experimenta um sentimento que lhe parece muito grande, pensa que nunca o esquecerá; passam-se um ou dois anos e nada resta dele. Mas via agora por que era assim e por que não podia ser de outro modo. Se nossa memória só guarda vivos os momentos de lembrança de si, é evidente que deve ser bem pobre.

Foram essas as minhas experiências dos primeiros dias. Mais tarde, aprendendo a dividir a atenção, vi que a “lembrança de si” dava sensações maravilhosas, que só muito raramente vinham por si mesmas, e em ocasiões excepcionais. Assim, nessa época, gostava muito de passear à noite, em São Petersburgo, e “sentir a presença” das casas e das ruas. São Petersburgo está cheia dessas estranhas sensações. As casas, particularmente as mais antigas, eram vivas para mim, eu não cessava de falar com elas. Não havia aí nenhuma “imaginação”. Não pensava em nada, simplesmente passeava e olhava em torno de mim, tentando “lembrar-me de mim mesmo”; as sensações vinham por si mesmas. Devia fazer assim, com o tempo, muitas outras descobertas. Mas falarei disso no momento oportuno.

 

Algumas vezes a “lembrança de si” fracassava; noutros momentos, estava acompanhada de curiosas observações.

Seguia um dia pela Liteyny na direção da Nevsky e, apesar de todos os esforços, era incapaz de manter a minha atenção na “lembrança de mim mesmo”. O ruído, o movimento, tudo me distraía. A cada instante, perdia o fio da minha atenção, reencontrava-o e tornava a perder. Por fim experimentei em relação a mim uma espécie de irritação ridícula e dobrei uma rua à esquerda, firmemente decidido, desta vez, a lembrar-me de mim mesmo, pelo menos durante algum tempo ou, em todo caso, até que tivesse alcançado a rua seguinte. Cheguei à Nadejdinskaya, sem perder o fio da minha atenção, a não ser, talvez, por breves instantes. Então, dando-me conta de que me era mais fácil, nas ruas tranqüilas, não perder a linha do meu pensamento e desejando testar-me nas ruas mais barulhentas, decidi voltar à Nevsky continuando a lembrar-me de mim mesmo. Cheguei a ela sem ter cessado de lembrar-me de mim mesmo e já começava a experimentar o estranho estado emocional de paz interior e de confiança que se segue aos grandes esforços dessa ordem. Bem na esquina da Nevsky estava a loja que fornecia meus cigarros. Continuando a lembrar-me de mim mesmo, disse para mim que ia entrar e encomendar alguns maços.

Duas horas mais tarde, despertei na Tavricheskaya, isto é, muito longe. Ia de trenó à gráfica. A sensação do despertar era extraordinariamente viva. Posso quase dizer que voltava a mim. Lembrei-me imediatamente de tudo: como percorrera a Nadejdinskaya, como me lembrara de mim mesmo, como pensara nos cigarros e de que modo, ao pensar neles, caíra, como que aniquilado, num sono profundo.

OBS: VOCÊS JÁ DEVEM TER LIDO AQUI RELATOS DE PROJEÇÃO QUE COMEÇAM CONTANDO COMO O SUJEIT SAIU DO CORPO...E DEPOIS NÃO SABE COMO FOI PARAR EM TAL OU QUAL SITUAÇÃO, E FEZ TAL OU QUAL COISA..ENTÃO TEM OUTRO CORTE DE CENA E ESTÁ FAZENDO OUTRA COISA. É O MESMO FENÔMENO DE OSCILAÇÃO DA LUCIDEZ DE VÍGILIA, MAS COMO EU DISSE, VOCÊ SÓ NOTA QUE O ESTADO DE VIGÍLIA NÃO É LUCIDEZ DEPOIS QUE CONSEGUE GERAR LUCIDEZ DE VERDADE EM VIGÍLIA.

