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Éh possível Evoluir numa única vida ?


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Oi a todos!

Vivemos milhares de vidas nesse planeta e noutros planetas ...

Porque temos tanta insistência em reencarnar na Terra ... ?

 

A indagação é.: seria possível evoluir MUITO numa única encarnação, e deixar de reencarnar aqui ?

 

Num vídeo que assistir da Meire, ela comenta que crescemos muito pouquinho , quase nada - guardando conosco toda nossa carga emocional e problemas acumulados de muitas vidas. 

Crescemos pouco porque temos pouca vontade e tempo para focar no desenvolvimento espiritual - pensamos apenas na parte material e intelectual 

Sinceramente , concordo com ela.

Numa única vida , nõa dá para transmutar todos os erros cometidos...

Por exemplo.: Chico Xavier sofreu muito , e fez enormes transformações espirituais . Se ele precisa voltar à Terra ? Talvez nunca mais.

 

Ao meu ver, as pessoas pobres que buscam e vivenciam a espiritualidade crescem mais em Espírito , porque o Ego será constantemente soqueado ... Um homem rico não vai evoluir tanto assim .  

Respondendo por mim , eu adoro conforto e bem-estar ... mas ficar ressomando e sofrendo de novo 100 vezes é muito desanimador.

 

Uma formulinha para evoluir muito seria > Evoluir = pobreza + dor + sofrimento + espiritualidade + fé + amor - Ego    ? , kkkkk

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Em 16/01/2017 at 00:14, Ashram disse:

Porque temos tanta insistência em reencarnar na Terra ... ?

Não é insistência é afinidade vibracional ou necessidade.

Em 16/01/2017 at 00:14, Ashram disse:

A indagação é.: seria possível evoluir MUITO numa única encarnação, e deixar de reencarnar aqui ?

Esse tipo de resposta depende da doutrina que responde. Segundo a Gnose sim, segundo o espiritismo crio que não. Mas para isso você não pode viver uma vida como todo mundo, com "moderação", teria que trabalhar intensamente, diariamente, com MÉTODOS, não apenas com filosofias. Essa é a diferença entre apenas ter uma crença ou filosofia espiritual, e seguir um CAMINHO. A finalidade do CAMINHO é justamente acelerar isso. Se será eficaz ou não, como tudo, depende do empenho individual e também de aquele caminho ser eficaz. Há quem acredite que todos os caminhos levam ao mesmo destino. Eu não vejo o menor sentido nisso, é sempre possível seguir trilhas erradas, que te levam a direção oposta da almejada, ou que te atrasam demais em determinadas fases. E cada caminho, claro, pregará ser melhor que os demais. Infelizmente cada um tem que se virar nisso. Um livro interessante para você ler sobre isso é FRAGMENTOS DE UM ENSINAMENTO DESCONHECIDO:

https://drive.google.com/file/d/0ByXGi2vq5-wsTlhIeklDYVVkUHM/view?usp=drivesdk&resourcekey=0-w9SKGVpwVSPohX9hxYkRWg

 

Mas DEPOIS de lê-lo, leia NÃO CHAME NINGUÉM DE MESTRE, é bom para mostrar que nem tudo sai como planejado nessas escolhas:

https://drive.google.com/file/d/1HULaV1s2-0-gOBzeTdwQoXn3mKsKgufU/view?usp=drivesdk

 

Em 16/01/2017 at 00:14, Ashram disse:

Num vídeo que assistir da Meire, ela comenta que crescemos muito pouquinho , quase nada - guardando conosco toda nossa carga emocional e problemas acumulados de muitas vidas.

Sim, por isso a reencarnação não é CAMINHO, ela é muito ineficaz, gera mais problemas e enredos. Por isso se usa a Roda do Samsara como símbolo da reencarnação, porque voce gira, gira, sobe e desce, mas para sair disos tem que romper com o que nos prende aqui, senão fica só enredado em  mais e mais laços, desfaz uns ria outros. Evolução é algo consciente, ninguém evolui sem buscar por isso, pelo mesmo motivo que não desperta lucidez astral sem buscar lucidez. A consciência não brota como flores no mato, que são levadas pelas leis da natureza, você mesmo tem que lapidar isso,  o que precisa esforço consciente para melhorar. Mas como sempre, esse tipo de explicação depende de cada doutrina. Algumas podem te dizer que a Lei da evolução te faz reencarnar até que você se aperfeiçoes naturalmente. Se não me engano essa foi a raíz da divergência entre o Budismo e o Bramanismo, porque Budha não acredita nisso, e daí surgiu o caminho Octuplo, como forma de sair rápido desse enredo da reencarnação. 

Quanto a sofrimento ter alguma função, olha, ele tem função específica, não genérica. Ou seja, de nada adianta pegar uma pedra e sari carregando ela o dia, todo, esse sofrimento não te fará uma pessoa melhor. Nascer pobre só é sofrimento para gente orgulhosa, e se você observar, esse é o maior problema daqueles que são mais miseráveis: muitos deles são tão orgulhosos que SE ACHAM bons demais para pegar qualquer emprego que pague de acordo com o que eles sabem (nada), inteligentes demais para sentar num banco escolar e aceitar que lhe ensinem algo, astutos demais para aprenderem com a experiência dos demais, então se metem em enrascadas, como vícios, gravidez indesejada, brigas, tudo fácil de evitar se tivessem a humildade de aprender com os erros alheios.

Ninguém precisa enfiar o pé na m... para saber o resultado, a vida é uma experiencia colrtiva, você observa os demais e aprende fácil observando os resultados dos demais.

Mas se o orgulho te cega, você se acha "o cara", vai pensar "comigo não, eu sou capaz de fazer isso e ainda assim não me dar mal, como o fulano, que é só um mané..", e aí você cava sua própria cova rapidinho.

