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Marco Aurélio

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  1. Desconstrução do Mito de Jesus Cristo http://www.youtube.com/watch?v=i2aAStlu ... re=related
  2. Eu tenho interesse em praticar alguma técnica que desenvolva a clarividência. A única que usei por 2 meses foi visualizar o simbolo do PENTATEUCO no chakra frontal. Em uma semana de pratica diária surgiu na testa um ponto ligeiramente avermelhado e uma sensação de calor suave no chakra. Usei o simbolo do PENTATEUCO porque na época estava estudando livros de Magia e Ocultismo. Porém eu não dei continuidade na técnica, porque não sei porque algumas pertubarções psiquicas começaram a me perturbar, principalmente a noite. Penso em escolher um a outra técnica para desenvolver a clarividência.
  3. Apocalipse, Mitos e Verdades com Haroldo Dutra Dias Caros colegas se tiverem um tempo assistam essa palestra em vídeo do estudioso espírita dos Evangelhos proferida por Haroldo Dutra, Gostei muito sobre as revelações do Apocalipse e Transição Planetária, onde o palestrante faz revelações científicas, interessantes sobre esses assuntos, baseados na DE e nas informações de livros de |Chico Xavier através de seu mentor Emmanuel, MUITO INTERESSANTE, vale a pena assistir.
  4. Apocalipse, Mitos e Verdades com Haroldo Dutra Dias Caros colegas se tiverem um tempo assistam essa palestra em vídeo do estudioso espírita dos Evangelhos proferida por Haroldo Dutra, Gostei muito sobre as revelações do Apocalipse e Transição Planetária, onde o palestrante faz revelações científicas, interessantes sobre esses assuntos, baseados na DE e nas informações de livros de |Chico Xavier através de seu mentor Emmanuel, MUITO INTERESSANTE, vale a pena assistir.
  5. Já frequentei os cursos do IIPC e assisti várias palestras do Waldo, e também nas tertúlias, nunca enviei perguntas. Na minha opinião o Waldo criou mais uma SEITA que se diz científica, o que está longe de ser, pois o que impera no IIPC é a opinião pessoal do Waldo um cara que podemos adjetivar como um GURU da conscienciologia. Quando fala de sexualidade revela sua obsessão por sexo, quem não domina suas paixões do Ego não passa de um escravo dos sentidos, como a esmagadora maioria do povo. O Waldo é um cara super inteligente, porém usa sua inteligência para exaltar o seu egão incontrolável. Para ele todas as linhas espiritualistas são retrógadas só a conscienciologia é o top do top da espiritualidade, quanta empáfia arrogacia vinda de personalidade ditatorial. Seus seguidores mais próximo não passam de vaquinhas de presépio, ou como ele gosta de cantar escravos de jó jogavam ....." Esses discípulos do messias Waldo, parece não terem opinião própria e nunca contestam o seu guru, se contentando em serem soldadinhos obedientes da conscienciologia. Como relação ao Waldo minha opinião também são: "não to aqui pra passar a mão na cabeça, o negócio é soco na cara e fratura exposta." rsrsrrs 19 de julho de 2011 15:07
  6. Pessoal olha o que achei num site, sobre depoimentos sobre FIGUEIRA http://criandoarealidade.com.br/crencas ... cordia-ii/ http://criandoarealidade.com.br/crencas ... ordia-iii/ e outros relatos: vc lê no site Continuando o relato da funesta, mais atual, viagem à Figueira, quero introduzir o tema dos erros, esperando que não se deixe de ter em mente que o verdadeiro ponto é a questão da Redenção, do Amor e da Misericórdia tão pregados e ao mesmo tempo tão ausentes por lá. Depois da palestra, uso toda a boa vontade e intenção para dar atenção apenas ao essencial positivo e resolvo ficar. Me indicam um banheiro de água quente cujo chuveiro estava programado para frio e eu não alcançava para mudar. Depois de já ter tirado a roupa sem ter onde pendurar nada, resolvi transcender o horror que tenho de banho frio em pingos finos e tomei banho assim mesmo, entregando sempre. Após servir-me de algumas folhas, única