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O "Arroz-com-feijão" da espiritualidade


sandrofabres

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Quando volto meu olhar de espiritualista  para a política hoje, pra mim é claro o que deve ser evitado porque é o mesmo que vejo em outros lugares em todas as camadas sociais também, e é o mesmo que o espiritualista deve lutar para evitar em suas próprias atitudes cotidianas:

  • A violência
  • A intolerância
  • O falso moralismo
  • As mentiras e o jogo sujo
  • A coisa do "dois pesos, duas medidas"

Toda vez que vejo isso na fala de qualquer candidato que seja. Nas suas atitudes, planos de governo ou propaganda, eu me abstenho de votar em tal pessoa. Tal pessoa não merece meu voto.

O ódio e a violência não podem produzir nada de bom, mesmo que seja travestido de uma pseudo "revolução social".

Escolher um candidato em quem votar não é fácil porque ao observar as atitudes, daqueles que estão disponíveis, sob um ponto de vista ético, logo percebemos que todas as opções são ruins. Mas não é tão difícil identificar dentre todas essas opções ruins, quais são as piores.

Pois, dentre eles, aqueles mais reprováveis são os que transitam numa atmosfera de ódio e agressividade constantes.

O espiritualista bem preparado não tem dificuldades em perceber isso.

Minha opinião é que abordar esse assunto num fórum como esse é importante porque acredito que o norte da espiritualidade deve sempre ser a ética. Ética essa a ser empregada na vida cotidiana do espiritualista que busca se aprimorar como consciência. E política é algo importante para a sociedade. Algo que interfere diretamente na vida de todos e onde a ética deveria ter papel de destaque.

Mas penso que é preciso tomar cuidado para não desviar demais da intersecção dos dois assuntos pois o foco aqui deve ser espiritualidade e não política.

Por outro lado há paralelos importantes que se pode traçar, pois a mesma habilidade que permite ao espiritualista mais experiente adquirir uma maior independência, ao perceber que não se deve deixar prender em dogmas, é aquela que lhe permite ter maior capacidade de discernimento na escolha do candidato mais adequado, ou ao menos separar o trigo do joio.

O espiritualista mais preparado sabe que deve se permitir mudar de opinião conforme se observem novos elementos, já que a verdade pessoal de cada um, incluindo mestres e líderes, é sempre relativa ao seu atual nível de evolução e, portanto, fluida e não estática. Aquele que sabe que nada sabe, é em geral o que está mais próximo do verdadeiro saber, não por uma falsa modéstia mas porque está mais preparado para abandonar velhas certezas e alcançar verdades cada vez mais sutis.

A melhor apreciação da verdade  se apresenta para aquele que mais habilmente sabe se desvencilhar das amarras do apego. Porque é pelo apego à idéias cristalizadas e à vontade de estar mais certo que o outro, é que se cai nas armadilhas da mente e na ilusão que não permite enxergar até mesmo alguns fatos mais óbvios.

Além disso, o descontrole emocional é a ferramenta mais utilizada pelos agentes do caos nas suas práticas de manipulação das massas. As propagandas tendenciosas e fake news, em geral são facilmente desmascaradas por uma analise mais atenta que acaba sendo impedida pelo acionamento de certos gatilhos emocionais. Essas propagandas e falsas notícias são construídas propositadamente de forma a estimular certos instintos mais baixos que, em geral, se encontram mais bem controlados no espiritualista bem preparado que está diariamente observando e lapidando as próprias falhas.

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Acho que uma coisa que acredito que incomode todo mundo nessa área da política é que as regras de ética e moralidade dos políticos não são as mesmas que as do cidadão. Nem devem ser. Acho que essa mistura entre a ética do cidadão e a ética do poder complica muito o nosso julgamento. 

Creio que isso acontece porque o cidadão comum define como quiser suas relações, mantendo próximos aqueles com quem tem boas relações e afastando-se daqueles que lhe causam problema. Em geral não há necessidade de mentiras ou traições, basta falar a verdade na hora certa e já evita muitos problemas, sem fazer mal a ninguém, o que torna relativamente simples levar uma vida reta, bastando que  não se permita ser dominado por emoções e interesses egoístas. 

