Marcos Dias Posted March 30, 2010 Report Share Posted March 30, 2010 Eu estava em um lugar tipo uma fazenda, existia um lago, riozinho, açude perto. Existia pessoas trabalhando, estavam cansadas, irritadas, estavam machucadas pelo trabalho.Comecei a caminhar por ali até chegar num velho, negro cabelo branco, curto e crespo mas branco que brilhava e usava tipo uma roupa social, ele tinha um saco com adubo de uns 50 quilos que foi trazendo e deixou em cima de outros do mesmo peso, nesse instante reparei que ele não estava cansado ou triste ou irritado nem nada, e sim cantando e sorrindo, eu não percebi perda de energia, tristeza ou qualquer coisa nele, e sim apenas tranquilidade, é estranho alguém estar trabalhando como um escravo e ser tão tranquilo. Então eu perguntei: você gosta de trabalhar aqui ? Suas mão estavam abertas praticamente de tanto calo, suas costas já curvadas de carregar os sacos, seus pés estavam muito machucado pelo terreno. Não era a pergunta no momento, e já esperava uma resposta sarcástica, "Sim, adoro",. Mas ouvi um Sim, e não ouve a famosa intonação de voz sarcástica. Eu perguntei então se o mesmo falara a verdade ou é masoquista, dessa vez saiu quase que automático, quando percebi a fala tentei pega-la mas era tarde. Ele riu, e disse que na enxada criando calo ele ficaria com as mãos mais fortes e os braços mais fortes, e após de todo trabalho iria ter uma horta, cheia de fruto e poderia até ter bichos. Nesse momento após a explicação acordei. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Brother Posted March 30, 2010 Report Share Posted March 30, 2010 Viu? ele te passou uma bela mensagem, talvez se encaixe naquela:"colhemos oque plantamos" muito bom cara, muito bom... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Bianca Posted March 31, 2010 Report Share Posted March 31, 2010 Além disso, ele mostrou a plenitude da vida simples. Não precisamos de muito, podemos ser felizes com o pouco que dominamos. Poucas coisas são necessárias para nos satisfazer, pouca quantidade de comida nos alimenta, pouco tecido nos veste. Muitas vezes queremos mais, e quando conseguimos, a vida ainda não faz sentido. Então novamente depositamos nossas intenções nos bens materiais e passamos a querer mais e mais. E o ciclo continua: quanto mais a gente tem, mais a gente quer. E adivinha? Ainda não somos felizes. As vezes adquirimos tantas coisas, responsabilidades, compromissos, objetos, que não somos nem capazes de administrá-los. Precisamos mesmo é estar de bem com a gente mesmo, e aceitar as oportunidades que a vida nos oferece. Sabemos que o trabalho edifica, podemos encará-lo de forma positiva, dedicados e felizes como este senhor, ou reclamarmos e esbravejarmos (mas mesmo assim teremos que fazê-lo) e passar por eles da pior forma possível. Cabe a nós. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Recommended Posts
Join the conversation
You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.
Note: Your post will require moderator approval before it will be visible.