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Percepções da Infância


Bianca

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Leiam e me digam se também vêem alguma semelhança, seja ela qual for. As minhas, não estão exatamente na estrutura de vida que levou Adonis, mas em seus anseios, tristezas, aspirações.

Segue o texto, e marcarei em cor as partes que acho mais relevantes.

Adônis havia nascido em um lar em que, se não vivia a riqueza, também

não se aninhava a pobreza. Veio ao mundo com a alma madura e o coração

enfermo de melancolia. Já em sua meninice conhecia a dor e a tristeza e

nunca sorria com os folguedos infantis. (Diria um psicanalista que ele sofria de

um complexo de inferioridade.) Quando completou seis anos de idade, seu pai

o conduziu à escola da vila. Porém, mal tinha decorrido um mês entre as

paredes do estabelecimento, Adônis se queixou que marchava muito

lentamente para o saber e que ele necessitava estudos mais adiantados que

os da escola. Admirado, seu pai lhe disse:

- Filho, deves primeiro aprender a ler e escrever, antes de cursar estudos

mais adiantados.

- E quem te disse que eu não sei ler e escrever?

Benévolo, o autor de seus dias replicou:

- Como? Já aprendeste tudo isso em um mês de escola?

E, tomando a Bíblia que se achava à mão, abriu-a nos salmos e entregou-

lhe, dizendo:

- Vamos ver se podes ler neste livro.

O menino leu os versículos com toda correção, dando a suas palavras a

entonação e a retórica que havia observado em seu pai e nas práticas do

sacerdote do povoado.

Ao observar a capacidade intelectual de Adônis, com o contentamento

próprio do pai, que vê em seu filho uma promessa para o futuro, sentou-o em

seus joelhos e exclamou:

- Bravo, homem! Gostei de ver. Agora vejamos, sabes escrever?

- Como não? Dá-me a pena.

E com a paciência de um aprendiz de desenhista ou do copista de outros

tempos, começou a traçar caracteres de imprensa tão nítidos e perfeitos, que,

ao pai, pareciam melhores que os originais.

- Oh! Mas aposto que não consegues escrever sem olhar no livro.

- Demoro um pouco, mas escrevo.

E traçou na brancura do papel as frases que seu pai ditava, embora com

erros ortográficos.

Admirado da grande precocidade de seu filho, assim lhe falou:

- Adônis, eu te prometo que, depois de dois meses de escola, quando tua

ortografia estiver melhor, te darei um professor particular para te ensinar as

ciências que mais gostares.

E Adônis teve um mestre. Decorridos quatro meses, este se apresentou ao

pai, lamentando-se:

- Seu filho é um gênio, senhor, porém esgota a mim e a si próprio: eu leio alição diária e ele a repete no mesmo instante e exige mais, pretendendo que,quando tiver dez anos de idade, deverá possuir todas as ciências do mundo.

***

O menino cresceu, porém, triste e pensativo.

Um dia, o mestre perguntou-lhe em presença de seu pai:

- Menino, por que estás sempre triste?

Adônis levantou para eles seu doce olhar infantil, mas seus lábios não se

moveram para responder.

Sua mãe, que de perto observava a cena, ao ver seu filho olhar para eles

daquela maneira, se acercou imediatamente dele, abraçou-o e disse:

- Vida minha, que tens?... Que queres?... Dize-o a mim...

Sorriu enigmaticamente o rapazinho e respondeu:

- Mamãe, o que eu sinto é um mal sem remédio e o que eu quero ninguém

me pode dar. Aqui dentro – explicou, batendo no peito – há alguma coisa que me oprime, sem que eu saiba o que é... Ignoro o motivo, porém sei que esta tristeza não tem cura. Considero-me tão pequeno neste mundo tão grande!

Olha, papai, quero ser médico, advogado, engenheiro, poeta, músico, orador.

Quero ser tudo! Quero possuir todo o saber!

O pai sorriu, o mestre ficou pensativo e a mãe, chorando, dirigiu-se a seu

esposo, dizendo-lhe:

- Meu filho está doente! Não deve estudar mais!

Adônis, apressou-se a responder:

- Não, mãe. Estou perfeitamente são do corpo... Eu bem disse que tu não

me compreenderias.

E beijou-a com ternura.

***

Esteve no Colégio de Dgebeil, porém chegou a odiá-lo e, segundo

afirmava, os professores não o compreendiam e o tomavam por um louco, em

vista dos acontecimentos que serão relatados a seguir.

Certa ocasião, ouvindo dois frades falarem francês, olhou-os

demoradamente e disse-lhes:

- Eu sabia esse idioma. Por que não me lembro mais dele agora?

Os frades o olharam com uma mistura de estupefação e piedade. Riram

estrepitosamente e seguiram seu caminho.

Numa aula de Geografia, em que o mestre falava sobre a Espanha e a

América, Adônis se levantou, dizendo:

- Eu conheci a Espanha, porém não sei quando nem como...

seus companheiros olharam-no surpreendidos e as gargalhadas encheram

toda a classe.

No dia seguinte, Adônis se iniciava na carreira de “bobo” do Colégio, pois

era o alvo de todas as chacotas.

Na classe de apologética, certa ocasião, falava o sacerdote sobre a

existência de Deus e do inferno. Adônis pôs-se de pé e, como extasiado,

exclamou:

- Tal inferno é para tal Deus. Eu não posso crer nele.

Isto era o cúmulo. Adônis era ateu e louco. Quando o Superior do Colégio

ficou a par desses acontecimentos, o rapazinho foi golpeado e castigado

severamente durante dois meses. O sacerdote repreendeu-o. foi examinado

várias vezes pelo médico. E, por fim, seus companheiros afastaram-se dele,

batizando-o com o nome de “o louco”.

***

Desde então, Adônis cresceu áspero e insociável. Não falava com ninguém

e fugia da companhia de todos. Durante os recreios, sempre sozinho, olhava

fixamente o firmamento, como se quisesse, com seu olhar, penetrar a muralha

de mistérios que a vida e os séculos tinham erguido.

“O louco” recitava suas lições, na aula, sem omitir nada, porém não

ajuntava nenhum comentário.

Um sacerdote, professor de Literatura, perguntou-lhe, certa vez:

- Por que não fazes, como antes, comentários à lição?

- Reverendo padre – respondeu Adônis –, quem foi despojado da vontade,do pensamento, do anelo e de tudo o que pertence à alma, não pode emitir opiniões.Disse isto e sentou-se, deixando no ambiente uma atmosfera de perplexidade e até de raiva.

A maioria dos homens recorda a aurora da juventude com alegria e prazer,

e, por sua semelhança com a Natureza, chamam aquela época: a primavera

da vida. É então que se produz o vácuo no cérebro, que incita o adolescente a

brincar com suas dores e ter um gesto de desprezo para os pesares da vida,

porque a juventude e a exuberância vital lhe conferem asas para voar por cima

das tristezas e chegar, em viagem direta, aos jardins dos folguedos e da

alegria.

Porém, há seres que nascem com a alma enferma e achacosa, enchendo

seus corações com a amargura e a dor da meditação, dede a infância. Existem

seres que nascem despertos, na noite da ignorância e esses seres acham a

vida mais terrível e mais negra que o abismo das trevas e mais amarga que a

morte.

A tristeza é a mãe da solidão e esta é a irmã de todo movimento espiritual.

A alma de Adônis se assemelhava a um gigante, preso no cárcere da vida,

onde a Natureza não oferecia outro panorama que o formado por escorpiões e

serpentes.

Os professores cortaram-lhe as asas, impedindo seu vôo. Seus companheiros o isolaram e o afastaram de toda alegria.

Assim, Adônis parecia um lago cercado por montanhas: tudo absorvia,

refletia tudo, porém não podia abrir caminho para o mar. Seu coração, vazio de

afetos, pedia amor e exigia carinho. Porém, não encontrando nem um nem

outro, esse recipiente onde reinava o vácuo começou a encher-se com seus

próprios pensamentos, emoções e anelos, todos eles silenciosos e secretos.