Pessoas pobres que não são orgulhosas em geral não tem muito a aprender com a pobreza, e não ficam muito tempo nela. Mas aquelas cuja causa da pobreza é o orgulho, podem passar muitas vidas presas nisso, até que entendam que são seus defeitos psicológicos que as prendem nas suas condições de vida, porque os cega na hora de pesar as escolhas e assim as  impede de AGIR para mudar a situação.

 

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Acredito que uma maneira de dar um grande salto é eliminando todos os nossos vícios aqui no plano carnal: vício em comida, em ser rico a qualquer custo, em sexo, etc, qualquer coisa. Não é uma regra, uma questão de Deus castiga ou não, é como o Sandro disse, é tudo afinidade vibracional. Imagina uma pessoa cheia de vicios materiais morre e depois vai pro plano espiritual querendo comer um McDonalds e acaba se dando conta que lá não tem nada disso, ou acaba que sugando a energia de quem está aqui. Esse espírito vai querer reencarnar a qualquer custo... Não estou dizendo que pra evoluirmos temos que abdicar de tudo, na vida tudo precisa de equilíbrio. Acredito que o amor ao próximo é a chave também. Se preocupamos tanto em nossa própria evolução, em sair daqui que esquecemos do resto do mundo. Uma tarefa um pouco díficil no mundo em que vivemos mas né, eu também erro muito... mas tento.

Em fim, muito interessante sua pergunta.

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Sim, isso comumente é chamado de Ascensão. Porém, cada escola defenderá um tipo de caminho para essa ascensão (que podem ou não serem similares) o que dependerá do ponto de vista de acordo com aquilo que pregam e com a fonte de suas doutrinas. Como o Sandro disse, o Caminho da Ascensão é uma ferramenta que visa acelerar o aprendizado que é necessário para se livrar da Roda do Samsara e passar a se manifestar em outra dimensão tendo se "Graduado" nessa 3ª Dimensão. 

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O trecho abaixo é do livro Nossa Vida com Gurdjieff, de Thomas de Hartman. Thomas foi um dos alunos mas chegados do Gurdjieff, e como a maioria dos demais era membro das classes altas da Rússia antes que a revolução comunista de 1917 virasse a mesa das classes sociais por lá.

Selecionei esse trecho para exemplificar o que falei antes. A vida comum acaba sendo um conjunto de "desafios inteligentes", uma matrix viva que reage a nó,para gerar situações que nos permitam crescer QUANDO AS SUPERAMOS. É como um quebra cabeças, você tem que olhar para tudo que te acontece e tentar tirar proveito, em termos de aprendizado interior. Sempre perguntar a si mesmo "o que esta dificuldade está tentando me ensinar?", ou "que qualidades eu deveria ter para que isto não signifique um problema para mim?". As situações da vida cutucam seus pontos fracos, portanto seu trabalho é eliminá-los, ou vai ficar repetindo as lições uma vida após a outra eternamente. Quando a vida na terra já não consegue mais gerar desafios para você, já que você se tornou imune a essa provocações, aí sim é hora de partir desta escola.

A visão do Gurdjieff é que uma Escola esotérica tem por meta gerar esses desafios de forma mais intensa, exatamente para criar um desenvolvimento mais rápido. Para isso a presença de um Mestre é essencial, já que só ele pode conhecer como discípulo além das aparências, e selcionar desafios para cada um, de acordo com as características que esse discípulo precisa corrigir.

Bom, isso era a visão do Gurdjieff, mas obviamente esse tipo de coisa não é possível para quem não vive junto com o mestre da escola. Daí vocês entendem porque existe aquela estrutura "mestre + 200 puxa sacos", coisa que a visão ocidental tem dificuldade de entender, porque para a cultura ocidental o orgulho é um traço dominante, é impensável fica babando ovo de um desses "gurus". Mas se o cara é legítimo, faz sentido. Mas como saber se é legítimo? Bom, acho melhor nem arriscar, esse mundo está virado numa fruta podre, e da minha parte, certo ou errado, tomei a atitude pessoal de jamais considerar escolhas desse tipo, porque para cada um sujeito real, é provável que esse sistema favoreça o trabalho de mil pilantras, que obterão sexo, dinheiro e energias de seus discípulos. Para mim esse método "já era", considerando o nível de insalubridade ética e moral da espécie humana. Maaasss...há uma opção a considerar. Essas coisas também acontecem na nossa vida comum, que é nossa grande escola, se você "eleva o pensamento aos céus", se dirige ao seu Eu superior, etc... e pede que "acelere seu aprendizado". Mas a coisa pode começar a ficar preta, ehhe. Começam a surgir desafios de todo o tipo, a ponto de você questionar se caiu alguma maldiçao na sua cabeça, eheheh. A vantagem é que você pode pedir para parar quando quiser, e a coisa sossega. Assim não se fica na mão de pseudo mestres. Só que...qual o risco? O risco é que se você "esquece de si mesmo", como diria Gurdjieff, pode agir mal, e se complicar. Por exemplo, imagine o sujeito que é muito apegado ao conjuge, e pede para acelrarem seu aprendizado..o conjuge se separa dele, o cara se desespera e se suicida, ou mata o ex-econjuge e depois se mata. Ora, ele esqueceu que pediu uma aceleração, logo, o desafio que viria era fruto disso, uma resposta para ele ter uma oprotunidade rápida de superar aquele apego. Se ele se lembra disso, ele sabe que é um jogo, que dói, mas que ele ganah o jogo quanto mais rápdo ele conseguir eliminar o apego de si. Mas se ele se deixa hipnotizar pela ilusão da matrix, acaba reagindo de acordo com o desconforto que sente, e acaba acrescentando carma à sua situação.

Então não convém brincar com isso mas é bom saber que existe, até para entender um pouco os desafios da vida física em relação ao nosso aprendizado. Mas é fácil entender   assim explicado, o problema é que quando a unha escrava a gente esquece e já pragueja, kkkkk.

Bom, o texto abaixo mostra um exemplo dessa convivência na escola do Gurdjieff, onde o mestre vai criando os desafios para os alunos

.......................

