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ONDE A RELIGIÃO TERMINA?


AndreLM

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Segue site sobre este livro de um ex-sacerdote católico, que constitui esclarecedora demolição dos fundamentos da crença religiosa.

Combinando fatos, vivências pessoais e uma abordagem multidisciplinar que inclui História, Sociologia, Filosofia, Antropologia, Teologia e Conscienciologia, o autor expõe as irracionalidades e enganos do cristianismo e de outras religiões do Planeta. Texto imprescindível para todos os interessados na análise da influência da religião sobre a consciência humana.

Vale a pena ler!!!

http://www.ondeareligiaotermina.com.br/

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Complicado falar em demolir crenças pois parece agressivo a toda uma multidão de pessoas que são beneficiadas com essas religiões.

E os argumentos do site não me pareceram sérios mas sim muito ofensivos, fala em homossexualidade dissimulada do clero, pedofilia, mas não mostra que são desvios puntuais, generaliza como se todos fossem culpados.

Criaram até um termo chamado de síndrome da ectopia afetiva dizendo que os religiosos desenvolveriam isso.

Porém toda generalização é grosseira pois há e haverão padres e freiras com vocação verdadeira passando muito longe de desvios sexuais e fazendo o bem a muita gente.

Já os vídeos não apresentam nada de realmente novo sobre o cristianismo e especulações sobre jesus histórico, coisa já muito explorada em códigos da vinci e livros do gênero.

Bem superficial a pesquisa, se o autor queria detonar o jesus histórico ele poderia ter procurado fontes mais quentes como Ambelain por exemplo.

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Júlio, essa entrevista é bem informal à cerca dos assuntos abordados no livro. Digo isso pois já li ele todo e a quantidade de informação fundamentada e com profundidade é incrível.

É claro que como eu não tenho religião, esse livro não me afetou em nada (não apertou no calo), apenas agregou conhecimento, portanto não posso categoriza-lo como agressivo ou "produto de mágoa". O que eu percebi, sendo imparcial, é que ele expõe, fundamentado, grande parte das falhas do cristianismo e de outros sistemas religiosos como o zen-budismo e islamismo. Mostra claramente que toda religião é sectária, ou seja, antiuniversalista e por ai vai.. Esse é o foco, tratar sobre religião (cristã principalmente).

A questão do homossexualismo e pedofilia e de todo os bastidores do catolicismo foi algo que os 20 anos de "profissão" deram de bagagem para ele relatar nesse livro, grande parte do que ele fala são histórias internas (dele também, inclusive) e estatísticas, então não é algo generalizado nessa questão.

É claro, tudo que está nesse livro vai soar agressivo a qualquer cristão que acredite fielmente em sua crença. Mas como esse livro, existem outros que também são bem ofensivos ao cristianismo como: "Carta a uma nação cristã", "Deus, um delírio" e outros da mesma linha de autores. Só que a grande diferença é que quando alguém mete o pau numa religião, normalmente, é ateu, nesse caso não, o autor trabalha com o paradigma consciencial.

Talvez a mensagem que o livro passa é: Você não precisa de religião nem de intermediários, você é autônomo.

Abraços.

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Já vi a entrevista completa, não foi necessário ler a obra pois pela entrevista já pude ver que tipo de argumentação e bibliografia foi usada.

Reitero que achei fraco, as fontes usadas não vão fundo na questão do jesus histórico. Digo isso porque estudo esse tema faz mais de 15 anos em obras bem técnicas.

Se vamos entrar a fundo no assunto religião seria preciso voltar às raízes disso tudo.

É preciso entender o caráter esotérico, seleto e iniciático, existente dentro das religiões e sua ligação com o exotérico, do povão.

Também é preciso estudar todo o simbolismo existente desde as primeiras formas de religião e evolução desses símbolos em diversas culturas para realmente se compreender a importância político-moral da religião e como isso tem consequências no holopensene de um povo e suas consequências em fenômenos parapsíquicos (por causa da energia dos ritos e do holopensene o que é muito diferente de egrégora).

A coisa vai longe e é preciso estudar muito por muitos anos, felizmente há alguns autores que trabalham dessa forma, muito longe de Dans Browns da vida.

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Fazer o bem é relativo.... Será que consolação não é somente um alívio a curto prazo, mas autoengano a longo prazo?

E ser padre, não faz parte de um processo de várias vidas de dependendia religiosa, ou seja, da mensagem da esperança que só diz o que agradável mas nem sempre verdadeiro?

Lavagem cerebral é um processo muito sério, e concordo com o Olympio, o livro é fantástico.

Como a questão é polemica, sugiro para quem quiser discutir as idéias o espaço de debates no site do autor, pois lá há espaço para se discorrer sobre os diversos temas do livro (não caberia em um só tópico).

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Vejo que o colega tem a intenção de promover o debate sobre lavagem cerebral e esclarecimento.

Também vejo por seu avatar que é admirador da projeciologia.

Pode parecer legal criticar outras crenças mas por outro lado você acharia legal dissecarmos toda a lavagem cerebral e bobagens existentes na conscienciologia ?

Digo isso com autoridade pois conheço 3 dos co-fundadores dos primórdios e me contaram o que realmente aconteceu. Dos trabalhos todos só o projeciologia é útil, ainda sim é uma compilação que teve ajuda de outras pessoas nunca lembradas, que escreveram capítulos.

Muito disso foi contado pelo Vasconcellos no blog dele. Acho inutil continuar essa polêmica de ser contra ou favor de religiões, principalmente os agressores saem perdendo nessa.

Esclarecimento e consolação devem andar de braços dados em nossos tempos.

As religiões fazem bem a muita gente e há mentores que aproveitam nas energias fraternais a oportunidade para nos ajudar.

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Não concordo com essa dicotomia "consolação X esclarecimento". Não são coisas, necessariamente, separadas. Em muitos casos, se entrelaçam. Algo que esclarece pode consolar, e vice-versa. Isso à parte, existem pessoas com as mais variadas necessidades e níveis de evolução intelectual e espiritual e, portanto, algumas pessoas não estão preparadas para ser "esclarecidas" enquanto que, para outras, ser "consoladas" é muito pouco.

E quando falamos em esclarecimento, é bom pontuar que isso pode ser feito de diversas formas, sob os mais variados prismas. Doutrinas/filosofias/religiões diferentes proporcionarão ensinamentos diferentes. E, portanto, "esclarecerão" de formas diferentes.

Aliás, essa palavra "esclarecer" me incomoda um pouco quando o assunto é espiritualidade. Sinto um "quê" de arrogância, pois esclarecer significa trazer a verdade e ninguém traz a verdade. O que se faz é trazer uma interpretação, uma visão, dos fatos.