Mas mesmo que tenha  alguns deslizes, o alcance dos danos será limitado, em geral, apenas à sua vida e dos mais próximos. Além disso, existe uma escala básica a qual creio que todos tentam se guiar: em caso de conflito de interesses sua fidelidade será aos mais próximos em detrimento dos  mais distantes. Ou seja, em caso de conflitos entre família e sociedade a maioria ficará do lado da família, motivo pelo qual alguns pais escondem seus filhos assassinos para protegê-los da polícia. Embora isso seja errado do ponto de vista mais abstrato, já que um criminoso, em geral, é inimigo de todos, se não me engano nem é punido judicialmente de forma severa quem faz essa proteção de parentes porque todo mundo sabe que seria esperar demais que alguém consiga se desvincular desses laços familiares para agir em nome do que seria “o mais correto para a sociedade”

Mas vejam que o político está submetido a um tipo bem diferente de relações de compromisso, e portanto precisa se basear em outro padrão ético. Sendo um mero representante, sua fidelidade é devida à seus eleitores e ao que prometeu, porque foi em nome disso que lhe foi entregue um mandato temporário. Ao mesmo tempo é preciso considerar que ele não faz nada sozinho, precisa negociar com outros representantes, que não são sua família, não são seus amigos, e esses por sua vez tem de cumprir suas próprias promessas feitas a outro eleitorado, muitas vezes adversário ao primeiro. É o que acontece na relação entre executivo e legislativo, quando a população pode escolher eventualmente um representante de esquerda, mas escolhe predominantemente representantes de direita para o legislativo,  o que cria uma relação sempre conflituosa, em que a chantagem é a ferramenta diária de trabalho.

Em qualquer área profissional o que se espera do trabalhador é que entregue o resultado, resolva o problema para o qual foi chamado, ainda que as condições de trabalho estejam longe das ideais. O trabalho pode ter um mau acabamento se as condições de trabalho forem ruins, mas em geral terá que ser executado. Não se admite um "assim não posso fazer nada" ou “desse jeito eu não trabalho”. E na política não é diferente, o que se cobra do político é que ele "se vire" com as condições que encontrar.

 

 

E aí entramos no caso das  " mentiras e jogo sujo", do "dois pesos e duas medidas".

Tanto fazer concessões a adversários quanto fazer traições de acordos com partidos parceiros ou políticos de outros partidos que lhe deram apoio antes e esperam algum retorno no futuro caem nessa categoria, a meu ver. Talvez você tivesse outros exemplos em mente, mas esses foram os que me vieram à mente quando li, porque são os que me incomodam quando acompanho a política. 

A questão é que um politico só está naquele cargo porque tem uma tarefa a cumprir, e seu contratante, quem o elegeu, quer que ele entregue a tarefa feita no final do mandato. Como ele fará isso é com ele, alguns mais talentosos nas negociações, outros com equipes de alta capacidade técnica,  outros completamente ineptos que chegam ao ponto de renunciar ao mandato. O que esse profissional terá de fazer para cumprir a tarefa que lhe foi dada caberá a ele decidir, e aí é que temos que ter cuidado na hora de julgar seus atos conforme a “moralidade do cidadão médio” que não tem esse tipo de desafio  na sua vida, ou regras que foram ensinadas ao povo, durante séculos, como se fossem universais.

Vamos supor uma pessoa que tenha um plano para mudar o país para melhor. Na cabeça dela a solução é clara, ela conhece os pontos que  estão errados e conclui que só falta alguém com vontade política e coragem para mexer nesses pontos. Mas ela sabe que se for honesta  do ponto de vista da moralidade comum e falar disso abertamente na campanha, mesmo que seus eleitores  apoiem, os adversários poderão de mobilizar de antemão a ponto de até impugnar sua candidatura. Ou, caso eleito, travarem todas as suas medidas logo de início. 

Então como fica? O candidato esconde suas intenções e depois  de eleito surpreende a todos, podendo gerar um caos entre os poderes? Ou fala toda a verdade e se arrisca a ser impedido de fazer o bem no qual acredita? Tudo deve ser sacrificado no altar da ética e moralidade comum, que rege a vida do cidadão, ou em nome de um bem maior em que se acredita pode-se praticar mentiras, traições, jogo sujo entre os políticos para no final conseguir realizar o plano que se tinha em mente para o país?

Mas isso em relação aos colegas de profissão, outros políticos. E em relação aos eleitores? Digamos que o político em questão acredite que a solução que ele tem para o país, o "Bem maior" que todos querem só pode ser alcançado a longo prazo, e que exige etapas que serão vistas como  "mal menor" a curto prazo, digamos que 10 ou 20 anos de dificuldades para depois engrenar uma melhora segura e regular  das condições de vida da população. Ele deve ser honesto e informar seus eleitores de que eles irão sofrer 20 anos caso o elejam, mas que depois tudo vai ficar bem, ou ele deve omitir isso, e após eleito ser acusado de estelionato eleitoral? 