Para alguns dos membros do grupo de Moscou, Gurdjieff fazia subitamente exigências muito grandes. Não o compreendíamos. Para dar uma explicação, é preciso lembrar-se do princípio fundamental desse segundo período do Trabalho: tentar ficar junto de Gurdjieff, apesar de todos os obstáculos que ele erguia diante de nós. Quanto mais adiantado um homem estivesse nesse caminho, mais exigente Gurdjieff se mostrava. Ele nos pedia que nos lembrássemos sempre de que nosso objetivo era despertar e de que tínhamos ido até ele por essa única razão. No dia posterior à chegada dos alunos de Moscou, a ocupação do tempo é organizada para cada pessoa. As horas das refeições são marcadas. Devemos nos levantar cedo e fazer o desjejum de chá com pão com os outros. Recebemos meio quilo de pão por dia. À uma hora, almoçamos.

Há, no terraço, pequenas mesas para quatro. O cardápio compõe-se de bortsch *ou outra sopa de legumes, um bom pedaço de carne para cada um, com batatas, feijões ou outro legume. À noite, tomamos chá com o pão que sobrou. Mas imediatamente começam as dificuldades. As refeições são servidas, em cada mesa, num prato grande e cada qual tem que comer nesse prato comum com sua colher de pau.

Embora eu e minha mulher vivêssemos, nessa época, na nossa pequena casa, Gurdjieff nos pede que façamos as refeições com todo mundo. Para minha mulher, é terrível comer no mesmo prato que os outros. Não sei como conseguiu se sair dessa, mas Gurdjieff permite que ela tenha um prato. Talvez não queira lhe impor muitas dificuldades; reserva para ela outras, bem maiores. Quanto a mim, começo a comer “lenta e conscientemente”, como está dito em certos livros que li antes de encontrar Gurdjieff. Refleti sobre o processo físico de transformação do alimento — que, de modo geral, não pode servir a seus fins superiores — e sobre o que é dito da evolução. Persuadi-me da necessidade de comer conscientemente. (Em muitas religiões, as preces antes das refeições são um meio para que não nos esqueçamos de fazê-lo.) Mal chego, porém, a engolir “lenta e conscientemente” quatro colheradas, e já o prato comum está vazio. Enquanto fazemos as refeições, Gurdjieff habitualmente vem ao terraço e observa tudo. Dessa vez ele para perto de mim e diz:

—        É isso, Thomas, é isso!

Gurdjieff comprou grande quantidade de fios de seda. É um investimento importante nesta época de inflação. Depois que chegaram os alunos de Moscou, o trabalho, que consiste em desembaraçar a seda, avança mais rápido e em pouco tempo muitos novelos já estão prontos. Agora é preciso desfazê-los e passá-los para pequenas bobinas de papel. É pedido a cada um que traga todos os lápis e quanto papel branco tenham. Timidamente, confesso ter papel pautado para música, de formato muito raro e que reservo para a orquestração de meu balé (dera algumas folhas a Prokofieff, que viera de Kislovodsk à minha casa especialmente para buscá-las).

—        E então! Por que não disse logo? Traga-o... diz Gurdjieff.

E o precioso papel imediatamente é cortado em pedaços pequenos e enrolado nos lápis de embobinar a seda.

É fastidioso ficar enrolando sem parar. Todos os outros têm paciência. Não posso suportar isso. Não sei se pensei ou não no “homem astuto”,* mas decido inventar uma enoveladeira, sem dizer nada a Gurdjieff. Ele chega no momento em que a faço funcionar, olha e diz:

—        Você sempre tem que inventar algo!

Mas a máquina funciona bem e logo as bobinas ficam prontas. Alguns dias mais tarde, à noite, Gurdjieff traz uma caixa grande, com muitos pequenos compartimentos, e me diz:

—        Agora, Thomas, você irá amanhã a Kislovodsk e tentará vender essa seda.

—        Mas, senhor Gurdjieff, Kislovodsk está cheia de gente que conheci em Petrogrado. Não posso ir vender lá!

—        Ao contrário, é melhor ainda! Com tantas relações, você venderá muito mais depressa.

No dia seguinte, portanto, tomo o trem para Kislovodsk, lá chegando ao cair da noite. Evito, no entanto, procurar meus conhecidos, que não têm nenhuma necessidade de fio de seda. Não quero, sobretudo, provocar comentários inúteis. Protegido pela noite, circulo pelas pequenas lojas. Entro, por fim,num grande magazine. E do dono de nossa casa. Para grande surpresa minha, lá encontro Gurdjieff. O proprietário compra muita seda e Gurdjieff diz, finalmente:

—        Agora, vamos para casa!

Que alívio!!!

Jamais esquecerei essa experiência, que permitiu a Gurdjieff pôr o dedo noutra de minhas fraquezas. Até aquele dia, eu não tinha tido consciência desse insuperável orgulho de classe, que me fazia ficar envergonhado de vender seda. Nessa época, ninguém compreendia que tudo estava de pernas para o ar na Rússia. Constatei a maravilhosa lição que Gurdjieff me dera: as circunstâncias obrigaram muita gente do mesmo meio que eu a fazer coisas tão constrangedoras. Mas aceitei isso como uma tarefa e não sob a pressão das circunstâncias. Nunca mais Gurdjieff me mandaria vender seda...

Como a revolução se estende, Gurdjieff nos faz ver que era preferível mandar Marfusha, nossa fiel camareira, e o marido, meu ordenança, de volta à nossa propriedade na Ucrânia, onde haviam deixado os dois filhos e a mãe. Mais tarde, isso correria o risco de se tornar impossível. Com muita pena, os mandamos de volta, dando a eles tanto dinheiro quanto podíamos.

Depois disso, Gurdjieff sugere que é preferível que vamos morar na casa grande. Deixamos-lhe nossa pequena casa e nos instalamos num quarto da casa grande, no primeiro andar. Gurdjieff modifica continuamente a distribuição dos quartos. Cada vez temos que subir e descer móveis e tapetes... Tanto pior para aquele que se apega ao que o cerca.

