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Por que você quer se projetar?


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Eu gostaria de propor uma reflexão e ficaria muito feliz se compartilharem o que os motiva. Ajudaria muito nos momentos em que nos cansamos de esperar pelos resultados ou ficamos nos perguntando se realmente vale a pena.

 

Eu não sei bem o que quero com projeção astral, me dedico diariamente, mas as vezes me sinto um pouco perdida. Eu sinto uma ligação muito forte com esse assunto, principalmente quando descobri que na vida anterior era medium e a projeção era parte importante da minha rotina.

Recentemente enquanto lia o livro "Viagem Espiritual II - A projeção da Consciência" de Wagner Borges me deparei com a seguinte afirmação:

 

"O caminho a ser percorrido para se alcançar o sucesso na experiência extracorpórea é longo e tortuoso, pois o estudo técnico e prático dessa verdadeira arte espiritual precisa de muita pesquisa e objetividade. Sem amor, dedicação e paciência não se avança muito neste caminho. O seu desenvolvimento correto é árduo e constante e, sinceramente, não sei se as pessoas estariam realmente preparadas para este tentame. Ao observarmos a falta de vontade firme de alguns, a imaturidade de outros e a leviandade de quase todos, ficamos a imaginar se a maioria dos que desejam se projetar para fora do corpo somático, não deseja, no fundo das suas consciências, fazer do plano espiritual uma extensão de bobagens humanas."

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As minhas primeiras projeções foram involuntárias. Naquela época, na verdade, até certo ponto o difícil para mim era não me projetar ou, pelo menos, ter experiências intensas com os sintomas pré-projetivos, principalmente a catalepsia acompanhada de muitas percepções extrafísicas. Era algo basicamente diário.

Nessa época eu estava trabalhando ativamente em várias atividades num centro espírita e sentia um desenvolvimento parapsíquico mais acentuado. Sobretudo durante as atividades no centro, minha sinalética energética era muito clara, o que para mim era então uma novidade. Nunca fui médium ostensivo, mas sempre tive uma sensibilidade razoavelmente aflorada, e nesse período ela explodiu. Eu não fazia nenhum trabalho pessoal de desenvolvimento parapsíquico, não trabalhava conscientemente as energias, nada disso, até porque esse tipo de prática não costuma ser ensinada no meio espírita, que era o que eu conhecia até então. Não sei dizer até que ponto o mero envolvimento com as atividades de uma egrégora já propicia esse tipo de desenvolvimento, mesmo sem um esforço pessoal ativo; até que ponto os amparadores trabalhavam o meu energossoma sem que eu tivesse a menor noção disso. Como também não sei dizer qual é a relação entre essa sinalética parapsíquica se desenvolvendo e as projeções que eu tinha. Só posso dizer que foram eventos bem sincronizados, o que não creio que seja aleatório.

Naquele momento da minha vida, penso que esse tipo de experiência paranormal, sobretudo as projeções, tenha sido importante para balancear os interesses espirituais que eu já tinha com os mundanos que, sobretudo na juventude, na transição para uma fase em que as cobranças sociais começam a se tornar mais fortes, são muito reforçados. Essas experiências serviam como um estímulo e um lembrete de que havia mais na vida do que a maioria vê, valoriza e busca.

Outro benefício que as projeções trouxeram foi me tirar da "caixinha" do Espiritismo (que é uma tradição que valorizo muito, e com a qual aprendi bastante, mas que tem as suas limitações). Devido à escassez de conteúdo a respeito do tema nessa doutrina, tive de buscar informações de outras fontes, o que me levou a conhecer a Conscienciologia e, mais tarde, ter contato com material ocultista.

Esse período de experiências projetivas frequentes e fáceis foi intenso, mas bem curto. De vez em quando ainda acontecia, mas eu estava focado em outros interesses e não me dedicava a isso. A vida seguiu, conheci outras tradições espirituais, sobretudo orientais, passei por muitas turbulências, altos e baixos -- enfim, a vida se desdobrando. Depois de alguns anos, num período um tanto "dark" da minha existência, no qual sentia dificuldade em me conectar com a espiritualidade, as projeções se mostraram uma abertura para essa reconexão, e desde então passei por uma transformação considerável de prioridades, estilo de vida, visão de mundo, etc. Pelas experiências que tive, sempre mantive algum interesse pelo tema e senti uma conexão com ele, e ele acabou sendo a porta que se abriu para um envolvimento mais engajado e maduro da minha parte com a espiritualidade. Uma porta que, claro, levou a um corredor com muitas outras portas para salas e ainda outros corredores.

O meu entendimento é de que a projeção da consciência tinha um papel destacado a desempenhar na minha vida atual, era parte da minha programação existencial, não tanto como um fim em si mesmo, mas como uma forma de conexão com a realidade extrafísica e a espiritualidade. Para quem não tem mediunidade ostensiva e não está acostumado com um contato mais direto com o outro lado do véu de Ísis, experiências projetivas bem lúcidas e com boa rememoração são muito marcantes e têm um potencial transformador tremendo. Minha primeira projeção consciente, totalmente involuntária, contou até com uma comprovação, e não tenho dúvida de que foi patrocinada.