Me parece que por causa desse tipo de dificuldade sempre haverá na política algum grau do que o cidadão comum consideraria desonestidade e jogo sujo, porque sempre haverá gente fazendo queixa dessas traições. Afinal, o  político é muito menos livre nas suas relações e decisões que o cidadão comum, logo, os critérios éticos que podem reger a vida do cidadão não podem reger a vida do político, ou ele se arrisca, como profissional contratado para uma tarefa, a não entregar o resultado para o qual foi contratado, e essa é a grande falha, a grande imoralidade  que deve ser evitada na política: o não cumprimento da missão que lhe foi confiada.

E faço aqui um paralelo com a espiritualidade, tanto no caso de Jesus quanto no caso de Allan Kardec:

A meu ver há um nítido corte entre Antigo Testamento e Novo Testamento. Jesus tem um discurso bem moderninho, até mesmo para os dias de hoje, imagine então para aquela época. E pelo que compreendi até hoje, podia muito bem ter dito para os seguidores eliminarem todas aquelas leis de Moisés, apagarem da cultura cristã essa herança judaica e fundado um novo tempo. Seria muito menos confuso, porque boa parte do s problemas que esses religioso ainda causam na sociedade tem raízes no velho testamento, não no Novo.  Mas  e aí? Como pregar para judeus com essa ideia? Se mesmo tergiversando ele acabou assassinado pelos religiosos de sal época aos 33-36, é provável que morresse apedrejado após o primeiro discurso após o batismo no Jordão ou, fosse completamente ignorado, como o foram diversos dos outros Rabis que ficavam pregando suas ideias lá nos mesmos locais que ele. Daí a necessidade de falar por parábolas ao povo, mas de forma clara aos próximos. Era a “cerveja e picanha” do século I (multiplicação de pães, transformar água em vinho, curar cegos de nascença...). Eu pelo menos sempre critiquei esses apelos mágicos para seduzir as massas mas...  admito que quando os caras tem uma tarefa que precisam realizar pode ser necessário  dar "showzinho de mágica", dependendo do nível do receptor da mensagem.

O mesmo no caso do Kardec: aquele papo todo lá tem vários elementos que parecem demonstrar adequação ao ouvinte, seja pelo discurso que tenta se apresentar como racional e científico, rejeitando tudo relacionado à magia como se fosse superstição medieval, porque o positivismo estava em alta na época; aderindo ao evolucionismo porque as teorias do Darwin  tinham alto prestígio nessa época, e até explicações hoje consideradas racistas, sobre alegadas diferenças entre etnias e sua relação com partes do globo em que encarnaram, tudo de acordo com teorias do século XIX mas que foram desacreditadas algumas décadas depois.  Até mesmo na questão material o assunto é delicado, há passagens que parecem justificar riqueza e pobreza, porque a França teve a Revolução em 1798, depois 1848 e 1871. Então o conflito de classes estava muito agitado nesse período,  o que obviamente colocaria a mensagem espírita em risco caso ela expressasse mais divergência em relação ao status quo do que já fazia. Seria invocar inimigos demais e arriscar não completar a tarefa. Talvez por isso vemos esta situação:
https://espiritismoemmovimento.blogspot.com/2009/11/allan-kardec-colega-de-karl-marx.html

Fosse quem fosse o tal M, apesar das boas ideias e provável missão,  melhor manter distância.

E ainda tem o caso de enfiar o cristianismo no meio, que segundo o Waldo, ele mesmo  (como Zéfiro) alertou o Kardec para não fazer.

https://www.youtube.com/watch?v=eysqcrav2CQ

Mas convenhamos... o espiritismo teria se propagado da mesma maneira se não tivesse se encaixado na moldura cristã?

Tudo isso para dizer o que? 
Que embora na nossa vida privada, e como espiritualistas, possamos/devamos basear nossa vida pelos melhores princípios que julguemos aplicáveis, seria inadequado julgar soldados, presidiários, políticos... por esses critérios, porque eles estão em constante disputa de interesses, os diferentes grupos sempre competindo por recursos. É o exato oposto de uma família, ou de um grupo de amigos, por exemplo. Se não percebemos isso acabamos julgando errado as ações deles, ainda que estejamos nos baseando em princípios morais e éticos que consideramos elevados.