QUALQUER UM PODE OBTER UMA BOA PROVA DISSO, FAZENDO UM EXERCÍCIO RETROSPECTIVO DO SEU DIA. A NOITE, SENTE COMO SE FOSSE MEDTIAR, E RELEMBRE DETALHADAMENTE OS EVENTOS DO DIA, DESDE O MOMENTO EM QUE ACORDOU NA CAMA, O QUE PENSOU QUANDO SENTOU NA CAMA, QUANDO ESCOVOU OS DENTES...ETC....O QUE SENTIU, O QUE FEZ E O QUE PENSOU EM CADA INSTANTE. VAI DESCOBRIR QUE A MEMÓRIA DOS EVENTOS DA VIGÍLIA É TÃO VAGA QUANTO A DOS SONHOS. MAS TENTE PROVOCAR ESSE ESTADO DE LEMBRANAÇ DE SI ALGUMAS VEZES DURANTE O DIA, VERÁ QUE AO FAZER A RETROSPECTIVA DO DIA, OS MOMENTOS EM QUE CONSEGUIU ISOS GERAM UMA LEMBRANÇA TÃO NÍTIDA QUANTO A DE UMA PROJEÇÃO LÚCIDA.

continuando....

17 minutos atrás, sandrofabres disse:

Entretanto, enquanto estava assim submerso no sono, continuara o executar ações coerentes e oportunas. Deixara a tabacaria, telefonara para meu apartamento da Liteyny e, depois, para a gráfica. Escrevera duas cartas. Em seguida, ainda voltara a casa. Subira a Nevsky pela calçada da esquerda até a Porta Gostinoy, com a intenção de ir até a Offitzerskaya. Mudando então de idéia, porque era tarde, tomara um trenó para ir ité a gráfica na Kavalergardskaya. E, no meio do caminho, ao longo da Tavricheskaya, comecei a sentir estranho mal-estar, como se tivesse esquecido alguma coisa. E, de repente, lembrei que esquecera de lembrar-me de mim mesmo.

Falei de minhas observações e reflexões aos companheiros de nosso grupo, bem como a meus amigos escritores e outros.

Dizia-lhes que isso era o centro de gravidade de todo o ensinamento s de todo o trabalho sobre si; que, agora, o trabalho sobre si não era mais uma palavra, mas um fato real, cheio de significação, graças ao qual a psicologia se tornava uma ciência exata e, ao mesmo tempo, prática. Dizia que um fato de prodigiosa importância escapara à psicologia ocidental, ou seja: que não nos lembramos de nós mesmos, que vivemos, agimos e raciocinamos dentro de um sono profundo, dentro de um sono que nada tem de metafórico, mas é absolutamente real; e, no entanto, que podemos nos lembrar de nós mesmos, se fizermos esforços suficientes; que podemos despertar-nos.

Estava impressionado com a diferença entre a compreensão de nossos grupos e a das pessoas de fora. Em geral, os nossos compreendiam imediatamente que tocávamos num “milagre”, em algo “novo” que não existira jamais em parte alguma. Os outros não compreendiam isso; tomavam tudo muito superficialmente e até tentavam, às vezes, provar-me que tais teorias já existiam há muito.

A. L. Volinsky, que eu encontrara muitas vezes e com quem tivera inúmeras conversas, desde 1909, e cujas opiniões apreciava muito, nada encontrou, na idéia da “lembrança de si”, que ele já não conhecesse.

—        É uma apercepção, disse-me. Leu a Lógica de Wundt? Encontrará ali sua última definição da apercepção. É exatamente isso de que você fala. A “simples observação” é uma percepção. “A observação com lembrança de si”, como você a chama, é uma apercepção. Certamente Wundt a conhecia.

Não queria discutir com Volinsky. Eu lera Wundt. E, naturalmente, o que Wundt escrevera nada tinha que ver com o que eu dissera a Volinsky. Wundt se aproximara dessa idéia e outros também, mas seguiram depois outras direções. Ele não vira a grandeza da idéia, oculta por trás do que ele mesmo pensava das diferentes formas de percepção. E, não tendo visto a grandeza da idéia, não podia, naturalmente, ver a posição central que a idéia da ausência de consciência e a da possibilidade de uma criação voluntária da consciência deveria ocupar em nosso pensamento. Apenas me parecia estranho que Volinsky não pudesse ver isso, mesmo quando eu lhe indicava.