coisa que considerei comestível no que tinha disponível, nos reunimos num círculo orando e tivemos uma caminhada até a borda da mata onde entoamos mantras. Olhava para o céu e agradecia por estar alí, lugar onde acreditava minha Luz poderia ser incentivada, apesar do barulho dos caminhões na Fernão Dias. Antigamente participei, com Trigueirinho de ofertas de si feitas ao plano nas madrugadas ao ar livre, coisas raras, para uns poucos. Fui me recolher, pois solicitam que às 20:30 as luzes estejam apagadas. Apostei na cura e deitei na parte de baixo do beliche minúsculo. Quiseram as hierarquias que eu ficasse só no alojamento apesar de todos os beliches do quarto. Tenho horror a dormir com outras pessoas e não vejo nada mais inadequado para cura do que dormidas numa exposição tão grande à aura e energia dos demais. Coisa de hospital público. A princípio, me parecia impossível conseguir ficar alí. Pensei na hipótese de ter outra pessoa acima, numa cama que parecia repousar sobre meu peito. Conseguiria me imaginar numa situação destas se fosse vítima de um furacão e tivesse que agradecer por ter sido alojada num estádio de esportes. Num centro espiritual, não. Passei a noite em claro, orando e dei graças quando afinal o sino tocou às cinco da manhã. Perderam a chave do lugar onde se ora e fizemos a oração ali na varanda que serve de refeitório. Fomos às primeiras tarefas e eu me dei conta, que não havia avisado à faxineira que não deveria ir pois esquecemos de deixar o cadeado do portão aberto para que ela pudesse entrar. Queria poupar a ela todo o esforço que teria de fazer para chegar até lá. Terminada a tarefa, ainda faltavam uns minutos para a próxima oração e sentei no alojamento para ligar o celular e avisar à coitada que não deveria ir. No meio dos tres minutos ou menos que durou a conversação a porta se abre sem nenhum aviso e uma cara bem feliz de ter visto o flagrante olha pra mim e sai. Sabia que algo aconteceria. Desliguei o celular e fui ler os avisos do quadro, que ainda não havia tido tempo de ler. Lá estava, em meio aos outros papéis, um de normas dizendo, entre outras coisas, que celulares não eram permitidos nem como despertador. Não usava celular em Figueira (como não uso em meu quarto nenhum aparelho eletrônico) por uma consciência de que a vibração do mesmo, não é boa e porque, obviamente, vai-se para lá com a intenção de desligar-se do mundo exterior. Nunca havia visto escrito em lugar nenhum que não podia, nem havia sido informada. Enfim, uma pessoa que conhecia de outros tempos guiou os mantrans com muita devoção e centramento e qual não é minha surpresa que em meio ao enlevo que esta coligação interna causa, o tal guardião começa a falar sobre o incidente do celular. Olhei firmemente para ele e para a pessoa que dedurou a história, mas ambos baixaram a vista. Aguardei terminar aquela preleção raivosa de que, quem tivesse que usar celular fizesse isto “porteira afora”, pois lá eles não poderiam impedir, mais em nenhuma parte da fazenda. Senti o impacto da reação e da raiva dele, como se um crime tivesse sido intencionalmente cometido em solo sagrado. Calei, o que não costumo fazer hoje em dia, em nome do local de oração e da coligação que estava sentindo. Pensei, nas ondas de rádio, de TV, de celular que cruzam o espaço, inclusive aquele, todo o tempo. Avaliei se a forma totalmente inadequada de lidar com uma possível falha não intencional não foi muito mais contaminante do que qualquer ligação de celular. Enfim, fiquei tentando perdoar as falhas humanas, me perguntando porque a criatura que bisbilhotou não me avisou, simples e amorosamente que não poderia usar celular. Estou tentando esquecer o assunto e esperando a distribuição das tarefas seguintes, quando senta junto a mim uma mulher que ainda não tinha visto, dizendo que queria me reafirmar que alí não se permitia o uso do celular, também naquele tom duro e raivoso próprio de quem tem