Acho que é essa alteração de códigos morais e éticos que em geral deixa  o cidadão enojado quando presta atenção na política, mas como tudo o mais, se a pessoa não se coloca no lugar deles, se a pessoa julga quais seriam as melhores decisões tomando como base a ética do cidadão comum, que é muito mais livre nas suas escolhas, fará julgamentos injustos e muito errados.

E aqui eu cito uns exemplos concretos: eu realmente preferiria Ciro Gomes, porque ele parecia ter uma visão bem direta e qualificada das necessidades do Brasil. Só que é um cara que quer falar tudo que pensa, chama de corrupto quase todo mundo, antecipa em entrevistas o que vai fazer com Petrobrás e etc... anuncia a 4 ventos que nos primeiros 6 meses o presidente tem muita força ( minha mente me faz imaginar o Eduardo  Cunha sorrindo ironicamente ao ouvir isso), e ataca até os eleitores do seu campo ideológico. Apesar de até os jornalistas alertarem “O senhor não  acha que atacando assim todo mundo, isso dificulta para atrair os eleitores que o senhor precisa? E dificultaria fazer as alianças necessárias para colocar seu plano de governo em prática, caso eleito?”. Mas ele responde que se não for para dizer o que tem que ser dito, se não for para fazer diferente, e então ele não quer ser eleito. 

Então qual o resultado disso? Eu diria que o Brasil todo perde, o povo perde, porque o cara  prefere muito mais ser fiel à honestidade pessoal de falar tudo que pensa, do que sacrificar esse critério pessoal em nome da possibilidade de executar um projeto de longo alcance, que poderia fazer muito bem a milhões de pessoas, pelas próximas gerações. Sacrifica milhões  para não sacrificar seus critérios pessoais do que é falar honestamente. A meu ver é um erro brutal, e acho que serve como aprendizado interior observar essas coisas.


Na nossa vida privada podemos preferir morrer a fazer certas coisas, porque temos essa liberdade e porque a consciência é um juiz implacável que não desaparece com a morte. Então perder a vida pelo que se acredita ser o mais correto é o menor dos males. Mas quando temos um papel importante no coletivo, quando de nossas decisões depende o destino presente e futuro de milhões de vidas será que a ética individual não deixa de ser uma virtude para se tornar uma pedra de tropeço? 

Isso é o velho atrito entre o ideal e o real, entre os valores filosóficos e as possibilidades materiais de sua execução.  É um dilema a que estamos sempre submetidos, tentando nos sair o melhor possível, mas as condições concretas de cada um precisam ser levadas em conta na avaliação.

Não confundam, não estou dizendo que malas de dinheiro escondidas no seu ap ou contas na suíça de enquadram nisso, porque nesse caso sacrificam o coletivo pelo interesse pessoal também. Me refiro a constância das parcerias espúrias na política, a fazer vista grossa para pilantras, a omissões silenciosas sobre pautas que em campanha são bandeiras para agitar as massas, a trocas, dividindo o poder com gente suspeita, para dizer o mínimo, para poder concretizar uma parte dos projetos positivos que se tinha em mente.

Acho que as pessoas que tendem a ter alergia à política o fazem exatamente porque julgam os eventos a partir da sua liberdade de escolha, não se colocam no lugar de quem tem que fazer as escolhas dos políticos. 

O exercício mental de trocar de lugar com o outro, se aplicado também aos políticos, nos ajuda a compreender melhor muitas escolhas, bem como a perceber a fragilidade de tomar a moral e a ética que se cobra das massas como um referencial inarredável para quem está no jogo do poder.

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Penso que se pautar em princípios éticos não impede o político de ser político, fazer acordos, usar estratégia, ceder um pouco para conseguir avançar em algum assunto. Pra mim é obvio que a vida política exige tais sacrifícios. Com um pouco de inteligência, dá pra fazer política sem mentir, sem fazer jogo sujo e sem ter dois pesos e duas medidas. É tudo uma questão de ter estratégia, saber o momento de recuar e avançar, saber como usar as palavras sem ter que faltar com a verdade.