Convenci-me, então, de que um véu impenetrável ocultava essa idéia de muitas pessoas, por outro lado bastante inteligentes; e mais tarde vi por que isso era assim...

Fonte: Fragmentos de um ensinamento descohecido. P.D. Ouspensky. pg 139-146 : https://drive.google.com/file/d/0ByXGi2vq5-wsTlhIeklDYVVkUHM/view?usp=sharing

 

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Só ressantando alguns pontos que deixei em aberto: que Assim com expliquei que quando estamos fora do corpo NÃO ESTAMOS DORMINDO, e se não estamos dormindo estamos o qUE? Acordados. E então eu disse que se alguma força externa te puxa e ela for benigna ela te deixa em estado mental normal (LUCIDO) que é o mesmo estado em que se encontra quando se esta acordado. Ou então se a pessoa consegue sair do corpo por ela própria, ela também vai se sentir como se estivesse acordada.

Então o complemento que eu esqueci de fazer é esse: O mesmo se aplica ao CONTRÁRIO, que por curiosidade é o que a maioria das pessoas enfrentam, quando a pessoa SAI DO CORPO, e se ENCONTRA COM O ESTADO MENTAL ALTERADO!, Aí já não é uma força BENIGNA EXTERNA. E sim uma FORÇA MALIGNA EXTERNA ALTERANDO A PERCEPÇÃO DA PESSOA. Entenda o maligna do contrário da forma que eu expliquei do benigno no post anterior. (obs: estou dizendo dentro do contexto que eu escrevi no post anterior, dizendo o óbvio, mas pode ser que sim, que exista forças INTERNAS que fazem essa alteração na percepção, mas mesmo assim não deixariam de ser NÃO NATURAIS, ou seja, realmente parece que ou tem uma conspiração la fora ou baseando-me em alguns relatos extraterrestres, de que nossos chakras sofreram um DANO de um acidente espacial/Solar/radição/energético(ou alguma coisa que afetou o organismo) e não estão funcionando direito, isso seria para todos os humanos) e até mesmo por isso que os extras não nos contactam)

Ou ela usou algum tipo de substancia quimica que fez ela ficar em estado alterado exemplo ficar bebado (bebida alcoolica) e sair do corpo.

(obs: Sandro, estou a ler seu post)

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Bom pessoal, agradeço pelas respostas de todos.

@cyber2050 ficou um pouquinho confusa sua resposta, rs. Sei que o tema lucidez é bastante abrangente e cada um vai enxergar da sua forma. Eu entendi que vc esta se referindo a lucidez terrestre (digamos assim) onde uma pessoa que não se drogue seria mais lúcida de alguém que se drogue (por exemplo), certo?

Na minha opnião ser lúcido vai muito além de estar acordado fisicamente e gozando das faculdades mentais. É algo além. Como algumas pessoas falaram, ser mais lúcido na teoria é fácil, mas na prática...

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Em 30/08/2016 at 09:11, Iogui disse:

É uma pergunta ampla que poderia receber as mais variadas respostas mas, na minha visão, o essencial é a auto-observação/auto-análise constante e reforma íntima e o exercício do desapego. Isso de forma resumida.

Assunto bom, assunto gostoso e olha que eu já estava considerando sair desse fórum, porque não via ninguém querendo se aprofundar - falta de gente inteligente se perguntando coisas que incomodam; só coisas superficiais SÔ, aí não dá -> caio fora, kkkk. Mas só esse resumo do Iogui dá um caldo, :-D:-o.

