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Jesus reencarnado na Austrália


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Pois é, pra mim, qualquer um que se diga ser Jesus, mesmo que fosse de fato o próprio, seria no mínimo muito suspeito.

Já no vídeo de apresentação ele pede dinheiro. Os outros vídeos são um monte de bla bla bla interminável e o cara nem é um bom orador. Acho que não foge do lugar comum desses lideres de cultos que inspiram devoção extrema. E pra ser sincero, acho que não vou ter paciência para ver um vídeo desses inteiro.

Enfim... acho mais fácil eu ser Jesus Cristo que esse cara e olha que eu me vejo cheio de defeitos heim? :-D

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Normalmente o primeiro impulso é rir quando leio algo do género, no entanto tenho pena das pessoas que se envolvem com estes indivíduos.

Aqui há uns anos, uma pessoa amiga convidou-me para ir assistir a uma espécie de palestra de um individuo que se dizia (também ele) a reencarnação de Jesus. Já tinha muitos seguidores e a sala estava cheia. Durante esta palestra fiquei a saber que o fulano também dizia ter sido um faraó do Egipto. Como tinha ido mais por curiosidade do que outra coisa não voltei a ver o individuo. Mais tarde encontrei a minha amiga que me disse que tinha deixado de seguir o tipo pois este aproveitava-se da ignorância e da ingenuidade das pessoas e envolvia-se sexualmente com as mulheres. Foi a última noticia que tive dele. Talvez tenha emigrado para a Austrália.  :lol: 

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30 minutos atrás, albaman disse:

pois este aproveitava-se da ignorância e da ingenuidade das pessoas e envolvia-se sexualmente com as mulheres

Um problema desses caras todos é que eles não tem criatividade, os objetivo são sempte os mesmos, ehehehe

Mas falando sério ,Essa questão para um cristão tradicional é fácil de resolver, enquanto que para os espiritualistas é bem mais delicada.

Para um cristão tradicional Jesus ressuscitou, nem existe esse negócio de reencarnação, e mesmo que possa existir um ou outro caso, pra Jesus isso seria desnecessário.

Até mesmo dentro da cultura esotérica esse tipo de situação não tem cabimento, porque Jesus seria dos Mestres Ascensionados, e essa turma não precisa reencarnar nem mesmo se tiver se executar uma tarefa física, só se materializa e segue trabalhando na obra, e quando terminarem a tarefa, somem sem deixar rastros.

É para a turma que fica no meio termo, na zona espírita/espiritualista,  que esse assunto fica complicado, porque para eles esse negócio de Mestre Ascensionado é mistificação, exagero, e esse negócio de Jesus ser quem a religião cristã acredita ser, nem se fala.

Então para essas pessoas Jesus é só um cara comum, como eu e você, em torno do qual criaram-se fantasias exageradas, e o coitado, como eu e você também precisou ficar reencarnando para evoluir. Logo, pode ser qualquer um, e provavelmente sua sabedoria não vai se destacar muito. Ou, na melhor das hipóteses, será apenas uma versão modernizada do que foi apresentado lá no na 30 D.C. ( Em alguns casos é a mesma versão, congelada no dicurso  daquela época, e até nas roupas, kkkk)

 

Para quem tem essa visão, como se pode analisar casos assim, de alguém que se diga ser o fulano reencarnado?

Como muitas outras coisa na vida, acho que só podemos usar a nós mesmos como parâmetro,  o que determina aquela regra: cada um terá o guru que merece.

Há muitos anos eu vejo esse tipo de alegação no meio esotérico, e vejo a questão da seguinte forma:

 

 

Alguém hoje tem que ter sido Júlio César, Napoleão, Alexandre o Grande, Cleópatra, Pitágoras, Confúcio...Jesus. Esse alguém pode estar encarnado ou não, mas esse alguém existe, no momento presente, em algum lugar, em alguma dimensão. Mas, SE EU FOSSE  de fato,  “fulano”, o que eu seria hoje em relação ao fulano do passado?

 Se o fulano do passado era mais “sábio” que eu, melhor eu não revelar minha identidade, pois vão me cobrar padrões talvez irreais, compatíveis com o mito histórico criado em cima dele. Vou criar um “inferno na terra” para mim.

Se eu estou no mesmo nível que tinha quando era o tal fulano...como explicar que não avancei todo esse tempo???? Melhor não revelar minha identidade.

Se hoje estou num nível melhor do que no passado, para que eu precisaria invocar a “autoridade do passado”? Se eu, lá no passado, quando era menos sábio, fui capaz de causar tamanho impacto no mundo a ponto de ainda lembrarem de mim mesmo séculos depois, agora então, mais evoluído, estou em condições de fazer ainda mais, não é mesmo? Então não preciso revelar quem fui, porque a glória de hoje ofuscará facilmente a glória do passado facilmente, já que, como se diz nos evangelhos mesmo, “não se pode esconder uma luz apenas colocando-a embaixo da mesa”


Além disso existe o problema da “autoridade”. A única autoridade que se deve respeitar é a Verdade. Então ou o cara tem uma mensagem que se imponha sozinha ( “A luz afasta as trevas”)  porque é ela própria uma manifestação (temporal,cultural...) da Verdade e é RECONHECIDA INTERNAMENTE como tal, por quem a ouve, ou tem apenas opiniões, versões, das quais precisa convencer os outros, e que não podem ser confundidas com a Verdade.

