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Saída pelo bairro + dúvidas


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Bom dia a todos!

Eu ia postar como um relato mas acredito que tenha mais dúvidas do que coisas para contar:

Ontem foi um sábado preparado para ser leve e para eu tentar me projetar lucidamente. Tentei fazer tudo o mais certo possível mas acredito que uma ligeira soneca a tarde abalou o procedimento posterior. Fui tentar dormir a noite mas sinto que não estava com sono suficiente. Fiquei um tempão movimentando as energias mas muitos pensamentos negativos ficavam invadindo minha mente. Estava fora do normal. Eram pensamentos sem relação alguma comigo e era nítida a interferência de alguém. Tentei bloquear imaginando X vermelho na tela mental mas a invasão permanecia. Cheguei ao ponto de partir para o Belilin e logo após o primeiro bloco, minha mente já desviava para algo diferente. Precisei tentar repetidas vezes para conseguir finalizar. Acabei dormindo leve.

Acordei as 3:25 com a sensação de que não dormi. Parece que fiquei a noite inteira remoendo pensamentos. Bem estranho. Fui ao banheiro e voltei para tentar as técnicas. Parecia que não ia de jeito nenhum até que "desisti" e apaguei.

De repente, fiquei razoavelmente lúcido num local que parecia uma lateral de uma casa com umas mesinhas equipadas com computadores e muitos fios. Tinha bastante gente ali e ouvia uns cochichos "olha, um projetor..." que as vezes soavam respeitosos e outras vezes algo do tipo "Agora tá na moda aparecer esses projetores. Era só o que faltava!". Tinha uma moça baixinha de cabelos curtos e claros que me puxou pela mão para me tirar dali e dizia para os outros: "Deixe ele. Como se vocês nunca tivessem passado por isso!". Ela queria que eu ajudasse em algo que parecia ser uma habilidade minha. Deixei a área de trabalho mais organizada. O pessoal da equipe agradeceu mas eu não entendia direito o que estava acontecendo.

Num momento a moça baixinha comentou que eu estava a poucas quadras da minha casa no físico e eu já tinha começado a notar isso. Moro num bairro bem movimentado com casas, prédios e sobrados bem concentrados. Depois que senti que já tinha feito a minha tarefa ali me despedi e saí caminhando pelo bairro em direção a minha casa. Embora seja um bairro denso, as calçadas são normalmente vazias no físico (o pessoal só anda de carro aqui na minha cidade) mas, nesse plano, apesar de ser certamente Umbral, tudo era muito limpo (melhor até do que aqui) e repleto de pessoas! Vi pela primeira vez carros estranhos mas o que me chamou a atenção é que numa rua aqui perto que é sempre vazia de pedestres, havia um monte de barraquinhas vendendo coisas. Parecia a feirinha de Balneário Camboriú com vários produtos sendo vendidos! Tinha um monte de aparelhinhos de música, jogos, roupas, doces, etc., tudo numa estética consideravelmente diferente da moda atual aqui. Tinha música dos anos 80 tocando e muitas pessoas tentavam falar comigo mas eu estava meio grogue. Tinha um cara que bancava o meu "amigão" ali mas achei meio estranho e não deixava ninguém me tocar. A maioria das pessoas era bem intencionada e o ambiente parecia bem limpo e organizado. 

Acho que esse "amigão" estava pregando uma peça em mim pois em dado momento, quase chegando na esquina da minha rua, as pessoas começaram a me olhar diferente e um vendedor de uma das barraquinhas me perguntou se já ia embora. Soou estranho mas continuei até chegar na minha residência. Precisei pedir licença para conseguir entrar, já estava cansado de andar e notei que minhas pernas estavam mais compridas do que o normal e eu usava umas botas altas! Pensei que estava perdendo a sintonia e já sentia a vontade de urinar do meu corpo físico. Numa bobeira de lucidez tentei ir no banheiro no astral mesmo e levei um susto ao me ver no espelho. Eu era uma mulher alta, de cabelo preto e usava roupa sensual demais e depois o meu visual atual retornou. Alguém estava tirando sarro da minha cara esse tempo todo! 

