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É Certo o outro estar errado


Bianca

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Oi gente,

Borboletando pela internet, encontrei esse maravilhoso texto e achei que vocês iam gostar! Dá uma boa conversa! Fala da questão da dualidade, que a gente tenta não acreditar, ignorar, mas que existe, independente da nossa vontade! Isso foi o que eu achei bonito no texto, ela, a dualidade, existe SIM, nesse nosso universo humano. É através dela que encontramos a Unidade. Então, é hipocrisia não admitir que não há certo e errado nessa dimensão humana e tridimensional que vivemos. É devido a um de nossos corpos ou veículos que compõe nosso ser, o corpo mental concreto que vivemos na dualidade. E isso é importante, como eu disse, para que compreendamos a Essência do Ser, da existência única. A questão principal é: a dualidade existe, mas você não precisa ser escravo dela. Você pode, como o Budismo sugere, transcendê-la, superá-la, abdicar-se da forma e do conteúdo. É muito lindo, mas o texto fala por si. Segue:

É certo o outro estar errado

Recentemente eu estava conversando com algumas pessoas e elas me falaram que não existe certo e nem errado. Então eu resolvi dar corda para elas se enforcarem. Eu disse que existe sim. Então começou uma série de argumentos provando que não existe certo e errado. E eu não dava meu braço a torcer, continuava dizendo que existia sim certo e errado e que estava prestes a provar isso. E elas começaram a se irritar comigo até que me chamaram de chato e insuportável. Então eu falei: “ok, eu estou errado em dizer que há certo e errado, não é? O certo é que não existe certo e errado?”.

Foi então que a ficha caiu. Meu amigos se apegaram na idéia que diz que não existe certo e errado, mas estavam deixando no ar que eu estava errado por não compartilhar da mesma opinião que eles possuíam. Afinal, se eu estivesse certo para eles eu teria que concordar que não existe certo e nem errado. Na verdade o ego deles criou um certo que dizia que não existe certo e nem errado. E também criou o oposto, um errado diante da aceitação do certo e errado. Então eles passaram a impor a ideia que não existe certo e errado aos outros, onde quem não aceitasse isso estaria errado e quem aceitasse estaria certo. Loucura, não é? É como você achar a crítica algo errado e passar a criticar o criticador. Você nem notou, mas acabou tornando-se o que tanto condenava: um criticador que critica a crítica.

Na verdade só se sente contrariado quem tem a sua noção de certo e errado ferida ou atacada. Se você realmente não tivesse nenhuma noção de certo e errado jamais seria contrariado. Você pode afirmar com todas as letras que não existe certo e errado, mas na primeira contrariedade que sentir vai dizer para todos que possui o que tenta negar. Humanamente, existe o certo e errado. Para o Universo pode não existir, mas a nível mental é praticamente impossível não enxergarmos nada como certo e errado, bonito e feito, limpo e sujo, etc. Mas se por um lado é quase impossível deixarmos de ter estes rótulos, por outro é totalmente possível não nos apegarmos a eles. O problema não é você achar este meu texto certo ou errado, bonito ou feio, mas em como você irá se relacionar mentalmente/ sentimentalmente com esta compreensão.

Ok, se não dá para deixarmos de ver algo como certo e errado e se negarmos a existência destes rótulos não resolve nada, o que podemos fazer? Usar o raciocínio do certo e errado a nosso favor. Um dos melhores raciocínios é o que diz: “é certo o outro estar errado”. O que isso quer dizer? Quer dizer que você está se sentindo contrariado com a opinião ou comportamento do outro, mas que você está consciente que aquilo, para você, é algo errado, embora para o outro seja o certo. Não tem problema, confesse para si mesmo: “eu acho que ele está errado. Mas o que eu posso fazer? Ele acha que está certo. O que importa: o que eu acho ou o que ele acha? Claro que no fim das contas é o que ele acha certo que importa. Afinal, a vida é dele, não minha”.