Logo começamos a “Ginástica Sagrada”. No início, são exercícios simples; depois vêm exercícios de memória e de concentração cada vez mais complicados, que absorvem toda a nossa atenção. Alguns, muito cansativos, são reservados aos homens. Gurdjieff manda que os façamos até o limite de nossas forças, após o que nos deixamos cair sobre os tapetes como sacos, sem que ninguém precise nos lembrar de que temos que nos relaxar.

Há um exercício durante o qual os homens devem cair amontoados, ondulando e rastejando como serpentes, os braços e pernas emaranhados. De repente, Gurdjieff grita “stop” e põe alguém de lado para que possa ver o grupo. Acredito que escultor nenhum jamais pôde ver a beleza das complicadas e imprevisíveis posturas que resultam desse inesperado “stop”.

Nesse período, participo dos exercícios, pois o próprio Gurdjieff toca o violão que tomara emprestado do proprietário de nossa casa. Era então impossível arranjar um piano. Ele toca muito bem e com freqüência interpreta árias que aprendeu num método para violão. Depois vem o tempo em que decide dar mais importância à música.

Entre os que chegaram por último, está um homem que veio por iniciativa própria e, mais tarde, terá parte ativa em nossa vida. Veio esperando encontrar em Gurdjieff um mestre. É modesto e não pede para ser recebido no Instituto. Recebeu, ainda jovem, boa educação e toca muito bem violino. Leu-me a tradução que fez de Herédia. Interessou-se pelo ocultismo e pela magia e me fala de uma experiência que praticou anteriormente em relação ao “Pater Noster”.

Gurdjieff permite que ele venha à noite para a “Ginástica” e, mais tarde, que assista às conferências. Ele é rigorosamente exato e se mantém sempre reservado. Gurdjieff finalmente o admite no Instituto. Ele tem por tarefa tocar violino, um autêntico Guemerius, acompanhando a “ginástica”. Um belo dia, dão a mim também um violino, dizendo-me que aprenda a tocá-lo para aquela mesma noite. Nunca havia tocado aquele instrumento, mas treino, e à noite estou em condições de fazer o acompanhamento no segundo violino. Tendo nascido músico, tive que passar anos numa escola militar, chegando por isso a odiar todos os exercícios físicos, para mim secos, tediosos, deprimentes e mecânicos.

Com Gudjieff, a “ginástica” nunca é monótona. É sempre nova e percebo que tem para ele um objetivo vital. Sempre se sente uma inspiração no Trabalho com Gurdjieff. Ele sabe como fazer o homem passar do seu estado costumeiro a um nível mais elevado. Nesse caso, todos os desejos da vida quotidiana, como a riqueza, o luxo, a boa comida, o vinho, as mulheres, se desvanecem aos poucos e acabam por nos deixar. Uma luz nova começa a brilhar... Em seguida, Gurdjieff começa de repente a agir como um homem possuído por todos esses desejos e cada qual tem a impressão de perder tudo o que acabava de adquirir. Como é possível que, em tais momentos, nunca nos perguntássemos por que Gurdjieff agia assim?

“Posso elevá-los ao céu num instante, mas vocés cairão de novo com a mesma rapidez”, ele nos dizia em Essentuki, e acrescentava: “Enquanto a água não chega aos cem graus... não ferve."

Para nossa evolução, era portanto necessário chegar por nossa própria compreensão ao ponto de ebulição; do contrário, nada se cristalizaria em nós. Bastaria que faltasse um único grau, para cairmos de novo.

Chegávamos assim a ver com mais clareza os papéis da personalidade e da essência. Gurdjieff muitas vezes dizia:

—        O que é bom para a personalidade é ruim para a essência.

Ele, no entanto, jamais tentava destruir fosse o que fosse num homem; procurava apenas pôr tudo em seu lugar. Sob a máscara de uma personalidade má, Gurdjieff fazia-se de nosso tentador. O verdadeiro significado da Tentação vem das escolas, onde era um meio. Durante esse trabalho, a essência de um homem pode ser desenvolvida numa escola sob a direção de um mestre. Quando a personalidade é levada a sofrer, isso produz um fermento, e não se deve evitar esse sofrimento pois esse fermento, essa centelha, esse fogo, alimenta a essência. “O que não é bom para a personalidade é bom para a essência.” Tudo isto é extremamente difícil, mas o homem tem o sentimento profundo de que o que lhe é enviado está sempre dentro dos limites do que pode suportar. Para quem quer realmente trabalhar, só há uma atitude possível: a da aceitação. Com Gurdjieff, devíamos sempre ser capazes de responder, de uma forma correta, às suas exigências. Isso se torna possível se o homem está “presente”, se é consciente de Si, do EU SOU.

Uma noite, aparece um anúncio magnificamente escrito por P. Revela que vai ser formada uma “Sociedade Idealista Internacional” e que Gurdjieff trabalhará unicamente com os que se filiarem a ela.

Todo dia, surgem novas notas: “Essa Sociedade terá membros permanentes, que participarão do Trabalho real; poderá haver candidatos, cuja participação será limitada. Haverá aspirantes, que não poderão pretender participar do Trabalho antes de serem recebidos como candidatos. Todos os vínculos deverão ser cortados, o que significa que ninguém deve mais estar identificado ou cegamente ligado ao marido, à mulher, aos pais, amigos, filhos...”

Esse anúncio produz enorme efeito em minha mulher e em mim mesmo. Não estar mais ligado um ao outro? O que quer dizer isso? Não se preocupar mais com o que se refere ao outro? Tal coisa nos obriga a refletir profundamente para chegar a uma nova compreensão. Nessa época, se Gurdjieff pedisse, eu teria ido não importa aonde, feito não importa o quê, sem hesitação. Mas não é essa, de modo algum, a atitude exigida pelo nosso Trabalho. Não se deve dar nenhum passo levianamente. Quanto à minha mulher, embora profundamente engajada no Trabalho, seu amor por mim ainda é a coisa mais forte e ela se sente pronta, se necessário, a separar-se de mim, pelo meu Trabalho... Gurdjieff, no entanto, nos repete continuamente:

—        Tenho necessidade dos dois ou de nenhum.

