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Eugenia de identidade: a causa do apego?


Carluz Sol Silva

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Olá, anjinhos.

Resolvi propor este tópico, pois acho que a causa de muitos males humanos e sociais está contido no processo que promove a identidade do ser e seu desejo inconsciente de permanecer.

O sentido da Eugenia que pretendo propor aqui não é exculsivamente genético, vai um pouco além, e tem a ver com o modo com o qual concebemos o mundo dual.

No universo todas as forças são naturalmente opostas, pois ao se encontrarem se neutralizam.

Quando tomamos consciência de ter uma identidade na terra, passamos a mover na mente estruturas binárias de raciocínio que resumidamente determinam o que é belo ou feio, certo ou errado, pequeno ou grande, etc, e que de um ponto de vista lógico tornam-se a causa de outras forças. Assim a luz é o que se percebe na escuridão; o fraco resulta da comparação com o forte e por aí vai. Tudo possui uma perspectiva boa ou ruim (bem e mal), e essa dualidade funciona como bússola da alma.

Eugenia foi um termo criado para definir seres geneticamente mais perfeitos e o estudo científico sobre tal fenômeno levou os nazistas a tentar destruir raças, teoricamente, mais fracas, mais feias, mais doentes, para impor uma raça melhor, mais bela, mais forte, mais saudável. Os nazistas acreditavam que melhorando a forma orgânica por meio da seleção genética, melhorariam a raça humana....e não é bem por aí que melhoramos, como sabemos.

A eugenia de que trato aqui é a que estamos absorvendo inconscientemente no mundo que vivemos, a qual tenho chamado de eugênia de identidade social.

Mas, o que é isso?

A eugenia de identidade se refere ao modo como tentamos inserir em nossas referências atributos do mundo externo que acreditamos nos fazer pessoas melhores. Trata-se de um processo de seleção de coisas que fazemos, compramos, pensamos, publicamos, acreditando que tais coisas fazem parte da nossa identidade, gravitando em nosso redor, tendo como centro magnético o nosso "eu", e que tais coisas nos legitimam como seres melhores e mais felizes.

Por exemplo, se seu time ganhar um campeonato e vc ficar mt feliz; se sua roupa for mt elogiada por alguém e vc ficar mt feliz; se seu irmão passa no vestibular para medicina e vc fica mt feliz; se alguém diz que vc é bonito/bonita e isso te deixa mt feliz; se comentam seus relatos e vc fica mt feliz; etc;

Independente de serem todas estas coisas ou apenas um delas ou qualquer outra coisa que não revele realmente a sua essência, vc pode estar com eugenia de identidade social e como efeito negativo, o contrário de todas estas boas notícias poderá te levar à frustração, tristeza, raiva, angústia e etc, e todos essas reações esvaem a as suas energias.

Qualquer coisa que vc eleger como parte da sua identidade e estiver no mundo externo à sua consciência, pode tornar-se a causa da sua ruína, pois não é sustentado pelas suas forças conscienciais, e, por isso, pode não durar para sempre ou viver no trânsito da dualidade, te levando a variações de sentimentos e pensamentos....

Mas, qual a verdadeira causa deste tipo de comportamento?

Por que razão o outro lado da dualidade é tão masacarado socialmente?

Lembrem-se que, religiosamente falando, Jesus veio difundir sua mensagem entre leprosos e pessoas que viviam à margem de direitos sociais, pobres, humildes e doentes.

Incontáveis espíritos vieram à terra e procuraram estar entre o lado mais renegado da dualidade, por que será?

Por que parece que estamos sempre esperando que algo aconteça de bom ou que alguém apareça para resolver as nossas existências, mas do que esperamos do nosso próprio "Eu"?

Em que momento a dualidade deixará de existir para nossas consciências, quando desistimos de tentar viver em apenas um dos seus lados? Quando nos cansarmos de acreditar nela? Quando passamos a valorizar somente o que não se submete ao crivo belo/feio, bom/ruim, bem/mal? E o que não se submete a isso?

Usamos nossa identidade social como proteção de eventuais tristezas? Por medo da solidão? Da exclusão? Ou por ilusão da consciência, já que todas as referências externas são transitórias?

O que leva o nosso "eu" (ego) a acreditar que pode ser o centro de tudo e controlar tudo ao redor, selecionando coisas e para referir-se a si mesmo por meio delas?

Será um defeito, uma imperfeição?

Ou seria uma manifestação de sua verdadeira e mais remota identidade?

Com a palavra, os debatedores...

__/\__

Carluz.

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Fantástica teoria! Meus parabéns Carluz Sol Silva.

Sua relação da teoria da Eugenia (o bem nascido) com o ego é de uma acertação tremenda!

Nada obstante, há de se discorrer sobre os dois lados desta teoria, o que eu chamarei de lado perverso e lado natural, a fim de simplificar minha contribuição.