Pense bem, o que você pode fazer? Ele está fazendo o que ele acha certo, bom, positivo, o que gosta. Então dê o direito dele ter a própria noção de certo/ errado e o aceite do jeito que ele é. Mas se aceite a si mesmo em ter a sua noção de certo/ errado também. De nada adianta você sofrer porque achou algo certo ou errado. Seja honesto consigo mesmo. Diga: “a minha noção de certo e errado está sendo contrariada. Mas o que eu posso fazer? Quem disse que a minha noção de certo e errado deve ser compartilhada pelos demais? Se eu quero ter a minha noção de certo e errado, vou dar o direito e liberdade do outro também ter”.

Então, da próxima vez em que você se sentir contrariado diante de uma opinião ou comportamento diga para si mesmo: “É certo o outro estar errado. E é totalmente irrelevante a minha opinião de achar que o outro está errado, porque na verdade a idéia que diz que algo é errado está dentro da minha mente, não na mente do outro… ele está fazendo o que acha certo, o que gosta. E o que realmente importa: o que eu acho certo ou o que ele acha certo?”.[

RETIRADO DO SITE http://WWW.UNIVERSALISMO.ORG

NO ENDEREÇO: http://www.universalismo.org/13/06/2009 ... ar-errado/

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:lol::lol::lol::lol::lol::lol::lol::lol::lol::lol:

Eu juro que ia dizer como esse texto parece um daqueles de Joaquim! :lol:

Talvez não tenha sido de autoria dele, mas, com certeza é de alguém que trabalha do mesmo jeito que ele: primeiro, desconstruindo o seu pensamento, pra te deixar confuso, e, só depois, é que te é mostrado que as duas coisas (a que ele vai concluir e a que você tinha como conceito pré-concebido) são semelhantes, mas totalmente diferentes. :)

Brigado, Bibis! Ajudou a desconstruir mais um pensamento "errado" que eu tinha. rs ;)

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HAhaha!!! :lol: Vede!

Deve ter sido mesmo do Mestre Joaquim, rs! Ele é o Cara!

Mas o texto está certo. E o texto está errado! Porque, existe mesmo o certo e o errado, não é mesmo? :lol::lol:

Vai com Calma aí amigo Buzzo, senão vai enlouquecer...essas coisas de desconstrução de conceitos é delicada: necessita uma boa reflexão e a pessoa tem que ter uma boa fé também, pois já vi muita gente enlouquecer e desacreditar até mesmo no Criador. Tem que se pensar com muito carinho e não aceitar as coisas de primeira, refletir e agregar com o que você acredita, e depois, vê se pode tirar algo de bom do ensinamento.

Agora, esse texto, bem como diversos outros do Pai Joaquim, mataram um pouquinho dos conceitos "errados" que eu também tinha/tenho sobre muitas coisas! Graças a Deus! Costumo comentar que prefiro muito estar errada, pois, tenho sempre a oportunidade de me corrigir, aprender e mudar de opinião. Evoluir sempre!

Perigoso será se um dia eu supor que estou certa em alguma coisa, aí ferrou (pra não dizer outra coisa**) porque certamente vou estacionar no erro. :geek:

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Não me levem a mal,mas acho que tenho que tenho que contrariar um pouco :lol::lol::lol::lol:

O texto é bom,e não digo que ele está "errado",só é uma das partes do mesmo caminho...(na verdade um completa o outro).

é que depois que li um texto do Osho eu fiquei fascinado hehe

Vou posta-lo aqui :arrow:

Deus e o diabo

Osho, você disse que todas as crianças nascem como um Deus, contudo, meus dois filhos são bastante diferentes desde que nasceram. Um é sereno e muito bonito, mas a outra já parecia perturbado antes mesmo de ser influenciado por qualquer condicionamento. Como devo lidar com essa criança difícil?

Isto levanta uma questão básica.

A existência em si é divina –

De onde vem então o demônio?