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Então, como bem sabemos, a palavra esclarecer da uma gama de interpretações, até mesmo da-se a entender que ao esclarecer estaremos dando a nossa "verdade" para a pessoa. Só que, originalmente, a "tares" ou "tarefa do esclarecimento" não foi conceituada para ser a verdade absoluta e sim um gatilho, ou seja, a parte do esclarecimento vai até certo ponto, pois é impossível fazer alguém ter certeza daquilo que não experimentou, daí entra a fé.

Edit:

Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia[1] ) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.
Final do Edit

Basicamente, o esclarecimento que tanto falamos, proposto pela conscienciologia, trata-se de abrir os olhos da pessoa para a multidimensionalidade, energias e carma, ou seja, o básico da espiritualidade. Coisa que praticamente todos aqui no forum admitem e grande parte já teve experiências que confirmassem algo nesse sentido, portanto, sabendo que a multidimensionalidade é um fato (auto-comprovável pela experimentação), por que não esclarecer nesse sentido? A existência da energia é a mesma coisa, é auto-comprovável pela experimetação e essa vai mais longe, ela repercute fisicamente, só abrirmos os olhos que perceberemos. Já o carma é um pouco mais complexo de ser esclarecido pois é muito subjetivo o conceito, mas juntando histórias da vida pessoal e analisando é possível traçar uma linha cármica.

Não acho que esclarecer tem um "Q" de arrogância pois, esclarecer, seguindo essa linha (acima) é o mesmo que dizer algo relacionado a matemática, física, química, português, etc. O que muda é que a pessoa não poderá ficar apenas assimilando, ela, em tese, por si só irá experimentar e tirar suas próprias conclusões (pois a espiritualidade é prática, não teórica), assim como a maioria de nós o fizemos escutando os áudios do IVA. O Saulo é arrogante? Pois ele faz é exatamente isso que eu disse lá em cima, ele esclarece para a multidimensionalidade, energias e carma (como não criar mais).

Agora se a gente levar pro lado das religiões, vamos perceber algo avesso a isso, as verdades já estão formadas e são absolutas, ou seja, estão e estarão engessadas por um bom tempo, sem chances de aperfeiçoamento ou questionamento. O discurso religioso é isso, ele não implica em experimentação e auto-comprovação, ele da tudo mastigado (vedade absoluta) e você DEVE, sujeito a punição por um ser invisivel, assimilar tudo aquilo e seguir como único caminho, entretanto, existem algumas exceções, o espiritismo e o budismo são algumas delas, os dogmas não são tão fechados a ponto de existir uma condenação eterna, mas na grande maioria existe. Mas mesmo assim, são locais aonde você entra, recebe todas as verdades, não precisa questionar ou experimentar, é daquele jeito e pronto, você só precisa seguir para ser salvo.

Repetindo, o esclarecimento não é isso, dar verdades e esperar que a pessoa assimile tudo aquilo. Esclarecer é, mostrar que existe X e dizer que é possível você comprovar fazendo Y.

Observe como o IVA estrutura seus áudios, o Saulo grava os áudios de esclarecimento e depois grava as técnicas que tornam possíveis a experimentação de todos os conceitos que ele passou previamente.

É claro que, nem por um segundo, tiro a eficiência da consolação pois ela atinge as necessidades básicas do corpo e da mente (conforto) e existem pessoas que, na atual circunstância de suas evoluções, não precisam de nada além de conforto. Por isso eu não sou contra a religião, elas fazem até bem... E como muitos disseram já, a tares e a tacon devem se complementar e não tomar distância uma da outra.

Abraços.

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Então, como bem sabemos, a palavra esclarecer da uma gama de interpretações, até mesmo da-se a entender que ao esclarecer estaremos dando a nossa "verdade" para a pessoa. Só que, originalmente, a "tares" ou "tarefa do esclarecimento" não foi conceituada para ser a verdade absoluta e sim um gatilho, ou seja, a parte do esclarecimento vai até certo ponto, pois é impossível fazer alguém ter certeza daquilo que não experimentou, daí entra a fé.

De qualquer forma, Olympio, “esclarecer” significar “trazer à luz”, ou seja, trazer à verdade. Não acho que esse termo seja adequado porque, seja qual for o princípio, o que há, realmente, é a leitura dos fatos a partir de um determinado prisma. Pode até ser que seja um “esclarecimento”, mas é um esclarecimento direcionado por uma visão pré-determinada.

Basicamente, o esclarecimento que tanto falamos, proposto pela conscienciologia, trata-se de abrir os olhos da pessoa para a multidimensionalidade, energias e carma, ou seja, o básico da espiritualidade. Coisa que praticamente todos aqui no forum admitem e grande parte já teve experiências que confirmassem algo nesse sentido, portanto, sabendo que a multidimensionalidade é um fato (auto-comprovável pela experimentação), por que não esclarecer nesse sentido? A existência da energia é a mesma coisa, é auto-comprovável pela experimetação e essa vai mais longe, ela repercute fisicamente, só abrirmos os olhos que perceberemos. Já o carma é um pouco mais complexo de ser esclarecido pois é muito subjetivo o conceito, mas juntando histórias da vida pessoal e analisando é possível traçar uma linha cármica.

É auto-comprovável até certo ponto, não? Lembra-se do tópico onde o rapaz questiona a veracidade das viagens astrais que teve ao longo de cinco anos? A partir de sua observação pessoal, ele chegou à conclusão de que era tudo fabricado por seu cérebro. Ele concluiu que a VA é pura criação mental. E ele diz ter comprovado isso, empiricamente.

Existem uma série de filosofias ateístas que também se propõem a “esclarecer”. Fazem isso a parte de seu ponto de vista, pois acreditam piamente não haver Deus, espíritos, energias, chacras, etc, etc, etc. Estão esclarecendo? Se dissermos que estão “trazendo a verdade”, isso pode ser questionado. Se dissermos que estão apenas esclarecendo sobre sua forma particular de enxergar o mundo, aí sim.

Não acho que esclarecer tem um "Q" de arrogância pois, esclarecer, seguindo essa linha (acima) é o mesmo que dizer algo relacionado a matemática, física, química, português, etc. O que muda é que a pessoa não poderá ficar apenas assimilando, ela, em tese, por si só irá experimentar e tirar suas próprias conclusões (pois a espiritualidade é prática, não teórica), assim como a maioria de nós o fizemos escutando os áudios do IVA. O Saulo é arrogante? Pois ele faz é exatamente isso que eu disse lá em cima, ele esclarece para a multidimensionalidade, energias e carma (como não criar mais).