Minha visão atual é de que, estando encarnado, meu foco deve ser o que se desenrola no plano físico. Só que, é claro, essa separação entre as diversas dimensões não é total, muito pelo contrário. Essa concepção está na base de toda espiritualidade. De modo que manter o foco na vida no físico não implica de forma nenhuma se desinteressar pelo que acontece "nos bastidores", e para mim a projeção é a forma mais acessível de estabelecer contato direto com a dimensão extrafísica. Esse, aliás, é justamente o argumento mais comum para estimular as pessoas a se projetarem: qualquer um pode fazê-lo, nenhum dom especial é necessário, e não há dependência de intermediários do plano físico, sejam médiuns, místicos, gurus, rishis, muito menos "doutores da lei".

Eu não sou um projetor tarimbado, de forma nenhuma, nem me dedico constantemente à busca de projeções. Eventualmente tenho experiências mais ou menos (in)voluntárias, e às vezes surge um interesse específico, como, só para exemplificar, o anseio de entrar em contato com algum amparador para elucidar alguma questão, geralmente algo prático. Quando esse interesse surge, aplico as técnicas que funcionam (com eficácia limitada, claro) para mim. Noutras ocasiões simplesmente brota a vontade, muitas vezes como um verdadeiro chamado, e então faço o mesmo, uso as técnicas. A minha taxa de sucesso é outra questão. ;)

Eu ainda sou razoavelmente jovem (hehe), e nos últimos dois anos muita coisa no quesito espiritual tem acontecido e mudado na minha vida. Sinto que estou passando por uma fase intensiva de amadurecimento. Pode ser que no futuro meu enfoque mude e eu passe a me dedicar mais (ou menos) à projeção. Eu me identifico bastante com a mensagem que o Leadbeater (o usuário do fórum, não o ocultista clássico, hehe) postou aqui: https://www.viagemastral.com/forum/index.php?/topic/20672-foco-no-alvo-da-meditação/. Destaco o seguinte trecho:

Citar

A mudança não acontece de um dia para outro [...]. Esse processo pode levar mais de um ano e você passa por momentos de febre, mal estar, empatia exacerbada (você aprende a lidar), confusão mental, fenômenos começam a surgir gradualmente ao seu redor, você se afasta de substâncias como bebidas alcoólicas/etc e começa a perceber que a densidade do solo tenta te manter preso ao rebanho dominado que apenas repete conceitos prontos e segue sem pensar (não tem na verdade decisão própria e faz parte de uma espécie de ser fragmentado).

Quer se projetar de verdade sem focar nas zonas umbralinas (onde a maior parte do rebanho já está e vai permanecer)? Não olhe para o chão. Quanto mais próximo o hábito ou substância que você é dominado está do solo, mais proximo estão te mantendo na zona mais densa do Orbe. É interessante e até importante saber como são as zonas densas? Sim, mas não transforme isso num hábito ou você ampliará a sua sintonia com essas frequências. Mude sua mente mesmo que precise lutar contra uma cultura milenar de dominação [...]. Tem muito embuste por aí e a verdade está dentro de cada um de nós. 

Para finalizar, quero falar sobre a minha visão a respeito da grande questão que são as motivações para a projeção. Fora motivos antiéticos, como espionagem (desde observar a vizinha nua até obter informações que tragam vantagem financeira, por exemplo) ou manipulação de outras consciências, acho que qualquer motivação é válida, até as que podemos considerar mais fúteis, como fazer "turismo astral". Digo isso porque acredito que, uma vez iniciado esse caminho projetivo, revelações serão feitas, percepções serão adquiridas, transformações ocorrerão que levarão o ser a buscas mais enriquecedoras. Pode parecer otimismo, mas acho que essa é uma tendência inevitável para os que já atingiram certa maturidade consciencial, que não precisa ser tão grande assim. Ou seja, isso inclui boa parte das "almas sebosas" encarnadas que ao menos chegam a se interessar pelo tema.

Não acho que é proveitoso reforçar os aspectos de culpa e cobrança que já permeiam tanto a visão espiritual majoritária, e que parecem apontar que o único fim válido para a projeção é prestar amparo. Se e quando alguém tiver condições de participar desse tipo de atividade, a oportunidade vai surgir, assim como o gosto pela coisa. Essa questão da assistencialidade é complexa e pairam por aí muitos mitos e concepções errôneas, mas é outro assunto, então vou só repetir o que diz o Saulo Calderon: quer fazer assistência fora do corpo, comece a fazer no corpo.

Acho que muita gente que gostaria de se projetar e não consegue nutre uma ideia de que, se se disponibilizar para tarefas de amparo, aí sim os mentores virão e as tirarão do corpo. Sinceramente, pela minha experiência pessoal e da observação de pessoas próximas, os mentores estão sempre interessados em propiciar essa experiência, porque, como eu disse, ela costuma ser muito enriquecedora para nós que estamos encapsulados aqui na matéria densa. Não sei quais os fatores que tornam o processo mais fácil e rápido para uns do que para outros, mas conquistar projetabilidade real de fato exige dedicação e comprometimento – como, aliás, tudo na vida. Já tentou tocar um instrumento musical, por exemplo? Alguns têm mais facilidade do que outros, mas para chegar à maestria, muito trabalho é necessário para qualquer um.

 Excelente essa citação do Wagner Borgers. Dá para usar na assinatura aqui no fórum. :)

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