Essa massa, em ebulição em seu cérebro e em seu coração, às vezes se

manifestava ora sob a forma de uma grande depressão de ânimo, ora como

sentimento de repugnância pela humanidade. Todavia, houve também

ocasiões em que seu coração dilacerado ardia de amor para os que padeciam

necessidades. Muitas vezes fechava os olhos e mergulhava no íntimo do seu

ser, em profunda meditação. E houve ocasiões em que era necessário sacudi-

lo para despertá-lo do seu letargo, tão alheio estava ao mundo exterior.

***

Na Adolescência, cresceu Adônis em corpo e espírito. Foi amigo dileto dos enciclopedistas, e, apesar de sua tenra idade, foi sábio, filósofo, poeta e namorado. Era a enciclopédia ambulante. Havia meditado muito sobre todos os mistérios e problemas. Tinha sentimentos delicados e, finalmente, encontrou um coração que o acolheu em sua peregrinação contínua em busca de amor. Entretanto vivia em constantes sofrimentos, em virtude daquelas alucinações que sempre o atormentavam. Às vezes contemplava uma planta qualquer e acreditava ver nela a aparição de espectros e fantasmas, de aparências diversas. Outras

vezes, observava o firmamento límpido e, em seguida, desenhava sobre o

papel uma mistura caprichosa de círculos, flores e raios. Com o tempo, seu

olhar adquiriu uma certa doçura e um poder atraente e fascinante.

***

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Bianca, tem muita coincidencia nesse texto, claro que não tudo, mas bastante, talvez exista algo em comum, algo que cause isso em nós, no caso, o personagem pode ser ficticio, mas o autor se inspirou em alguem, ou nele mesmo, pois até hoje não encontrei ninguem que consiga entender o que é isso sem ter sentido...

Abraço...

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Bianca, agora eu chorei...

Li quase todo o texto do livro que vc colocou, depois do jantar vou terminar de ler, mas ao ler a parte de ficar só na escola, me lembrei de que meu professor chamou a minha mãe na escola para falar que eu ficava sempre só, nos intervalos, falava pouco, não brincava com as crianças e que tinha um olhar muito triste, isso até hj ouço que tenho olhos tristes.

Não sei pq, mas a vida nunca me pareceu férias, me pareceu trabalho para poder evoluir e somos pequenos demais mesmo, tem tanto a ser feito...

Mas o importante é que tem tanta gente querendo tb fazer algo por si internamente e pelo mundo, agora outro choque que levei, eu ganhei esse livro, e como estou estudando para concursos eu o emprestei antes de ler, agora quero ler, nossa quanta coicidência...nossa Bianca foi bom te encontrar aqui...bom saber que aquela tristeza profunda que as vezes vem do nada, não sou a única a sentir, é uma tristeza diferente daquela de quando perdemos algo de quando temos um porquê.

É na alma mesmo, e ela me acompanha desde tão cedo, mas é normal para algumas pessoas é bom saber que alguém nos entende, e eu tb gosto de ser sincera, para os outros e para mim mesma. Mas a mente realmente não abarca tudo a razão tem seus limites.

abçossssssssss obrigada pelo lindo texto. :cry:

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Bianca, tem muita coincidencia nesse texto, claro que não tudo, mas bastante, talvez exista algo em comum, algo que cause isso em nós, no caso, o personagem pode ser ficticio, mas o autor se inspirou em alguem, ou nele mesmo, pois até hoje não encontrei ninguem que consiga entender o que é isso sem ter sentido...

Abraço...

É sim Pedro, embora as coincidências do texto comigo foram em quase tudo, rs, ainda continuamos sem resposta. E em relação a alguém poder entender sem ter sentido isso, é perfeito. Nunca ninguém conseguiu....Na verdade, ninguém nunca tentou entender esse "meu jeito", na verdade, sempre me criticaram, tentando fazer eu me adequar ao todo e não tentando entender o que eu pensava e sentia. Minha mãe sempre me chamou de "cinza" e melancólica. Isso me colocava ainda mais "pra baixo", por não saber o que eu fazia de errado que tanto desagradava aos demais...E depois, mais velha, as únicas pessoas que eu tentei falar, até que tentaram me entender, mas não compreenderam, mesmo. Por isso, eu pensava ser em vão quando me indicavam conversar com um psicólogo, com uma prancheta na mão e suas "doenças catalogadas" dentro de seus padrões. A quem me indica isso, tenho até preguiça de explicar "por que não", ele não pode me ajudar, porque ele não pode me entender...

Mas eu fiquei muito, muito feliz de ter encontrado vocês aqui com experiências similares e muito também em encontrar esse livro, que, embora seja muito mais abrangente, tem essa pequena parte, que descreve exatamente como eu me sentia e me sinto, de forma como ninguém me compreendeu até hoje, fazendo com que eu me sentisse muito sozinha e à parte de qualquer grupo social. É como eu disse:

... em meu coração me senti profundamente feliz por descobrir que o que eu sentia e antes considerava uma loucura, e o pior; uma loucura solitária, na verdade EXISTE e já foi sentido por alguém, aqui nessa Terra, e que, embora este personagem possa ser fictício, o autor foi suficientemente sensível para perceber tais sensações e expô-las num livro, tornando público tal questionamento, fazendo chegar até a mim a sensação de fraternidade, pois não sofro sozinha, e minhas ânsias também já foram a de alguém.

Ah, Vivi....

Bianca, agora eu chorei...

Li quase todo o texto do livro que vc colocou, depois do jantar vou terminar de ler, mas ao ler a parte de ficar só na escola, me lembrei de que meu professor chamou a minha mãe na escola para falar que eu ficava sempre só, nos intervalos, falava pouco, não brincava com as crianças e que tinha um olhar muito triste, isso até hj ouço que tenho olhos tristes.

Não sei pq, mas a vida nunca me pareceu férias, me pareceu trabalho para poder evoluir e somos pequenos demais mesmo, tem tanto a ser feito...

Mas o importante é que tem tanta gente querendo tb fazer algo por si internamente e pelo mundo, agora outro choque que levei, eu ganhei esse livro, e como estou estudando para concursos eu o emprestei antes de ler, agora quero ler, nossa quanta coicidência...nossa Bianca foi bom te encontrar aqui...bom saber que aquela tristeza profunda que as vezes vem do nada, não sou a única a sentir, é uma tristeza diferente daquela de quando perdemos algo de quando temos um porquê.

É na alma mesmo, e ela me acompanha desde tão cedo, mas é normal para algumas pessoas é bom saber que alguém nos entende, e eu tb gosto de ser sincera, para os outros e para mim mesma. Mas a mente realmente não abarca tudo a razão tem seus limites.

abçossssssssss obrigada pelo lindo texto. :cry:

Querida Vivi, não sei te dizer o porquê nos sentimos assim, mas saiba que nem tão longe, ainda no mesmo país que você, existe eu e Pedro, que compartilhamos os mesmos sentimentos que você, e que não estás sozinha...

Sei exatamente o que diz quando a sente que a vida não é passeio...é um indescritível pesar, mas que não é aquela tristeza comum, mundana, de que quando se consegue uma coisa se "está feliz" e se não consegue, "está triste". Não é perdas e ganhos, nem está nos bens....Não...é como você disse, é além, é do existir, é da alma...está no ser das coisas.

Essa tristeza, se é que esse é um bom nome pra se referir ao sentimento de profunda seriedade e introspecção, tem alguém que também sente, o Rafa , e que assim como eu às vezes até gosta desse estado, pois é ele quem nos faz refletir mais profundamente sobre as verdades da existência e encontrar algumas respostas dentro de nós....vou tentar chamar ele pra postar aqui conosco!

Mas a vida não é férias....realmente. Há todo esse "trabalho" pra fazer e isso me dá uma preguiça enorme só de pensar no que vem pela frente, rs.....

Agora, não há coincidências. Eu não escolhi esse livro, escolheram ele pra mim. Não sabia que eu ia gostar tanto dele...e não sabia que ele falava do que eu sempre soube que era minha tarefa, a verdadeira Iniciação, da descoberta do Eu Superior, Interno, Deus, em mim. O Livro tem muitos cenários, e um deles é essa pequena parte, que menciona a infância de Adônis. Leia sim, agora, depois do Jantar ou amanhã, rs, mas pelo menos leia essa parte até o final, já que não é tão grande e veja e me diga, por favor, se tem semelhança com ela...