Eu não disse que o ato de ensinar é arrogante. Eu disse que a palavra “esclarecer” traz um quê de arrogância, pois se propõe a trazer a verdade, e a verdade é algo relativo. Não acho que religião/filosofia/doutrina alguma conheça, efetivamente, a verdade. Talvez pedacinhos dela, não mais que isso. A conscienciologia se propõe a ensinar um caminho para a busca de verdades. No entanto, essa é uma forma particular de se tentar chegar até ela. E não necessariamente a melhor, a mais correta e nem a mais próxima da realidade.

Agora se a gente levar pro lado das religiões, vamos perceber algo avesso a isso, as verdades já estão formadas e são absolutas, ou seja, estão e estarão engessadas por um bom tempo, sem chances de aperfeiçoamento ou questionamento. O discurso religioso é isso, ele não implica em experimentação e auto-comprovação, ele da tudo mastigado (vedade absoluta) e você DEVE, sujeito a punição por um ser invisivel, assimilar tudo aquilo e seguir como único caminho, entretanto, existem algumas exceções, o espiritismo e o budismo são algumas delas, os dogmas não são tão fechados a ponto de existir uma condenação eterna, mas na grande maioria existe. Mas mesmo assim, são locais aonde você entra, recebe todas as verdades, não precisa questionar ou experimentar, é daquele jeito e pronto, você só precisa seguir para ser salvo.

Concordo. E a ressalva do budismo e do espiritismo são importantes.

Repetindo, o esclarecimento não é isso, dar verdades e esperar que a pessoa assimile tudo aquilo. Esclarecer é, mostrar que existe X e dizer que é possível você comprovar fazendo Y.

Observe como o IVA estrutura seus áudios, o Saulo grava os áudios de esclarecimento e depois grava as técnicas que tornam possíveis a experimentação de todos os conceitos que ele passou previamente.

Sim. Mas eu prefiro dizer que o Saulo não está esclarecendo. Gosto mais de dizer que ele está ensinando um caminho. O caminho que funcionou com ele e que o levou a tirar determinadas conclusões. Se esse é o melhor caminho ou se as conclusões que ele leva são “boas” ou “reais”, aí já é uma acepção pessoal. E questionável.

É claro que, nem por um segundo, tiro a eficiência da consolação pois ela atinge as necessidades básicas do corpo e da mente (conforto) e existem pessoas que, na atual circunstância de suas evoluções, não precisam de nada além de conforto. Por isso eu não sou contra a religião, elas fazem até bem... E como muitos disseram já, a tares e a tacon devem se complementar e não tomar distância uma da outra.

Abraços.

Concordo plenamente.

Abraços!!

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eu prefiro dizer que o Saulo não está esclarecendo. Gosto mais de dizer que ele está ensinando um caminho
O Saulo, por meio dos áudios, faz um ótimo trabalho de base esclarecendo a multidimensionalidade, energias e reforma íntima. Pois se ele não estivesse esclarecendo, seria o cara mais egoíco do mundo pois criou um site e um fórum apenas para comentar da própria vida/"caminho"... só muda a semântica.

Devido ele promover esse trabalho de base, ou seja, um conhecimento inicial à cerca da teoria e prática da espiritualidade, ele, não necessariamente ensina um caminho e sim abre um leque de possibilidades. Da pra ver essa variedade de "caminhos" aqui no fórum, pois reúne a galera que escutou os áudios.

Em 2009, quando me cadastrei aqui, a uniformidade de pensamentos e ideias era até um problema pois praticamente todos abordavam as coisas da mesma forma, devido principalmente à falta de experimentação. Ao longo dos meses e anos, as pessoas foram tendo seus experimentos, suas práticas, descobrindo autores, aprofundando o conhecimento básico, etc... O que temos hoje? Uma gama de caminhos diferentes e como confirmamos isso? O número de tópicos polêmicos e debates em alto nível (rs) vem aumentando diariamente. A gente está amadurecendo, consolidando conceitos, se identificando com autores X e Y e aumentando nossas certezas íntimas baseadas na vivência desses fenômenos.

Sem dúvidas precisamos definir algo claro aqui, verdades absolutas não existem, elas vão se moldando de acordo com a evolução e o ponto de vista de cada consciência (temos vários exemplos disso, um clássico é da terra plana e terra redonda), por isso a conscienciologia denominou de "verdade relativa de ponta", ou seja, é uma verdade que nesse atual momento da evolução é a mais correta, aplicável e ao mesmo tempo passível de mudanças e sobreposição.

O esclarecimento vem em cima disso, do mais avançado do momento e não de coisas ditas "verdades absolutas". Na visão religiosa, esclarecimento não existe, o que existe é lavagem cerebral, moldando a personalidade àquele padrão imutável de ideologia. Talvez por causa disso, essa palavra (esclarecer) vem se tornando alvo de críticas.

Abraços.

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Segue interessante entrevista dada ao Jornal do Commercio de Recife.

Discordo do ponto de vista do referido autor sobre o livro 700 experimentos (particularmente acho muito voltado a opiniões pessoais do Waldo), e também sobre a verdade relativa de ponta, pois seria presunção ter a referencia exata do que seja de ponta, mas respeito e concordo com as principais idéias.

Entrevista

Marcelo da Luz fala sobre seu polêmico livro

Autor de Onde a religião termina?, ex-frade franciscano explica porque defende que as religiões fazem mal à humanidade

Publicado em 24/05/2011, às 06h10

AD Luna

Especial para o JC

Tema de reportagem do Caderno C desta terça (24), o livro Onde a religião termina? (Editares), escrito pelo ex-padre Marcelo da Luz, é crítica contundente contra todas as manifestações religiosas, em especial, ao cristianismo e a seu maior ícone: Jesus Cristo. O autor dedica capítulo inteiro ao Nazareno, afirmando ter sido ele “um sectário, obscuro em muitos momentos” e de ter usado “discurso demagógico e populista, coerção psicológica para convencer os devotos (medo do inferno, proximidade do juízo final), de fomentar o fanatismo e de insuflar a violência em alguns momentos”. Apesar de concordar em vários pontos com as opiniões de outros críticos modernos da fé como o biólogo britânico Richard Dawkins (autor do best-seller Deus um delírio) e do neurocientista americano Sam Harris (O fim da fé), o pesquisador da Conscienciologia (neociência proposta pelo médico brasileiro Waldo Vieira, a qual admite hipóteses como a sobrevivência da mente humana após a morte) Marcelo da Luz rejeita a tese de que gênese da religião tenha surgido a partir de delírios dos nossos ancestrais, mas de “enganos parapsíquicos”. Leia trechos da entrevista concedida ao Jornal do Commercio.