Quando me refiro a ética, estou me referindo a coisas muito mais básicas e universais. Não acho que a atitude ética exija da pessoa uma postura inflexível. Mas existem atitudes que são claramente anti éticas. Exemplos:

  • Matar
  • Roubar
  • Aceitar propina tirando vantagem do cargo que ocupa
  • Se utilizar da máquina pública a seu favor para favorecer parentes
  • Afirmar que só não iria estuprar uma pessoa porque ela é feia
  • Dizer numa reunião de ministros que: esse é o momento de deixar passar a boiada (porque sabe que existem distrações para ajudar o povo a não ver atitudes que causarão danos e desmatamento, e possivelmente enriquecimento ilícito)
  • Afirmar que o dólar tem que custar caro mesmo e que as empregadas domésticas não deveriam querer poder viajar para a Disney.

Pra mim, tais atitudes são claramente anti-éticas. São obviedades quase que universalmente anti-éticas porque carregam em seu cerne maldades fruto de atitudes profundamente egoicas.

Eu penso que exatamente esse tipo de coisa precisa ser clara para o espiritualista que está se empenhando por superar as limitações de seu ego. A ética a que me refiro é uma ética muito mais universal e mais próxima do conceito que, me parece que, o Waldo Vieira queria imprimir na palavra, por ele criada: cosmoética.

Quanto ao candidato Ciro Gomes, acho que ele é inteligente, bem articulado e parece ter boa preparação exceto pelo fato de que ele é muito belicoso. Tem a inteligência emocional de um asno. Se você passar atrás dele, leva um coice. Para mim, esse defeito sozinho é suficiente para que eu o risque de minhas opções de voto porque penso que um presidente jamais deve se portar dessa forma. Um presidente precisa ser uma pessoa muito bem equilibrada para conseguir suportar as pressões a que será submetido. E o Ciro, tem certos momentos que demonstra bem a sua mentalidade de coronel do tradicional coronelismo do norte do país.

Com a inteligência emocional que o Ciro tem, é muito fácil ele agir como agiu o seu irmão que acabou tomando um tiro ao tentar parar uma greve da polícia passando com um trator por cima dos grevistas. Atitude que, ao meu ver, é extremamente anti-ética. Um político que se prese, não pode querer resolver as coisas na base da porrada porque violência só gera mais violência. Talvez o irmão seja pior que ele, talvez não. O fato é que, pelo pouco que vi das reações do Ciro quando provocado, já percebi que ele não tem a cabeça fria que um político precisa ter pra enfrentar o jogo sujo que se costuma encontrar na política. 

E Gandhi demonstrou que, pra fazer política com êxito, não é necessário violência. Mesmo que se esteja fazendo resistência contra toda uma estrutura de injustiças.

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Em 11/12/2022 at 14:41, Iogui disse:

O tópico nasceu lá em 2017 de uma provocação do Sandro sobre a atitude do espiritualista e, de uma forma geral, da relação entre ética e espiritualidade, questionando o contrassenso daquele que se diz espiritualista mas que permite que seu ego o domine ao agir em desequilíbrio priorizando a si mesmo em detrimento dos outros.

 

Em 11/12/2022 at 14:41, Iogui disse:

Logo depois o nosso amigo Lucas (Infinite), muito lucidamente, traça o paralelo do que o Sandro disse a respeito da "atitude do espiritualista" com a atitude política. E se fizermos uma pausa para analisarmos o que é política veremos que uma parte importante da atitude do sujeito que vive em sociedade é sua atitude política porque ela tende a influenciar o bem estar social, e pensar no bem estar social é "Colocar-se no lugar dos outros".

....

Mas penso que é preciso tomar cuidado para não desviar demais da intersecção dos dois assuntos pois o foco aqui deve ser espiritualidade e não política

 

 

 

Talvez eu precise explicar a origem desse topico, para que se entenda porque ele seguiu esse rumo. 

Quando criei o primeiro post eu estava querendo alertar sobre a atitude incoerente que eu já notava em alguns espirirualistas naquela época, quando se manifestavam sobre outros assuntos nas suas redes sociais. (Depois do Bolsonarismo isso ficou mais visível, mas antes não era tão claro. )

Essas pessoas repetiam acriticamente todo um discurso tipico da classe média de direita, como reclamar do "excesso de direitos", criticar os direitos humanos, defender repressão policial contra manifestacoes por questões salariais, reclamavam da " ditadura do politicamente correto", das cotas, feminismo, anti-racismo, etc. Enfim, toda a cartilha neoliberal reproduzida nos grupos de pessoas que vivem fora da realidade e por isso desconhecem os problemas reais que geraram, como resposta, essas pautas. E obviamente quem não enxerga esses problemas acaba se tornando parte do problema, porque acaba reproduzindo na prática  atitudes que reforcam tudo aquilo que, como influenciadores espiritualistas, aparentam combater.

