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Cuidado, você pode ser um espiritualista ‘de araque’!


Svedese_Sil

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Cuidado, você pode ser um espiritualista ‘de araque’!

March 16, 2009 by admin

Filed under Universalismo na prática

Outro dia um amigo espiritualista veio se queixar para mim. Ele estava revoltado porque criticou sua namorada que vivia preocupada com a aparência física e nada com o mundo interior. Ele não gostou quando a namorada brigou com ele e disse que não queria saber dessas coisas de elevação espiritual.

Então eu perguntei a ele o porquê dele ter criticado a namorada. Ele olhou espantado para mim e devolveu que não criticou ninguém, mas que Deus fez isso, já que Deus é a causa primária de todas as coisas. O problema, disse ele, é que ela (a namorada) se revoltou com a crítica ao invés de compreendê-lo e passar a se preocupar com a elevação espiritual. Em outras palavras, ele estava puto porque a namorada não fez o que ele queria que ela fizesse: se preocupar com a elevação espiritual.

Eu já estava entendendo onde ele queria chegar. Meu amigo estava vendo a própria crítica como emanação de Deus, mas não a revolta da namorada em não querer saber desse negócio de evolução. Ele não estava percebendo isso. Ele achou que a razão da revolta e da briga foi o querer individual da namorada, quando na verdade isso também foi emanado por Deus, pelo Universo, como uma prova para ele, para ver como ele iria reagir sentimentalmente diante da frustração e contrariedade de alguém não querer fazer o que ele acha certo, bom e justo.

Muitos espiritualistas são como meu amigo. Eles falam: ‘eu não faço nada, é Deus’. Mas quando recebem de volta ‘na mesma moeda’ eles se esquecem da idéia Deus causa primária e sentem ódio do agente carmático que está sendo usado por Deus para aquele ato. Eles acham que o ato é algo injusto, errado, mau, como se a única razão do ato fosse a pessoa ter alguma antipatia com eles. Esquecem-se totalmente que não há ato errado, mau ou injusto algum, mas uma prova para o espírito, para ver como ele vai reagir sentimentalmente ao ato.

Por isso, meu caro amigo, evite ser um espiritualista ‘de araque’. Da próxima vez que acontecer algo que você julgou como mau, errado, injusto, perseguição, etc, ao invés de se perguntar: ‘por que estão me ferindo?’, pergunte-se: ‘por que eu estou me ferindo vendo algo errado neste ato amoroso e que foi emanado por Deus apenas para me auxiliar na minha elevação espiritual?’. Você vai ver que aquele espírito que está por trás do ato é seu melhor amigo. Ele está lhe acordando e mostrando onde você está se apegando sentimentalmente, onde você está colocando motivos para amar e condições para ser feliz. E se observar bem dentro de si mesmo, ficará espantado com o quanto poderá aprender com este acontecimento que você tinha julgado precipitadamente como errado, mau e injusto.

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É a famosa "empatia", que é um troço dificílimo de se exercitar. A gente sempre tende a se colocar como os portadores da razão, mas se nos colocamos no lugar do outro vemos que a coisa não é bem assim.

É meio que uma forma de tentar se desapegar do próprio ego, se colocar pra fora da posição de "estou no centro do universo".

Tenho tentado exercitar isso, mas é difííííííícil....

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  • 1 year later...

As pessoas se agrupam pelas semelhanças, são justamente as grandes afinidades que formam grandes amizades e grandes relacionamentos, logo, esse tipo de conflito não existiria se as pessoas não tivessem se deixado atrair por "outras variáveis" que não a semelhança interior.

Aí só resta aguentar o rojão das diferenças.

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Mas aí entra a questão do "todos são professores". As diferenças podem servir exatamente para nos ajudar a crescer e respeitar :)

E servem. É impossível que não existam diferenças, sempre haverá, mas se você aceitar grande diferenças terá que lidar com grandes dificuldades, como um professor regular tentando ensinar crinças cegas a ler. Voce precisará ser um professor de braile, ou vai dar se dar mal e traumatizar o aluno. Ambos sofrerão, que é o mais comum nesse tipo de casal.

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Poderse-á dizer que sentimos atração pelas pessoas com as mesmas qualidades do que nós e sentimos sentimentos negativos com alguém que possua um defeito que o nosso próprio ego possui, mas para o qual não o admitimos. Eis uma forma de traçar a personalidade que possuimos, ou seja, de traçar o ego.

(P.S. refiro-me a sentimentos automáticos, claro que há outros motivos para não gostar de alguém, mas independentemente disso, devemos tratá-lo como um ser como o eu, embora seja por vezes dificil)

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