De onde vem o mal, o moral,

o inaceitável?

O bom está certo

Porque nós fizemos dele sinônimo de Deus –

Bom significa Deus.

Mas de onde vem o mal?

Isto tem confundido a humanidade há muito tempo.

Por mais que voltemos atrás,

Este problema sempre existiu na mente humana.

A solução é lógica,

A solução que a mente pode dar, é dividir a existência, criar uma dualidade,

É dizer que existe Deus, aquele que é bom,

E existe o diabo, o demônio, belzebu, satã, aquele que é ruim.

A mente pensa que o problema está resolvido –

Tudo que é mau vem do diabo

E tudo que é bom vem de Deus.

Mas o problema não está resolvido;

Só foi um pouco afastado.

O problema permanece o mesmo.

Você o afastou um passo, mas não resolveu nada –

Então, de onde vem o demônio?

Se Deus é o criador,

Então deve ter criado o demônio em primeiro lugar,

Bem no princípio –

Ou Deus não é o supremo criador.

E o demônio sempre existiu

Como o inimigo, como a força antagônica –

Então ambos são eternos.

Se o demônio não foi criado,

Não pode ser destruído,

E assim o conflito continua eternamente.

Deus não pode vencer –

O demônio estará sempre causando distúrbios.

Isto não é o problema para os teólogos cristãos,

Ou para a teologia muçulmana ou zoroastriana,

Porque todas estas três teologias

Seguiram a solução simples sugerida pela mente

Mas a mente não pode solucionar isto.

Há uma outra possibilidade

Que não vem da mente

E será difícil que a mente a entenda.

Essa possibilidade surgiu no Oriente,

Particularmente na Índia;

Essa possibilidade é:

Não há nenhum demônio, não há dualidade básica –

Só existe Deus; não há nenhuma outra força.

É isto que significa advait, a filosofia não-dual;

Só existe Deus.

Mas nós vemos que o mal existe.

Os hindus dizem

Que o mal existe na sua interpretação,

E não em si mesmo.

Você o chama de mal porque não pode entendê-lo,

Ou porque está perturbado por ele.

É a sua atitude que o faz parecer mau.

Não há nenhum mal. O mal não pode existir.

Só existe Deus, só o Divino existe.

Agora considerarei o seu problema sobre estas bases:

Duas crianças nasceram – uma é boa a outra é má.

Por que você chama uma de boa?

E por que diz que a outra é má?

A realidade é essa mesma

Ou é apenas interpretação sua?

Qual é a criança boa – e por quê?

Se ela é obediente, é boa;

Se é desobediente, é má.

A que o segue é boa e a que resistir é má.

Tudo o que você diz, uma delas aceita;

Se diz: Sente-se em silêncio – ela se senta.

Mas a outra tenta desobedecer, tenta rebelar-se –

Esta é má.

Isto é interpretação sua.

Você não está dizendo nada sobre a criança;

Está dizendo algo sobre a sua mente.

Porque a obediente é a boa?

Na verdade, os obedientes nunca são brilhantes,

Nunca são muito radiantes,

Geralmente são insípidos.

Nenhuma criança obediente tem sido um grande cientista

Ou um grande religioso, ou um grande poeta –

Nenhuma criança que seja obediente.

Só os desobedientes se tornam grandes inventores, grandes criadores;

Só os rebeldes transcendem o velho,

Chegam ao novo e penetram no desconhecido.

Mas, para o ego dos pais,

O obediente é considerado bom –

Porque isso ajuda o ego.

Quando a criança o segue, seja lá no que for que diga,

Você se sente bem;

Quando a criança resiste e nega, você se sente mal.

Mas uma criança realmente viva será rebelde.

Porque deveria seguí-lo?

Quem é você? E por que ela deveria obedecê-lo:

Só porque é o pai?

O que você faz para ser um pai?

Você é apenas uma passagem –

E isso também é bastante inconsciente.