É uma contradição bizarra mas que a pessoa não percebe, porque na mente dela o assunto de politica esta jogado num canto escuro da consciência,  de modo que ela  nunca aplica a lucidez que possui na espiritualidade, para iluminar também aquele canto escuro desses temas mais fisicos.

Quando a gente comete esse descuido, podemos muito bem ser, ao mesmo tempo, lucidos e  criticos num campo, mas papagaios descerebrados em outro. Daí é fácil se tornar vitima da ondinga dominante no momento, e isso tende a afetar as  escolhas práticas da pessoa, em como se relaciona com os outros e como os induz na mesma direcão que está seguindo.

Então apesar do primeiro post ter sido colocado de forma mais genérica, porque de fato eu acho que quem faz o arroz-com-feijão evitaria facil  cair nessas escolhas  bizarras, por simples falta de afinidade com certos discursos, o que me motivou  a criar este tópico foi justamente  a conversinha altamente ideológica dos influenciadores  espiritualistas naquela época, pessoas que se dizem apolíticos porque não enxergam o quanto seus "pensamentos" são moldados por uma ideologia que os controla e nem percebem, e que, em situações de exceção, só pode levá-los à escolhas bizarras, como a de 2018, por mera "lógica natural", porque nunca perceberam  o mar ideológico em que sempre nadaram.

(Deixo aqui uma dica de video sobre  ideologia  )

Talvez por isso este topico tenha seguido o rumo que tomou, porque a sua  gênese na verdade era a contradicão que eu notava entre discurso espiritualista aparentemente acordado  e discurso politico adormecido de alguns "influencers".

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  • 4 weeks later...

https://g1.globo.com/politica/ao-vivo/bolsonaristas-radicais-sobem-rampa-do-congresso.ghtml

 

Nossa, sério... estou chocado com isso, nunca tinha visto tanta gente na vida tão raivosa e manipulada. Claramente é como o Sandro disse, desde 2012 as coisas vêm piorando, desculpem ressuscitar esse tópico, mas eu tinha que compartilhar isso.

 

Será se a causa de tanta burrice e extremismo beirando a loucura foram os milhares de agrotóxico que o Bolsonaro aprovou? Kkkkk

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Me lembra o filme "30 dias de Noite", em que os personagens ficaram presos na cidade tomada por vampiros, que so saem a noite ,claro, mas a cidade era no hemisfério norte e naquela fase do ano tinha um mês inteiro de noite, kkkkk. Aqui foram 4 anos.

Agora "o Sol ja nasceu" mas esses mostrengos se recusam a voltar para seus caixões. 

E se a coisa não fosse   um perigo mundial os EUA não estariam apoiando o Lula. Parece estar acontecendo uma grande união mundial para manter nossa civilização ainda democrática.

Mas nao sei não...

Desconfio que já baixamos muito a frequencia do planeta, por causa dessa escolha por cultivar o mal (individualismo, racismo, machismo, xenofobia) e exigir a liberdade de manifestá-lo ( o coro de reclamações contra o " politicamemte correto") , e agora entramos numa "Nova Era". Uma era de falsas democracias, seja porque os grupos de extrema direita chegarão ao poder em diversos paises, seja porque os governos de direita liberal ou os de esquerda precisarao endurecer  para se protegerem desses golpistas.

Me parece que cada pessoa dessas atua como  um "portal infernal", atuando para contaminar os outros. 

Claro que daquela multidao que estava no protesto a maioria ficou de foranda zoeira. Mas 1500 malucos em 10mil já é me parece percentual bem alto de gente desequilibrada. 

Se o mundo todo nao der um giro de 180 graus em uns 2 anos, no máximo, acho que o bicho vai pegar geral.

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Em 13/01/2023 at 22:31, sandrofabres disse:

Desconfio que já baixamos muito a frequencia do planeta

Sinceramente não acredito nisso. Acredito mais que o nosso nível foi sempre assim bem baixo. Mas se olharmos no longo prazo, veremos que, embora ainda sejamos muito primitivos, já estamos bem melhores que há 500 anos atrás. E 500 anos pode parecer muito tempo se olharmos do ponto de vista da duração de uma vida no físico, mas de uma perspectiva mais ampla, não é tanto tempo assim.