Lado perverso/artificial:

A ótica da intolerância. Tudo que se parece comigo é o bom, sendo o diferente desprezível, inconcebível. Causa do fenômeno hitlerista? Com certeza. Aversão ao que é diferente. Tal fenômeno perverso com certeza contraria a lei da diversidade natural, contrariando (em uma ótica basilar) a lei de Deus.

Lado natural:

A ótica da sintonia. É fato que a sintonia é quesito natural de vosso universo, condição sem a qual as coisas NÃO DISCORRERIAM como discorrem hoje e sempre. Felicitar-se por uma conquista de um próximo, ter amigos de gosto coadunante com os meus gostos é a pura e simples socialização saudável humana. Daí já não mais se fala em tolerância, mas sim em aceitação, sincretismo, ecumenismo.

Acredito que, com base no lado natural, o gosto e alegria pelo semelhante, pelo que é bom, é saudável. O alegrar-se pela conquista do próximo é, no mínimo, um dos corolários (postulados, por assim dizer) do princípio da caridade.

Por fim, é mister/primordial/essencial argumentar que o gosto/desgosto pela semelhança de gosto é, indiscutivelmente, símbolo da vossa ainda baixa elevação. No entanto, reconhece-se facilmente que cada espírito tem suas individualidades, e, pela lei da sintonia, a SIMPATIA (não apego) destes espíritos é mais que saudável, é natural.

Por fim, a eugenia da identidade, que é PERVERSA/EGOCÊNTRICA, é não apenas uma das causas do apego (isso, acredito eu, é o de menos), mas sim a causa de MUITAS das vossas disparidades humanitárias.

Este é um bom e acertado tema, discorramos sobre ele.

abç!

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Em que momento a dualidade deixará de existir para nossas consciências, quando desistimos de tentar viver em apenas um dos seus lados? Quando nos cansarmos de acreditar nela? Quando passamos a valorizar somente o que não se submete ao crivo belo/feio, bom/ruim, bem/mal? E o que não se submete a isso?Usamos nossa identidade social como proteção de eventuais tristezas? Por medo da solidão? Da exclusão? Ou por ilusão da consciência, já que todas as referências externas são transitórias?O que leva o nosso "eu" (ego) a acreditar que pode ser o centro de tudo e controlar tudo ao redor, selecionando coisas e para referir-se a si mesmo por meio delas?Será um defeito, uma imperfeição?

Nossa esse assunto comporta muitas discussões.

Ao meu ver, as melhores explicações filosóficas para esse tema são dadas pelas filosofias orientais hinduísmo (Vedanta) e budismo.

Não sou profundo conhecedor dessas filosofias orientais, somente um curioso que busca explicações.

Pelo que tenho lido a dualidade decorre das leis universais materiais, está presente em tudo.

Tudo é relativo e dual.

É uma forma de equilíbrio da matéria e da energia (matéria prima para construção da realidade como a percebemos).

A natureza é conhecida MAYA, a qual utiliza diversos véus (os 07 véus/dimensões de Maya) para encobrir a verdade.

O apego de nosso EU aos objetos e desejos é uma principal causas geradora das ilusões.

A força de vontade é uma faculdade divina de nosso SER.

Já o desejo é a VONTADE dirigida/escravizada pela nossa ilusão material.

Atração e repulsão são forças naturais dentro de nossa consciência e por meio dela podemos interagir no plano onde estamos atualmente encarnados.

Quando temos experiência boas(prazer com o contato com a matéria)criamos forças atrativas dentro de nós, desejando repetir novamente. Nasce o desejo.

Quando temos experiências negativas (dor), criamos forças repulsivas, repelindo ou desejando não passar por aquilo novamente.

Desejo é a vontado utilizada pelo EGO para se auto-aprisionar.

Acredito que devemos conhecer a nós mesmos profundamente, analisando intimamente todos nossos processos anímicos.

Ter o controle mental para trasncender aos nossos desejos para que possamos libertar nossa VONTADE verdadeira, pura força espiritual em harmonia com as leis divinas.

Acho que somente trancendendo nossas limitações podermos descobrir as verdades.

Não acho que seja um defeito essa forma humana de perceber a realidade, mas sim mais um degrau evelutivo que nos foi colocado.

Estamos dentro de um verdadeiro quebra-cabeça, indecifrável para a mente humana, mas perfeitamente intelegível para a consciência liberta das limitações a que estamos temporariamente sujeitos.

Devemos utilizar a natureza humana da melhor forma, buscando transcendê-la.~

Não é nenhum crime utilizarmos as ferramentas que temos em nossa mão, seja por um trabalho com o melhoramente de nossa PERSONALIDADE, formando uma IDENTIDADE ligada com valores superiores e selecionando IDEIAS mentais para a melhoria de nossa evolução como seres humanos;

Desculpem os amigos o tamanho da mensagem e pela abstração dos pensamentos.

Porém com um tema desses é difícel não "filosofar" OU viajar na mainese espiritual. rsrsrrsrs

Abraços.

;)

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