que controlar a raiva o tempo todo e faz de conta que não sente. Daí minha raiva aflorou. Tenho pavor de injustiça, de inverdade, de gente que julga sem querer saber dos fatos e condena a priori e justifica com falsidade. Também tenho pavor de gente que subestima a inteligência alheia e pensa que dissimulação e frases ocas é forma aceitável de lidar. Disse a ela que já havia sido informada, que compreendia perfeitamente a proibição ao uso do celular, mas que achava a forma com que o assunto fora tratado muito inadequada, pois bastaria que a pessoa que entrara para olhar, tivesse me avisado (a dita ia chegando perto, sorrindo com aquele riso de deixemos isto pra lá pois só fiz o meu dever). Ela, que depois achei era a coordenadora do lugar, apelou então para velho clichê de que eu não deveria reagir com meu ego. Ela perguntou se eu já havia estado em Figueira, pois achou que só quem nunca foi teria coragem de reagir assim. Disse a ela que todos ali tinham ego, que eles têm uma forma muito inadequada de tratar dos assuntos e que a conversa estava encerrada. Como ela já havia descido até ao ponto de mentir para justificar a segunda intervenção ao crime, calou. Nesta altura minha inteligência perguntava até quando eu encontraria desculpas e justificativas, para continuar alí. Limpei banheiros, varri chão, lavei chão. Lembrava de minha casa silenciosa e harmônica, onde posso orar, meditar, escrever, ajudar ao próximo, conectar-me e irradiar o melhor. Agradeci pela vida que posso ter, e eu que faz tempo não oro pedindo nada pessoal, pedi que pudesse continuar tendo o privilégio de ter a vida que tenho. A vida comunitária pode parecer benéfica, mas é apenas karma coletivo, como em qualquer empresa, família, repartição pública. Comunidades espirituais são lugares de desiludidos, fracos, desajustados e doentes. Abro a excessão para aqueles iludidos e esperançosos que conseguem acreditar naquilo por algum tempo ou já estão lá tempo demias para conseguir sair. Achava que comunidade espiritual e centro de cura seria aquele lugar que facilitaria o encontro com sua Luz e não suas sombras. Entretanto como terapeuta deveria saber que grupo incentiva sombra, como nas terapias e que nada pode ser corrigido quando se afirma o outro clichê imbecíl de que se vê no outro o que tem em si. Este outro clichê é muito apreciado lá, mas claro só é aplicado quando alguém, ainda considerado visitante, pergunta a razão do comportamento de residentes: ex: desta vez tive o prazer de presenciar a seguinte pergunta feita na palestra: “porque algumas pessoas em Figueira gostam de exercer o mando?”. Apesar de desajeitada a pergunta da pessoa e da resposta ser óbvia, é uma pergunta que deveria servir de alerta em qualquer lugar, imagina numa comunidade espiritual. Enfim ouço como resposta o velho clichê de que a pessoa deveria, em lugar de observar os demais, olhar para si… Etc… Bom, finalisando mais esta parte, decidi que para mim era o bastante, que eu não queria contribuir com nada daquilo e chegava de estar lavando chão enquanto os outros pisavam com pés sujos de barro. A perspectiva da continuação das tarefas da tarde me fizeram andar ao sol terrível do meio dia, mandei uma mensagem para meu marido que queria ir embora e em vinte minutos, esquecendo minha toalha e meu molleton preferidos saíamos da Figueira, ambos em estado de choque. Paramos na Venda do Chico, onde a gentileza das garçonetes nos relembraram que ainda tem gente boa no mundo. Bom, lamentei não ter conversado um pouco mais com uma pessoa de Maceió, muito gentil que conheci há muito tempo, a quem disse que ia embora e a deixei meio atônita. Tenho como princípio, respeitar as normas mesmo que não concorde com elas e evitar lugares cujos princípios sejam incompatíveis com os meus, entretanto em nenhum momento deixaria de telefonar para minha faxineira, pois acho que o respeito por ela era mais importante que a proibição do uso do