E é somente quando essa mensagem não tem em si a substância da Verdade que você precisa recorrer à autoridade, à tradição, ao consenso social, porque esse artifício é importante para atingir o convencimento, já que não há o RECONHECIMENTO interior da mensagem.

Então nunca é um bom indicativo da qualidade das mensagens se o mensageiro já entra anunciando sua “autoridade”. Na verdade, o oposto seria o desejável: a mensagem, quando é boa, torna o mensageiro invisível, porque o que ele fala ressoa em você, é o seu Ser que reconhece naquela mensagem a semente da Verdade. Aquela semente germina em você como se você sempre soubesse daquilo, a ponto de você até esquecer que foi necessário que um mensageiro fizesse você se lembrar disso.

Isso acontece até em assuntos comuns: você não vai passar a vida admirando os professores que te ensinaram física, química, matemática, línguas...você pega o ensinamento e quem o ensinou desaparece do cenário, porque o conteúdo vale por si só, o mensageiro foi somente o veículo através de quem aquilo chegou até você. Embora alguns veículos sejam bem melhores que outros, o que os melhores fazem é INTERFERIR MENOS na mensagem, para que ela não saia truncada e você a capte da forma mais pura possível. Portanto, o mensageiro correto é sim importante, mas quando ele faz seu trabalho direito, ele é ofuscado pela mensagem.

Portanto...porque alguém que seja de fato portador de uma mensagem realmente importante vai se preocupar em identificar o mensageiro, se não for para tentar aumentar a importância da mensagem? Se a mensagem fosse realmente boa isso seria desnecessário.

Isso não quer dizer que quem alega ser fulano de tal não tenha coisas importantes a dizer, pois  cada um de nós sabe coisas que o outro não sabe, então é sempre possível aprender com todos. Mas em nome do bom senso,  quem ouve deve sempre desconsiderar a tal informação sobre a pretensa identidade do mensageiro, para que o seu julgamento da mensagem não seja afetado.

Mas, como eu disse, essa é apenas a forma como EU julgo cada vez que cruzo com esses pretensos personagens históricos auto-revelados.

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1 hora atrás, sandrofabres disse:

Portanto...porque alguém que seja de fato portador de uma mensagem realmente importante vai se preocupar em identificar o mensageiro, se não for para tentar aumentar a importância da mensagem? Se a mensagem fosse realmente boa isso seria desnecessário.

Isso resume tudo. O importante é a mensagem e não o mensageiro. 

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3 horas atrás, albaman disse:

My name is JC, Iogui JC. :)

Hehuehuehue

1 hora atrás, sandrofabres disse:

Um problema desses caras todos é que eles não tem criatividade, os objetivo são sempte os mesmos, ehehehe

Hahahaha... Faz sentido!!!... É até meio chato, né?... Por isso que a minha primeira reação foi:

7 horas atrás, Iogui disse:

Mais um que se diz a reencarnação de Jesus Cristo?

 

 

1 hora atrás, sandrofabres disse:

Até mesmo dentro da cultura esotérica esse tipo de situação não tem cabimento, porque Jesus seria dos Mestres Ascensionados, e essa turma não precisa reencarnar nem mesmo se tiver se executar uma tarefa física, só se materializa e segue trabalhando na obra, e quando terminarem a tarefa, somem sem deixar rastros.

Então... Mas é que geralmente esses caras pegam é quem não tem conhecimento mesmo porque pra gente que conhece mais a fundo essa coisa de espiritualidade e ocultismo o cara teria que se esforçar muito mais que isso... Hehehehe

Aliás... Muito mais do que é possível para um indivíduo comum, né?... Mas esses picaretas não conseguiriam isso né?

1 hora atrás, sandrofabres disse:

Mas, como eu disse, essa é apenas a forma como EU julgo cada vez que cruzo com esses pretensos personagens históricos auto-revelados.

Minha opinião é semelhante a sua, Sandro, e eu acho que isso tem um pouco a ver com maturidade.

Chega um ponto em que você percebe que o status não importa e você para de dar valor para coisas bobas como pegar o autógrafo de alguém famoso, por exemplo porque você pensa "de que isso vai me servir?". Não que você não reconheça o valor daquela pessoa mas você também não fica superestimando porque você sabe que por maior que seja o feito daquela pessoa, você também é capaz das mesmas coisas e ninguém é melhor que ninguém.

Além disso, pessoas mais elevadas preferem não serem postas em um pedestal. Mesmo que eu acreditasse que fosse útil Jesus nascer aqui de novo, duvido que ele se intitularia Jesus. E ele não precisaria disso também porque as ações falam muito mais que as palavras. Digo... uma pessoa iluminada se destacaria mesmo que vivesse como um mendigo na rua. E ele se tornaria nova lenda mesmo sem que as pessoas sequer soubessem que era Jesus ali.

Então o "feitiço" desses pseudo profetas não funciona com pessoas que pensam dessa forma.

Simplesmente porque a tua maturidade te permite perceber que o mesmo Deus que está em você está no outro e, no final das contas, não é necessário mais nada, apenas esforço e trabalho. 

Na verdade, acho que nem precisa conhecer sobre espiritualidade e ocultismo pra isso. Porquê é algo muito claro e quase instintivo quando você tem esse "insight".