Pouco mais tarde, outra nota pede que abandonemos todos os nossos bens e façamos a lista deles. Para mim é fácil, porque os bens materiais não têm quase importância para mim. Deixo minha mulher falar da luta interior que viveu em relação a isso:

“Estava muito contrariada por ver meu marido abandonar todos os seus bens sem considerar qual seria a nossa situação se, por uma ou outra razão, ambos ou eu só decidíssemos não ficar mais ao lado de Gurdjieff. Até descobrirmos um meio de ganhar a vida, esta- ríamos sem um níquel. E verdade que tínhamos muitos amigos em Kislovodsk e eu conhecia alguns deles que nos teriam ajudado de bom grado — ainda que fosse para nos ver deixar Gurdjieff; essa, porém, era a última coisa que eu teria querido fazer. Decidi, portanto, falar francamente com Gurdjieff. Encontrei-o conversando com o doutor S. e quis me retirar, mas Gurdjieff insistiu para que lhe dissesse o propósito de minha visita. Expliquei-lhe então que, para não ser obrigada a permanecer ao seu lado por falta de dinheiro, gostaria de guardar três mil rublos do que íamos entregar a ele. Virando-se para o doutor S., disse num tom de aprovação.

—        Ah, é isso! Muito bem, dê o que ela pede!

“Dias mais tarde, nova nota pedia que as mulheres entregassem todas as jóias; podiam ficar com a aliança e um relógio. Foi um novo golpe para mim. Que fazer? Eu era muito apegada às minhas jóias, que tinham pertencido à minha mãe e à minha sogra... Dava-me conta de que nunca poderia substituí-las; não queria dá-las... Mas devia fazê-lo, ou ir embora... Meu marido não teve hesitação nenhuma, mas para mim era uma tragédia. Por um lado, não podia sequer pensar em ir embora; por outro, não queria me separar de minhas jóias. Era torturada por essas emoções contraditórias e chorei a noite toda. Mas certas palavras de Gurdjieff voltaram à minha memória: “Quando morrermos, nada levaremos de todos os nossos bens; levaremos, no entanto, ‘algo’, se o desenvolvermos.”

“Não me preocupei mais com as minhas jóias e dormi até o nascer do sol. Pus as jóias num pequeno cofre e fui à casa de Gurdjieff. Bati e entrei. Ele estava sentado à sua mesa, apoiando a cabeça numa das mãos.

—        Que é? perguntou.

Disse a ele que, como havia pedido nossas jóias, eu as trazia para ele. Quase sem mexer a cabeça ele disse:

—        Coloque-as ali — mostrando uma mesinha, num canto.

“Coloquei o cofrezinho no lugar e parti. Tinha chegado à grade do jardim, quando ouvi que me chamava. Voltei.

—        Pegue-as de novo, me disse ele.

“Muitos anos mais tarde, alguém me censurou por lhe haver pregado uma peça. ‘Por quê?’, perguntei. ‘Bem, você me contou a história de suas jóias. Por isso, quando Gurdjieff me pediu uma coisa de valor... eu lhe dei... mas ele nunca me devolveu!...”’

 

Fonte: Nossa Vida com Gurdjieff- Thomas de Hartmann- cap 3. . Editora Pensamento

............................

(Observação minha:  Por que Gurdjieff disse que a mulher do Thomas poderia pegar de volta as jóias? Porque ela conseguiu superar a questão psicológica que a torturava. Já o colega não, ele só entregou as jóias porque contava com a devolução, logo, o desafio não teria eficácia, então Gurdhjiefff não devolveu as jóias dele. De certa forma é como naquele caso do Thomas inventar a máquina d enrolar seda, a caminhada não se faz procurando o caminho mais fácil, mas na verdade o mais difícil encarando o problema para tirar dele a lição. Se procurarmos sempre "atalhos", para fugir do desconforto das situações, aprendemos pouco, como os alunos que colam para evitar passar pelo desconforto dfe estudar. Fica a dica. )

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Samyutta Nikaya XV.3

Assu Sutta

Lágrimas

 

Em Savatthi. “Bhikkhus, esse samsara não possui um início que possa ser descoberto. Um ponto inicial não é discernido para os seres que seguem vagando e perambulando, obstruídos pela ignorância e aprisionados pelo desejo. O que vocês pensam, bhikkhus: O que é maior, as lágrimas que vocês derramaram transmigrando e perambulando por este longo, longo tempo - chorando e derramando lágrimas por estarem unidos ao que é desagradável, separados do que é agradável - ou a água contida nos quatro grandes oceanos?"

"A maneira pela qual entendemos o Dhamma, que nos ensinou o Abençoado, isto é maior: as lágrimas que derramamos transmigrando e perambulando por este longo, longo tempo - chorando e derramando lágrimas por estarmos unidos ao que é desagradável, separados do que é agradável - não a água contida nos quatro grandes oceanos."

"Excelente, bhiikhus. Excelente. É excelente que vocês entendam o Dhamma que eu ensino.

"Isto é maior: as lágrimas que vocês derramaram transmigrando e perambulando por este longo, longo tempo - chorando e derramando lágrimas por estarem unidos ao que é desagradável, separados do que é agradável - não a água contida nos quatro grandes oceanos."

"Há muito tempo ( repetidamente ) vocês experimentaram a morte de uma mãe. Isto é maior: as lágrimas que vocês derramaram pela morte de uma mãe enquanto transmigravam e perambulavam por este longo, longo tempo - chorando e derramando lágrimas por estarem unidos ao que é desagradável, separados do que é agradável - não a água contida nos quatro grandes oceanos.