Acho que a frequência vai melhorando aos poucos, e possivelmente, daqui a 500 anos as coisas estarão muito melhores.

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13 minutos atrás, Iogui disse:

Acredito mais que o nosso nível foi sempre assim bem baixo. Mas se olharmos no longo prazo, veremos

Ah sim  eu me referia  a pulsos de descida ou subida dentro de ciclos pequenos, um século no máximo. É como  pensar o que devia estar rolando no mundo que resultou

-na primeira guerra mundial em 1914,

-na rev.russa em 1917,

-na gripe espanhola em 1918,

-na revolucao alemá de 1918-1919,

-na guerra civil russa de 1918-1921..... 

-fascismo em 1925

- crise de 1929

-Nazismo em.1934

E entao o ápice com a Segunda Guerra mundial. 

A impressão que dá é uma boa parte  daquela geracao encarnou só para entrar em conflitos uns com os outros e desencarnar em massa dentro de uma janela de tempo reduzida. Uma " leva"  de espiritos..

 

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Entendo. Vejo tais coisas como altos e baixos da vida. Acho que isso é meio aleatório mesmo.

Acho que se tivéssemos um aparelho que nos permitisse olhar os fluxos de energia na atmosfera do planeta, veríamos algo parecido com um mar revolto colorido com grandes massas cinzentas, vermelhas, amarelas. Conforme formos evoluindo essa "paisagem" energética vai se modificando se tornando uma coisa mais uniforme, tranquila e com cores mais suaves tendendo a um maior equilíbrio.

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Sim, e talvez até algo do sistema solar, não só nosso, da humanidade

https://revistapesquisa.fapesp.br/uma-falha-no-campo-magnetico-da-terra-passeia-sobre-o-brasil/

Aquele amigo meu clarividente, lider daquele nosso grupo, vivia me perguntando ( desde   2018 talvez ) se nas projeções eu não notava nada envolvendo o planeta, mas exploquei que eu nunca fiz esses vôos para fora. Entao ele me falou que fazia um tempo já que notava, quando saiaem astral.para fora do planeta, que o planeta parecia estar envolvido numa nuvem de energias vermelhas, como se fosse uma nuvem de ferrugem, e isso não  se dissipava, e ele não fazia idéia do que fosse. 

Citar

conversa de  junho de 2020:

aliás agora aqui na superfície a vibração está muito baixa, lugares que ficavam sob o chão estão na superfície, estamos andando em parte do baixo umbral aqui.

(...)

Ha mais de dois anos o pessoal tem me levado de vez em quando na órbita do planeta, e tenho visto essa névoa vermelha alaranjada, como se fosse nuvens densa

Só vi a Lauren falar algo similar, talvez fosse o mesmo.fenômeno.

Isso pode.estar por trás da exaceebação dos desequilibrios de quem já tem alguma "folga nos parafusos" da cabeça, ehehe

 

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Pelo menos esse pessoal mais radical, pelo que eu vejo são mais os idosos, não consigo ver os mais jovens tão radicais assim... 

Sobre o mundo estar ficando mais denso, estou percebendo isso. Eu que nem sou sensitivo estou percebendo ondas fortes de energia pesadíssima, mas eu também moro em SC na cidade que mais recebe turista kkkkk, aí é esperado que seja esse sofrimento todo.

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58 minutos atrás, Bob disse:

Pelo menos esse pessoal mais radical, pelo que eu vejo são mais os idosos, não consigo ver os mais jovens tão radicais assim... 

Sobre o mundo estar ficando mais denso, estou percebendo isso. Eu que nem sou sensitivo estou percebendo ondas fortes de energia pesadíssima, mas eu também moro em SC na cidade que mais recebe turista kkkkk, aí é esperado que seja esse sofrimento todo.

Cara, o mundo dá voltas...

Não há garantia que um jovem tranquilo não se torne um radical.

Vi isso acontecer com dois cantores da minha juventude, Lobão e Roger (Ultraje a Rigor)....

Quem ouviu as músicas deles não podia imaginar no que se tornariam.

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Se você tem um pátio, limpa a terra, planta sementes, depois de um tempo tem suas plantas brotando e também pragas e ervas daninhas. 

Quando você RETIRA as pragas e também as ervas daninhas, pode dizer que seu pátio evoluiu eheh. Mas se nao fizer essa separação de tempos em tempos a erva daninha sempre vai dominar tudo.