 

 

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É que como o foco principal é de projeção astral, que é um assunto mais prático, não convém ficarem aprofundando muito em especulações, sabe por que? Porque essa é a FUGA PSICOLÓGICA mais comum de quem não consegue se projetar,  acaba caindo na mera diversão intelectual, e usando o fórum para debates vazios, as vezes brigando por conceito sobre os quais nenhum dos lados sabe nada, ouqe não fazem diferneça alguma no resultado se A ou B está certo. E aí passam meses, anos discutindo, mas não fazem o que deveriam fazer, que é a projeção. Então tem que evitar que esses assuntos mais profundos mas em geral menos práticos se desenvolvam muito no fórum. Mas encaixados dentro do contexto eles tem lá seu espaço.

 

 

 

 

 

 

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@Iogui @MichelleA @sandrofabres

Colegas, o meu primeiro post foi a resposta para esse tópico, se você não entendeu o meu primeiro post eu vou resumir em uma frase: "Aumentar a lucidez não desenvolve a projeção astral". (se quer saber porque, favor ler o post mais uma vez)

Já o segundo post, foi um comentario-resposta ao post do Cristaldo, ele colocou algumas colocações muito válidas, como sempre, que como eu falei, eu achei justo comentar para ele saber que eu não sou um fanático religioso e deixei um alerta implícito para tomarmos cuidado com nossas próprias deduções (preconceituosas ou não) a respeito daqueles que tem uma religião. Complementei, para não fugir do assunto do forum, que os sistemas escolhidos devem ter uma aborgagem cientifica e não baseando-se em crenças em gurus que misturam tudo e distorcem as próprias palavras (aliás esses gurus nem falavam portugues).

Vou resumir de uma maneira mai popular:

lhes respondo dessa maneira então

Primeiramente eu estou falando sobre projeçao astral e explicando que não é aumentando a lucidez que vai se conseguir CURAR projeções com baixa lucidez. (leia o post para entender)

Cito o post do iogui dizendo que realmente se esforçando para aumentar o universo simbolico individual, se tem um aumento de Lucidez. Não discordo disso. O que estou escrevendo é um complemento dizendo que melhorar a lucidez não vai melhorar a projeção astral.

Acho que ficou claro agora né?

Então, vou aproveitar o post para dar mais um exemplo para quem quiser: Um cara que fica bebado e sai do corpo, ele vai sair bebado. Uma pessoa lucida (leia no dicionario que significa ser lucido) que sai do corpo vai sair lucida. Uma pessoa lucida que sai do corpo E NÃO ESTÁ LUCIDA, ou seja, tem "apagões mentais" age como um zumbi e etc.. O que está ocorrendo é que ela esta Sofrendo de Uma Alteração Mental Não Natural portanto DOENTIA. E com base nisso, citei as 2 teorias que acho bastante interessantes, uma a da que há uma conspiração para NÃO NOS PERMITIREM VER o que tem do outro lado (seja conspiração benigna ou não) e a outra é da possibilidade de nossos corpos humanos (chakras e etc..) estarem DANIFICADOS.

Não é uma questão de EU ACHO QUE É ISSO, eu não acho nada, estou dizendo o que é lucidez, e que uma pessoa lucida, dentro da NATUREZA (=MUNDO EM GERAL, SEJA ASTRAL E ETC..), se em algum momento a SUA LUCIDEZ DIMINUI da que ela já tem, não é por causa das suas crenças nem do tamanho do universo simbolico dela.

É uma questão quimica. E para quem quer subjetivar até mesmo a existencia da quimica nos corpos (sejam qual for), realmente, vai ficar complicado entender

 

 

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Cyber, só um detalhe:

o nível de lucidez " como um zumbi" não é sentido pelo zumbi. Você, quando está vivendo seus sonhos está agindo como um zumbi? Como se estivesse sob açao de alguma droga? Não.

Você está agindo exatamente igual ao que age no físico. Mas quando tem um projetor lúcido te observando é que ELE percebe seu estado como o de um zumbi, você julga que está tudo normal, tão normal que acredita estar no plano físico.Você nota isso muito bem quando esta num sonho, convesando com ENCARNADOS, e entao sua lucidez desperta. Os encarnados que antes lhe pareciam normais, porque você estava no mesmo nível de lucidez que eles, agora te parecem zumbis, parecem lerdos de raciocinio, porque agora voce esta um nivel acima deles, e nota o estado deles.