celular. Lembrei do tempo em que a Figueira considerava internet coisa do Mal e se recusava a usar este instrumento. Do mal ou do bem hoje eles usam, pois talvez tenham chegado à conclusão brilhante de que o conteúdo e não o instrumento em si, pode ser qualificado desta forma. Poderiam talvez treinar pessoas capazes para avaliar as situações em lugar de transformar aquilo num presídio. Aliás a Figueira me lembra uma clínica clandestina ou um hospital que fosse aberto sem médicos ou enfermeiras qualificados e empregasse qualquer voluntário para fazer cirurgias e medicar os enfermos. Lá é assim: como não há gente qualificada, qualquer incauto que se ofereça está servindo. Não tem engenheiro, o pedreiro mesmo faz a casa, não tem administrador, o peão mesmo dirige a empresa. Escrito por: Corina Dhom Carvalho E EU QUE ESTAVA PENSANDO EM PASSAAR UM TEMPO LÁ EM FIGUEIRA, GRAÇAS A DEUS EU ACHEI ESTE TÓPICO rsrsr
  7. Olha amigo, eu tenho experiência nesse assunto pois já trabalhei como médium de incorporação tanto no espiritismo de Kardec como no mediunismo da umbanda, e na grande maioria dos casos não passa de auto-sugestão ou animismo inconsciente. São raros casos autênticos de incorporação, principalmente na Umbanda, há muita mistificação sem controle, já no Espiritismo da linha doutrinária de Kardec, há um controle maior por parte dos dirigentes de mesa, onde as sessões mediúnicas são fechadas ao público, (a alguns 20 anos atrás não era assim).
  8. Morpheus Muito boa sua análise, eu penso igual a ti, a espiritualidade não é uma busca desenfreada e imatura por experiência paranormais, e nem a busca por poderes parapsíquicos é aconselhável. Os perigos de queda moral são muitos quando se busca desenvolver poderes paranormais sem antes aprimorar o espirito moralmente, purificando o EGO de suas mazelas egoísticas. resulta em grandes sofrimentos. A busca de poderes psíquicos é uma grande armadilha no caminho espiritual, deve-se evita-la, para não se tornar um tipo de mago negro. A melhor busca deve ser feita passo a passo, adquirindo méritos por seus esforços e renúncias, se autoconhecendo e buscando sempre a sabedoria divina interior, que todos nós temos em semente. Esses líderes dessas seitas do santo daime são guias cegos guiando outros cegos. Também a busca pelo ocultismo sem antes ter uma alma espiritualizada, sendo um escravo de paixões inferiores ainda, só resulta em quedas morais trágicas e tristes, que levariam milhares de encarnações para reparar.
  9. Olympio tudo bem, eu como disse não experimentei, eu fui convidado por um colega de trabalho a conhecer e participar de um ritual da Ayahuasca. Porém eu sendo macaco velho, pesquisei antes, e realmente esses movimentos religiosos usam a carência de pessoas que estão na busca de um sentido a vida, caem facilmente numa espécie de lavagem cerebral mística. Quando postei, não foi com a intenção de fazer apologia da Ayahuasca como caminho espiritual eu só fiz uma pergunta, para descobrir que já usou e não gostou, e vc tem razão, o santo daime é uma forte muleta psíquica, misturada com fanatismo religioso. Eles falam em expansão da consciência, mas ao meu ver, não passa mentes super sensíveis pela erva, junto com a doutrinação, as músicas que cria uma egrégora fortíssima, e muita gente delira com as visões e sentimentos artificialmente provocados. Um experiência espiritual autêntica que verdadeiramente purifica o ego, não precisa de muletas, e até a viagem astral não passa de ilusão de mentes que querem tanto acreditar na vida astral que acabam moldando um mundo todo dele, fruto de sua mente. Aprendi que só conhecendo a si mesmo profundamente sem condicionamentos ilusórios, alcançamos a auto-realização. Viagem astral também não passa de condicionamento mental ilusório. sei que vc não vai concordar, paciência esse é meu aprendizado espiritual que aprendi não intelectualmente, mas realizando a experiência, vivendo-a!