Deixado por si mesmo, tudo degenera, ao invés de evoluir. É a "Lei da entropia". Mas creio que isso contraria a visão espirita.

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Acho que não contraria porque eles falam de exílio também... Enfim acho que 2023 vai ser um ano interessante pra ver como o pessoal do umbral está agindo, parece que só querem destruir tudo mesmo, mesmo essa invasão parece não ter muito sentido, sem muito motivo intelectual por trás, é só baderna e últimos suspiros antes de serem mandados pra sei lá aonde :)

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1 hora atrás, Sidinei disse:

Não há garantia que um jovem tranquilo não se torne um radical.

Vi isso acontecer com dois cantores da minha juventude, Lobão e Roger (Ultraje a Rigor)....

Olha, para mim Lobão e Roger sempre pareceram doidões. Nessa época ai tranquilos eram Biafra e Guilherme Arantes né? eheje

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11 minutos atrás, sandrofabres disse:

Olha, para mim Lobão e Roger sempre pareceram doidões. Nessa época ai tranquilos eram Biafra e Guilherme Arantes né? eheje

Sim, eles eram doidões mesmo hahaha, meio contra tudo e contra todos.

Mas digo tranquilos em relação a tabus... Eles não eram nada conservadores, mas deram uma guinada que parecia impossível, acabando por se alinhar com a extrema direita.

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27 minutos atrás, Bob disse:

parece que só querem destruir tudo mesmo, mesmo essa invasão parece não ter muito sentido, sem muito motivo intelectual por trás, é só baderna

Olha, do ponto de vista da racionalidade material, os conspiracionostas de esquerda tem lá sua explicação geopolítica , mas do ponto de vista espiritual eu diria que instabilidades de massa geram insegurança coletiva, o que gera demanda para o pólo oposto, com mais segurança, através da imposição de um nivel maior  de ordem.

E isso pode reformatar as democracias burguesas numa direcão semi-fascista, tanto faz quem esteja no governo. Afinal, esses dois extremos  são bem tipicos dos grupos trevosos, tanto o caos generalizado, onde tudo na sociedade se desagrega, quanto o excesso de ordem, que descamba para tirania. Lidar com este momento eliminando essas forças caóticas mas  sem cair em excessos é o desafio dos que estão no poder agora. 

Quem inveja  os poderosos não parece entender os riscos e responsabilidades da posição deles.

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50 minutos atrás, sandrofabres disse:

Deixado por si mesmo, tudo degenera, ao invés de evoluir. É a "Lei da entropia". Mas creio que isso contraria a visão espirita.

Depende do que você considera quando diz "tudo degenera". Dependendo do ponto de vista que olharmos podemos considerar que algo se degenerou, se olharmos de outro ponto de vista diremos que esse algo encontrou um estado de equilíbrio, se olharmos ainda de outro ponto de vista podemos dizer que algo está no estado x de um ciclo. 

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7 minutos atrás, Iogui disse:

Eu ia mesmo falar isso, o Lobão e o Roger nunca foram exemplo de equilíbrio.

Sim, não me expressei bem...

Depois que eu escrevi eu mesmo achei estranho e confuso o que escrevi...

Mas eu queria dizer tranquilos em relação a tabus... 

Não dava pra imaginar que esses, um que cantava Vida Bandida e outro que cantava Nu com a mão no bolso, iam se tornar ultra conservadores.

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25 minutos atrás, Sidinei disse:

Sim, não me expressei bem...

Depois que eu escrevi eu mesmo achei estranho e confuso o que escrevi...

Mas eu queria dizer tranquilos em relação a tabus... 

Não dava pra imaginar que esses, um que cantava Vida Bandida e outro que cantava Nu com a mão no bolso, iam se tornar ultra conservadores.

Suspeito que esse papo de conservadorismo é como a tal mamadeira... O que uniu pessoas cultas e ignorantes, religiosos e hipócritas, empresarios e empregados, foi "algo mais" que identificaram no seu líder. O resto tudo é papo furado, porque se for checar essa gente não defende o que alega defender, são americanófilos e não patriotas, muitos tem "ficha corrida" mas fingem ser cidadãos de bem, não tem como serem conservadores e ao mesmo tempo atacarem continuamente as intituições, etc.

É como se todos soubessem que estão usando bandeiras falsas, mas unidos um torno de uma mesma bandeira real, mas inconfessável...

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