"Há muito tempo ( repetidamente ) vocês experimentaram a morte de um pai...a morte de um irmão...a morte de uma irmã...a morte de um filho...a morte de uma filha...perda de parentes...perda de riquezas...perdas por enfermidades. Isto é maior: as lágrimas que vocês derramaram pelas perdas por enfermidades enquanto transmigravam e perambulavam por este longo, longo tempo - chorando e derramando lágrimas por estarem unidos ao que é desagradável, separados do que é agradável - não a água contida nos quatro grandes oceanos.

"Por que ocorre isso? Esse samsara não possui um início que possa ser descoberto. Um ponto inicial não é discernido para os seres que seguem vagando e perambulando, obstruídos pela ignorância e aprisionados pelo desejo. Há muito tempo vocês experimentaram o sofrimento, experimentaram a dor, experimentaram a perda, inchando os cemitérios - o suficiente para se desencantarem com todas as coisas condicionadas, o suficiente para se tornarem desapegados, o suficiente para se libertarem."

http://www.acessoaoinsight.net/sutta/SNXV.3.php

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Longa é a noite para o insone,
longa é a légua para o cansado,
longo é o samsara para os tolos,
que não conhecem o verdadeiro Dhamma.
                                                        Dhp 60

[Nota 1 - Verso 60] Samsara: o perpétuo ciclo dos seres de vida em vida, o ciclo vicioso do nascimento, morte e renascimento, para o qual os Budistas aspiram dar um fim. O renascimento não é visto pelos budistas como uma continuação da vida, mas sim como uma perpetuação da morte. Nós somente renascemos para morrermos de novo. “Vida eterna” é uma ilusão. A vida não é nada além de nascimento, envelhecimento e morte. Sua continuidade não é bem vista por um Budista. A meta Budista é o “imortal” ou “não-morte”, que é a única realidade possível, mas que é bastante diferente de "vida eterna". O Imortal, Nibbana, não é alcançado através do renascimento, mas através do fim dos renascimentos. Nibbana não é a aniquilação da "existência" ou do “ser”; porque, “ser” ou “existência” são apenas ilusões. Nibbana é o dissipar da ilusão de “ser” e o abandono do apego à ela. Veja o Ciclo de Renascimentos. [Retorna]

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp5.php

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26 minutos atrás, Nadja disse:

Respondendo com outra pergunta: é possível conseguir um diploma universitário no primeiro ano de vida?

É que talvez tenhamos que considerar a situação em que a pergunta é feita. É óbvio que quem dá com os costados na plano físico pela primeira vez tem muitas lições a aprender, e a maioria, durante milhares ou milhões de anos não vai fazer nada mais do que se preocupar com satisfazer os instintos. Não vai conhecer, entender, sentir necessidade de nada relacionado com espiritualidade.

Quando a pessoa chega no ponto de se  interessar pela espiritualidade, e de se perguntar como sair do ciclo reencarnatório, é porque ela já não é um aluno de primeiro ano, ela já está de fato mostrando os primeiros sinais de cansaço pela repetição improdutiva. Logo a analogia com o primeiroi ano de vida seria meio forçada.

Se usarmos a analogia da faculdade,ela seria mais como alguém que tem 70 anos de idade mas ainda não saiu do primeiro ano da faculdade, embora tenha entrado quando tinha 18 ou 19. Foi dentro desse contexto que respondi "sim", porque a pergunta do Ashram traz essa condição meio que embutida:

18 horas atrás, Ashram disse:

Vivemos milhares de vidas nesse planeta e noutros planetas ...

Porque temos tanta insistência em reencarnar na Terra ... ?

Claro que se o cara é marinheiro de primeira viagem, aí não tem jeito não, eheheh.

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http://www.decoracaoacoracao.blog.br/2017/01/os-arcturianos-possiveis-fases-da.html#more


" Aqueles que procuram a ascensão pessoal porque "querem deixar o planeta" não ascenderão, porque esqueceram que escolheram vir para Gaia para ajudar na ascensão planetária. Portanto, eles escolheram expandir seu EU multidimensional na frequência inferior da terceira dimensão."

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Em 16/01/2017 at 14:53, Infinite disse:

Sim, isso comumente é chamado de Ascensão. Porém, cada escola defenderá um tipo de caminho para essa ascensão (que podem ou não serem similares) o que dependerá do ponto de vista de acordo com aquilo que pregam e com a fonte de suas doutrinas. Como o Sandro disse, o Caminho da Ascensão é uma ferramenta que visa acelerar o aprendizado que é necessário para se livrar da Roda do Samsara e passar a se manifestar em outra dimensão tendo se "Graduado" nessa 3ª Dimensão. 

 

Eu sinto uma necessidade profunda de crescer e mudar como pessoa, mas o Ego soa tão forte dentro de nós que nos atrapalha em evoluir.... Acho que numa só vida é impossível resolver todos os conflitos internos e emocionais ... Mas fica o desejo... Reencarnar aqui , não tão cedo ou nunca...

Somente aqueles que conseguiram sair do chakra básico e das reações emocionais institivas , e passaram a trabalhar o chakra cardíaco conseguem sair dessa Matriz doida.... kkk

Eu quero sair da matriz

 

 

 

 

 

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Vi respostas muito boas já no tópico, mas vou escrever algo porque tenho um interesse exatamente nesse assunto.

Creio que para não mais reencarnar, "evoluir muito" não resolveria, seria necessário ir além...

Tive contato com um mestre japonês do Zen Budismo, quando questionado sobre o assunto reencarnação, ele disse que não era preciso entrar nessa questão, pois a prática do Zen se feita corretamente, é direta e serve para a libertação total nessa vida mesmo, não é preciso nada mais além da prática da atenção plena, com a iluminação todas suas "perguntas" serão "respondidas"..

Temos muitos apegos, mas o maior de todos os apegos é o apego ao Ego, a nossa noção de identidade separada e basicamente é isso que nos faz reencarnar, em última instância.