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Cyber, acho que você está tendo os mesmos questionamentos que eu já tive. A ideia de que toda a vida é uma conspiração. Já pensei que o ciclo reencarnatório fosse de alguma forma um sistema para aprisionar os espíritos e alimentar energeticamente os seres que o gerenciavam. Já imaginei também que o esquecimento do pré-vida era parte do "plano". Basicamente eu via essa planeta como uma fazenda de energia. Não nego que há muitos grupos distintos fazendo isso mas não são todas as pessoas que podem ser submetidas. Porque é preciso estar na mesma vibração que esses seres. 

Falando especificamente da lucidez: imagine que de um dia para outro todas as pessoas do planeta passaram a se projetar com total lucidez. Agora se pergunte: quantas vão querer voltar a estarem submetidas à vida na matéria densa? Quantas vão querer sair dos prostíbulos, bocas de fumo, casa de jogos e todo tipo de ambiente extrafísico que alimente os vícios delas? Quem vai querer sentir fome, dor, trabalhar, ter que comer, ficar doente, etc ao invés de "viver" no astral. Entende onde quero chegar? NÃO TEM COMO HAVER EXPERIÊNCIA NA 3D SEM ESSE ESQUECIMENTO. Ninguém vai querer jogar um jogo sabendo que tem um bem melhor à disposição. Por isso certas "limitações" são impostas. É claro que essas limitações fazem parte de nossa Era atual (lembre-se do que falei no outro tópico sobre os ciclos onde a intensidade da compreensão consciencial é bem variável. 

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Ok, @cyber2050, obrigado, esse seu post ficou bem mais claro!

Bom... Vou fazer apenas algumas observações:

Embora eu saiba que o assunto "lucidez" tenha um papel importante no âmbito da projeção astral, nada do que falei foi focado neste contexto e sim num contexto espiritualista mais global. Projeção astral é subconjunto deste contexto mais global e o conceito também se aplica a ele mas acredito que seja muito mais amplo. Desta forma, a frase:

2 horas atrás, cyber2050 disse:

"Aumentar a lucidez não desenvolve a projeção astral"

Não faz sentido dentro do contexto a que me referi porque eu não estava me referindo a projeção astral. E, de qualquer forma, não acredito que aumentar a lucidez faça com que a pessoa desenvolva a capacidade de se projetar de uma forma assim direta embora acredite que, de forma indireta, influencie muito e principalmente no proveito que se possa ter de uma projeção astral.

Quando emprego a palavra "lucidez", não a estou utilizando como sinônimo de estar acordado ou desperto que é um conceito muito mais simples e binário. Ou você está acordado ou está dormindo.

Utilizo a palavra "lucidez" para representar uma coisa que aceita gradações, ou seja, a pessoa pode estar mais lúcida ou menos lúcida e também pode estar muito lúcida. Fulano pode demonstrar maior lucidez que Ciclano embora ambos sejam lúcidos. Fulano pode estar mais lúcido agora do que antes apesar de estar lúcido.

2 horas atrás, cyber2050 disse:

Cito o post do iogui dizendo que realmente se esforçando para aumentar o universo simbolico individual, se tem um aumento de Lucidez. Não discordo disso. O que estou escrevendo é um complemento dizendo que melhorar a lucidez não vai melhorar a projeção astral.

Eu não falei em aumentar o "universo simbólico individual". Eu falei em aumentar a compreensão da realidade e das sutilezas da vida e de si mesmo como consciência porque quanto maior a compreensão maior a lucidez, maior é o estado de "disperticidade".

Lembrando que compreender não é saber, é um passo além. Não necessita de símbolos. Acredito que compreender aconteça no nível da consciência e não da mente simplesmente.