Até que acordei bem mas com raiva da zoação que fizeram comigo. O bairro parece vazio agora no físico. :-(

Dúvidas:
• É possível plasmarem um visual para que zombem da gente?
• Tem dinheiro no Astral? Como funcionam essas lojas?
• Como é possível ter a gravação das músicas do físico lá nesse plano?
• O Umbral é assim tão mais povoado do que o físico?
• Esses "amigões" são assediadores?
• Esse escritório com a moça baixa era uma operação de amparo?
• Dá para confiar em espelhos no Astral?

Dessa vez foi no mínimo curiosa e minha experiência...

Paz e luz a todos! :-D

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22 minutos atrás, Leadbeater disse:

Cheguei ao ponto de partir para o Belilin e logo após o primeiro bloco, minha mente já desviava

Nesses casos faça em pé. O Belilim não é algo que precisa um estado alterado, funciona em vigília, e preferencialmante se faz  voz alta, se a siutação permite. Nao precisa alertar os vizinhos, por voz alta eu quis dizer audível, e não "apenas mental". Também funciona mental, mas nesse tipo de situação que você descreveu há menso chances de você se desconcentrar se fizer audível.

25 minutos atrás, Leadbeater disse:

recisei tentar repetidas vezes para conseguir finalizar. Acabei dormindo leve.

Após o belilim fez o círculo? Se não fizer, o "bicho" volta, ehehe

27 minutos atrás, Leadbeater disse:

"Deixe ele. Como se vocês nunca tivessem passado por isso!".

Eu digo para um colega aqui do gva, que a gente deve parecer um drogado para os habitantes do astral ,kkkk.  Ele tem uma "família astral", réplica mei bizarra da família física. Aí quando se projeta a família astral dele não curte muito o comportamento meio diferentão dele, kkk. Algo tipo:

"Ihhh, manhêêê! O mano tá daquele jeito de novo, que saco!!"

37 minutos atrás, Leadbeater disse:

• 1-É possível plasmarem um visual para que zombem da gente?
• 2-Tem dinheiro no Astral? Como funcionam essas lojas?
• 3-Como é possível ter a gravação das músicas do físico lá nesse plano?
• 4-O Umbral é assim tão mais povoado do que o físico?
• 5-Esses "amigões" são assediadores?
• 6-Esse escritório com a moça baixa era uma operação de amparo?
• 7-Dá para confiar em espelhos no Astral?

1-Plasmar outro visual EM NÓS ? Eu não sei, mas acho que pode ser feito por sugestão telepática, o cara metido a "amigão" acho que pode ter te dito algo ao pé do ouvido , tipo "você é uma mulher, tem cabelo assim roupa assado", e aí sua mente plasmou isso. Se bobear deve ser uma pegadinha clássica esa daí. Tenho vaga impressão que o Saulo já contou algo assim. 

Porque note, todos no astral são sugestionáveis, não só o projetor. É isso que torna possível ajudar espíritos meio perdidos, ou também "tocar o terror", em caso de necessidade. Só que em geral o projetor não sabe disso, aí esses espertinhos aproveitam para se divetir com o "estagiário", ehehe.

2- Já vi exatamente esse meso tipo de ambiente que você descreveu, parcem banquinhas de camelô, ou banquinhas de revistas. Enchem uma rua dos dois lados com essas bancas, nos "bairros residenciais". Tem lojinhas também, mas eu nunca vi dinheiro. Acho que isso faz parte dos processos ilusórios pos-mortem, quando espíritos que não conseguem vivenciar a nova realidade criam imitações do físico. E aí, claro, tem de tudo, inclusive tiroteios na rua. Sabe aquelas pessoas que dizem "para que me aposentar? vou fazer o que? aí mesmo que morro mais cedo, eu gosto é de trabalhar!". Certamente esses coitados ao morrerem vão criar novas obrigaçõe para si mesmos, poque não conseguem se imaginar livres de uma estrutura de obediência  outros, e devem recriar sua própria escravidão após o desencarne, se não consertarem essa tendência mental problemática ainda em vida.

O Samael fala sobre isso na descrição do "primeiro círculo dantesco", essa  zona do umbral em que nos projetamos e que os desencarnados comuns vivem entre uma encarnação e outra:

Citar

P. – Mestre, poderia dizer−nos como são as regiões do primeiro círculo dantesco ou da Luz, como se vive e que é que se faz?