Agora, sabem uma coincidência maior ainda? Essa parte que postei, fala da infância de Adônis, e depois, copiei um pedacinho da adolescência. Sabem o que ocorre com ele exatamente em seguida? É descrito suas primeiras viagens astrais e dúvidas sobre o que ocorre na exploração extrafísica, e seu caminho na descoberta desse "mundo novo". E não é o que estamos fazendo aqui, no fórum viagem astral? Rs ......

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É, nos conduziu até aqui. Mas e agora? Qual o próximo passo? Que outro lado você se refere, aquele além da morte física?

Se for "sim" a resposta, temo... :?

Temo pois lá serei o mesmo que sou aqui, e minhas dúvidas, medos, anseios, felicidades, virtudes...enfim, tudo permanecerá o mesmo! E se permanecerá o mesmo, ainda não terei progredido nesse assunto, não terei ultrapassado isso, então, de nada adiantou a escola se não consegui aprender minha lição com as circunstâncias. Assim, serei a mesma, mas possivelmente estarei com a sensação de arrependimento, mais uma encarnação se foi e eu ainda não descobri quem sou...

Por isso acho que o "negócio" é o presente. É na vida que se vive...

E se não for em relação a isso que você diz, a que "outro lado" você se refere, Pedro?

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Boa noite a todos!

Cheguei muito atrasado, porém também tenho uma experiência semelhante sobre percepções da infância, embora no meu caso eu ainda não fosse uma criança nascida mas quase lá, rs.

Lembro perfeitamente de estar, algures na minha infância, mergulhado no escuro, não via nada, mas sentia e ouvia bastantes vozes. Essa lembrança é a mais estranha que tenho. Ainda não estou tão convencido de que tenha sido o fenómeno da percepção infantil distorcida, mas há fortes indícios de que seja esse o caso.

Voltando à memória, eu lembro de estar no escuro e conseguia ouvir vozes. Não me perguntem de quem eram as vozes porque não conhecia ninguém para as ter tido identificado e não me importava com isso. Escutava a voz de pessoas que mesmo sem saber quem eram, pareciam tão próximas de mim e me davam tanta segurança, algo que não lembro de ter sentido desde então.

Eu ficava escutando, interagindo com as vozes pelo meu próprio pensamento e me sentia muito confortável como se estivesse num vazio escuro com paredes, chão e teto invisíveis. Há um tempo atrás, eu e a Bianca, discutimos sobre esse assunto aqui no GVA; trata-se de algo realmente fascinante. Porém, talvez seja uma memória criada/ distorcida da realidade que me acompanhou até hoje. Há dados científicos que apoiam esse fenómeno: muitas lembranças da infância são falsas ou extremamente fantasiosas, criando memórias que acabam por ser abandonadas quando a pessoa percebe a falta de lógica. Por isso, acredito na possibilidade da lembrança ser real, mas não descarto que a sua falsidade possa ser a resposta para a questão.

Interessante tópico. ;)

Abraços!

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Nossa! Como vocês escrevem, hein?! Tava querendo ler tudo, mas a preguiça habitual não deixou. rsrs

Bom... Eu tenho algumas boas semelhanças com a maioria aqui e algumas diferenças também. :roll:

Tipo, eu não tenho muuitas lembranças da minha infância, como alguns aqui, mas minha mãe tem me contado algumas coisas ultimamente e eu tenho guardado mais lembranças acerca da minha infância.

Pra começar, minha mãe disse que eu comecei a falar muito cedo, acho que com um ano eu já falava tudo (não tenho certeza se foi 1 ano, porque não tenho noção de quando um bebe começa a falar, mas ela disse que foi muuito cedo, bem antes de começar a andar). Quando pequenininho, eu me lembro de ser relativamente simpático, principalmente com os velhinhos e outras criaturas inocentes ou indefesas como animaizinhos e etc. Minha mãe dizia que os velhinhos da rua eram doidinhos por mim porque eu sempre dava chauzinho pra todo mundo desse tipo que eu via na rua, desde o colo, eu acho. rsrs Daí ela diz que eu sabia decorado todos os meus apelidos, que eram um monte (rsrs), e sempre dizia quando ela pedia pra eu me apresentar. Tipo: "meu nome é Lucas, e meus apelidos são luquinha, pepeu, bibinho,..." :lol:

Ainda com uns 5 ou 4 anos, no apartamento da minha mãe, enquanto todos estavam dormindo, eu peguei uma tesoura escondido e cortei um buraquinho na rede da varanda. Daí, quando minha mãe viu, ela veio perguntar o porquê de eu ter feito aquilo. Eu simplesmente disse que "era pra colocar a mão pra fora e dar chauzinho pra quem passasse na rua"! :lol::lol:

Eu também sempre tive essa característica introspectiva, analista e meio diferente dos outros. Tipo, eu nunca queria ser o power ranger vermelho nem nunca gostava de ser o guerreiro, o lider, ou o machão. rsrs Sempre que brincava com os coleguinhas (quando não era excluído :roll: rsrs) eu era um mago que usava magia elemental (geralmente controlava gelo, água, a terra, as plantas ou o vento :lol: ). Eu lembro de umas vezes em que eu ficava sozinho (e não estava brincando) na janela do quarto pedindo ajuda a uma deusa (como que uma deusa da natureza) que eu chamava de "ventania" ( :lol::lol: ) tentando controlar o vento com uma imposição de mãos e o poder da minha mente! kkk

Como não gostava de brigar, eu nunca tentava reagir a quem brigava comigo e sempre apanhava. rs Pra completar, ainda levava carão em casa porque minha mãe dizia que era pra eu bater de volta, mas eu ficava defendendo o menino que bateu em mim, dizendo que não entendia o porquê de ter que bater nele. :lol:

Também, quando ficava sozinho, ficava ouvindo o piiiii, que me disseram que era o "barulho do silêncio", sem mais explicações, e ficava vendo as bolinhas transparentes que ficavam voando no céu, que ninguém nunca tinha me dito o que era.

Como eu era, as vezes, excluído por alguns coleguinhas que procuravam se afirmar na hierarquia do grupo, eu era meio solitário e ficava bastante carente. Por isso, sempre tentava ser prestativo aos outros, em especial às meninas, que sempre me tratavam melhor. O resultado é que eu não tenho nenhum colega do sexo masculino que seja muito próximo de mim. Mas isso foi bom, porque me fazia ficar analisando as relações humanas e o contexto psicológico das situações. Talvez, isso tenha trazido um amadurecimento precoce, o que só me afastou mais dos meninos, que sempre eram "infantis" e que depois evoluíram pra "bossais" e "ignorantes" (rsrs), e me aproximou das meninas, que, no geral, eram mais compreensivas e maduras. :roll:

Como eu morava com minha mãe, e ela sempre teve conceitos universalistas e liberais, eu não era muito religioso e me mantinha "neutro" quanto às questões espirituais. É que eu só conhecia o catolicismo e nunca me sentia satisfeito com a lógica dos dogmas, ficando sempre afastado desinteressado sobre religião. Com o passar do tempo, as pessoas começaram a me questionar mais sobre o tema religião, mas eu nunca tinha um posicionamento definido.

Por coincidência ou não, eu decidi "do nada" pesquisar sobre saída do corpo na internet. Eu já tinha ouvido falar alguma coisa sobre o tema em algum lugar, e o interesse surgiu do nada. Até começar a pesquisar, eu já sabia alguma coisa vaga sobre espíritos, mas nada sólido. E adivinha o que aconteceu?? Eu encontrei o IVA, o único site que me satisfez (já tinha entrado no ippb), e comecei a ouvir o curso básico! :D:D Aí tudo começou a girar em torno da espiritualidade e eu não conseguia parar de ler sobre o assunto. Li o Livro dos Espíritos e algumas outras obras espíritas, li uma coisinha pobre sobre budismo e outras coisas básicas sobre hinduísmo, saí do corpo algumas vezes, conheci a umbanda e fui umas duas ou três vezes num terreiro, li trocentas coisas sobre trocentos assuntos na internet, e, hoje, meu ego está como está (meu ego = lucas; Eu = ).