Jornal do Commercio - Como tem sido a repercussão do livro e o impacto causado nos meios religiosos e acadêmicos?

Marcelo da Luz - Nos meios acadêmicos, o livro tem sido bem recebido em razão da oportunidade do debate. Nas palestras feitas em diferentes ambientes e cidades, sempre temos a presença de universitários e outras pessoas interessadas no estudo da crítica ao fenômeno religioso. Nos meios religiosos, a situação é mais complexa. Tenho notícia de vários ex-colegas que leram o livro e se surpreenderam positivamente. Contudo, a maioria dos religiosos reage negativamente. Recebi comentários bastante agressivos, tanto de bispos e padres como de devotos simples. São expressões de indignação quanto à postura crítica apresentada no livro. O interessante é que nenhum desses leitores foi capaz, até o momento, de refutar as teses do livro. Os religiosos indignados recorrem sempre à defesa cega da instituição eclesiástica e aos apelos emocionados, típicos de quem não admite questionamento ao “sagrado”. Uma reação comum, nesse contexto, é o ataque pessoal: dizem que se tenho a necessidade de “denegrir” a Igreja Católica (ou outras religiões) é porque devo ser alguém profundamente infeliz ou psicologicamente transtornado. A questão é que se alguém lê o texto com um mínimo de isenção, perceberá que não existe lá nenhuma tentativa de vingança, agressividade, sarcasmo ou provocações. É um texto argumentativo, uma análise, que em determinados momentos expõe graves mecanismos de corrupção da mente e da instituição religiosa, mas sem perder o respeito pelos interlocutores. O livro, também, tem o cuidado de ser a proposta de diálogo, a possibilidade de interlocução. Não é um texto dogmático, no qual se apresenta uma nova verdade absoluta. Não estamos trocando uma religião por outra. Por isso mesmo, o título do livro é uma pergunta e não uma afirmação: “Onde a religião termina?”.

A diretriz norteadora das discussões conscienciológicas é o Princípio da descrença: Não acredite em nada. Nem mesmo naquilo que você lê aqui. Experimente. Tenha suas próprias experiências

JC – De acordo com sua visão, as religiões trouxeram e continuam trazendo muitos prejuízos para a humanidade. Quais seriam eles?

Marcelo - Em primeiro lugar, a religião fomenta a formação da mente sectária, isto é o devoto vai interpretar o restante do mundo por meio do foco dogmático da doutrina professada pela sua religião. Estará convencido de que o seu grupo é dono da “verdade” ou “revelação” absoluta. Isso gera, frequentemente, o sentimento de que o devoto de uma religião diferente, o “outro” é um rival, um opositor, um inimigo. No cristianismo, existem cerca de 33.800 seitas diferentes, todas pretensas candidatas à “verdade única” do cristianismo. Alguém poderia objetar que isso é um comportamento observável apenas nos pequenos grupos, as seitas. Mas nas grandes religiões ocorre o mesmo. A mente sectária está presente tanto na Igreja Católica, que tem aproximadamente um bilhão de fiéis, assim como na igrejinha da esquina, que acabou de ser inaugurada, com 30 fiéis. Recordo-me a esse respeito, a orientação que recebíamos em Roma, no seminário internacional da Ordem Franciscana. Foi-nos dito que não deveríamos aspirar ao “ecumenismo franciscano” (a Ordem Franciscana está dividida em três grupos, que já brigaram muito no passado), mas sim defender nossas raízes e antigas tradições. Inexiste religião universalista.

Outro problema dos mais sérios é a promoção da dependência consciencial. Por um lado, as pessoas, em geral, inseguras quanto aos recursos pessoais (talentos e capacidades) anseiam encontrar alguém que lhes aponte uma estrada certa e lhes diga o que fazer. Por outro lado, os líderes religiosos julgam ter as fórmulas seguras que levam à realização absoluta. Uma metáfora evangélica expressa essa relação de dependência: “pastores e ovelhas”. Animais passivos e indolentes, as ovelhas obedecem ao comando do pastor. “Rebanho” é outra metáfora que expressa a noção de “massa impensante”. Devotos escolhem renunciar ao pensamento próprio para “terceirizarem” suas escolhas existenciais.

Abordamos também o vínculo existente entre religião e violência. Inegavelmente, o passado e o presente da Humanidade são manchados de sangue derramado pelos religiosos. Essa violência é algo intrínseco aos credos religiosos, ou a fé das populações fanáticas apenas tem sido usada por outros sujeitos interessados no poder político e econômico. Penso que a religião carrega em si a semente da violência, pois a pregação da verdade absoluta exige sempre defesa e controle. Os livros sagrados (Bíblia e Alcorão, por exemplo) estão repletos de textos que incitam à violência. Enquanto forem considerados “Palavra de Deus”, esses textos continuarão a funcionar como bombas-relógio prontas a eclodir a partir das mentes sectárias.

JC – Atualmente, religiosos mais progressistas (talvez, o dalai lama, líder budista tibetano, seja um representante dessa linha) têm falado sobre a possibilidade de diálogo entre as religiões e mesmo entre descrentes no que se refere à ênfase no humanismo e espiritualidade. Esta, porém, tomada pelo sentido de valores humanos. O que você pensa a respeito disso?

Marcelo - Muitos dirão que um dos maiores benefícios das religiões (e talvez uma das justificativas para sua permanência) é a pregação da paz e da justiça entre os povos. Mostramos no livro que esta ideia é um mito, pois as religiões, historicamente, sempre fizeram apologia da tirania e da escravidão. A defesa dos direitos humanos é uma ideia secular, não religiosa. Se hoje muitos religiosos se identificam como arautos da paz é porque o mundo secularizado exige isso. Mas a partir dos problemas que apontamos (sectarismo, promoção da dependência, discurso irracional), dificilmente a “paz” pregada pelos religiosos poderá ter substância para garantir entendimento saudável entre os povos. A redescoberta da “espiritualidade”, isto é, o autoconhecimento enquanto relação com o “transcendente” pode representar um avanço dentro do itinerário existencial daqueles que antes estavam muito presos à religião institucionalizada. O problema é que, geralmente, essa “espiritualidade” é vivenciada como outra forma de dependência. A pessoa continuará a atribuir suas vivências mais concretas à relação com alguém superior, mesmo que este “superior” seja compreendido como algo extremamente abstrato que se manifesta no “interior” dela. Você mencionou o dalai lama. Por que alguém, para falar de paz e compaixão, precisaria ter uma relação de subserviência com o universo? Por que alguém precisaria defender a necessidade de ser chamado de “Sua Santidade”? Argumentamos no livro que a transcendência da consciência sobre a matéria é um fato conatural à vida humana e, portanto, cada indivíduo pode ser autônomo e autorresponsável quanto às experiências “extrafísicas” (considerem-se aqui os fenômenos “paranormais” da viagem astral ou desdobramento, precognição, clarividência e tantos outros). Inexiste a necessidade de genuflexão diante de qualquer outra consciência ou realidade do cosmo. A autonomia do experimentador mediante a aplicação do “princípio da descrença” é uma das premissas básicas da Conscienciologia.