O seu sexo não é um ato consciente –

Você é empurrado por forças inconscientes para dentro dele.

A criança foi só um acidente: não era uma expectativa sua;

Você nunca esteve conscientemente atento

A quem estava convidando para vir.

A criança chegou de repente como um estranho.

Você assumiu a paternidade, mas não é o pai.

Quando digo que você assumiu a paternidade,

É uma coisa biológica.

Você não seria necessário –

Até uma seringa poderia ter feito isto.

Mas você não é o pai porque não está consciente.

Não fez um convite,

Não pediu para que uma alma particular

Entrasse no útero de sua esposa, de sua bem amada.

Você não trabalhou para isto.

E quando a criança nasce...

O que você faz para isso?

Quando diz que a criança deve obedecê-lo,

Está suficientemente seguro de que sabe a verdade

Para que ela o siga?

Está suficientemente seguro e certo

De que compreendeu alguma coisa

Que a criança deve seguir?

Você pode forçar a si mesmo sobre a criança

Porque ela é fraca e você é forte.

Esta é a única diferença entre vocês dois.

Mas você é tão infantil, tão ignorante –

Ainda não cresceu, não amadureceu.

Sente raiva assim como a criança,

Sente ciúmes como a criança,

E se entretém com brinquedos

Exatamente como ela –

Seus brinquedos podem ser diferentes,

Um pouco maiores, mas só isso.

O que é a sua vida?

O que você alcançou?

Que sabedoria conseguiu

Para que a criança o siga

E diga sim a tudo o que você diz?

Um pai estará consciente disso:

Não forçará nada sobre a criança.

Pelo contrário, permitirá que a criança seja ela mesma,

Auxiliará para que ela seja ela mesma.

Dará liberdade à criança,

Porque se ela sabe alguma coisa, tem que saber

Que o interior só cresce através da liberdade.

Se ele experimentou qualquer coisa em sua vida,

Sabe muito bem que a experiência precisa de liberdade –

Quanto maior a liberdade, mais rica é a experiência.

Quanto menor a liberdade... não há possibilidade de experimentar.

Se não houver liberdade nenhuma,

Então você terá experiências imprestáveis, imitações, sombras,

Mas nunca algo real, nunca o autêntico.

Ser pai de uma criança significa

Dar a ela liberdade cada vez maior,

Torná-la cada vez mais independente,

Permitir que se mova no desconhecido –

Onde você nunca esteve.

Ela o transcenderá, estará à sua frente,

Ultrapassará todos os limites que você conheceu.

Ela precisará ser auxiliada, mas não forçada,

Porque se você começar a forçar

Estará matando, estará assassinando a criança.

O espírito necessita de liberdade –

Cresce em liberdade e somente em liberdade.

Se você é realmente um pai,

Sente-se feliz quando a criança é rebelde.

Nenhum pai quer matar o espírito da criança.

Mas vocês não são pais.

Estão doentes de seus próprios males.

Quando você força uma criança a seguí-lo,

Está simplesmente dizendo

Que quer dominar alguém.

E como você não pode fazer isso no mundo,

Pelo menos você pode dominar, possuir

Essa pequena criança.

Você está sendo um policial para a criança.

Quer satisfazer certos desejos insatisfeitos

Através da criança – dominar, ser ditador.

Pelo menos pode ser um ditador para a criança;

Ela é tão fraca, tão jovem e indefesa.

Depende tanto de você,

Que pode forçá-la a qualquer coisa.

Mas pela força você a estará matando.

Não estará fazendo com que ela nasça, estará destruindo-a.

E a criança que obedece parece boa –

Porque está morta.

A que se rebela, parece má –

Porque está viva.

Por termos perdidos nossas próprias vidas

Somos contra a vida.

Por já estarmos mortos antes que a morte tenha chegado,

Queremos sempre matar os outros.

As maneiras são sutis.

Você pode matar em nome do amor.

Pode matar em nome da compaixão.

Pode matar em nome da manutenção.