Uuuufa! Pronto. E essa é minha autobiografia! :lol:

Ps.: é bom que você leia esse post de cabo a rabo e fique sabendo de tudo de cor e salteado, viu, Bianca?! :lol: Pediu, agora teve. rs

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Bianca, não me entenda mal menina! ;) hehe..., o que eu quis dizer com "do outro lado", é isso mesmo, só que agora nós sabemos que podemos ir la, procurar respostas e voltar, e se nós temos que fazer algo ainda nessa vida, vai dar tempo ainda nesse corpo 8-) .

Quanto a ser o mesmo, não sei, isso é uma das coisas que pretendo descobrir quando puder ir la consciente, espero poder estar pronto pra isso logo.

Abraço...

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  • 2 weeks later...

Assunto realmente polêmico...he,he...

É engraçado como essa história de que os semelhantes se atraem é cada vez mais plausível. Esse grupo é prova disso, sempre acabamos topando com relatos de coisas que também são parecidas com o que acontece com a gente.

Fora os relatos que são claros exemplos de manifestações de "claridade" da alma. Também seria interessante pesquisar o que a pscologia e a neurologia tem a dizer sobre certos aspectos. To meio sem tempo para ver isso com mais certeza, mas me lembro mais ou menos por exemplo, que o cérebro quando ainda em formação tende a se "confundir" e a "transformar" certos padrões quando fazemos as coisas tipo:

-Escrita ao contrário ou espelhada.

-Mãos direita e esquerda funcionais ou quase funcionais.

-Padrões de raciocínio e percepções muito diferentes dos adultos. (o que também ter certas ligações com a paranormalidade)

- grande ou pequena capacidade de concentração e absorção de informações.

Isso acontece também pois os hemisférios do cérebro tendem estar melhor conectados na infância, justamente por ainda estarem em formação. Se treinássemos desde pequenos o cérebro, essa conexão não seria tão abalada. Isso inclui, telepatia, telecinese (muito confundida com assombrassões.), cordenação motora, etc...

Com o tempo somos condicionados pela sociedade e acabamos perdendo certas capacidades. Quando esse condicionamento não é rígido, vemos exemplos de pessoas como Leonardo da Vinci, que escrevia ao contrário. Seus diários até hoje são curiosidades da ciência. Meu irmão por exemplo nasceu ambidestro, mas não deixou que a escola o condicionasse a perder essa capacidade. Até hoje ele faz tudo com as duas mãos. Minha mãe na pré escola também escrevia ao contrário, como ninguém conseguia ler aquilo ela acabou perdendo parte desta capacidade. Porém até hoje quando está com muita pressa de escrever as vezes ainda escreve ao contrário.

É isso aí se eu lembrar de mais algo eu ponho aqui! Beijos!!!!

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Gente eu demorei para ver que o tópico já havia mudado, nossa estão aparecendo mais relatos, li todos, do do menino azul, do Rafael que achei bem interessante, do svedese01 , Mariposa que fez umas colocações interessantes, é amigos não é atoa que nos encontramos, que bom que existe esse espaço que tanto conhecimento nos proporciona.

Agora quanto a esse livro que a Bianca postou trechos, estou curiosa para pegar o meu que está emprestado com uma tia e ler, maravilhoso.

Com certeza irão aparecer mais semelhantes rssss, mas resumindo somos almas antigas, não nos lebramos de outras coisas que fizemos antes né, mas acredito que a maioria aqui e a maioria geral das pessoas que buscam a espiritualidade de qq forma, veio para terminar algo...

abços.

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Ah esqueci de dizer que a ciência hj, está pesquisando a diferença entre os processos cerebrais e consciência, depois de várias experiências de quase morte em que não havia nehuma atividade cerebral, e ainda assim a pessoa relatou fatos reais, estando morta a horas.

Então mesmo o cérebro na infância não estando formado, havia a percepção da consciência, e isso cocorre com todos, só não sei todos conseguem ter os flashs de lembranças...lembrar é outra coisa. Por isso se falava na criação de falsas memórias, mas sendo que a consciência pode ser independente do cérebro, ai podem haver outras possibilidades, ;)

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Aaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Uma vez ouvi : Busque e encontrarás, peça e será atendido.

Nunca entendi muito bem esse meu processo de percepção tão diferente dos demais, e sempre achei que eu beirava à loucura. Todas as críticas e pressões que sofri, fizeram-me ter certeza que eu era sim a diferente, a anormal e etc. Lutei todos estes anos contra mim mesma tentando parecer e ser o que eu não era, ou seja, igual aos outros.

Até que já havia esquecido esse "problema". Parei de questionar meus motivos!

Até que....

Mudando de canal um dia,ao assistir tv, vi um psicólogo falando em um programa que eu nunca havia assistido, na cnt eu acho, sobre a importância dos psicólogos na escola, acompanhamento no desenvolvimento e etc. Comentei com meu noivo o quanto eu gostaria de aprender essas coisas, psicologia infantil, de modo que eu pudesse entender a mim mesma, quando criança, pra que pudesse entender então o ser que me tornei hoje...desde então, tornei a manter na mente estas questões que eu já havia esquecido!

E poucos dias depois, o Pedro fez um simples comentário sobre a filhinha dele, o que me levou a fazer mais um comentário em cima e levar a todas estas descobertas. Nos descobrimos, como semelhantes, como seres iguais, que encarnaram com uma certa particularidade, neste mesmo intervalo de tempo...

Isso me levou ao êxtase de mais uma vez, tentar descobrir a mim mesma...meus motivos tão secretos e agora, tão compartilhados!

Em seguida, ao chegar na metade do livro que eu estava lendo, aprofundamos na vida de um personagem, que, para melhor conhecê-lo, o autor dá um breve resumo de como se passou sua vida. Quando ele chega na "Infância de Adonis", parte que eu mesma postei aqui, fiquei chocada, quase não acreditei na semelhança de como foi a minha infância e vim correndo mostrar para vocês! Mas o livro, não é sobre isso, é sobre a Iniciação, a Iniciação Real, onde o SER encontra a SI próprio, vence as barreiras da personalidade, a Maya, e então, se Inicia no caminho real para encontrar Deus, em si. Isso é lindíssimo. Mas o livro não é sobre crianças, essa parte é muito breve...

Mas a Vivi falou uma coisa muito certa: Com certeza irão aparecer mais semelhantes e eu acrescento com mais "coisas" semelhantes também, afinal, "busque e encontrarás" foi co começo de tudo, não faria sentido se chegássemos até aqui à toa...

Então, eu conto-lhes uma outra história:

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Antes ou durante todos estes fatos, não me lembro, mas foi assim:

Esses dias, aqui no trabalho, levantei-me e fui ao banheiro. Lá, vi que uma mulher havia deixado suas coisas em cima da pia para usar o banheiro, e algo me chamou a atenção de primeira: um livro, que estava em cima de sua bolsa. Chamava-se INICIAÇÃO.

Eu fiquei "pergunto ou não pergunto"? Aí decidi esperar pra ver quem saía do banheiro, quem era a dona...Saiu uma mulher mais velha, madura, aparentemente simpática. Então lhe perguntei do que se tratava o livro, que tinha um desenho egípcio na capa...

Ela me explicou que era um romance, ou melhor, que em forma de romance, era mostrada diversas encarnações de uma mulher que estava em busca de Si mesma, e que era muito bom. A Editora era a PENSAMENTO, que eu adoro!

Eu esperava que falasse detalhes sobre rituais de iniciação e etc, pobre de mim... rs ...me desiludi e então fui embora.

Dias depois, minha chefe chega de outra sala, dizendo que viu um livro na mesa da amiga dela e que ao olhá-lo se lembrou muito de mim. O livro? Era iniciação, daquela mesma mulher que eu abordei no banheiro, que eu não sabia que elas se conheciam. Ela mais uma vez pergunta sobre o livro e decide comprá-lo, no sebo da estante virtual.

Ao comprar, começa a ler e se lembra mais uma vez de mim...até aí, tudo bem, eu disse: "me empresta quando você terminar".