JC – Você levanta outra hipótese a respeito da origem das religiões: o “engano parapsíquico”. Poderia explicar essa ideia?

Marcelo - Durante muito tempo, a tradição cristã de base católica ensinou ao povo que sofrer resignadamente era virtude. Nesse contexto, o “milagre” era algo raro, patrocinado pelos santos tradicionais, mas sempre alimentado pela esperança dos fiéis. Os movimentos cristãos mais contemporâneos, especialmente o neopentecostalismo, “democratizaram” o milagre, tornando-o “mercadoria” acessível. O que move as multidões a migrarem de igreja em igreja é a expectativa do extraordinário, a obtenção do “favor” divino. Hoje, essa sede de milagres é explorada comercialmente, dando razão à máxima “Templo é dinheiro”. No meu livro, defendo a ideia de que o ponto comum entre todas as tradições religiosas é a vivência seguida da má interpretação dos fenômenos parapsíquicos (ou “paranormais”). Muito do que o cristianismo chama de “milagre” (e aqui é preciso ter cuidado, pois além das curas legítimas, frequentemente ocorrem também falsificações, charlatanice e autossugestão), é expressão daquilo que podemos chamar de parapsiquismo ou paranormalidade. É uma capacidade própria do ser humano, pois nós transcendemos a matéria. O fato é: desde o princípio da humanidade, o parapsiquismo é exercido naturalmente por nós (visões de "espíritos", audição de vozes, manipulação de energias, telepatia, saída do corpo físico, e muitos outros fenômenos). O problema é que, desde o início, as pessoas dão uma interpretação religiosa a esses processos, criando dependência nos outros e estabelecendo o poder e controle religioso. O próprio Jesus histórico foi um parapsíquico, mas interpretava erroneamente suas próprias capacidades, e acabava fascinando os ignorantes (penso que ele fosse bem-intencionado, mas o resultado foi o fanatismo). Todas as religiões nasceram a partir de fenômenos parapsíquicos mal interpretados. Exemplos: a origem do Islamismo foi a psicografia do Alcorão; o cristianismo se originou das aparições do ressuscitado, nada mais do que a aparição de espírito, fenômeno reproduzido hoje com relativa facilidade em sessões mediúnicas, a partir do ectoplasma dos médiuns. A ciência convencional evita e, em muitos casos, despreza qualquer consideração sobre a paranormalidade ou natureza extrafísica da consciência. Assim, o parapsiquismo tem sido relegado, à condição de ocultismo, magia, espiritualismo, “poder da mente”, ou milagre que exige a fé. Aqui se insere o diferencial da Conscienciologia, ciência proposta pelo pesquisador brasileiro Waldo Vieira. A Conscienciologia busca investigar objetivamente a realidade da consciência, sem crendice ou mistificação, reconhecendo no parapsiquismo a chave para a pesquisa da realidade multidimensional do ser humano, algo ainda amplamente ignorado pela ciência comum.

JC – Você afirma que diversos episódios da vida de Jesus são ficções teológicas. Seria o principal foco de veneração dos cristãos apenas um mito?

Marcelo - O capítulo cinco do livro é dedicado à desconstrução da divindade atribuída a Jesus Cristo. Há uma diferença entre o que foi o Jesus histórico (Jesus de Nazaré, cidadão palestino do séc. 1, sobre quem sabemos pouquíssimo) e Jesus Cristo, um homem divino inventado pela fé dos seguidores. Os evangelhos não são biografias, mas relatos teológicos (interpretações divinizadas) escritas várias décadas após a morte de Jesus de Nazaré. Pedro e Paulo viam Jesus como um homem especial, mas não o consideravam divino. Entre os evangelhos, a explícita afirmação da divindade de Jesus só ocorre no evangelho de João, escrito pelo menos 70 anos após a morte de Jesus. Mas a essa altura, já circulavam muitos outros relatos com diferentes interpretações sobre o Nazareno. Nos séculos seguintes, os escritos divergentes foram destruídos para que a definição dada pelo Concílio de Niceia, no ano 325, fosse a única interpretação aceitável. Esses dados históricos mostram como a figura divina do Cristo é um produto pouco a pouco construído pelo fanatismo e interesse político de seus seguidores. Por outro lado, essa desconstrução pode ser feita a partir do conteúdo dos evangelhos, pois os ensinamentos e obras de Jesus apresentam muitas inconsistências. Ele foi sectário, obscuro em muitos momentos; usou discurso demagógico e populista; fomentou o fanatismo ao reclamar para si o amor exclusivo dos discípulos; foi ignorante quanto ao próprio parapsiquismo; utilizou muitas vezes a coerção psicológica para convencer os devotos (medo do inferno, proximidade do juízo final), insuflou a violência em alguns momentos; pregou o amor condicional (aqueles que não aceitam sua vontade serão condenados)... só para citar alguns exemplos. Não há motivos racionais para que alguém considere Jesus divino ou o homem mais inteligente e brilhante que já existiu. Muito pelo contrário. Hoje, qualquer pessoa esclarecida pode ir muito além de Jesus Cristo. As pessoas têm medo de questionar a obscuridade e a irracionalidade das proposições do evangelho porque fomos lavados cerebralmente desde o berço por uma cultura de base cristã.

JC – Diversos espiritualistas, a exemplo do filósofo cristão já falecido, Huberto Rohden, dizem que a interpretação do cristianismo à luz da mística do extremo oriente o tornaria mais racional e compreensível. O citado Rohden, por exemplo, diz em um de seus livros - O drama milenar do Cristo Cristo e do anticristo (Editora Martin Claret) – que essa dicotomia contida na Bíblia seria, na verdade, uma representação mítica da luta interna do Homem entre seu “eu inferior” (Anticristo) e o “eu superior” (Cristo). O que você pensa a respeito disso?