Encontramos belos nomes –

Mas, no fundo, está sentado o assassino.

"OSHO, Meu Caminho, O Caminho das Nuvens Brancas"

Do site: http://www.escolademisterios.com.br/blo ... .php?id=72

Abraços.

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Donilo, permita-me discordar da sua discordância. :lol:

O seu texto e o texto da Bibi dizem a mesma coisa, mas com palavras diferentes, pois vão por caminhos diferentes.

Quando o texto da Bibi disse que existe a dualidade, ele não disse que a dualidade é absoluta, e sim que é relativa. É difícil de explicar porque não é algo que se consiga conceituar, assim como os ensinamentos zen ou taoístas. É tipo assim: eu discordo de você. Logo, eu tenho uma opinião e você tem outra. Nisso existe dualidade, mas ela não é absoluta, é relativa. Sacou? É como os pais da criança: a dualidade existia na mente deles, mas não era absoluta. Veja o que eu disse: ela existe na mente deles (relativa), mas não é absoluta. A dualidade existe, mas é ilusória, porque quem acha que um filho é mau e o outro é ruim, coloca o seu pensamento relativo como se fosse algo absoluto. ;)

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Oi Donilo, permita a mim também discordar da sua discordância concordando com o Vede! Eta que agora eu embolei tudo! :lol::lol: Haha..

O Vede tem razão, leia por uma segunda vez e perceberá que nossos textos concordam, rs, eles dizem a mesma coisa. A propósito, ótimo texto esse seu, hein? Sempre que alguém traz alguma coisa de Osho aqui no fórum eu leio e me surpreendo, é sempre muito bom!

O que nos confunde na interpretação destes conceitos é que o assunto está subentendido: na verdade, pra falarmos - e entendermos a questão da dualidade e da individualidade, preciso mencionar os nossos outros veículos de manifestação da existência. Aqui no GVA, um fórum sobre viagem astral, falamos muito do corpo físico, do etérico e do astral, principalmente deste último que é o condutor das experiências que buscamos aqui. Mas só mencionei 3, e ao todo são sete, a saber:

1. Físico

2. Etérico

3. Astral (ou emocional, espiritual)

4. Mental Concreto

5. Mental Abstrato

6. Corpo Búdico (estado de se tornar um Buda, faz sentido né?)

7. Corpo Atímico (Atma, ou próprio espírito, essência de Deus, Eu Superior, Self, etc...)

O que estamos falando aqui, compete ao 4° item, ou seja, ao mental concreto, que compõe a nossa personalidade humana, no mundo objetivo, cognoscível. É o nosso "eu" mortal, que se renova, que representa o ego humano. Assim, a personalidade ou ego é composta dos 4 primeiros veículos (ou corpos) já mencionados:

PERSONALIDADE =

1. Físico

2. Etérico

3. Astral (ou emocional, espiritual)

4. Mental Concreto

E a Individualidade, aquela a qual normalmente chamamos de Tríade Sagrada, é formada pelos três veículos (ou corpos) de manifestação superiores, que são o que de mais puro há no Ser por ser a própria imagem e semelhança do Criador, é a nossa Chama Trina, É o Self, o Eu Superior de cada um de nós, sendo eles:

INDIVIDUALIDADE:

