Meus amigos, muito me interessa tais reflexões e pontos de vista diferentes, os quais estou os refletindo aqui. Entretanto, permitam-me contar meu caso.
Espiritualista afinco, desde os 16 anos, hoje tenho 26, sempre me dediquei às atividades do centro espírita que frequentei, sempre com os pensamentos voltados as obras literárias espirituais, as quais recheavam meu criado mudo. Posteriormente, aos 21 mais ou menos, adepto e praticante das experiências fora do corpo, e de certa forma, com resultados rápidos, talvez pelo caminho que eu já vinha trilhando.
Em síntese.
Ocorre que aos 23/24 anos, passei por um câncer e posteriormente uma metástase. Situação a qual me deparei com a possibilidade concreta de conhecer tudo aquilo que eu acreditava e, abre parênteses aqui, e acreditava muito facilmente, seja pela possibilidade de que colocar tudo aquilo, espiritualidade, em cheque me era muito remota, como de todos os jovens, naturalmente, ou seja pelo fato de simplesmente me contentar, me satisfazer com aquilo que lia e escolhia acreditar.
Passada toda a situação, hoje estou com saúde boa e estável, mesmo sem minha tireoide, mas meu medo é maior que tudo aquilo que, durante 6 - 8 anos, confiei, acreditei e experimentei.
Quero dizer que, toda a minha realidade e aquilo que eu acreditava real, simplesmente sumiu perante uma situação que me deixou "cara a cara" com a possibilidade concreta do desencarne.
Poxa, que cognição e certeza é essa que se esvai "tão" facilmente? Que medo é esse que é capaz de ignorar tudo aquilo que se construiu?
Nos dias de hoje, eu não quero acreditar, quero saber, como disse Carl Sagan.
Toda minha convicção, e será que a sua também, colocada à prova se esvaiu. Será que isso é fé?