  10. CONTINUAÇÃO....... O que eram praticas xamânicas muito diferenciadas tem se transformado, talvez nos últimos 100 anos, numa espécie de ecumene indígena organizada em volta do uso da ayahuasca e dos cantos que acompanham esse uso. O xamanismo dos Shipibo-Conibo, dos Kokama, dos Kaxinawa, dos Yaminawa, dos Kampa, não são mais o que poderíamos chamar de xamanismos locais, étnicos, pertencentes a um pequeno grupo etnolingüístico. Há muito tempo que esse xamanismo se transformou numa linguagem comum, num mundo extremamente comunicado onde as canções da ayahuasca se transmitem de um grupo a outro. Enfim, a ayahuasca tem contribuído de modo muito importante para dar forma a um xamanismo que, apesar pensarmos que é extremamente antigo, provavelmente adquiriu a sua forma atual com a expansão, através da comunicação, da tradução facilitada pelo uso desse veículo, da ayahuasca. Hoje, vendo os hinos do Daime cantados em vários idiomas, não se pode deixar de pensar que se trata do mesmo fenômeno. Segundo Saez, os Yaminawa quando bebem Ayahuasca, além das canções em línguas exóticas, entoam as canções em sua própria língua de um modo diferente. "É um modo de tratar a língua de uma qualidade poética minimalista realmente surpreendente e lembra os poemas curtos japoneses, Hai-kai's; evocando detalhes infinitesimais que existem nas folhas, na pele dos animais." Experiência estética semelhante a dos hinos do Daime cantados em português mundo a fora. As pessoas cantam e compreendem telepaticamente o conteúdo, mas não sabem o que exatamente significam. "Aprender a tomar ayahuasca significa aprender a entender esse modo de poesia". 3) Revisando as revisões Uma boa introdução à pesquisa do Ayahuasca é o livro Religiões ayahuasqueiras: um balanço bibliográfico (2008), de Beatriz Caiuby Labate, Isabel Santana de Rose e Rafael Guimarães dos Santos. O balanço das pesquisas realizadas sobre Santo Daime, Barquinha e UDV, contabilizou 52 livros (13 em inglês), 35 dissertações de mestrado, sete teses de doutorado, nove pesquisas em andamento e um número incalculável de monografias e artigos - em 11 áreas distintas de conhecimento. Os primeiros artigos são dos anos 50. O marco fundador do campo na academia é a tese O Palácio de Juramidam (1983), de Clodomir Monteiro. Em 1984, Alex Polari, Cefluris, lança seu 1º livro. Em 1986 saiu o primeiro artigo acadêmico sobre a UDV, do Anthony Henman, em uma revista mexicana chamada América Indígena. Em 1993 foi realizado o Hoasca Project. A Barquinha tem seu primeiro livro em 1999. A década de 90 é marcada pela expansão do campo de estudos no Brasil e, a partir do ano 2000, começam a ser produzidos trabalhos no exterior. Outro marco importante é a pesquisa, realizada em 2003, sobre adolescentes da UDV. Os estudos sobre Ayahuasca hoje se multiplicam em progressão geométrica, levando os autores a declarar de que a "lista já nasce desatualizada, porque enquanto estamos falando tem alguém publicando alguma coisa". E, de fato, de lá para cá várias teses, dissertações e monografias foram defendidas, diversos artigos científicos e ensaios foram escritos em nome da Pesquisa do Ayahuasca. [5] Gostaria de destacar algumas iniciativas recentes. Ayahuasca: uma experiência estética (2009), de Rafael Barroso Mendonça, dissertação sobre a adequação entre o estado visionário e as práticas de vida do usuário, o modo de subjetivação do indivíduo. Uma etnografia ayahuasqueira nordestina (2009), de Wagner Lins Lira, uma análise etnográfica de duas dissidências nordestinas do Santo Daime e da UDV - a Sociedade Espiritualista União do Vegetal, localizada no município de Riacho das Almas (PE) e o Centro de Harmonização