5. Mental Abstrato

6. Corpo Búdico (estado de se tornar um Buda, faz sentido né?)

7. Corpo Atímico (Atma, ou próprio espírito, essência de Deus, Eu Superior, Self, etc...)

Bom, agora que já pude separar claramente o que é personalidade humana e o que é espírito imortal, posso concluir meu raciocínio. Aquela, a personalidade, tem tendência a achar que é o próprio Ser, que ela é tudo o que há. Mas ela é o ego, sede de nossas vaidades, paixões, orgulhos, desejos, pensamentos objetivos. Através dela que chegamos ao Ser Superior, mas não como escravos dela, e sim, transcendendo-a, superando-a, superando a si mesmo (afinal de contas, faz parte de cada um de nós). A questão da dualidade a qual estamos falando, é LEI aqui nesse mundo humano, tridimensional e cognoscível e é perceptível pelo cérebro, pelo raciocínio lógico, pelo mental concreto. 1 + 1= 2, tão lógico assim. Então, a gente entende as coisas desta forma pois assim somos feitos e assim concebemos as coisas. Até o próprio cérebro físico é dividido ao meio, tudo aqui é dual. Aprendemos a julgar as coisas sempre duais, homem/mulher, bem/mal, luz/treva e isso, como o seu próprio texto mostrou, deve se à vaidade do ego, de entender, rotular, dominar, controlar as coisas, como aquele pai que ao ser contrariado, considerava a criança "má" (verdade relativa, como disse o Vede). Entende?

E caminhando, os espiritualistas em geral têm se manifestado de forma como se pudessem ignorar essa dualidade, inerente ao nosso mundo das formas. O que pode se tornar hipócrita, pois, é impossível fugir à uma lei da natureza e dizer que algo é inteiramente bom ou completamente repugnante. E todos fazemos isso o tempo todo, "não temos preconceito", mas assim que aparece uma coisa que nos contrarie, ou contrarie o nosso ego que já tem os conceitos formados e os paradigmas estabelecidos, a gente instantaneamente rejeita. É por isso que o texto mostrou as coisas dessa forma. Os "mente aberta" diziam que não tinha certo e errado, mas achavam que estava errado o rapaz discordar disso. Entendeu a confusão? Tentaram a todo custo convencê-lo de que eles estavam certos. Essas pessoas que defendiam o fato de não ter certo e errado, só mudaram o nome do conceito que eles já tinham estabelecido, e assim se iludiram. Muitos também se iludem no caminho da busca pelo Pai Criador. Caem em armadilhas, atrapalham seus egos, mentem pra si próprios por muitas vezes sem querer...e se afastam do verdadeiro caminho espiritual. Esse texto nos alerta para isso.

Certo e errado é um conceito da mente, da personalidade, do mental concreto. Por isso eu tive que fazer todo esse prólogo antes de entrar nesse assunto, pra que a gente possa entender o que É, e o que ESTÁ. A personalidade ESTÁ. A mente concreta com seus conceitos ESTÁ. Ela é provisória, só o Ser é eterno e imutável. E tudo o que é provisório muda, o tempo todo, evolui. Se nos concentrarmos nestes conceitos iremos estacionar, ali, na mente, ora vamos ver azul claro e outra ora azul escuro, por exemplo, e inventar mil outros nomes e nuances para falar de uma só coisa: o azul. Por isso a mente mente! E podemos perder eras aí, encarnações, iludidos de que estamos no caminho espiritual. A verdadeira iniciação é a transcendência, a transcendência de si mesmo, é ultrapassar essas barreiras e limites do ego e encontrar então o Deus dentro de si mesmo.

O Seu próprio texto mostra o que eu estou dizendo, veja:

[...]

A solução é lógica,

A solução que a mente pode dar, é dividir a existência, criar uma dualidade [...]

[...]

Isto não é o problema para os teólogos cristãos,

Porque todas estas três teologias

Seguiram a solução simples sugerida pela mente

Mas a mente não pode solucionar isto.

[...]

Há uma outra possibilidade

Que não vem da mente

E será difícil que a mente a entenda.

Não há nenhum demônio, não há dualidade básica –

Só existe Deus; não há nenhuma outra força.

É isto que significa advait, a filosofia não-dual;

Só existe Deus.

Mas nós vemos que o mal existe.

Os hindus dizem

Que o mal existe na sua interpretação,

E não em si mesmo.

Você o chama de mal porque não pode entendê-lo,

Ou porque está perturbado por ele.

É a sua atitude que o faz parecer mau.

Não há nenhum mal. O mal não pode existir.

Só existe Deus, só o Divino existe.