Mas ontem, ao falarmos da filha dela, que é uma criança especial e ainda não fala, embora já tenha sete anos, eu disse brincando: "você é quem não escuta, e ela também não se deu conta, ainda, que o fato de só pensar não faz com que as pessoas a entendam, ela ainda não percebeu que precisa verbalizar pra ser notada e entendida". Todos riram e depois falaram " ah, pode ser, mas nuca saberemos...como você supõe isso?" Eu lhes disse que é muito simples, que eu acho estranhíssimo como eles, adultos, um dia foram crianças mas que não se lembram disso, é como se tivessem se tornado outra pessoa, mas que eu me lembro, sempre fui quem sou e me lembro desse momento que me dei conta que eles não me ouviam (em pensamento) e precisava berrar pra chamar a atenção. Todos riram enquanto ficaram assustados e eu mais uma vez me senti o monstro, a diferente, parecendo até mentirosa, por muitas vezes... Daí começamos uma conversa trivial sobre o que lembrávamos ou não da infância e o clima se tornou melancólico:os mais velhos falavam de suas escolas e etc...

Menos ela, minha chefe que, me olhava profundamente. Ela disse:

- Lembra-se do livro que te falei?

Eu disse, claro! E então ela acrescentou:

- Eu comecei a ler, e quando a personagem começa a descrever sua infância, eu acreditei que o livro beirava a fantasia, pois como era possível ela se lembrar? Não conheço ninguém que se lembre de tantos detalhes, principalmente desde tão nova. Mas agora, com você falando assim, tenho certeza que é possível e que você é como ela...

- Quer ler o livro? Eu estou sem tempo e parei mesmo a leitura enquanto estou ocupada com outras coisas.

- Eu disse que sim, óbvio, e por coincidência, neste mesmo dia eu terminei ADONAI, o livro mencionado antes.

Ontem mesmo, o livro estava na minha mesa. O Iniciação, de Elisabeth Haich, esse aqui:

img?s=MLB&f=63386750_1617.jpg&v=E

Comecei a ler na hora, por acaso, meu computador quebrou e fiquei sem tarefa no trabalho (motivo até pelo qual ando ausente daqui do GVA, to sem pc).

E no livro, mais que ADONAI, por conter muito mais detalhes de cada fase da vida da personagem, principalmente da infância, pude perceber mais uma vez a resposta se apresentando à mim, e agora, à nós. Era ela mais uma criança destas. Mais uma vez, me vi naquelas linhas, naquela vida, naquelas descrições. Acredito que vocês também se verão, mas esse, é mais difícil eu colocar aqui pois, não se trata só de um capítulo sobre a infância, mas sim diversos capítulos sobre a infância e outros momentos na vida da personagem.

E a resposta disso tudo? Não sei. E o caminho? Quem sabe? Mas qual a semelhança?

A INICIAÇÃO. Ambos os livros tratavam disso, ambos os personagens buscavam o que busco, e ambos os caminhos levaram à ela, a Iniciação Real. Nos dois, veremos o batismo do Fogo, diferente daquele da água, quando nascemos, e da água que saímos no útero materno. Não, essa é diferente, é a individual...

Estou muito sensibilizada com as coisas aparecendo assim, agora, de modo tão derrepente na minha vida...e tudo começou com o simples: “Busque e encontrarás...”

E não é que é verdade? Continuarei a ler o livro. Mais que indico ele a todo mundo que tem a mesma DÚVIDA DO SER, do ÍNTIMO, que eu. Irão se encontrar nela!

É impressionante! Será essa nossa resposta? O caminho do Ser? A Iniciação? O que acham?

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  • 3 weeks later...

Oi Bianca!

Andei sumida aqui do forum porque estou de mudança essa semana é corrido, vou pra outro bairro...

Bom acredito que estamos numa busca mesmo, e as respostas irão vir, devagar, com intuições e situações como esta de encontrar um livro dessa forma.

Achei interessante, vou ver se compro início de janeiro, quero muito ler esse livro da Elisabeth Haich tb rsss. Dei umas vasculhadas na net sobre ele, bom sim.

É mais um pedacinho do quebra cabeças na minha opinião, adorei a dica. E suas anteninhas estão ligadas heim hehehehehehe.

Acho que vou demorar pra entrar denovo, pela mudança vou ficar sem internet um tempo, mas um grande abraço.

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Pessoal, que tópico é este! Cheguei super atrasada no assunto, mas qdo comecei a ler o tópico, fiquei muito impressionada, e emocionada, porque muitas, muitas coisas mesmo que foram descritas aqui, aconteceram comigo, e eu também pensei que era a única, estava ficando louca, blablablá...

Bianca, incrível! Algumas coisas que você escreveu, foi como se você estivesse contando a história da minha vida... eu também me sinto "a mesma" desde pequena, o "som" daquela "voz" do meu pensamento também é o mesmo desde sempre, e tantas outras coisas que você disse aí, tudo é como o que eu sinto/sentia também! Estou encabulada agora com o que aconteceu. Só tem uma pessoa que eu conheço que é "parecida" comigo, (que é minha tia) mas mesmo assim é algo beeem complicado de enxergar essa semelhança... e de repente eu chego aqui e tem várias pessoas!

Quando tentei falar com alguém sobre coisas tipo eu ser ambidestra até certa idade da minha infância, ou de que eu já sei de algumas coisas que eu não aprendi (ou conheço algum lugar que não fui) já riram de mim, me chamaram de doida, que isso foi sonho, que isso é imaginação, etc e tal... então eu tentei viver com essas coisas "vendo, mas fingindo que não estava vendo". Várias vezes eu tive que fingir que estava aprendendo alguma coisa, porque de alguma forma eu já sabia, mas eu não sabia que eu sabia, até o momento de alguém tentar me ensinar. Confuso :?

Mas isso acontece até hoje... Já aconteceu, por exemplo, de eu estar fazendo o curso de uma coisa, daí eu ter feito algum trabalho de uma forma que o professor veio me perguntar qual "técnica" eu usei pra fazer aquilo, e eu ter que ensinar a ele. E isso não aconteceu só uma vez, foram várias. É como se eu soubesse uma maneira totalmente diferente de fazer algumas coisas, uma maneira tão ou mais eficiente que a "normal". Mas não é graaande coisa isso, eu sinto mais como se eu percebesse o mundo de uma forma diferente das outras pessoas, então visse soluções/utilidades diferente pras coisas, não que eu seja mais inteligente que os outros. Aliás, eu sou muito boa nas coisas que eu sou boa, e sou uma anta com sono (adorei essa ahaha) nas que eu não sou. Naquilo que eu sou ruim, meus amigos, saem de baixo pq qdo é pra estragar, eu estrago com estilo hahaha :lol:

E as lembranças... São tantas! Mas tem coisa que eu "lembro" de mim que não aconteceram. Por exemplo, eu me lembro uma casa em que morei em Buenos Aires, e um amigo que eu tinha lá, mas eu nunca morei lá e não conheço ninguém de lá :? Como eu sei que é em Buenos Aires? Eu "só sei". Não sei como, só sei que eu sei que é lá... :?

Mas tem lembranças "normais" também... eu me lembro de muita coisa, com detalhes, da minha infância. Detalhes sensoriais, como a temperatura e o cheiro do momento. Coisas que aconteceram, e o que eu senti em momentos que eu era muito pequena, e ninguém acredita que é possível se lembrar.

Eu sempre gostei de saber. Saber muito, ler sobre isso, aquilo, tudo! Quanto mais, melhor. Tanto que meu tipo preferido de filme é documentário. Principalmente os que falam sobre astronomia, física, tecnologia, descobertas modernas, povos antigos, culturas estrangeiras, teorias modernas... perceberam? um monte de coisa né ahahaha

Muitas vezes eu fui/sou vista por isso como chata, cdf, nerd, sei lá mais o quê, mas eu não me importo. Enquanto as pessoas se divertem com "assuntos banais" (moda, por exemplo, pra mim é uma das coisas banais, mas quem gosta eu não tenho nd contra, só é algo que não me desperta interesse) eu me divirto com um documentário sobre física quântica e a teoria da evolução da matéria. Eu ADORO isso, fazer o quê??? É como eu relaxo (por incrível que pareça ahaha). Tá exagerei na física quântica ahahah, mas acho que vcs entenderam o espírito da coisa ;)

Por esse e outros motivos, eu sempre tive problemas em me socializar. Também sentia uma tristeza que vinha do nada sem explicação. E ainda sinto isso, e com uma frequencia que eu não gostaria... mas estou trabalhando nisso. Eu também não tinha o mesmo comportamento nem alguns dos interesses das outras crianças. Mas eu sempre me dei muito bem com pessoas mais velhas. E eu também achava muito mais "legal" conversar com a minha "tia"(professora) na escolinha do que com as outras crianças que "sempre vinham fazendo aquelas coisas chatas" pra mim. E foi só depois dos 20 anos que eu realmente comecei a me relacionar bem com pessoas da minha faixa etária.