Interior Essência Divina, situado em Riacho Doce (AL) – buscando compreender suas relações empatia e oposição com as antigas matrizes ayahuasqueiras. O trabalho mais interessante é o de José Eliézer Mikosz, A arte visionária e a Ayahuasca: Representações Visuais de Espirais e Vórtices Inspiradas nos Estados Não Ordinários de Consciência (2009). Mikosz estuda várias formas visuais (espirais, mandalas, labirintos, universos em camadas) e suas possíveis significações. Apesar de usar como referência os Estados Não Ordinários de Consciência (ENOC), em vários momentos aproxima-se bastante da idéia de sonhos lúcidos, de Stephen LaBerge, desenvolvida por Strassman. A ayahuasca talvez permita entrar no rio mercurial (streaming of consciousness) que corre entre a vigília e o sono, a interseção entre a realidade cotidiana e seu fluido reflexo nos infinitos mundos da imaginação. A ayahuasca, como outras plantas e substâncias psicointegradoras, possui a potencialidade de aproximar o ser humano do lugar, por assim dizer, de onde os mitos procedem. Essa suspeita surgiu pela semelhança da experiência vivida com a ayahuasca e os estados hipnagógicos e mesmo dos sonhos. De onde vêm os pensamentos, são deliberados por volição, são sempre escolhas do "pensador" ou surgem como acontecimentos independentes, interagindo então com o indivíduo? Os devaneios, o estado hipnagógico, este muitas vezes similar às mirações, parecerem se desenvolver em uma corrente de consciência que passa como pano de fundo, independentemente da direção consciente do indivíduo. Essa corrente pode ser comparada a um filme contendo uma mistura de conteúdos pessoais e impressões e experiências vindas do meio ambiente. É possível interagir com esse conteúdo à medida que o estado de vigília vai relaxando seu controle, seja no início do sono, seja pela ação de psicoativos como a ayahuasca. Estudos mais profundos sobre essa característica da consciência certamente trarão conhecimentos maiores sobre os esforços cognitivos da mente. (MIKOSZ, 2009,249 ) Tais pesquisas (entre outras) atestam não apenas a qualidade e a importância do Ayahuasca como objeto de reflexão transdisciplinar, mas, sobretudo, a singularidade e relevância desta produção acadêmica no contexto científico internacional contemporâneo. Ou seja: o Ayahuasca e seu estudo são importantes contribuições brasileiras ao patrimônio da humanidade - algo que escapou ao nosso pobre jornalismo auto-colonizado, que pensou ter encontrado mais uma oportunidade política fácil de criticar o governo federal. 4) Uso terapêutico No entanto, boa parte da literatura acadêmica mais recente sobre Ayahuasca trata de seu uso terapêutico, principalmente da possibilidade de sua utilização em tratamentos de dependência química, uma vez que já existe um alto de número de ex-usuários recuperados entre os adeptos das religiões ayahuasqueiras. O texto coletivo Considerações sobre o tratamento da dependência por meio da ayahuasca (LABATE, SANTOS, ANDERSON, MERCANTE, BARBOSA, 2009) faz uma revisão bibliográfica específica desta literatura e sistematiza as principais reflexões sobre o potencial terapêutico do uso ritual da ayahuasca no tratamento ao abuso de substâncias psicoativas. O texto analisa a experiência de dois centros terapêuticos que combinam elementos da medicina e da psicologia ao uso da ayahuasca: o Instituto de Etnopsicologia Amazônica Aplicada (IDEAA), próximo à comunidade do Santo Daime Céu do Mapiá, no município de Pauini (AM) e o Takiwasi, em Tarapoto, no Peru. São ainda discutidas perspectivas para uma futura agenda de pesquisas científicas interdisciplinares sobre este tema, refletindo sobre as possibilidades de diálogo