[...]

O que eu quero mostrar, que o verdadeiro caminho espiritual do homem, que o texto que encontrei mostra isso de forma tão simples, que é o transcender dessa mente e de toda a personalidade, é que, superando isso, não existe nem bem nem mal. Só o Divino existe. As coisas São o que São.

Então, a dualidade existe sim, no mundo material. Convivemos com ela SIM e é hipocrisia dizer que não somos submissos às suas leis, porém, não precisamos ser escravos dela nem cair em suas armadilhas.

Eu sei que eu escrevo muito, lê quem quer, mas acredito que todos os que estão aqui reunidos, estão buscando informação, opinião, idéia, e não é demais quando a gente encontra o que busca. Li um texto muitíssimo interessante que fala sobre isso de uma forma LINDA. Vou colocar ele aqui no GVA também, só não posto ele aqui (pois é o mesmo assunto, porém muito mais completo e melhor de entender, porque não é com as minhas palavras, rsrs) porque essa resposta irá fica muito maior do que deve e vai se restringir apenas aos leitores deste tópico, e se eu postar em um tópico novo, poderá ser visto pelo fórum inteiro que se interesse pelo assunto. Mas, prometo que logo logo colocarei o link aqui, para que quem quiser, possa dar continuidade no assunto e nos estudos.

Um grande abraço!

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:shock:

Eu entendi tudinho,mas minha mente não :lol::lol:

Brincadeira..

Vc tem razão Bianca um texto realmente completa o outro e eu nem tinha notado isso 8-)

O engraçado é que o Osho não tem medo de falar a verdade p/ as pessoas,ele fala na cara(o que é preciso)

Quando digo que você assumiu a paternidade,

É uma coisa biológica.

Você não seria necessário –

Até uma seringa poderia ter feito isto.

Mas você não é o pai porque não está consciente.

Não fez um convite,

Não pediu para que uma alma particular

Entrasse no útero de sua esposa, de sua bem amada.

Você não trabalhou para isto.

E quando a criança nasce...

O que você faz para isso?

Quando diz que a criança deve obedecê-lo,

Está suficientemente seguro de que sabe a verdade

Para que ela o siga?

Está suficientemente seguro e certo

De que compreendeu alguma coisa

Que a criança deve seguir?

Você pode forçar a si mesmo sobre a criança

Porque ela é fraca e você é forte.

Esta é a única diferença entre vocês dois.

Mas você é tão infantil, tão ignorante –

Ainda não cresceu, não amadureceu.

Sente raiva assim como a criança,

Sente ciúmes como a criança,

E se entretém com brinquedos

Exatamente como ela –

Seus brinquedos podem ser diferentes,

Um pouco maiores, mas só isso.

O que é a sua vida?

O que você alcançou?

Que sabedoria conseguiu

Para que a criança o siga

E diga sim a tudo o que você diz?

Abraços.

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Vocês são fogo! Eu escrevo pra caçamba aqui, gasto meu fraco português, me esforçando ao máximo pra transformar em palavras o pensamento que é complexo, tentando torná-lo simples, ou, acabo tornando complexo uma coisa que sempre foi simples! :roll::lol::lol::lol::lol:

Mas em síntese, falo pelos cotovelos e no fim das contas vocês fazem um comentário do tipo: "é."

:roll::roll::roll:

Aonde eu esqueci minha noção? Alguém tem que me fazer parar, rsrs!!! Vou falar igual ao máscara: "Alguém me segure!!!" :lol::lol:

Aiai! Mas que bom que entenderam. Ou não! :lol:

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  • 7 months later...

Liga não (por ser off topic). Acaba sendo assim mesmo (até em redes sociais, twitter, facebook etc... eu mesma comento meus comentários e fotos). Uhauhaa... cara, tambpem num sei não! kkk Fiquei perdidinha, pois, como eu te disse lá na MP eu também estava ausente... ainda não consegui dar "quote"... ::O

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