Marcelo - Por experiência própria, posso afirmar que esta interpretação continua tão fantasiosa quanto as formulações da espiritualidade cristã original. Durante algum tempo, ainda enquanto padre, também defendi esse sincretismo com o Oriente. Contudo, cobrir algo que já é irracional (a mensagem cristã) com outra coisa também obscura (os misticismos orientais são, em grande parte, resultado da ignorância quanto ao uso ético do parapsiquismo) não resolverá o problema. Afirmamos no livro que a experiência extrafísica direta (possível a qualquer consciência) pode ser suficiente para dispensarmos a fé. Você não precisa “acreditar” na vida após a morte: é possível “saber”, experimentar o que se passa após a morte mediante nossos recursos parapsíquicos (a projeção da consciência ou “viagem astral”, por exemplo). O autoconhecimento pode dispensar qualquer tipo de adulação ou culto a seres supostamente superiores, pois um ser verdadeiramente superior ou evoluído jamais estará interessado na submissão das pessoas.

JC – Você situa o ateísmo e o materialismo como manifestações dogmáticas semelhantes às religiões. Seriam, então, gente como Richard Dawkins e Sam Harris, crentes materialistas?

Marcelo - Reconheço os méritos desses e de outros escritores secularistas. Eles são admiráveis porque trouxeram a religião para a mesa de debate, denunciando os absurdos do pensamento religioso. Mas é inegável que acabam recaindo em um novo dogma: a afirmação da inexistência de “Deus”. Nesse sentido, permanecem ainda presos ao esquema que pretendem combater. Ora, a pergunta sobre o ser originário ou primeira causa do universo está fora do alcance da ciência ou de qualquer conhecimento possível hoje ao ser humano. Raciocinamos em termos de causa e efeito, o que nos leva sempre a perguntar pela causa primeira do universo. Simplesmente não temos essa informação e o discurso teológico pouco ajuda, pois não passa de um exercício de fantasia poética. Os deuses das religiões são interpretações construídas pelos humanos e refletem os limites da cultura, da linguagem e dos interesses políticos dos crentes. Os deuses das religiões (e o deus cristão não é exceção) não existem, são apenas ideias, projeções aumentadas das ambições e desejos humanos. Penso que os escritos de Dawkins e Harris nos ajudam a compreender isso. Contudo, eles acabam dando um salto muito grande ao pretenderem negar a possibilidade de uma causa primeira para o universo, pois simplesmente não sabemos coisa alguma sobre quem ou o que é isso. Esse assunto permanece inalcançável às nossas possibilidades cognitivas.

JC – Mesmo presente em outras doutrinas como a teosofia e a antroposofia, os fenômenos parapsíquicos e a ideia da reencarnação são sempre associados, no Brasil, ao espiritismo, inclusive por boa parte da imprensa. Por que isso acontece?

Marcelo - Sim, o conhecimento da “reencarnação” é anterior ao monoteísmo cristão e algo predominante nas tradições orientais. É também um conceito presente na Teosofia, Antroposofia, Rosacrucianismo e Gnose, entre outros movimentos espiritualistas. Para os ouvidos de quem nasceu no Ocidente, o termo “reencarnação” carrega o peso de algo associado a um misticismo ocultista. Nascemos numa sociedade cuja cultura de base é cristã. Os cristãos sentem ojeriza pela ideia de “reencarnação”. Toda a base da religião cristã repousa sobre a ideia de ressurreição (a pressuposição da aquisição da vida eterna após a vivência de apenas uma vida terrestre). Minha percepção, baseada na experiência de quem foi padre, é que a maioria dos cristãos jamais parou para pensar na inconsistência da ideia de ressurreição. Apenas a repetem porque está nos evangelhos. Ora, como uma consciência poderá estar madura para a “eternidade” em apenas algumas dezenas de anos? Hoje, algumas pessoas conseguem viver até os 100 anos; em tempos passados, em condições precárias, a maioria não conseguia passar dos 30 anos. Percebemos concretamente as diferenças de maturidade entre as pessoas. Às vezes, dentro de uma mesma família, sob o mesmo teto e sob a mesma formação, pessoas apresentam diferenças enormes em termos de responsabilidade, intenção ética, senso de fraternidade etc. Sem experiências suficientes, como poderíamos alcançar “plenitude”? Além disso, a própria noção de eternidade, paraíso, céu, absoluto, denota a ideia de algo estático, a cessação do processo de evolução. Como imaginar que um único indivíduo humano, Jesus Cristo (cheio de imaturidades, como discutimos mais acima) possa ser a medida de todas as consciências do cosmo? Todos deveriam se encaixar em seu modelo sectário, congelado no tempo. A ressurreição cristã mostra-se, assim, antiuniversalista e absurda. É uma interpretação que não concede às pessoas o direito de realizarem as próprias experiências. Elas deveriam apenas copiar um modelo pronto, aceitar a vontade de um deus tirano e ganhar o prêmio, indo para o céu. Quanto aos espiritualismos, o grande problema dos movimentos citados anteriormente é que encerram o conhecimento da “reencarnação” numa aura de segredo e misticismo. O grande problema do espiritismo, embora este tenha experiência da “reencarnação” é que, além de cultivar o misticismo, mantém a figura de Jesus e a ideia do deus cristão como modelos evolutivos. O mais importante nesta discussão é que a “reencarnação”, não é apenas uma crença, mas um fato comprovável. O desenvolvimento da projetabilidade lúcida (viagem astral), a clarividência (percepção de espíritos) e o fenômeno da retrocognição (lembrança de vidas passadas) podem dar ao experimentador o conhecimento (não crença) a respeito do pós-morte. Esses fenômenos e a realidade extrafísica da consciência podem ser estudados objetivamente, sem recurso a qualquer mistificação ou ritual religioso. Por isso, preferimos usar o termo “serialidade existencial” (sucessão de vidas terrenas) no lugar da velha e carregada palavra “reencarnação”.

JC – Dissidentes e críticos da Conscienciologia a acusam de, à semelhança de cultos religiosos, ser também uma seita e de seu criador, Waldo Vieira, ser uma espécie de guru. Um dos livros dele – o 700 Experimentos da Conscienciologia – dizem os detratores, seria uma obra fundamentalista e cheia de regras de conduta, o que poderia ser comparado a um livro religioso. O que você pensa a respeito?