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3 horas atrás, sandrofabres disse:

Isso não quer dizer que quem alega ser fulano de tal não tenha coisas importantes a dizer, pois  cada um de nós sabe coisas que o outro não sabe, então é sempre possível aprender com todos. Mas em nome do bom senso,  quem ouve deve sempre desconsiderar a tal informação sobre a pretensa identidade do mensageiro, para que o seu julgamento da mensagem não seja afetado.

Muito interessante isso que vc falou, Sandro!

Eu já passei por uma situação de querer ler o livro "As Forças do Bem" (do autor espiritual identificado como Irmão Thomé), e quase desisti do livro quando vi que o autor espiritual do prefácio estava identificado como Jesus Cristo. Mas resolvi ver se aproveitava algo daquela leitura, e tive a maior surpresa ao ver que o livro trazia coisas lindíssimas, que me fizeram desejar ler outros livros espiritualistas. Então, o que valeu para mim foi a mensagem (e não a autoria), pois procurei aproveitar o que havia de melhor no livro.

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Só um esclarecimento, porque essa coisa de o que importa é a mensagem não o mensageiro, às vezes dá margem a abusos:

Para mim, pelo menos, se o cara não consegue ter a conduta ética mínima de um cidadão equilibrado *,  não interessa a mensagem dele. Qualquer psicopata oportunista aprende o linguajar e conteúdos espiritualistas e consegue sair por aí explicando um mensagem minimamente correta. Mas ele próprio demonstra que ela é apenas um instrumento que permite a ele manipular os outros para obter o que deseja, qualquer valor  que a mensagem pudesse ter fica inutilizado. _________________________________________________

* (não ser usuário de drogas, não ser violento, não ser aproveitador de mulheres, não ser golpista para obter grana ou iludir terceiros...)

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25 minutos atrás, sandrofabres disse:

Só um esclarecimento, porque essa coisa de o que importa é a mensagem não o mensageiro, às vezes dá margem a abusos:

Para mim, pelo menos, se o cara não consegue ter a conduta ética mínima de um cidadão equilibrado *,  não interessa a mensagem dele. Qualquer psicopata oportunista aprende o linguajar e conteúdos espiritualistas e consegue sair por aí explicando um mensagem minimamente correta. Mas ele próprio demonstra que ela é apenas um instrumento que permite a ele manipular os outros para obter o que deseja, qualquer valor  que a mensagem pudesse ter fica inutilizado. _________________________________________________

* (não ser usuário de drogas, não ser violento, não ser aproveitador de mulheres, não ser golpista para obter grana ou iludir terceiros...)

Isso é algo que gostaria de te perguntar: tem algo que o Osho fala de aproveitável? Nunca me prestei a ler algo dele. Sempre vejo gente falando bem dele mas que não devem saber da verdade sobre ele. 

Obs.: Mensageiro minimamente ético é claro né? Mesmo que haja lapso de verdade é melhor não perder tempo tentando garimpar as informações de um poço sujo. 

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Talvez tenha..não sei. Quando eu tinha uns 13 ou 14 anos foi que peguei um livro dele na mão, minha tia tinha comprado, porque eu já tinha lido 10 livros do Lobsang Rampa, e ela viu meu interesse, começou a ler também, e comprou toda a coleção do Lobang. Depois acho que ela pensou no Osho como outra possível leitura, não sei. Então um dia eu estava na casa dela, vi o livro da estante, peguei e....já não gostei. Olhei a  cara dele na capa...e já não gostei. Setei para ler abrindo em qualquer página, e era como ter uma cobra no colo, tudo me parecia enrolação, manipulaçao barata, dizer uma coisas para afetar o leitor em outras. Não devo ter lido mais que duas páginas daquilo. O título  acho que era A semente de mostarda, ou algo assim. Depois vi os escândalos sobre ele na TV e só la por 2008 acho, que descobri o resto sobre ele.

Então no meu caso pelo menos, minha opinião sobre ele não veio  daquele texto que seus discípulos alegam ser difamatório,

http://alsibar.blogspot.com.br/2012/05/quem-foi-osho-bhagwan-shree-rajneesh.html

mas de um contato direto com o livro dele, depois com as informações da mídia na época. O texto só confirmou o que eu já tinha detectado.

E Krishnamurti, que é um dos caras que eu mais respeito na espirtualidade, não parece divergir muito da minha opinião sobre o Osho:

http://alsibar.blogspot.com.br/2012/04/krishnamurti-fala-sobre-osho-bhagwan_30.html

 

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Com relação a mensagens com autoria supostamente atribuída a Jesus, me lembrei de mais uma situação assim: Em "O Livro dos Médiuns" também há uma mensagem em que o autor se identificou como Jesus. Mas o Espiritismo colocou uma nota no livro, após a mensagem, esclarecendo que essa autoria estava sendo colocada ali sob todas as reservas, de modo que cada um julgasse por si mesmo se aquele de quem ela traz o nome não a renegaria.

Assim como no livro "As Forças do Bem", que citei acima, a mensagem supostamente assinada por Jesus em "O Livro dos Médiuns" é maravilhosa. Eu ficaria muito feliz caso tivesse a confirmação de que a identidade dessa autoria é verdadeira. Mas, independentemente de quem assina aquelas palavras, considero interessante essa dica que o espiritismo deu de julgarmos se o suposto autor as renegaria.

