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Sagrado, Secreto e Sinistro: 666


Martyn Stubbs

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Sagrado, Secreto e Sinistro: 666

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por Adriano C. Monteiro

O “temível” e suspeito número 666 parece causar muito burburinho quando mencionado em quaisquer lugares. Mas sem divagar demais em muitas teorias e preconceitos religiosos, o número 666 encerra significações cabalísticas draconianas, ocultistas e psicológicas, o que nada tem a ver com o Diabo ou com o mal do mundo.

Seis é o número da esfera do Sol, o que representa, em nível humano, o Eu Superior em seu aspecto luminoso, a inteligência manifestada, a mente expandida. O Sol e o número 6 também podem ser representados pelo hexagrama e pela cruz (um símbolo bastante antigo e pré-cristão), que é desdobrada e desenvolvida a partir do cubo, que é um sólido geométrico de seis lados. Desdobrado na cruz invertida, esta simplesmente representa uma espada apontada para cima, um shiva-linga, quer dizer, um falo (símbolo solar, masculino) unido à vagina (o traço horizontal da cruz).

O Sol está situado – na Árvore da Vida e da Morte cabalística – nas esferas de Tiphareth/Thagirion (a “Beleza” e o “Ardente Sol Negro”), que é um nível de evolução no qual o indivíduo atinge um alto grau de autoconhecimento e autoconsciência. Mas para que a evolução seja completa e a sabedoria seja internalizada, é preciso conhecer o lado sinistro do sagrado e secreto Eu Superior (pois nada existe somente com uma face). E esse lado sinistro do Dragão de Sabedoria, do Eu Superior, é expresso pelo número 666, já que sua multiplicação e soma finalmente resultam sempre no número noturno da Lua, ou seja, 9, que é também o número do leão-serpente (teth, ט), a união entre o masculino e o feminino. A Lua representa a noite, o oculto, o secreto, o subconsciente e o sinistro (sombrio e “esquerdo” como o aspecto feminino e sexual do universo e da psique humana). Entenda-se que “sinistro” não é aquilo que seja maligno nem malévolo, ou coisa semelhante; sinistro é “esquerdo”, e no contexto prático e metafísico draconiano indica a presença de elementos sexuais, femininos poderosos, instintivos e subconscientes (a maior fonte de poder de um iniciado e de um filósofo oculto). Portanto, nada há de maligno nisso nem tem a ver com qualquer fantasia paranoica do Diabo (pois este não existe). Afinal, nós temos o lado direito e esquerdo de nosso corpo, temos a mão direita e a esquerda, o lado direito e esquerdo do cérebro, etc.

Fique só com o lado direito, então, e você verá o quão simétrico, equilibrado, harmonioso e belo você parecerá!

Na prática da filosofia oculta e do draconismo, 666 é o número da força obscura e agressiva do Eu Superior, o número do aspecto sombrio da Inteligência Solar do Daemon individual. Mas é também o número de Sorath, o Espírito do Sol, a força solar agressiva e impetuosa que impulsiona a evolução. Esse número, 666, pode ser extraído do Quadrado Mágico Solar, ou Kamea, que é dividido em 36 partes, ou quadrados menores numerados, cuja soma total é 666, o número do próprio nome de Sorath extraído pelo cálculo de suas letras hebraicas. Desse quadrado, para fins práticos, também é extraído o sigilo de Sorath, ou Deggial, como também é chamado. Sorath-

Deggial é a verdadeira Besta da Revelação, a Besta 666, a correspondente revelação microcósmica do próprio Eu com seu animalismo (não confundir com animismo) natural, primitivo e intrínseco que se torna autoconsciente; é a revelação do conhecimento com compreensão, da Gnose, e da Sabedoria das sombras (o subconsciente e o aspecto feminino, Sophia/Shakti/Shekinah).

O número 36 (3×6, 666) igualmente resulta em 9, a Lua, a consorte do Sol Negro (a Grande Besta, o Dragão de Sabedoria), demonstrando assim o equilíbrio entre as forças duais (como dois pilares) do universo e do ser humano, a união entre o feminino e o masculino, entre as trevas e a luz, entre o subconsciente e o supraconsciente, etc. A Lua é a yoni (vagina) de Shakti, e o Sol Negro é o linga (pênis) de Shiva, e sua união resulta finalmente em 9, a esfera do sexo, não somente o sexo humano, fisiológico e anatômico, mas principalmente o sexo metafísico de todas as forças que são unidas para criar algo no universo e na natureza

visíveis e invisíveis.

Tal união, como toda união entre forças opostas deveria ser, resulta em uma terceira força que é, no ser humano, o nascimento da autoconsciência e o renascimento do autêntico e completo ser humano em seu alto grau evolutivo, ou seja, o Homo veritas (o humano verdadeiro). As forças opostas não se opõem, mas se unem para criar. E o ser humano verdadeiro autoconsciente, não um mero humanoide autômato, cria a si mesmo a cada etapa evolutiva. O número 666, portanto, é o número do Homem, do Anjo Guardião e da Besta (o Eu Superior, o Dragão) com suas forças em equilíbrio e com a sabedoria das Sombras e da Luz.