Realmente é incrível conhecer (mesmo que virtualmente) outras pessoas com os mesmos "problemas"(eu poderia ter escolhido uma palavra melhor..) e poder compartilhar todos eles sem ser visto como doido ou alucinado. São tantas coisas que eu gostaria de saber melhor a meu respeito, coisas que eu gostaria de aprender pra poder deixar a vida um pouco melhor (porque é tão difícil aprender certas coisas aparentemente simplíssimas?), e eu tenho ctz que ninguém aqui tem todas as respostas, mas só o fato de compartilhar já dá uma sensação MUITO melhor. Até uma segurança maior, não sei dizer por que, mas é o que eu senti.

E Bianca, você disse uma coisa que mexeu muito comigo. Fez um "plim" sabe? ahahaha Foi aqui ó

Temo pois lá serei o mesmo que sou aqui, e minhas dúvidas, medos, anseios, felicidades, virtudes...enfim, tudo permanecerá o mesmo! E se permanecerá o mesmo, ainda não terei progredido nesse assunto, não terei ultrapassado isso, então, de nada adiantou a escola se não consegui aprender minha lição com as circunstâncias. Assim, serei a mesma, mas possivelmente estarei com a sensação de arrependimento, mais uma encarnação se foi e eu ainda não descobri quem sou...

Por isso acho que o "negócio" é o presente. É na vida que se vive...

Isso que você disse parece que "acendeu uma luz" em mim onde eu tava precisando enxergar nesse exato momento da minha vida. Muito obrigada por isso. Essas palavras ainda vão render, viu... (num to falando de dinheiro não hein ahaha)

Mta paz pra tds =)

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Oi Lucita, seja bem vinda!

Esse assunto começou meio que ""por acaso"", e foi muito bom encontrar pessoas com quem comentar esse tipo de coisas, sem ser chamado de "maluco", :D

Houve uma epoca em que tentei me "adaptar" ao que é considerado normal, mas o vazio que senti nesse "normal", me manteve afastado da sociedade em geral, eu trabalho e me relaciono com tudo que é necessario, mas é muito dificil encontrar pessoas com quem falar sobre esse nosso lado, vamos dizer, diferente :mrgreen: , isso por algum motivo faz falta, mas eu ja tinha até me acostumado com isso, rs..., mesmo no meu trabalho, as vezes é melhor estar sozinho, pois me concentro tanto que nem percebo o tempo passar, não escuto quando alguem chega e fala comigo, é como se eu não estivesse ali no corpo, na verdade me sinto dentro do equipamento que estou consertando, rs...

Dizem que quando vamos reencarnar nossas memorias são pagadas, no nosso caso, deve ter sobrado alguma coisa :lol: , ou então nós temos algo a fazer com isso, e temos que descobrir o que é..., sera que é por isso que nos encontramos aqui?

Abraço e muita luz...

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Oi Bianca!

Andei sumida aqui do forum porque estou de mudança essa semana é corrido, vou pra outro bairro...

Bom acredito que estamos numa busca mesmo, e as respostas irão vir, devagar, com intuições e situações como esta de encontrar um livro dessa forma.

Achei interessante, vou ver se compro início de janeiro, quero muito ler esse livro da Elisabeth Haich tb rsss. Dei umas vasculhadas na net sobre ele, bom sim.

É mais um pedacinho do quebra cabeças na minha opinião, adorei a dica. E suas anteninhas estão ligadas heim hehehehehehe.

Acho que vou demorar pra entrar denovo, pela mudança vou ficar sem internet um tempo, mas um grande abraço.

Oi Viviane! Querida, sentiremos sua falta enquanto estiver ausente. Não esqueça de nós, não deixe de voltar!

Sabe? Desculpe-me por fazer propaganda de vários livros, se as respostas não ficarem claras por eles, ficarão por outros meios, eu sei. O que me deixa alucinada e me torna uma propagandista ímpar é a empolgação de agora encontrar gente semelhante a mim, no fórum e nos livros (com descrições impecáveis e exatas de como me senti e fui) , que fico desesperada, querendo conhecer, falar, espalhar, compartilhar. A chave desta empolgação é a seguinte:

Sempre fui diferente, deste modo como descrevi a vocês e muitos se assemelharam. Fato. Só que, por ser absolutamente diferente de todos à minha volta, precisei imitá-los como adultos vazios e me desvirtuei, deixando de ser eu mesma para me tornar semelhante a eles, que tanto eu criticava... E HOJE eu descobri que esse foi o meu maior erro! Não preciso imitar aos outros, posso ser eu mesma pois meu tipo de "ser" existe! Encontrei vocês, graças a Deus, que são iguais a mim, que não sou louca nem maluca, nem nada! Vocês, idênticos, me dão esperanças de ser eu mesma e tentar me conhecer! Agora, tudo faz sentido...Isso, encontrarmos uns aos outros, acredito que é uma chance de auto conhecimento para cada um de nós! Entender que somos seres por algum motivo diferentes (e semelhantes entre si) e que caíram de para-quédas em meio a um monte de estranhos! Por que? O que somos? Quem somos? Daonde somos? Porque isso tudo? Isso é o que acho que um irá ajudar ao outro!!!

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Oi Lucita, seja bem vinda!

Esse assunto começou meio que ""por acaso"", e foi muito bom encontrar pessoas com quem comentar esse tipo de coisas, sem ser chamado de "maluco", :D

Houve uma epoca em que tentei me "adaptar" ao que é considerado normal, mas o vazio que senti nesse "normal", me manteve afastado da sociedade em geral, eu trabalho e me relaciono com tudo que é necessario, mas é muito dificil encontrar pessoas com quem falar sobre esse nosso lado, vamos dizer, diferente :mrgreen: , isso por algum motivo faz falta, mas eu ja tinha até me acostumado com isso, rs..., mesmo no meu trabalho, as vezes é melhor estar sozinho, pois me concentro tanto que nem percebo o tempo passar, não escuto quando alguem chega e fala comigo, é como se eu não estivesse ali no corpo, na verdade me sinto dentro do equipamento que estou consertando, rs...

Dizem que quando vamos reencarnar nossas memorias são pagadas, no nosso caso, deve ter sobrado alguma coisa :lol: , ou então nós temos algo a fazer com isso, e temos que descobrir o que é..., sera que é por isso que nos encontramos aqui?

Abraço e muita luz...

Olá Pedro!

Sim, começou do "nada", mesmo, com um comentário seu simples sobre um fato que lhe ocorreu. Mas será do nada mesmo? Ou será o momento que tínhamos para aprender sobre nós mesmos???

Você disse: "Houve uma epoca em que tentei me "adaptar" ao que é considerado normal, mas o vazio que senti nesse "normal", me manteve afastado da sociedade em geral"

E acho que isso é uma fase comum a todos nós. Sabe, acho hoje que isso foi um erro que eu cometi. Eu, ao negar minha essência e tentar parecer com os outros (ou seja, com o que eu não sou) eu passei uma boa parte da minha vida longe de mim mesma, sem ouvir minha própria voz e dando cabeçada na parede. Eu precisava ter visto ainda quando criança que não era errado os outros não me entenderem, deveria ter tido paciência e compreensão, mas que também não era errado eu ser diferente e deveria ter levado isso até ao fim, custasse o que custasse, eu deveria manter a minha Voz em mim, ativa, dominante. Agora, decaí, tentei assemelhar-me aos estranhos e então caí na personalidade, ao tentar viver como eles. Sou um anjo caído agora, me sinto assim, talvez seja forte esse termo, mas estou sendo sincera, me sentindo distante de mim mesma, tentando ressurgir e novamente ouvir a voz sábia que eu tinha quando me aparentava como nessa foto que coloquei.

Quem dera fosse hoje tão sábia como quando tinha 4 anos!!