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3 horas atrás, sandrofabres disse:

Só um esclarecimento, porque essa coisa de o que importa é a mensagem não o mensageiro, às vezes dá margem a abusos:

Para mim, pelo menos, se o cara não consegue ter a conduta ética mínima de um cidadão equilibrado *,  não interessa a mensagem dele. Qualquer psicopata oportunista aprende o linguajar e conteúdos espiritualistas e consegue sair por aí explicando um mensagem minimamente correta. Mas ele próprio demonstra que ela é apenas um instrumento que permite a ele manipular os outros para obter o que deseja, qualquer valor  que a mensagem pudesse ter fica inutilizado. _________________________________________________

* (não ser usuário de drogas, não ser violento, não ser aproveitador de mulheres, não ser golpista para obter grana ou iludir terceiros...)

Esse cuidado que devemos ter com esse tipo de coisa é realmente muito importante, Sandro. Também considero que, nessas situações que vc citou, o valor da mensagem fica inutilizado.

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Um pequeno trecho de um livro do Ramatis. (O capítulo 28 todo trata sobre essa questão.)

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PERGUNTA: — Que dizeis sobre certos médiuns ou confrades espíritas que se acreditam a reencarnação de apóstolos ou destacados líderes do Cristianismo?

RAMATíS: — Não é impossível a hipótese de alguns apóstolos ou discípulos de Jesus encontrarem-se encarnados no Brasil. Não há dúvida de que muitos seguidores e contemporâneos de Jesus regressam mais tarde à carne, a fim de fazerem brotar as sementes cristãs lançadas há dois mil anos. Alguns deles assim o fizeram para conseguir melhor graduação espiritual, pois não houve o milagre de se verem transformados instantaneamente em seres angélicos, apenas porque conviveram à sombra do Sublime Rabi. Freqüentando novamente a escola terrena, é evidente que eles também assumiram outras configurações humanas e viveram personalidades e raças diferentes daquelas com que a história sagrada os consagrou no advento do Cristianismo.


Malgrado tivessem sido outrora os apóstolos Thiago, Bartolomeu, Simão, Felipe, João ou André, mais tarde tiveram de retornar à Terra assumindo posições de realce ou de serviço humilde e anônimo no vosso mundo. Sob outros nomes, algumas vezes destacaram-se no cenário material em serviço redentor, tal como lhes aconteceu na Judéia sob a orientação do Divino Amigo. Mas muitas vezes só o mundo espiritual chegou a conhecer-lhes a obra meritória e louvoulhes o devotamento ao Bem. Alguns em novas encarnações talvez se chamaram José, Giácomo, Estanislau, Hanz, Jack Ahmed ou Jean, vivendo personalidades humanas de somenos importância para o mundo, mas de profunda  influência na transformação dos seus próprios espíritos. Que importa a configuração  provisória da personalidade terrena no mundo físico, quando só o conteúdo espiritual definitivo é que diploma o ser para as glórias da vida angélica?


PERGUNTA: — No entanto, conhecemos bons trabalhadores espíritas que intimamente acreditam ter sido alguma dessas personalidades históricas do Cristianismo, mas que estão certos de não terem habitado a Terra depois de sua última  existência apostolar. Que dizeis?


RAMATÍS: — É certo que na área da experimentação espírita ainda enxameam as reencarnações de Marcos, João, Mateus, Felipe, Thiago, Lucas, João
Batista ou Paulo de Tarso, assim como as de Verônica, Martha, Maria Magdalena etc., que se sentem investidos de novas tarefas messiânicas na revivescência do Cristianismo. Muitos deles vivem inquietos e ansiosos, aguardando o momento sublime em que a "luz súbita" deverá eclodir-lhes no espírito e lançá-los pelo mundo em defesa dos postulados de Jesus. Pedro, o apóstolo, Paulo de Tarso ou João Batista, que se supõem reencarnados na atualidade, também se esforçam para não trair a mesma índole, o mesmo temperamento e a contextura psicológica com que a história sagrada os pôs em evidência no passado.


Assim, embora vivendo outras personalidades emolduradas no século atômico, os novos Pedros reencarnados também são sizudos, os Paulo de Tarso são dinâmicos e amigos das "epístolas", tentando as peregrinações exaustivas para sustentar o alicerce do novo movimento salvacionista. As novas cópias de João Batista, o precursor do Mestre, guardam a mesma severidade de outrora e anatematizam os pecados do mundo moderno, tal como o fazia esse grande e austero espírito. No entanto, os estudiosos sensatos e argutos da fenomenologia mediúnica  surpreendem-se confusos, descobrindo que, embora todos os velhos seguidores de Jesus se mostrem reencarnados na atualidade, eis que, paradoxalmente, ainda continuam a "baixar" nas sessões espíritas, manifestando a mesma personalidade da época do advento do Cristianismo. Paulo de Tarso, Pedro, Marcos, João Evangelista, Lucas, Magdalena, João Batista, Estevam, Felipe, Thiago, Timóteo, e outros pioneiros da obra do Cristo Jesus, tanto vivem encarnados na Terra, cumprindo novas missões à sombra amiga do Espiritismo, como também não cessam de se comunicar pelos médiuns eufóricos dessa preferência espiritual tão honrosa.

Deste modo, multiplicam-se, tanto na Terra quanto no Espaço, os mesmos apóstolos e discípulos de Jesus, deixando perplexos os neófitos espíritas, que ainda desconhecem a complexidade do mecanismo da mediunidade e ignoram a intervenção fácil da mente indisciplinada na sugestão messiânica.