Na minha busca, pretendo me jogar na "fogueira" e não mais reencarnar, em algum momento, me consumir totalmente, conquistar isso nessa vida mesmo, mas sei que é algo extremamente difícil e raro, mesmo que seja simples, e ainda estou muito, mas muito longe de qualquer evolução nesse sentido, mas sinto que estou começando a querer caminhar nessa direção. Na pior das hipóteses se eu não conseguir, com certeza terei "evoluído" bastante do que estou no presente momento.

Precisamos de uma verdadeira ENTREGA.

Inclusive, além de perceber através da experiência direta(não intelectualmente) a natureza ilusória do Ego, é também necessário que não exista qualquer traço de vontade em se iluminar, ou não mais reencarnar etc.. é ausência total de desejos. Na verdade se você realmente se libertar da concepção de uma existência separada, não terá mais, naturalmente, desejos de se iluminar ou não reencarnar.

A iluminação total deve ser vista como uma direção, não como uma meta a atingir, pois se tratarmos isso como uma meta a atingir, pode ser pior.

Mestres e livros são apenas um dedo apontando o caminho, nenhum dos dois vão te ajudar a desenvolver isso.. pois o trabalho para iluminação trata-se apenas de PRÁTICA.

É necessário dedicar uma vida inteira, ou pelo menos, muitos anos de prática intensa para "chegar" nesse "ponto".

Bom, eu não sou ninguém, o que estou dizendo aqui é o que reuni ao longo de minha busca pessoal e entendi como sendo um caminho verdadeiro, mas não digo que seja isso mesmo ou que essa é a verdade, ou que vai funcionar pra você, cada um deve buscar por si mesmo, não adianta... o portal é infinitamente grande, mas só passa um de cada vez!

O curioso é que decidi pelo caminho da iluminação, depois da constatação da continuidade da consciência, proporcionada por uma projeção... viva a projeção! hehe

"Temos um "eu" fictício que tentamos amar e proteger. Passamos a maior parte de nossa vida jogando esse jogo inútil. "O que acontecerá? Como será? O que vou tirar disso tudo?" Eu, eu, eu: é um jogo mental ilusório, e estamos perdidos dentro dele." Texto de Charlotte Joko Beck, extraído do livro"Sempre Zen"

 

“A humanidade está adormecida, preocupada apenas com o inútil, vivendo num mundo errado." 

"O homem enrola a rede em torno de si mesmo. Um Leão (um homem do Caminho) despedaça a jaula.”

Mestre sufi Sanai, do Afeganistão, professor de Rumi

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3 horas atrás, DWIDJA-1984 disse:

Temos muitos apegos, mas o maior de todos os apegos é o apego ao Ego, a nossa noção de identidade separada e basicamente é isso que nos faz reencarnar, em última instância.

 

Mas então você defende que a falta do Apego ao EGO já basta para cair fora , e dizer .: "Volto nunca mais ...."  ?

Em minha opinião , ter uma personalidade não é uma boa coisa , por que isso te isola de uma perspectiva universalista . Ter personalidade é cultivar o Eu , isso tende a criar discórdias das opinião pública .... OU respeitá-las , se tua personalidade estiver bem acompanhada de bom -senso .

Nossa sociedade atual defende com garra que ter personalidade é um DEVER, até mesmo para se defender...

 

Evoluir é entender as dificuldades do outro como se fosse a tua; é sentir a dor e sofrimento do outro como se fosse o teu sofrimento ; e propectar ajuda ao outro para sair das próprias amarras como se fosse suas próprias amarras...  Alguém pode achar que seria uma assimilação dos defeitos alheios , mas para um egoista isso seria nada aceitável, heheh    

 

Galera, vcs acham que um Médium consegue evoluir mais rápido ? Em minha opinião , as pessoas que vem ao mundo e não se doam à espiritualidade precisam voltar porque ainda possuem vibrações compatíveis à Terra ; um médium aprende tanto com as provações da Terra quanto com as lições espirituais diárias.  Ser médium é mais que expiação , pode ser uma benção também... rsrs

Porque muitas pessoas detestariam ser médiuns ? 

 

 

 

 

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QUESTÃO 192 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Parte Segunda - Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO IV - DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS

Transmigrações progressivas

192. Pode alguém, por um proceder impecável na vida atual, transpor todos os graus da escala do aperfeiçoamento e tornar-se Espírito puro, sem passar por outros graus intermédios?

“Não, pois o que o homem julga perfeito longe está da perfeição. Há qualidades que lhe são desconhecidas e incompreensíveis. Poderá ser tão perfeito quanto o comporte a sua natureza terrena, mas isso não é a perfeição absoluta. Dá-se com o Espírito o que se verifica com a criança que, por mais precoce que seja, tem de passar pela juventude, antes de chegar à idade da madureza; e também com o enfermo que, para recobrar a saúde, tem que passar pela convalescença. Demais, ao Espírito cumpre progredir em ciência e em moral. Se somente se adiantou num sentido, importa se adiante no outro, para atingir o extremo superior da escala. Contudo, quanto mais o homem se adiantar na sua vida atual, tanto menos longas e penosas lhe serão as provas que se seguirem.”

a) - Pode ao menos o homem, na vida presente, preparar com segurança, para si, uma existência futura menos prenhe de amarguras?

“Sem dúvida. Pode reduzir a extensão e as dificuldades do caminho. Só o descuidoso permanece sempre no mesmo ponto.”

http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev4q192.html

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1 hora atrás, Lucas Oliveira disse:

QUESTÃO 192 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Parte Segunda - Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO IV - DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS

Transmigrações progressivas

192. Pode alguém, por um proceder impecável na vida atual, transpor todos os graus da escala do aperfeiçoamento e tornar-se Espírito puro, sem passar por outros graus intermédios?