Aquele livro, o Iniciação, ah, como aquela menininha é como eu! Daonde saíram seres que pensaram e sentiram coisas tão iguais na infância e porque o mundo insiste em tratá-los sempre da mesma forma?? E porque tendemos nós a desistir de falar com eles, já que eles não podem nos ouvir, então tornamos-nos seres isolados? Ah...que coisa! Agora, quero voltar atrás! E com a ajuda de vocês, tenho encontrado o caminho!!!!

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Lucita!

Graças a Deus você está aqui!!! Tenho que me controlar ao ler seu depoimento, em tentar não rir de gratidão e digitar descontroladamente aqui no trabalho, tornando evidente que eu não estou trabalhando, só pela cara de satisfação que faço! Levanto,disfarço, pego um café, e rio até das gotas de adoçante que caem, coisa fora do comum para o meu mal humor constante! Ah, como é bom que você esteja aqui Lucita!

Quando tentei falar com alguém sobre coisas tipo eu ser ambidestra até certa idade da minha infância, ou de que eu já sei de algumas coisas que eu não aprendi (ou conheço algum lugar que não fui) já riram de mim, me chamaram de doida, que isso foi sonho, que isso é imaginação, etc e tal... então eu tentei viver com essas coisas "vendo, mas fingindo que não estava vendo". Várias vezes eu tive que fingir que estava aprendendo alguma coisa, porque de alguma forma eu já sabia, mas eu não sabia que eu sabia, até o momento de alguém tentar me ensinar. Confuso :?

Tenho certeza que a partir de então você desistiu de falar para as pessoas coisas sobre o seu íntimo, suas aspirações, descobertas e intenções, porque não confiavam em você, não acreditavam em você. Provavelmente achavam que você tinha imaginação demais, não é mesmo? Então, se eles não querem te ouvir, você simplesmente se cala, não é mesmo? Talvez, seu isolamento/afastamento tenha começado aí, quando decidiu não falar mais aos que não te ouvem...

Mas isso acontece até hoje... Já aconteceu, por exemplo, de eu estar fazendo o curso de uma coisa, daí eu ter feito algum trabalho de uma forma que o professor veio me perguntar qual "técnica" eu usei pra fazer aquilo, e eu ter que ensinar a ele. E isso não aconteceu só uma vez, foram várias. É como se eu soubesse uma maneira totalmente diferente de fazer algumas coisas, uma maneira tão ou mais eficiente que a "normal". Mas não é graaande coisa isso, eu sinto mais como se eu percebesse o mundo de uma forma diferente das outras pessoas, então visse soluções/utilidades diferente pras coisas, não que eu seja mais inteligente que os outros. Aliás, eu sou muito boa nas coisas que eu sou boa, e sou uma anta com sono (adorei essa ahaha) nas que eu não sou. Naquilo que eu sou ruim, meus amigos, saem de baixo pq qdo é pra estragar, eu estrago com estilo hahaha :lol

Sei exatamente o que é. Não é que você saiba demais, nem seja super dotada, pelo contrário, tem coisas que você realmente tem dificuldade de entender não é? ...só sabe um jeito diferente de fazer algo e sem que lhe precisem lhe ensinar, ué...qual o problema em ser auto suficiente? Eu descobri: o problema não está em nós (eu acho) mas no Ego das pessoas. Cara, não sabe o quanto as pessoas me olham pelos ombros e me tratam mal (e já trataram muito mais) por isso! Primeiro, precisei aprender a CALAR. (Na verdade, estou aprendendo e confesso que não tô indo muito bem na prática). É porque ao se ter desenvoltura em aprender ou fazer algo, não sei por que mas você ofende quem julga saber, ou então ofende quem ensina. E quando você fala ou faz algo sobre o que não sabe, todos lidam como se não fosse certo você saber de um jeito rápido ou fácil, como se isso não fosse permitido, e você fica parecendo metida, a sabe-tudo, a que canta vantagens por aí... daí eu vi que precisava aprender a calar...é...é difícil e complicado, por isso comecei a omitir-me...Outro dia, minha amiga, minha chefe aqui no trabalho, falou de modo debochado que qualquer coisa que precisasse saber sobre um assunto era só me perguntar porque eu sabia conversar sobre qualquer coisa, eu sabia tudo!!!! Nossa, para a minha vaidade que admira informação e tem avidez por conhecimento, isso seria um elogio, mas me ofendeu profundamente pois sei que ela falou com deboche e então percebi que quando alguém fazia uma pergunta eu não deveria responder, porque eu falo demais...ou deveria não tentar ajudar quando sei um jeito melhor e mais prático de fazer as coisas no trabalho, ou até mesmo, devo calar-me e só abrir a boca quando for solicitada. Ah que coisa mais injusta! Mas ta aí novamente a lição: Bianca, aprenda a calar-te!

E as lembranças... São tantas! Mas tem coisa que eu "lembro" de mim que não aconteceram. Por exemplo, eu me lembro uma casa em que morei em Buenos Aires, e um amigo que eu tinha lá, mas eu nunca morei lá e não conheço ninguém de lá :? Como eu sei que é em Buenos Aires? Eu "só sei". Não sei como, só sei que eu sei que é lá... :?

Mas tem lembranças "normais" também... eu me lembro de muita coisa, com detalhes, da minha infância. Detalhes sensoriais, como a temperatura e o cheiro do momento. Coisas que aconteceram, e o que eu senti em momentos que eu era muito pequena, e ninguém acredita que é possível se lembrar.

Eu sempre gostei de saber. Saber muito, ler sobre isso, aquilo, tudo! Quanto mais, melhor. Tanto que meu tipo preferido de filme é documentário. Principalmente os que falam sobre astronomia, física, tecnologia, descobertas modernas, povos antigos, culturas estrangeiras, teorias modernas... perceberam? um monte de coisa né ahahaha

Muitas vezes eu fui/sou vista por isso como chata, cdf, nerd, sei lá mais o quê, mas eu não me importo. Enquanto as pessoas se divertem com "assuntos banais" (moda, por exemplo, pra mim é uma das coisas banais, mas quem gosta eu não tenho nd contra, só é algo que não me desperta interesse) eu me divirto com um documentário sobre física quântica e a teoria da evolução da matéria. Eu ADORO isso, fazer o quê??? É como eu relaxo (por incrível que pareça ahaha). Tá exagerei na física quântica ahahah, mas acho que vcs entenderam o espírito da coisa ;)

Por esse e outros motivos, eu sempre tive problemas em me socializar. Também sentia uma tristeza que vinha do nada sem explicação. E ainda sinto isso, e com uma frequencia que eu não gostaria... mas estou trabalhando nisso. Eu também não tinha o mesmo comportamento nem alguns dos interesses das outras crianças. Mas eu sempre me dei muito bem com pessoas mais velhas. E eu também achava muito mais "legal" conversar com a minha "tia"(professora) na escolinha do que com as outras crianças que "sempre vinham fazendo aquelas coisas chatas" pra mim. E foi só depois dos 20 anos que eu realmente comecei a me relacionar bem com pessoas da minha faixa etária.

Realmente é incrível conhecer (mesmo que virtualmente) outras pessoas com os mesmos "problemas"(eu poderia ter escolhido uma palavra melhor..) e poder compartilhar todos eles sem ser visto como doido ou alucinado. São tantas coisas que eu gostaria de saber melhor a meu respeito, coisas que eu gostaria de aprender pra poder deixar a vida um pouco melhor (porque é tão difícil aprender certas coisas aparentemente simplíssimas?), e eu tenho ctz que ninguém aqui tem todas as respostas, mas só o fato de compartilhar já dá uma sensação MUITO melhor. Até uma segurança maior, não sei dizer por que, mas é o que eu senti.