PERGUNTA: — Porventura poderá causar prejuízos à doutrina espírita o fato de seus adeptos julgarem-se, erroneamente, a encarnação de apóstolos ou de outras personalidades famosas do passado? Os espíritos superiores, quando os vivos alardeiam  que são sua reencarnação terrena, poderão sofrer quaisquer dissabores devido a essa emulação?


RAMATÍS: — As personalidades apostolares consagradas pela história religiosa não podem sofrer nenhum prejuízo quando os encarnados supõem-se ingenuamente os seus "sósia" espirituais. Graças ao seu índice elevado de compreensão das fraquezas humanas, elas são imunes às atitudes censuráveis ou ingênuas daqueles que, querendo imitar-lhes a personalidade do passado, apenas praticam grosseira mistificação. É certo, entretanto, que algumas criaturas, por se convencerem de que  foram santos ou apóstolos à sombra de Jesus, beneficiam-se bastante com isso, porque empregam todos os seus esforços e vigiam todos os seus atos, a fim de não desmentirem a "linha psicológica" do modelo-padrão que julgam ter sido outrora.


PERGUNTA: — Poderíeis nos esclarecer melhor esse assunto?

RAMATÍS: — Os seres que se julgam a nova encarnação de Paulo de Tarso procuram ser dinâmicos, decididos e corajosos, assim como o era o apóstolo dos gentios. Alguns encetam tarefas e peregrinações fatigantes para divulgar os  postulados do Espiritismo, porque o crêem realmente como o Cristianismo redivivo, em que devem compartilhar, tal como em sua suposta, vida messiânica do passado. À semelhança da atividade dos apóstolos e discípulos de Jesus, eles também dispersam-se pelos vários recantos da Terra em que nasceram, a fim de cumprir as "missões" que lhes foram designadas pelo Alto.


Daí, pois, o motivo por que os pressupostos apóstolos ou santos reencarnados repetem como cópia-carbono os mesmos gostos, gestos e temperamentos dos seus modelos pretéritos. Assim, pois, os novos João Batistas também são sizudos, excomungam a riqueza e os prazeres deletérios. Há os que deixam crescer a barba e os cabelos e a sua linguagem áspera condena as paixões do mundo, tal como o fazia o severo precursor do Divino Mestre. Os Marcos, Mateus ou Lucas devoram páginas do Evangelho e procuram assenhorear-se do conteúdo que julgam ter redigido outrora, habilitando-se para citar qualquer versículo esclarecedor a qualquer momento.

Alguns ainda oferecem resistência contra a idéia íntima ou sugestão alheia de terem sido este ou aquele contemporâneo de Jesus. Mas, quando chegam a aceitar tal situação, já não o fazem por sua exclusiva culpa, porém devido à precipitação de muitos companheiros invigilantes, que aliciam coincidências e ajustam semelhanças de temperamento, trabalho e objetivos, convencendo-os de que são realmente o espírito apostolar. É o que acontece também com referência à provável reencarnação de Allan Kardec, pois só no Brasil dezenas de lidadores espíritas presumem-se a reencarnação do espírito do codificador do Espiritismo. Justamente porque Allan Kardec deveria retornar à carne em princípios deste século, conforme predisse em certa obra', alguns próceres espíritas, médiuns consagrados alimentam a esperança de ser a sua nova encarnação.

Justifica-se tal acontecimento pela facilidade do dom da empatia que predomina nas pessoas sensíveis, e principalmente nos médiuns, sempre prontos a viver a personalidade que mais admiram. Mas, em face dessa multiplicação de apóstolos e lidadores do Cristianismo, em número muito além da conta real de sua existência, os mentores espirituais aconselham aos médiuns a modéstia, a humildade e constante autocrítica, a fim de não crescerem na sua intimidade as flores ridículas que enfeitam a vaidade humana.
 

Fonte: Livro "Mediunismo"- Ramatis- Cap 28 (pag 135 em diante)

 

Ramatis Mediunismo.pdf

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Interessante isso, Sandro. Não sei se a psicografia da mensagem supostamente assinada por Jesus, em "O Livro dos Médiuns", foi gerada pela vaidade do médium. Mas em qualquer situação é realmente importante sermos bem críticos em manifestações que envolvam o nome de entidades superiores. E não só em situações que envolvam o nome de espíritos superiores... temos que ser bem críticos também em quaisquer manifestações. Estou aprendendo cada vez mais isso neste fórum! Sinto muita gratidão por isso.

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Eu cheguei  a comprar este livro, uma vez, mas não consegui ler:

http://www.editora33.com.br/livros/vida-de-jesus-ditada-por-ele-mesmo-2/

Comprei com bastante expectativa até, porque sempre considero a informação mediúnica uma boa fonte, caso não exista outra, com  autoridade histórica reconhecida. Mas talvez por eu estar ainda durante o Viver de Luz, acho que estava muito sensível, e o livro me pareceu amargo, rancoroso, péssima "vibe", ehehehe. Não tem como o autor do texto ser esse, eheheh. É uma psicografia do século XIX. O texto tem todo o peso psicológico das personalidades do final daquele século.

Então quando se trata de espírito é complicado, podem dizer qualquer coisa. Mas quando se trata de encarnado, a vantagem é que ele pode ser cobrado para ter o mesmo padrão ético da personalidade invocada...é pior para ele, kkkkk. Então se ele tem peito para isso, não há de fazer um mau trabalho.