Marcelo - Discordo que o livro 700 Experimentos da conscienciologia contenha fundamentalismos. Muito pelo contrário. A obra é um autêntico antídoto contra qualquer tipo de fundamentalismo (religioso, científico, filosófico ou ideológico). Certamente, o tom iconoclasta do livro chocará as pessoas ainda muito presas ao sentimento religioso. Talvez estes críticos da Conscienciologia estejam confundindo o conteúdo das ideias com o tom histriônico do argumentador. As tertúlias conduzidas pelo prof. Waldo diariamente, pela internet, (http://www.tertuliaconscienciologia.org), 12h30 às 14h30) endereçam vasto número de questões em curto espaço de tempo. Algumas afirmações seriam mais bem compreendidas à luz dos textos publicados pelo autor e também à luz de outras tertúlias no qual o assunto em pauta foi explorado com mais detalhes. A diretriz norteadora das discussões conscienciológicas é o “Princípio da descrença”: Não acredite em nada. Nem mesmo naquilo que você lê aqui. Experimente. Tenha suas próprias experiências. Este princípio derruba qualquer pretensão de dogmatismo ou fundamentalismo. Agora, deixe-me dizer algo importante. Tenho um enorme respeito pelo professor Waldo enquanto pesquisador, intelectual e autor. Contudo, mesmo como propositor da Conscienciologia, ele não é infalível. A Conscienciologia reconhece que suas proposições são refutáveis, e que suas verdades são relativas – verdades relativas de ponta. Isso separa este novo campo do conhecimento de qualquer religião ou doutrina baseada em crença. Necessariamente, para que a ciência avance, mesmo as teses e interpretações do professor Waldo Vieira um dia terão de ser ampliadas ou mesmo superadas. Nesse sentido, acho positivo que algumas opiniões dele sobre arte, política e cultura estejam erradas. É sinal que estamos na companhia de um cientista e não de um guru.

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Olympio,

Creio que não estou conseguindo me fazer entender. Vou tentar de novo: não discordo do trabalho feito pelo Saulo, pelo Wagner Borges, pelo Alberto Cabral, pelo Moisés Esagui, e outros. Se você reparar bem, desde a minha primeira mensagem eu disse que o que me incomoda é A PALAVRA “esclarecer”. Disse que não gosto dela pois a considero pretensiosa. Eu não concordo que os pesquisadores citados acima “esclareçam”. Eu acho que eles fazem um trabalho excepcional, sim, de ensino de conceitos e técnicas que podem levar pessoas a conhecerem mais a si próprias e a espiritualidade SOB UMA ÓTICA ESPECÍFICA. Como eu disse antes, há quem ache que isso não é esclarecer, pois não há provas concretas da veracidades das VAs.

Se não existem verdades absolutas, logo, não se pode dizer que houve esclarecimento, falando de forma generalizada. Podemos dizer que há esclarecimento ACERCA DE UM DETERMINADO ASSUNTO. É isso que a Conscienciologia faz: mostra formas de se chegar a determinadas conclusões QUE SÃO LIMITADAS POIS NASCEM DE UM PRISMA FECHADO.

E não estou falando aqui só de religiões. Existem, por exemplos, vertentes filosóficas que não trabalham com conceitos espirituais ou transcendentes, que “esclarecem” usando outras ferramentas, tais como autoconhecimento psicológico e físico, relações humanas, etc.

São ferramentas diferentes, para conhecimentos diferentes. Repito: discordo do termo “esclarecer” pois sua acepção original, quando o assunto é espiritualidade, não se aplica, em minha opinião. Discordo da palavra, não do trabalho.

Abraços

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Para mim esclarecimento e consolação são bem diferentes, embora não necessariamente separados.

Consolar seria a grosso modo apenas fazer uma cura, dar uma esperança na vida, enfim dar o peixe sem ensinar a pescar.

O esclarecimento muitas vezes é antipático e duro de assimilar, mas ele retira as ilusões da pessoa.

Se o assunto é religião fica muito mais fácil delimitar nosso tema aqui. É bom ressaltar que todas as religiões tem pontos negativos e positivos, e se são diferentes na forma o vocábulo religare significa voltar a fonte, se tornar perfeito.

Neste caminho muita assistência tem que ser feita e penso que esse é o ponto em comum que pode unir todas as religiões, independente de seu caráter histórico e cultural.

Devo dizer que nunca tive religião, apesar de respeitar a todas. As religiões determinam um caminho moral, um caminho seguro, no qual as ovelhas seguem o pastor sem perguntar porque e para onde vão.

Evidente que o estudioso sério conseguirá através de pesquisas sobre história, simbolismo, iniciações e outros temas, verificar que todas religiões determinam um ponto de vista e posicionamento do homem perante o cosmos. Para justificar tal posicionamento são necessários milagres, deuses, fenômenos- enfim um testemunho de um poder superior que justifique a submissão da massa.

Com o século 21 e o estudo do parapsiquismo, agora desvinculado de seitas, todos aqueles fenômenos passam a ser logicamente explicados.

Com o estudo da arqueologia e história das religiões, sem os entraves que a igreja causava, podemos discutir abertamente sobre as fraudes em livros históricos como a Bíblia - quem quiser conferir uma obra magna em 3 partes que disseca a bíblia deveria ler o membro da academia francesa de história, Robert Ambelain.

Sem os tabus que haviam anteriormente muitas questões antes nebulosas estão sendo explicadas, isto é esclarecer e será esclarecido aquele que estiver pronto para receber esse conhecimento.

Lógico que é inútil falar a um evangélico que Jesus não é deus, ele não está pronto, ademais a igreja lhe ajuda tocar sua vida, mesmo que não progrida em discernimento. Isso é a consolação- mantém a pessoa longe do sofrimento, porém sem lhe emancipar.

Sobre o trabalho de Wagner e Saulo pensa que não é puro esclarecimento, pois de certa forma existe uma conivência com religiosidade, é um trabalho misto que esclarece sobre alguns temas e mantém a consolação em outros.

Acho que estão certos, não se atira o "livro da verdade" na cabeça de ninguém. É um trabalho misto.

Podemos comparar isso com o trabalho do Waldo, este visaria mais esclarecer sem dar nenhum centímetro de espaço para o conforto inerte da pessoa. Agora se ele consegue fazer isso ou não me abstenho de opinar, penso que o princípio de ação dele é correto, a forma como o materializa é discutível, mas haverá mais gente trabalhando com conscienciologia no futuro então as subjetividades de a ou b acabarão sendo retiradas.

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A verdade relativa das religiões

"Muitos estão sempre à procura da verdade absoluta, da verdade divina. Porém o que as religiões nos passam são verdades relativas, segundo as quais devemos seguir até conquistarmos um maior grau de evolução, e sermos apresentados a um nível mais alto de verdade relativa.

A verdade de ponta deve ser revelada aos povos gradualmente, de acordo com a sua capacidade de entendimento, senão somente causaria distúrbios e incompreensão. Uma prova da dificuldade de se difundir novas verdades está na ignominiosa crucificação de Jesus. O Mestre dos mestres desceu ao precário plano físico para “atualizar” a verdade da humanidade e foi atacado, condenado e desrespeitado por aqueles que não conseguiram enxergar a beleza de seus ensinamentos.