Sobre as lembranças eu não preciso falar nada. É claro que se você diz que viveu isso, você viveu ué! Por que eu haveria de supor que é mentira? Por que raios as pessoas pressupõem mentiras??? Que saco!!!? Será que é porque elas mentem o tempo todo? Afe.... :x

Conhecimento? Eu tenho fascínio por conhecimento!!! Acredite, você não foi exagerada em falar da física quântica! Física quântica é fabulosa!!!!!!!!!!!!! Já viu o documentário chamado "Quem Somos Nós?"" É fascinante!! E o Dr. Quantum? Procura no youtube só, é sensacional!!! Pergunta se eu sabia uma vírgula das aulas de matemática quando criança? Que saco aquilo!!? Agora, quem você acha que procuravam quando precisavam de um nome para o tamanduá da história da redação da aula de português??? Imediatamente eu saía dos meus mundos de sonhos e respondia, era a imaginação e criatividade em pessoa! Aulas de história, geografia, ciências, sempre me fascinaram! Uma vez ganhei uma espécie de campeonato de redação sobre a história da independência do Brasil da escola e disseram que foi fraude. Isso porque eu estava na terceira série e tinha gente até da sétima série participando! Enfim, deixa pra lá!

Também tive e tenho dificuldade de socialização. Tive que me tornar simpática e hoje até que finjo bem isso. Mas sou completamente quieta e só falo com quem quero. Tá vendo essa cara de emburrada aí na foto? sim isso é o que eu sou. Eu me lembro bem desse dia: "Porque é que eu tenho que tirar fotos? Eu não quero fazer uma pose e parecer o que eu não sou! Por que é que tenho que vestir essa roupa? Eu não escolhi essa roupa!! Eu não quero sorrir! Por que é que eu tenho que ficar em frente a essa árvore? Se você acha a árvore tão bonita, fotografe só a árvore ué!!!!

Coitada da minha mãe...foi ter uma filha E.T...Eu também mal ficava com crianças da minha idade...eu estava entre a roda de amigas da minha mãe prestando atenção na conversa o tempo todo e às vezes tinha até a petulância de me meter no assunto (hoje entendo que é um abuso, mas na época me via como igual) e muitas vezes eu a deixava em situações delicadas, pois, não sabia que era "normal" que os adultos mentissem de vez em quando... :oops:

Também me senti muito segura e amparada ao encontrar vocês! :(

Isso existe! Sou normal! Alguém me entende, me compreende...não estou sozinha no mundo por um acaso ou injustiça de Deus!!! :(

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E Bianca, você disse uma coisa que mexeu muito comigo. Fez um "plim" sabe? ahahaha Foi aqui ó

Temo pois lá serei o mesmo que sou aqui, e minhas dúvidas, medos, anseios, felicidades, virtudes...enfim, tudo permanecerá o mesmo! E se permanecerá o mesmo, ainda não terei progredido nesse assunto, não terei ultrapassado isso, então, de nada adiantou a escola se não consegui aprender minha lição com as circunstâncias. Assim, serei a mesma, mas possivelmente estarei com a sensação de arrependimento, mais uma encarnação se foi e eu ainda não descobri quem sou...

Por isso acho que o "negócio" é o presente. É na vida que se vive...

Isso que você disse parece que "acendeu uma luz" em mim onde eu tava precisando enxergar nesse exato momento da minha vida. Muito obrigada por isso. Essas palavras ainda vão render, viu... (num to falando de dinheiro não hein ahaha)

Mta paz pra tds =)

É amiga, desculpa eu acho que eu fui um pouco radical, sabe? Também me chamam de dramática. Exagerada em tudo o que faço, mas faz parte da sinceridade em mostrar o que sinto de verdade. O mais gentil de todos os que se referiram a isso na minha vida inteira foi o Alexandre Sinício daqui do fórum, ele disse apenas com delicadeza que sou "intensa". Qualquer um diria: Caraaambaaa, que exagero, perder uma encarnaçãao???

Sim, ué, é assim que eu me sinto. Preciso que nesse presente eu entenda esses mistérios, supere isso, supere a mim mesma, consiga a ascensão que eu vim aqui fazer e que no fundo, tudo tenha valido a pena. Encontrar vocês foi uma parte muito, Muito, acredite, importante no meu caminho. Até agora eu estava indo para o lado contrário de mim, indo contra o que eu preciso fazer que é conhecer a mim mesma, me iniciar, me completar, me transcender. Mas ora, se eu estava me ignorando, me deixando de lado, como eu iria transcender a mim mesma, fora de mim? Vocês me trouxeram de volta, e lhes sou imensamente grata por isso. E fico feliz que aquele meu comentário Pesado lhe tenha sido útil. Acabei de fazer um outro comentário pesado aqui no trabalho e não me entenderam...continuo me sentindo vítima, mas eles ainda me vêem como vilã...enfim...

Ontem aconteceu uma coisa muito interessante. Eu tenho uma amiga muitíssimo especial que já havia me falado sobre o filme "O Pequeno Príncipe". E ao entrar em uma lojas americanas, lá estava ele na promoção, 9,90. Falei, ah que bom para uma tarde de domingo! E então comprei. Quando cheguei em casa e assisti, qual foi a minha surpresa? Não leia se não quiser saber sobre o filme, caso não tenha visto:

Começa com um menino (COMO NÓS) que ouve falar sobre jibóias (cobras) que são capazes de comer um ser muito maior que ela, como por exemplo um elefante inteiro! Ele, admirado, ficou muito tempo refletindo sobre aquilo e quando ele compreendeu tudo ele quis fazer um desenho que retratasse tamanha aberração e fascínio! Ele desenhou uma cobra com um elefante dentro, mas todos riram e acharam que era um chapéu. Não conformado, ele desenhou a cobra "aberta" para que vissem o elefante dentro e compreendessem, mas eles, os adultos, ainda assim não foram capazes e continuaram rindo dele e sub-julgando o seu desenho. Era assim com e sem a cobra aberta:

.resized_elefante_copy.jpg

Desde então, ele ficou tão chateado em não poder compartilhar suas coisas com os adultos que ele nunca mais desenhou nada. Nunca mais falou nada, se sentia preso ao imitar aquelas pessoas vazias. Quando ele se deu conta ele se tornou um adulto vazio, como os que ele imitava. Ele queria voar, ele precisava RESPIRAR, ele queria liberdade de toda aquela falsidade, ele queria ser livre, ele queria ar!!! Então ele se torna um aviador! E ao testar um avião ele tem problemas e cai no meio do deserto...Lá, depois de uma noite desmaiado, ele encontra um menino, ou melhor, é encontrado por ele, vestido de príncipe ( O Pequeno Príncipe ) que veio de outro planeta em busca de conhecimento e lhe ensina muitas coisas fascinantes. A maior lição que eu tirei do filme é que eu nunca deveria ter deixado a VOZ morrer quando criança, ou melhor, se calar, assim como ele fez e eu também estava fazendo!!! Eu estava agindo como o aviador, deixando morrer essa voz sábia que eu tinha quando criança! Ele só se da conta disso quando "perde" o menino, quando o menino vai embora por ele não se importar com as coisas realmente importantes tão distraído na sua "adultice" que nem percebe como estava agindo...aí é que ele percebe, se desculpa e vê que estava sendo como os adultos, e vai atrás do menino. O Pequeno príncipe lhe pede um desenho, que ele não desenhava desde o episódio da cobra e do elefante...e o menino é o único sábio que pode perceber a verdade do desenho dele! O único que vê a cobra dentro do elefante!

Percebi que não quero ser como a aviador, me tornando um desses adultos vazios e acabar perdendo o sábio menino que porventura venha falar-me. Preciso estar preparada para ouvir, como criança. o que a criança terá para me dizer...Jesus também sugeriu que não deixássemos de ser como as crianças, não é verdade? E não é à toa que o Timo, glândula correspondente ao Chacra cardíaco só é desenvolvido na infância e os médicos não sabem sua utilidade na vida adulta...

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..."Porque é que eu tenho que tirar fotos? Eu não quero fazer uma pose e parecer o que eu não sou! Por que é que tenho que vestir essa roupa? Eu não escolhi essa roupa!! Eu não quero sorrir! Por que é que eu tenho que ficar em frente a essa árvore? Se você acha a árvore tão bonita, fotografe só a árvore ué!!!!

Coitada da minha mãe...foi ter uma filha E.T...

Bianca Bianca..., :) pior que é desse jeito..., a impressão que eu tinha é que estava sempre errado, pois do jeito que eu queria, nunca podia, tinha que ser assim ou assado, porque fulano de tal faz assim e tal..., naquela epoca tinha "ditadura" em casa tambem, e não tinha conversa :x

;)

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