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3 horas atrás, sandrofabres disse:

E Krishnamurti, que é um dos caras que eu mais respeito na espirtualidade, não parece divergir muito da minha opinião sobre o Osho:

http://alsibar.blogspot.com.br/2012/04/krishnamurti-fala-sobre-osho-bhagwan_30.html

 

Bem, isso por si só me faria não querer pegar em um livro do Osho. hehe Assim como vocês, me identifico muito com o Krishnamurti. 

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Olá, 

Assisti algumas horas dele e achei bem bom.

Em portugues basta procurar no youtube->  divine truth portugues

Ele diz que nenhum de nós somos reencarnações (e dá explicações alternativas para as diversas formas que parecem comprovar a reencarnação).

Que essa é nossa primeira encarnação.

Diz que ele e mais 13 são as primeiras reencarnações no planeta.

Diz que somos uma alma e quando nascemos essa alma é separada em dois corpos, duas pessoas.

Que quando morremos vamos pra um mundo dos espiritos e somente quando conseguimos reunir a alma novamente por um processo de crescimento de amor, então somos capazes de reencarnar.

Ele não cobra nada, vive de doações.

 

Fala muito sobre como somos ensinados por nossos pais a temer a dor e asssim a nos fecharmos para nossas emoções. Ele passa a maior parte do tempo falando

sobre como parar de ignorar e processar/liberar as emoções que estão presas em nós, como medos e pesares. E para passarmos a sermos humildes no sentido de sempre sentir as emoções (não tenhamos que agir baseado nelas).

Também fala sobre voltarmos a ter uma relação (emocional) com Deus.

Ele diz que nasceu como Jesus, quando morreu foi pro mundo dos espiritos onde foi crescendo até que reencarnou na Terra. 

Dificil de acreditar com certeza. Eu encontrei ele porque estava começando eu mesmo a processar minhas emoções de várias formas e acabei achando ele no youtube.

Achei as explicações e a eficiência do que ele fala sobre emoções as melhores até agora.

 

 

 

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Sobre mim, faz tempo que venho me desenvolvendo de alguma forma, isso sempre foi uma prioridade. Os principais foram Sivananda Yoga 3 anos, seguidos de 9 de Satyaprem um discipulo do Osho. Assisti muitos videos de Adhyashanti, Krishnamurti, Mooji, Bentinho Massaro, Nisargadatta, Papaji. Mas concordo, sempre possível errar rs. Mas fica a dica.

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  • 1 year later...
Em 04/01/2017 at 18:29, sandrofabres disse:

Talvez tenha..não sei. Quando eu tinha uns 13 ou 14 anos foi que peguei um livro dele na mão, minha tia tinha comprado, porque eu já tinha lido 10 livros do Lobsang Rampa, e ela viu meu interesse, começou a ler também, e comprou toda a coleção do Lobang. Depois acho que ela pensou no Osho como outra possível leitura, não sei. Então um dia eu estava na casa dela, vi o livro da estante, peguei e....já não gostei. Olhei a  cara dele na capa...e já não gostei. Setei para ler abrindo em qualquer página, e era como ter uma cobra no colo, tudo me parecia enrolação, manipulaçao barata, dizer uma coisas para afetar o leitor em outras. Não devo ter lido mais que duas páginas daquilo. O título  acho que era A semente de mostarda, ou algo assim. Depois vi os escândalos sobre ele na TV e só la por 2008 acho, que descobri o resto sobre ele.

Então no meu caso pelo menos, minha opinião sobre ele não veio  daquele texto que seus discípulos alegam ser difamatório,

http://alsibar.blogspot.com.br/2012/05/quem-foi-osho-bhagwan-shree-rajneesh.html

mas de um contato direto com o livro dele, depois com as informações da mídia na época. O texto só confirmou o que eu já tinha detectado.

E Krishnamurti, que é um dos caras que eu mais respeito na espirtualidade, não parece divergir muito da minha opinião sobre o Osho:

http://alsibar.blogspot.com.br/2012/04/krishnamurti-fala-sobre-osho-bhagwan_30.html

 

Reportagem   da BBC:

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Em seus discursos, ele fazia piadas sobre o papa católico e sobre Mahatma Gandhi e defendia a liberdade sexual. Ele era conhecido por colecionar carros Rolls Royce, relógios caros e joias.

..........

A Osho International recebia doações vultuosas de admiradores e seguidores do guru em todo o mundo e acumulou um patrimônio milionário. Autoridades da Índia e dos EUA chegaram a acusar as comunidades de sonegação de impostos - as acusações, no entanto, não foram formalizadas.

........

Na comunidade americana moradores não precisavam pagar pela estadia ou pela alimentação, mas chegavam a trabalhar cerca de 12 horas por dia em negócios que iam desde a agricultura até a administração de restaurantes. Eles recebiam um voucher de cerca de US$ 200 por mês para gastos pessoais.
....
Um mês depois, em outubro de 1985, o guru fugiu da comunidade em um jatinho, e foi preso durante uma parada para abastecer a aeronave. "Eu cheguei a ver o avião dele saindo, sem saber que era ele. Mas eu já tinha decidido ir embora. Eu queria voltar a ter minha vida pessoal."

......

Nos primeiros anos, explorávamos muito a sexualidade e aprendíamos muito sobre nós mesmos. Naquele momento, os encontros eram bastante intensos e alguns tinham sexo grupal. Havia muita gritaria, éramos encorajados a nos conectarmos com a nossa raiva. Havia uma forma limitada de violência, também. Algumas pessoas lutavam, uma mulher chegou a quebrar um braço.