Contudo, as pessoas cuja compreensão parece não ir além de interpretações limitadas e condicionadas e com base em suas ideias oriundas de dogmas enganosos seculares, há muito tempo acreditam piamente que o número seiscentos e sessenta e seis seja satânico, “sujo” e sinistro. Os textos bíblicos disseminaram muitas ideias que seriam motivo de sarcasmo por parte de Satã, se ele realmente existisse como a maioria das pessoas imagina. Se tal número é da besta, besta é o próprio o homem, segundo o texto bíblico, pois “(…) calcule o número da besta, pois é o número do homem (…)”; em essência, a espécie (besta) humana é obviamente uma espécie animal. Assim, cada indivíduo tem a escolha de buscar ser uma Grande Besta sábia, pois o 666 é a face sagrada, secreta e sinistra do Ser autoconsciente.

Adriano C. Monteiro é escritor de Filosofia Oculta, membro de diversas Ordens e autor da

Tetralogia Draconiana: http://www.viadraconiana.tk

Fonte: http://www.deldebbio.com.br/index.php/2 ... istro-666/

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interessante vi um post no site do del debbio chamado 666 the number of the beast(uma referencia a uma musica do iron maiden,e a forma como ele odeia essa coisa de "mamae sou satanista" como ele chama)

falando algo parecido em um site parceiro,o do del debbio,mas la falava algo que tambem complementava esse texto a origem do numero como "satanica" e o fato de que o mesmo nao existe antes do novo tesmamento(ou seja,um numero forjado pela igreja na biblia)vou escrever aqui:

http://www.deldebbio.com.br/index.php/2 ... the-beast/

O número 666 chama-se Aleister Crowley

Nascido na Inglaterra em 1875, Aleister Crowley foi uma das maiores autoridades esotéricas de nosso tempo. Menino prodígio, Crowley lia a Bíblia em voz alta aos quatro anos. Incansável estudioso das denominadas ciências ocultas, deixou uma vasta obra teórica, onde tenta mostrar como desenvolver e entrar em contato com a energia interior, e usá-la produtivamente para modificar por completo a vida. Crowley afirmava que essa energia que durante muito tempo procurou desenvolver através de ritos sexuais seria totalmente liberada com a chegada da Nova Era, período em que as leis sociais seriam definitivamente rompidas para que todos pudessem finalmente viver em plenitude. Crowley, que se auto-intitulava a Grande Besta 666, para desvincular-se totalmente de preconceitos religiosos, esforçou-se durante toda a sua vida para popularizar o esoterismo, e mais de uma vez revelou segredos de seitas fechadas, afirmando que o conhecimento é livre, e assim deve permanecer.

Somente por volta de 1904, quando Aleister Crowley assume o título de “To Mega Therion” (A Grande Besta), cuja soma numérica é 666 (Tiferet), e começa a ficar realmente famoso nos jornais europeus é que a associação entre o número e o Livro do Apocalipse passa a ser convenientemente explorada pela Igreja e pelos alucinados de plantão.

Crowley chamou tanta atenção para a magia que a Igreja não mediu esforços para demonizá-lo. A partir de Crowley, a associação entre 666 e magia e consequentemente magia e bruxaria e diabo que é o caldeirão de medos que a Igreja sempre gosta de agitar.

Em 1904-1910 surgem os primeiros panfletos e matérias alertando para o número 666 e a distorção sobre o “anticristo” (quando já percebemos que, na verdade, não existe um anti-cristo pois ninguém será contra o ser crístico que habita dentro de todos nós, mas sim contra as bases ditatoriais e dogmáticas da Igreja Católica/evangélica).

A partir de então, foi uma enxurrada de sensacionalismo barato associando bruxas, diabos, satãs, anti-cristos e tudo mais que você puder imaginar relacionado ao “Número da Besta”. Da mesma forma, a partir da metade do século XX, quando Anton la Vey funda a Church of Satan (Igreja de Satã) e adota o 666 como “número da sorte” (e, na minha opinião, laVey não fazia a menor idéia do que realmente representa o 666), ele passa definitivamente para o imaginário popular como associado ao final dos tempos, ao capeta, ao tinhoso e toda a ladainha de livros, filmes e textos que vocês estão cansados de saber…

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  • 2 months later...
  • 6 years later...

Não dá pra levar LaVey a sério, kkk acho até engraçado com alguém q se irrita ou toma partido das "coisas" dele mais percebo q muito do show pirotécnico que ele usava era pra causar um Choque ou ficar na história RSS mais cada um com suas viagens...

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  • 2 weeks later...

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