entre biomedicina, antropologia e psicologia, além dos impasses éticos e dilemas metodológicos envolvidos neste tipo de investigação. A aparente melhora de muitos casos de abuso e dependência de substâncias psicoativas, segundo o relato de vários grupos terapêuticos e religiosos voltados para o uso ritual da ayahuasca, bem como de antropólogos, psicólogos e psiquiatras que estudam o tema, representa um fenômeno de saúde promissor. Esse pode ser melhor compreendido a partir de estudos interdisciplinares sistemáticos que combinem a abordagem quantitativa com uma sutileza qualitativa e etnográfica. Tal esforço interdisciplinar deve ser acompanhado também de uma tentativa de diálogo com os saberes nativos, colaborando para que o conhecimento adquirido durante décadas pelos diferentes grupos que utilizam a ayahuasca no tratamento da dependência auxilie futuros estudos clínicos de terapias psicodélicas voltadas para abordar o problema. Em relação ao uso terapêutico, há três assuntos centrais em pauta hoje: a) a emergência de surtos psicóticos; como utilizar o Ayahuasca na recuperação de dependentes químicos; e c) quais são os métodos de trabalho e as técnicas mais adequadas para esta integração. O ayahuasca tem o efeito de agravamento dos sintomas, ele promove e desenvolve mudanças existenciais, levando as situações contraditórias a níveis críticos. Assim, outro tema correlato ao uso terapêutico do ayahuasca, é que ele desencadeia crises psíquicas e emergências espirituais. A experiência atesta que tais casos tanto podem ser vistos como uma superação de tendências psicóticas como podem causar danos irreversíveis, caso o sujeito das crises não encontre o apoio e a compreensão necessários para entender a situação em que se encontra. O papel da família, da comunidade religiosa e do ambiente profissional é preponderante para a recuperação e a superação das crises. Daí a necessidade de se estabelecer critérios e parâmetros para propiciar a emergência espiritual de conteúdos psíquicos não se torne uma psicose ou uma esquizofrenia irreversível. Movidos por esta preocupação a resolução do CONAD prescreve - e muitas instituições religiosas acreditam se defender dessas situações através de - uma rigorosa entrevista (chamada incorretamente de anámnese), que realizada de forma burocrática por pessoas despreparadas faz uma triagem preconceituosa e de baixa qualidade. Uma entrevista preliminar com as pessoas que vão tomar ayahuasca pela primeira vez é fundamental para o aproveitamento adequado da experiência, mas não deve tentar enquadrar os entrevistados em categorias de risco, pois essa prática além de moralista e politicamente incorreta é ineficaz no sentido de identificar comportamentos problemáticos ou possíveis emergências espirituais. A verdade é que nada substitui uma conversa franca e compreensiva. Mas do que perguntar, o entrevistador deve responder as dúvidas e questões postas pelo entrevistado. E mesmo que identificados fatores de risco nos entrevistados, isto não deve ser motivo para exclusão ou para constrangimento, mas sim como uma informação relevante para compreensão do processo de transformação que se iniciará. A responsabilidade é mais importante do que o registro de controle. Como também não basta informar os possíveis prejuízos da utilização de outras substâncias (como o álcool e a cafeína) e de excessos sexuais em conjunto com a ayahuasca, é preciso explicar, sem fanatismo ou superstições, quais sãos esses danos e quais são as conseqüências do uso indisciplinado da ayahuasca. Porém, se os próprios adeptos dos cultos não obedecerem às prescrições que professam aos neófitos, as restrições necessárias à experiência