A primeira grande comunidade, em Pune, tinha muito a ver com sexo. A segunda, no Oregon, tinha a ver com poder. E agora, por incrível que pareça, é que a comunidade tem mais a ver com meditação.

...................................

OBS MINHA: OU SEJA, QUANDO A PRESENÇA TÓXICA DO " GURU" FOI AFASTADA, OS GRUPOS PUDERAM SE FOCAR EM ALGO POSITIVO, AO INVÉS DE PERDEREM TEMPO APENAS ESTIMULANDO  AS TENDÊNCIAS MAIS ATÁVICAS, PRIMITIVAS

...................................

...

https://bbc.in/2GRlLM2

 

 

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E tem mais uma testemunha, um braço-direito do Osho, que pela posição que desempenhava, viu todos os podres do grupo:

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Ex-guarda-costas de Osho conta como foi fazer parte do círculo íntimo do ‘guru do sexo’

O britânico Hugh Milne foi discípulo do guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh, o Osho, desde o início da carreira de seu então mestre. Anos depois, porém, viu seu sonho de viver em uma comunidade baseada no amor e na bondade implodir de forma espetacular.

Uma série popular do serviço de streaming Netflix, chamada Wild Wild Country, mostra como o carismático e controverso líder indiano moveu sua comunidade alternativa da Índia para um rancho no meio do Estado americano do Oregon – uma verdadeira cidade surgiu no meio da zona rural em poucos meses.

Por um período de cinco anos, houve uma batalha judicial e tensões com os antigos residentes da cidadezinha próxima ao rancho, bem como tentativas de assassinato, fraude eleitoral, tráfico de armas e um caso de envenenamento em massa – que é até hoje considerado o maior caso de bioterrorismo da história dos EUA.

Hugh Milne, natural de Edimburgo, na Escócia, passou quase uma década lado a lado com o guru indiano – que, entre outras excentricidades, era conhecido por ter tido uma coleção de 90 Rolls-Royces.

Além de ser uma inspiração para Milne, Bhagwan também fez sexo com a namorada do escocês e o mandou realizar trabalhos pesados. Durante anos, o escocês atuou como guarda-costas do guru – sua função principal era evitar que os seguidores tocassem nele.

Na década que passou com Bhagwan, Milne viu o guru comandar a rápida expansão do movimento: "de 20 seguidores para 20 mil pessoas", conta ele.

"E não eram 20 mil pessoas que simplesmente assinavam uma revista", diz Hugh. "Eram 20 mil pessoas que deixaram suas casas, abandonaram suas famílias, largaram tudo e trabalhavam de 60 a 80 horas por semana sem pagamento, dormindo em alojamentos", conta o ex-guarda-costas.

Para efeito de comparação, um emprego em tempo integral no Brasil envolve uma jornada de 44 horas semanais. "Esse era o grau de comprometimento das pessoas", diz Milne.

Das fitas cassete à vida real

Milne, hoje com 70 anos, nasceu na cidade de Lanark, local escolhido porque ter a única maternidade natural da Escócia, na época.

Ele cresceu em Edimburgo – sua família era ligada à Kingston Clinic, fundada por seu avô, James C. Thomson. O local promovia terapias alternativas, como a hidroterapia.

Em 1973, depois de concluir sua formação em osteopatia (um ramo da medicina alternativa), o escocês mudou-se para a Índia. Ele tinha entrado em contato com os ensinamentos de Bhagwan, então gravados em fitas cassete. Tinha 25 anos na época.

"Quando você encontra uma pessoa tão extraordinária quanto Bhagwan, isso tem um impacto profundo em você", diz ele. "Eu pensei: 'que ser maravilhoso, sábio, bondoso, amoroso é ele'. Queria sentar aos pés dele e aprender com ele", diz.

Milne, que publicou um livro sobre Bhagwan intitulado The God That Failed ("O Deus que falhou", em tradução livre), diz que o guru nunca foi um "Deus" no sentido cristão. "Eu o via como um ser humano altamente evoluído, com um grande talento para a percepção e o entendimento."

Ele diz que Bhagwan, que adotou o nome de Osho poucos anos antes de sua morte, em 1990, era um "camaleão", capaz de se transformar no que seus seguidores quisessem.

'Guru do sexo'

O escocês diz que seus encontros cara a cara com Bhagwan (chamados de "dharshans" pelos seguidores) foram muito reveladores. Mesmo assim, foi difícil se adaptar à Índia no começo.

Ainda nos primeiros 18 meses morando na Índia, Bhagwan Rajneesh começou a fazer sexo com a namorada de Hugh, e o mandou para trabalhar em uma fazenda em uma das partes mais quentes da Índia.

Milne diz que o Rajneesh – então com pouco mais 40 anos de idade – tinha "dharshans" com algumas de suas seguidoras às 4h da manhã.

"Ele ganhou a alcunha de 'guru do sexo' em parte porque falava muito sobre sexo e orgasmos nas palestras, mas também porque todo mundo sabia que ele dormia com suas seguidoras", diz.

O escocês admite que sentiu ciúmes e pensou em deixar o ashram (como era chamado o mosteiro de Osho), mas uma parte dele acreditou que aquilo poderia dar certo.

"Sabia que ele era um 'guru do sexo', e aquilo era parte do curso', conta. "Todos nós éramos sexualmente liberados, e muita pouca gente era monogâmica (tinha um parceiro só). O contexto era outro em 1973", conta.