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@Iogui 

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Cito o post do iogui dizendo que realmente se esforçando para aumentar o universo simbolico individual, se tem um aumento de Lucidez. Não discordo disso. O que estou escrevendo é um complemento dizendo que melhorar a lucidez não vai melhorar a projeção astral.

esqueci de colocar: é um complemento [+MEU]:  dizendo que melhorar a lucidez não vai melhorar a projeção astral.

Aumentar o universo simbolico = 

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aumentar a compreensão da realidade e das sutilezas da vida

Em momento algum discordei do que você escreveu

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3 horas atrás, cyber2050 disse:

"Aumentar a lucidez não desenvolve a projeção astral"

Olá Cyber, - Minha Visão - olha eu concordo se essa frase tem sentido de quantidade. É fato que a lucidez não desenvolve ou "aumenta" a quantidade de projeção que a pessoa tem, isso porque um bêbado ou um drogado também se projetam e não se pode dizer que tenham maior ou menor quantidades de projeções que um sóbrio.

Se a frase tem o significado de melhorar a percepção do momento em que se está projetado - ou sua qualidade -, aí eu discordo. O dicionário informal, diz: Significado de Lucidez: Mente limpa, coerente, quando a pessoa tem discernimento, atento, alerta, acordado, enfim sóbrio.

Se uma pessoa é liberta de crenças, liberta até de religião, liberta de misticismo, liberta do sexo e de todo e qualquer vício; não é possível ela ter a mesma projeção que o bêbado ou o drogado têm. Essa frase foi em um extremo, substitua a parte Se uma pessoa é por se uma pessoa está mais liberta de, aí está meu pensamento.

Ou seja, em minha visão, quanto mais uma pessoa está liberta de tudo isso e muito mais coisas, mais lucida ela está - consonante com o significado dado pelo dicionário - e por conseguinte, não é possível ela se projetar sem esse "conhecimento" agregado ou mesmo "relembrado".

Veja, com 19 anos eu saía do corpo e andava em ruas com péssimos elementos e tudo mais; fazia o mesmo no físico. Ponderava se o que via e fazia era pecado. Na bíblia não tinha aquilo, então era pecado ou coisa do demônio. Nem por essa ignorância eu não tinha consciências extra-físicas ao meu lado. Sentia essas consciências próximas desde os 7 anos de idade. Como eu não tinha discernimento, entendimento, coerência OU SEJA LUCIDEZ; não adiantava eles se apresentarem; eu os classificaria como demônios. Não adiantaria aparecerem e me guiarem em algumas coisas; E ISSO ACONTECE HOJE. Sinto que a medida em que o tempo passa e eu ganho maior liberdade, maior discernimento - de tudo o que citei acima - ; mais tenho consciência do que se passa fora do corpo. Tudo isso tem haver com meu post anterior; foi devagar e continua sendo; ou seja uma descoberta.

Nesse sentido sua frase abaixo precisa ser revista porque o saber melhora a CONSCIÊNCIA e a mesma consciência que está no físico é aquela que está nos outros corpos até o mental. Então a medida que há esclarecimento aqui, há o mesmo esclarecimento em todos os níveis ou dimensões onde a consciência pode se manifestar. 

3 horas atrás, cyber2050 disse:

Primeiramente eu estou falando sobre projeçao astral e explicando que não é aumentando a lucidez que vai se conseguir CURAR projeções com baixa lucidez. (leia o post para entender)

De novo: um bêbado tem baixa lucidez, um crente evangélico tem a lucidez que lhe é própria (não sei se alta ou baixa), mas vai interpretar as coisas que vê até aonde seu entendimento chegou. Na lucidez dele, ele me dirá: vi um demônio enquanto dormia e um anjo me salvou; foi um milagre! Se eu estivesse ao lado dele, nessa projeção, não veria um demônio, mas um assediador. Não veria um anjo, mas um amparador... e por aí vai.

Veja: estávamos numa mesma projeção.

Mas o que tínhamos de diferente?

Se responder essa pergunta é porque sacou meu ponto de vista.

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