V.M. – Ao cavalheiro que faz a pergunta passo a responder de imediato. O primeiro círculo dantesco, sublunar, representado por todas as cavernas da Terra, visto internamente, resulta bastante interessante.  Aí encontramos a primeira contraparte submersa de nossas cidades, ruas, aldeias, comarcas, regiões. Não é, pois, de estranhar que nesta região se
viva uma vida semelhante à atual. De modo algum deve assombrar−nos o fato de que os falecidos visitem as casas onde viveram ou perambulem pelos lugares que antes conheceram, ocupando−se nos mesmos ofícios ou trabalhos que costumavam fazer. 

Recordo o caso patético de um pobre carregador de fardos pesados. Seu ego andava, depois de morto, levando sobre suas espáduas uma carga, volume ou fardo. Quando lhe quis fazer compreender sua situação, quando lhe dei a entender que já estava bem morto e que não tinha por que estar carregando fardos pesados sobre seu corpo, olhou−me com olhos de sonâmbulo. Tinha a Consciência adormecida; foi incapaz de me compreender. Os defuntos seguem vendendo em seu armazéns, ou comprando mercadorias, ou dirigindo automóveis, etc., etc., etc.; cada qual naqueles mesmos trabalhos em que antes estava ocupado. Resulta assombroso ver essas cantinas cheias de embriagados desencarnados; essas casas de prostitutas fornicando mesmo depois de mortas, etc., etc., etc. 

Fonte: sim_ha_inferno_diabo_carma.pdf , pg.49

Mas o clima parece leve, parece que todos os dias é domingo ou feriado, muita gente passeando ali, curtindo as banquinhas,  aparentemente alegres, fazendo o que gostam. As zonas de sofrimento ficam em outras faixas, em geral bairros com chão embarrado, alagado, terrenos baldios, tempo escuro e chuvoso o tempo todo,  uma turma deformada  morando em cavernas...

3- cara, isso tudo é um plano da mente né? Não esqueça que no astral não tem muito esse lance de tempo e espaço. Então se você reúne um bando de desencarnados que curtiu legião urbana, pode ter certeza que eles vão dar um jeito de ouvir renato russo lá, ehehe. Provavelmente algum dispositivos astral que capta memórias. Tudo isso é fantasia, mas no astral fantasias podem se tonar realidade, objetos, maquina, caso voce não esteja numa zona muito densa. Se há "dispositivos de obsessão complexa", implantes cerebrais, voce acha que não vai ter uma simples Jukebox para tocar as memórias musicais coletivas daquele grupo?

4- Parece que sim. Isso também me espanta. Em termos visuasi, eu diria que a diferença populacional, nessas zonas mais claras, é nesta proporção:

calado-da-rua-dos-andradas-ou-rua-da-praia-em-porto-alegre-P410PD.jpg

Já as zonas mais sombrias é mais difícil estimar está todo mundo entocado porque o habitat parece meio inóspito.

5- Para mim até no físico eles são. Não confio em "amigões", para mim é uma atitude 100% manipuladora. Mas não quer dizer que sejam malignos, podem ser apenas "trouxas", daquele tipo sabe? 

bush_obama_kick_me.jpg

6- parece, já que parecia fazer parte da turma que organiza o SINE dos desencarnados, ehehe. Mas é difícil saber. Tem de tudo nessas zonas, inclusve gente trnasmitaidno de lá para cá né? Ja ouviu falar de trnascomuncação, do trabalho da Sonia Rinaldi né?

https://www.youtube.com/watch?v=eaIS5xuQWRI

https://www.ipati.org/

Isso certamente exige uns técnicos do lado de lá, e uma fila de gente que quer mandar recado para os parentes. Aqui tem um CD com os áudios do livro dela "Gravando Vozes do Além" que permite notar isso:

https://drive.google.com/open?id=1Cq7MvrpNfZ8jA1lt3DlyNqMq7c79q_5V

7- Não dá para confiar em NADA do astral. Cada caso é único. Espelhos as vezes ão mostrma nada, as vezes mostram imagens borradas, as vezes mostram imagens que não parecem ter nenhuma relação com sua aparência física atual... E aí você não tem nenhuma referência para decidir se o que está vendo no reflexo é:

 - pegadinha (do tipo que o amigão parece ter feito em você)

- aparência astral atual (da atual encarnação física)

- aparência astral atual (plasmagem corporal momentânea induzida por adaptação aos estímulos do ambiente ou dos desencarnados próximos)

- alguém querendo te mostrar algo sobre você (vida passada, espírito de ET, etc)

- um espírito lá do outro lado fingido ser seu reflexo.