“Não, pois o que o homem julga perfeito longe está da perfeição. Há qualidades que lhe são desconhecidas e incompreensíveis. Poderá ser tão perfeito quanto o comporte a sua natureza terrena, mas isso não é a perfeição absoluta. Dá-se com o Espírito o que se verifica com a criança que, por mais precoce que seja, tem de passar pela juventude, antes de chegar à idade da madureza; e também com o enfermo que, para recobrar a saúde, tem que passar pela convalescença. Demais, ao Espírito cumpre progredir em ciência e em moral. Se somente se adiantou num sentido, importa se adiante no outro, para atingir o extremo superior da escala. Contudo, quanto mais o homem se adiantar na sua vida atual, tanto menos longas e penosas lhe serão as provas que se seguirem.”

a) - Pode ao menos o homem, na vida presente, preparar com segurança, para si, uma existência futura menos prenhe de amarguras?

“Sem dúvida. Pode reduzir a extensão e as dificuldades do caminho. Só o descuidoso permanece sempre no mesmo ponto.”

http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev4q192.html

Creio que esta questão é diferente do que temos vindo a discutir. Creio que a expressão "tornar-se Espirito puro" significa regressar à Origem, à união com o Criador, com o Absoluto, com Deus ou como Lhe queiramos chamar.

Ora para deixarmos de reencarnar na terra não temos necessariamente de ser "perfeitos" pois a nossa evolução e aperfeiçoamento continua no plano mental e nos outros planos superiores. Não termos mais necessidade de reencarnar, a meu ver, significa apenas que finalizámos o "curso do plano físico" e que passámos para um plano superior para aí continuarmos a nossa evolução. Mas estamos ainda longe da perfeição. Se é que a perfeição existe...:?

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Então Ashram, não sou eu que defendo.. esse é o caminho do Zen Budismo, mas esse ensinamento e caminho é parecido com muitas outras "religiões" ... Veja que o mestre japonês que eu falei, disse que nem precisa entrar no assunto de reencarnação, quanto mais outros assuntos e práticas... é como se você cortasse o mal pela raíz entende, veja os ensinamentos de outra "religião" ADVAITA VEDANTA... principalmente os ensinamentos de RAMANA MAHARSHI, é basicamente a mesma coisa... todas envolvem muita meditação...

Mas no final, como eu disse, cada um sabe o que é melhor pra si e qual a prática certa pra si, então de modo algum estou querendo aqui dizer que isso é a verdade e o restante é errado ou menos certo etc..

Realmente o espírito do livro dos espíritos está certo Lucas, só com um proceder impecável na vida atual não adianta, é preciso ir além...como ele mesmo fala: "mas isso não é a perfeição absoluta" ou seja, vida impecável não é a perfeição absoluta.....então o que seria? e como chegar a ela?

Abaixo segue ensinamentos do RAMANA, só pra mostrar que não é só o Zen Budismo que aponta nessa direção...

A mente é apenas um conglomerado de pensamentos. De todos os pensamentos o pensamento “eu” é a raiz. Busque Interiormente a fonte da qual surge esse pensamento - “eu”, então, o eu  (o ego)  desaparecerá.   Essa é a busca da Sabedoria; isso é auto-inquirição.

Entregue-se de uma vez por todas e acabe com o desejo. Enquanto houver a noção de que a sua pessoa é o agente, o desejo vai continuar e, assim, o ego também. Mas uma vez que essa noção desapareça o Eu Real brilhará em sua pureza. A prisão é o sentimento de ser o agente e não as ações em si.

“Permaneça quieto e saiba que Eu sou Deus”. 
A quietude  é a entrega total, sem nenhum vestígio de individualidade.
Então, a quietude  prevalecerá e não haverá agitação mental. 
A agitação mental é a causa do desejo, do sentimento de ser o agente e da personalidade. Se ela for aquietada haverá o silêncio. Nesse sentido, “conhecer” significa “ser” …

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Ashram, eu penso que depende do que perseguimos, o que queremos e o que acreditamos que somos capazes, pois o que há entre nós e a libertação são nossos próprios condicionamentos e crenças.

 

Em todos os campos da vida, vemos que os grandes realizadores são aqueles fixaram um objetivo (mesmo que aparentemente impossível) e acreditaram muito que conseguiriam, mesmo com o resto do mundo desacreditando, caindo muitas vezes e sendo ridicularizados, não desistiram e alcançaram o sonho que tanto perseguiram (steve jobs, albert einstein etc..Buda quando sentou naquela árvore decidido a ficar ali até alcançar a iluminação ) pois na mente deles não havia espaço para o fracasso, se sintonizaram com o sucesso, destruindo a paralisia mental causada pela dúvida. 

 

Sei que quando se trata de espiritualidad, o buraco é mais embaixo. Mas o mesmo princípio se aplica, é a lei do sucesso. Uma coisa é certa: se nos condicionarmos a esse pensamento "ahh vou levar muitas vidas", com certeza levaremos mesmo, pois não acreditamos no sucesso nessa vida.

Gosto muito desse trecho do Yogananda: 

"Se você fecha todas as portas e janelas de um aposento, a escuridão se instala. Mas se deixar entrar a luz, as trevas desaparecem na mesma hora. Até a escuridão que permeou uma caverna por milhares de anos desaparece assim que a luz entra. Você vai argumentar que a luz levaria cem anos para destruir todas essas eras de trevas? Seria uma tolice."

 

Então, pra dissipar a escuridão da nossa ignorância, basta que a Luz chegue. Baseado nisso, acho que podemos ser livres agora! Nesse exato momento! 

Alguns querem somente ter uma vida com conforto e amor humano, alguns almejam evoluir e galgar alguns degraus em uma vida, outros aspiram a libertação final e têm pressa. Sei que a maioria não vai alcançar o objetivo desejado, mas a limitação é autoimposta, e o primeiro passo é definir um objetivo e ir atrás. Eu acredito que podemos conseguir a libertação nessa vida, independente de vir alguém falar "ahh é impossível cara"... Eu acho mais plausível tentar, acreditar e lutar. Você é que define seu limite.

 

Abraços!

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