Milne diz que sua relação com a namorada ganhou "outra qualidade" depois dos encontros dela com Bhagwan. Infelizmente, o relacionamento teve vida curta, já que pouco depois ele foi mandado para o trabalho na fazenda, a 640 quilômetros de distância da comunidade.

Quando Hugh voltou, se tornou o guarda-costas de Ma Yoga Laxmi, a então secretária pessoal de Osho. Ela tinha sido atacada violentamente por um seguidor ("sannyasin", no jargão do mosteiro) que tinha tido um pedido de encontro pessoal negado.

Laxmi então disse a Hugh que ele precisava atuar como guarda do próprio Bhagwan.

Aura de santidade

O guru se dizia desconfortável com a ideia de negar a seus seguidores acesso a ele – mas, segundo Hugh Milne, não suportava pessoas tocando nele ou beijando seus pés.

"Ele achava desagradável", diz.

Nos sete anos seguintes, o escocês foi um dos "sannyasins" de alto nível responsáveis por criar uma aura de "santidade" em torno de Osho.

Outra pessoa no círculo íntimo era Ma Anand Sheela, que ocupa papel de destaque no documentário da Netflix sobre a comunidade no Oregon.

Sheela é natural da Índia, mas estudou numa universidade de New Jersey, nos EUA, e casou-se com um americano antes de retornar a seu país para trabalhar com Bhagwan.

Milne conta que trabalhou com Sheela na administração da cantina do centro em Pune – a operação crescia de tamanho conforme Bhagwan atraía mais seguidores.

Ele conta ter tido um caso intenso com Sheela durante um mês, até que o marido dela pediu a Bhagwan que interviesse.

Depois do fim do romance, a atitude de Sheela com o escocês teria mudado – e eventualmente criou problemas para ele depois que ela subiu na hierarquia do mosteiro, substituindo Laxmi como secretária pessoal de Osho.

Sheela era a principal organizadora da mudança da comunidade da Índia para o Oregon.

Bhagwan estava se tornando uma figura controversa na Índia, e precisava de um lugar onde pudesse ampliar sua comunidade de dezenas de milhares de seguidores.

'Um erro'

Sheela comprou o rancho Big Muddy, no Oregon, em 1981. Prestando pouca atenção às leis locais, organizou os sannyasins para construir uma cidade – batizada de Rajneeshpuram – baseada nas crenças do grupo.

"Eu considero (a mudança para) o Oregon um erro", diz Hugh. "Foi uma escolha desastrosa."

Ele diz que a comunidade cometeu contravenções contra a lei local desde o começo – com Sheela e um pequeno grupo de seguidores fazendo tudo o que fosse necessário para levar os planos adiante.

"Tudo o que fosse necessário" envolvia intimidar os moradores da cidadezinha vizinha de Antelope e, mais tarde, planejar o assassinato de autoridades estaduais.

Mais de 750 pessoas contraíram salmonella graças aos "sannyasins", que infectaram os bufês de salada dos restaurantes locais numa tentativa de mudar o resultado de uma eleição.

Os rajneeshis disseram à época que estavam sendo perseguidos por autoridades e pelo "establishment" conservador dos EUA, mas Milne diz que o próprio grupo criou problemas ao agir à revelia das leis.

Em abril de 1982, conta que começou a ter dúvidas a respeito da comunidade na qual vivia.

O grupo já não tinha nada a ver com amor, bondade e meditação, diz ele.

Hugh Milne atuava como osteopata em um centro de saúde no centro do rancho. Os sannyasins, que estavam trabalhando de 80 a 100 horas por semana para construir a comuna, estavam "desmoronando" de cansaço.

As diretrizes de Sheela sobre como tratar os seguidores que buscavam o centro de saúde eram "desumanas", diz ele. "Ela dizia: 'dê a eles uma injeção e mande-os de volta para o trabalho'", relata ele.

Em outra ocasião, teria sido proibido de visitar um amigo que tinha sofrido um acidente em uma canoa, e foi mandado de volta ao trabalho.

"Eu pensei 'estamos virando monstros'. Por que eu continuo aqui?", diz.

Hospital psiquiátrico

Milne deixou o Oregon em novembro de 1982.

"Por um tempo, eu fiquei completamente inútil", diz. "Estava confuso e aos pedaços. Não conseguia lidar com nada."

Ele passou seis meses em um hospital psiquiátrico antes de tentar reconstruir sua vida.

Depois, diz que passou algum tempo trabalhando como osteopata em Edimburgo antes de mudar-se para Londres, Zurique (Suíça) e finalmente para a Califórnia (EUA), onde vive desde 1985.

Ele conta que a maioria dos eventos descritos na série Wild Wild Country ocorreram depois que ele deixou a comunidade, e que sabia muito pouco sobre a extensão das atividades de Sheela.

Mas e Bhagwan? Ele sabia o que Sheela e seu séquito estavam fazendo?

"Não tenho a menor dúvida de que ele sabia, sim."

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-44364901

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Pois é, isso tudo é VELHO, bem conhecido, mas não sei quantas vezes aqui no gva tive que postar links, porque os simpatizantes desinformados do Osho não sabiam nada disso. Os sites dos seguidores dele não tocam  nisso, é como se nunca tivesse acontecido, mas quem nasceu nos anos 70 como eu sabia desses escândalos pelo jornal nacional, fantastico, eram coisas bem divulgadas mesmo no Brasil.

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