 

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Mais uma vez, muito obrigado @sandrofabres

Demorei para responder mas passei a tarde de domingo mergulhado nas informações que você passou. Descobri que não sei praticamente nada! hehehe Eu só fico um pouco preocupado em estar sintonizando apenas essas faixas "razoavelmente complicadas". Não sei se é porque moro num bairro que possui muitas consciências em vários planos ou se estou vibrando nessa mesma faixa... =(

Preciso trabalhar meu dia a dia para me tornar mais leve e positivo pois parece que fazendo as técnicas e me projetando por conta própria, só canalizo essas faixas nem tão ruins nem muito boas. As poucas vezes que visitei ambientes incrivelmente superiores foram provavelmente patrocinadas por consciências mais elevadas. Espero que seja apenas uma missão minha de treinamento e que por alguma razão não rememoro muito os planos mais elevados.

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47 minutos atrás, Leadbeater disse:

em estar sintonizando apenas essas faixas "razoavelmente complicadas". Não sei se é porque moro num bairro que possui muitas consciências em vários planos ou se estou vibrando nessa mesma faixa.

Essas são as faixas " boas", eheheh. Tem muito projetor que acha que o plano astral é assustador, e que por isso tem que avisar as pessoas, não deixa-las despreparadas para o que irão encontrar. Eles pensam asssim porque ELES vão parar em zonas brabas mesmo. Essas aí que você viu são as zonas tranquilas eheeh

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Em 03/09/2018 at 11:07, sandrofabres disse:

Essas são as faixas " boas", eheheh. Tem muito projetor que acha que o plano astral é assustador, e que por isso tem que avisar as pessoas, não deixa-las despreparadas para o que irão encontrar. Eles pensam asssim porque ELES vão parar em zonas brabas mesmo. Essas aí que você viu são as zonas tranquilas eheeh

Verdade. Eu só me projeto aqui no bairro mesmo e francamente, chega a ser chato as vezes a falta do que fazer, por não acontecer nada rsrsrs. No mais, em alguns ambientes o bairro fica vazio vazio e só em uma oportunidade pude ver uma verdadeira multidão aqui na avenida. Aparentemente era uma zona mais densa pq estava escuro, mas as pessoas ali pareciam se divertir, não tinha nada de assustador.

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Em 9/3/2018 at 11:07, sandrofabres disse:

Essas são as faixas " boas", eheheh. Tem muito projetor que acha que o plano astral é assustador, e que por isso tem que avisar as pessoas, não deixa-las despreparadas para o que irão encontrar. Eles pensam asssim porque ELES vão parar em zonas brabas mesmo. Essas aí que você viu são as zonas tranquilas eheeh

Então, eu fiquei meio preocupado mas dei uma lida nos relatos do Saulo, do Wagner e até mesmo do Waldo, e vi muitas similaridades com o que muitos postam aqui. Fiquei mais tranquilo. Notei também que a "natureza" do universo é implacavelmente igualitária a todas as consciências (o que é ótimo).

Relatos: http://www.viagemastral.com/site/category/relatos/

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  • 2 weeks later...

Hummm, verdade! Pesquisei agora por palavra e achei a descrição no relato 20. Na época que eu li esse livro ainda não estava me projetando, então acho que nem prestei atenção nos tipos de cenários, já que eram "etapa posterior", e gosto de me focar só na etapa imediata quando estabeleço uma meta:

Citar

20 - TEMPESTADE HIDROMAGNÉTICA

(...) 
Em minutos, atravessando rapidamente o espaço, atingimos uma área no continente, junto ao mar, costa deserta sob tempestade de amplas proporções que parecia atingir o auge àquela hora, entre ribombos de trovões, faíscas sucessivas e bátegas em turbilhões escachoantes.