E, hoje em dia, passados dois mil anos, ainda há aqueles que não compreendem o código libertador do Evangelho de Jesus. É como já vos dissemos: a verdade deve ser revelada gradualmente para que não enlouqueça a humanidade, tal a sua profundidade. Caso Deus autorizasse a divulgação de um nível superior da Verdade Suprema à nossa despreparada humanidade, várias pessoas desencarnariam vítimas de depressão por sentirem-se incapazes de atingir o novo estágio para o qual não possuiriam equilíbrio espiritual, ou, então, os mais “espertos” tentariam utilizar os recursos superiores para satisfazer as suas paixões e desejos de poder.

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Pô Marco, a verdade que Jesus passou foi a de segui-lo como único caminho e salvação, caso contrário seriamos condenados ao inferno, como isso pode ser relativo e de ponta se até hoje 1/3 do mundo vai morrer pensando nisso? Isso é verdade absoluta imutável (característica fundamental das religiões monoteístas, como eles iriam dizer que não existe salvação ou inferno eternos? A projeção da consciência está ai para desbancar isso tudo), prova disso é que nos aproximados 2000 anos de existência do cristianismo ele não mudou em nada, aliás, mudou, o papa liberou a camisinha para prostituta e aidético.

O amor ao próximo que Jesus (bíblia) pregou, foi condicionado aos que eram vinculados à ele, apenas. Numa frase ele acaba com todo o sistema de "amor incondicional" que vem sendo repassado falaciosamente, Mateus 11:30 ("Quem não é comigo é contra mim; quem comigo não ajunta, espalha"). Cadê o amor? Do mesmo modo são as ameaças aos fiés com o inferno eterno e com o juízo final em Mateus 10:28. Em apocalipse, diz que ele irá retornar e buscará APENAS os QUE TEM SÃO DIGNOS DE SEREM LEVADOS e por ai vai...

Claro que nos evangelhos existem mensagens que valem a pena serem levadas para a vida. Mas tomar TODO o evangelho como livro sagrado ou "palavra de Deus" é enfiar a cabeça na terra que nem uma ema. Nos tempos de hoje, onde tudo é possível de ser praticado e compreendido com lógica, racionalidade e sistematização, profecias de supostas salvações e condenações eternas, deuses e afins religiosos não colam mais.

Esse texto mesmo que eu escrevi, se fosse a alguns séculos atrás eu estaria sendo torturado e morto perante o crime de "heresia".. Cadê o amor cristão ao denominar "herege" aquele que não segue Cristo?

É complicado.

Abraços.

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Olympio,

Você acha realmente que Jesus incitou a gurulatria ou se colocou como único caminho ? Temos um livro de Jesus, escrito pelas mãos do sujeito ou só relatos tendenciosos escrito 80 anos depois da morte e depois totalmente adulterados ?

O que posso concluir de verdadeiro é que naquela época os judeus eram tratados como bicho e se revoltavam a todo momento. Lutas entre facções políticas ocorreram, tanto é verdade que até hoje uma delas não aceita Jesus.

Bem, Jesus que representava os Zelotas-(braço armado dos essênios) perdeu a parada, ele anuciou o reino dos céus que devia acontecer durante sua vida e nada disso se passou.

Tudo o que surgiu depois foi religião criada por seguidores do mártir e por aproveitadores, muitos dos dogmas só criados 300 anos depois em Nicéia.

Jesus certamente dominava parapsiquismo bruto e tinha uma mensagem relativamente nova dentro do contexto judáico. Aliás ele nunca abriu essa mensagem para gentios, isso aconteceu só depois por motivos políticos.

Mas de fato, com tanta energia jogada no nome e imagem Jesus creio que isso já esteja cristalizado no astral. É preciso diferenciar o Jesus histórico do Jesus espírito, a egrégora de 2000 anos.

Tem até central de energia violenta no cristianismo,se até Waldo falou disso, então...

Agora, veja, se você fosse um espírito evoluído não iria aproveitar o foco de energias existente nessa religião e trabalhar como infiltrado cosmoético ? Não seria uma boa oportunidade dadas as boas intenções fraternais e as energias dos rituais diários ? Acho que a religião ainda funciona devido a estas questões é um bom ambiente para se trabalhar tendo uma estratégia de longo prazo.

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Claro Felipe, concordo plenamente com você, existe, de fato, uma diferença monstruosa entre o Jesus histórico do Cristo (criado para merchandising, pela fé, fins políticos e econômicos). Minha crítica foi em cima da bíblia e do cristianismo difundido nos dias de hoje.

No livro: "Onde a religião termina?", tem um dado interessante. De toda a bíblia, cerca de 18% pode ser considerado que Jesus, de fato, falou, o resto fora inventado. Nem foi o autor desse livro que disse isso, foi um comitê de historiadores e teólogos, pessoas que devem ter revirado as areias do Oriente Médio e os livros "secretos" do vaticano atrás disso tudo.

Abraços.

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Olympio, cristianismo de hoje é um produto acabado, exige um contrato de adesão com ele.

Esse livro tem um objetivo aceitável , mas é complicado falar em porcentagens quando não temos uma pesquisa séria.

É o mesmo erro do Waldo ao dizer que Jesus teria 63% de serenismo ou o evoluciólogo teria 75%, se não me engano.

Ora, porcentagens são afirmações exatas extraídas de pesquisa, são o oposto da estimativa pois tem um caráter científico, vem de pesquisas reais.

Como pode o sujeito falar que Jesus falou apenas 18%, ou que falou tudo isso ?

Ele pesquisou todas as fontes existentes e as comparou cientificamente para delimitar isso?

Penso que não. De tal forma o argumento dele é meramente um sofisma, retórica pura, apesar de que possivelmente ele nem tenha percebido.

Nada contra você Olympio apenas tenho essa opinião de que porcentagens não se prestam para achismo mas sim para fatores concretos.

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Mas eu disse isso agora... vou até colar denovo:

Nem foi o autor desse livro que disse isso, foi um comitê de historiadores e teólogos, pessoas que devem ter revirado as areias do Oriente Médio e os livros "secretos" do vaticano atrás disso tudo.

O grupo chama-se "Jesus Seminar", foram eles quem fizeram a pesquisa e quantificaram a porcentagem de palavras que Jesus havia dito em todos os evangelhos canônicos. O Autor do livro apenas citou e eu estou citando o que ele citou, rs.

Abraços.

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