Informaram-me que junto à tormenta física ocorria chuva torrencial de recursos magnéticos de Esferas Superiores na região, objetivando a limpeza periódica das espessas formas — pensamentos nas cavernas subcrostais que se ramificavam pela Crosta sob os morros e penhascos selvagens, infiltrando-se pelas entranhas da terra.
A tempestade assemelhava-se a vasto maremoto e terremoto conjugados levantando ondas imensas, soerguendo o solo e fazendo tremer as estruturas de todo o cenário. As cavernas começaram a ser inundadas por verdadeiros rios interiores, forçando a saída de animais, talvez ratazanas, dos covis de terra sólida, bichos nas águas, principalmente ariranhas de olhos coruscantes na escuridão, e morcegos desvairados cortando os ares. Todos tentavam sair em pânico dos saguões das galerias múltiplas, umas amplas e altas, outras acanhadas e baixas, a se multiplicarem em furnas, precipícios e gargantas no recôndito da massa terrestre.

Fazíamos a passagem sobre os elementos deslizando com a emissão do potencial das forças mais íntimas para flutuar acima dos bichos e atravessar as revoadas de morcegos.
O ambiente gélido das furnas, com exalações desagradáveis poluindo o ar, mostrava o hórrido-belo com toda a magnificência possível, além de qualquer pesadelo. Entre as cores das pedras escalavradas das paredes e a majestade estática das estalactites e estalagmites, os numerosos magotes de entidades padecentes, alienados mentais sem corpos físicos ainda profundamente materializados, sentiam os efeitos magnéticos e psicológicos das convulsões indescritíveis dos elementos, correndo espavoridos e exibindo assombro indefinível nas carantonhas pelas galerias espraiadas em labirintos, num "salve-se quem puder" deprimente e aterrador.

Os recintos tenebrosos das cavernas pareciam transformados em catacumbas do horror. Angustioso pavor campeava nas fisionomias e nos gestos dos grupos desventurados que se amontoavam onde podiam, com os espíritos perturbados, muitos atônitos, alguns vacilantes, buscando apoio desesperado e inencontrável uns nos outros.
Profunda compaixão brotava, espontânea, em todos nós que presenciávamos as cenas inesquecíveis atravessando o ambiente à meia altura, procurando manter-nos flutuando pouco acima, na posição difícil de espectadores impotentes ante o realismo da catástrofe programada. Era necessário dominar as emoções e abafar os impulsos de choro convulso.

Secções dos elementos geológicos suspensos pareciam tremer e daí a pouco caíam fragorosamente sobre o leito turbilhonante das extensas grutas que acolhiam considerável população espiritual, vinda à tona nas águas misturadas de chuva e mar, saindo de cada enxovia escondida, poços de lama semelhantes a solitárias e cárceres encravados em esconderijos e tijucos, numa das piores atmosferas que se possa imaginar.


Tarefeiros do conforto espiritual, em pequenas falanges luminescentes, chegavam para os trabalhos de cooperação fraternal, em levas contínuas, durante e após a tempestade hidromagnética. Ao passar os últimos efeitos da bomba-d'água, veio a calmaria do período pós-terremoto e as entidades aproveitaram a ocasião esperada para a visita, encontrando quem procuravam e arrebatando, com zelo inexcedível, a pequena enferma de um dos tugúrios indescritíveis, em sombras perenes, situado nos recessos mais absconsos das valas, socavões e lapas profundas.

A esquálida criatura dava a impressão de criança oligofrênica deformada, imersa em profunda noite de idiotia, os olhos vitrificados inteiramente alheia às ocorrências da tempestade, como se vivesse num mundo próprio de pesadelo contínuo. Na qualidade de encarnado, funcionei como doador comum de energias. Reduzido grupo de entidades infelizes ainda tentou impedir o recolhimento da doentinha colocada a dormir, mas foi dissuadido naturalmente de fazê-lo pelas defesas magnéticas instaladas pelos pensamentos da equipe de resgate.

Na fase última da incursão, quando deixava o local junto das duas entidades e mais a criança espiritual, elevaram-se as objurgatórias e protestos de espíritos remanescentes, de horrenda figura, que começavam a comemorar o fim da tempestade numa orgia bizarra, declamando, estentoricamente, versos pornográficos atribuídos a Bocage.
A saída daquele ambiente e a volta após a tempestade foram fáceis e rápidas. Um dos companheiros espirituais, com bondade exuberante, encarregou-se de levar carinhosamente a doentinha. Era chegado o momento de retornar ao físico.

(...)
***

pg.50-52 do pdf  Projecoes da Consciencia - Waldo Vieira.pdf

 

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