soarão como hipocrisia e farisaísmo. E se é incorreto tentar escapar às crises antecipadamente pela triagem e exclusão, também é errado tentar encobri-las depois que emergem. Nesses casos, além de um atendimento terapêutico individualizado, deve-se manter a participação do sujeito em crise nos rituais religiosos ou nas práticas terapêuticas de grupo (caso isto seja possível) sem o consumo da ayahuasca ou com doses simbólicas. A exclusão do sujeito em crise do contexto da emergência espiritual (e seu deslocamento para outros cenários – psico-terapêutico ou médico-psiquiátrico) será prejudicial à conclusão satisfatória do processo. 5) Da distinção e integração dos "usos" Outro assunto recorrente das pesquisas recentes sobre o Ayahuasca é sobre distinção entre as noções de 'uso religioso' e de 'uso terapêutico' de substâncias químicas que promovem a expansão da consciência. Alguns pesquisadores argumentam que essa distinção – agora oficialmente adotada pela resolução do CONAD - não faz nenhum sentido e que o 'uso' indígena seria mais terapêutico e recreativo do que religioso. Em minha perspectiva, há diferenças: o uso religioso caracteriza-se principalmente por ser vertical, enfatizando a relação entre o Ego e o Eu Superior (ou a divindade); enquanto o uso terapêutico é horizontal, focado na relação entre o 'Eu' e o 'Outro'. Embora essa seja uma distinção teórica, pois na prática os dois aspectos são indissociáveis, há intenções e ambientes (sets and settings) bem diferentes nas duas propostas. E essa diferença nos faz levantar várias questões. Por exemplo: será que um dependente químico de drogas não tem maiores chances de recuperação em um paradigma (= ambiente + intenção) religioso, em que sua dependência transmuta-se em autonomia espiritual, do que em um paradigma psicológico onde ela pode ser transferida para o terapeuta ou para outros objetos horizontais? Ou ainda: será que Ayahuasca facilita ou amplifica a catarse emocional? Por que a exposição de sentimentos e emoções negativas (como a raiva e a tristeza) tão apropriadas no processo terapêutico pode gerar obsessões psíquicas e espirituais, quando realizada em estados de consciência alterada? O louvor ao sagrado cura devido sua gratuidade, já dar suporte ao desenvolvimento de resiliências (trabalho terapêutico) é uma atividade profissional remunerada – como conciliar essas questões? O uso religioso objetiva o desenvolvimento ético e moral dos participantes do culto em geral, enquanto o uso terapêutico pressupõe um problema específico a ser resolvido por alguém em particular. Mas, é preciso definir melhor como se pode (e como não se deve) usar o Ayahuasca em uma resistência específica ao desenvolvimento individual e não estabelecer um 'novo uso' para a bebida. A tradição daimista prescreve rigorosamente a não-intervenção, seja a forma de toque corporal ou tentativa verbal de comunicação, quando um participante do culto faz uma 'passagem', isto é, encontra com uma resistência em desenvolvimento e sofre algum tipo de mal-estar. Nesta ótica, é aconselhável que 'a bebida e a pessoa se entendam' ou que o processo psíquico desencadeado seja resolvido através de uma auto-adaptação da pessoa à situação emergente sem interferências. Tal prescrição é extremamente válida, principalmente no âmbito das igrejas e templos religiosos em que pessoas sem preparação (sem formação profissional específica) podem querer ajudar outras em um momento crítico. Por outro lado, o uso consorciado da ayahuasca com algumas experiências com mudanças dos padrões corporais se mostrou bastantes produtivas, devido ao relaxamento muscular propiciado pela ingestão da bebida, como as aplicações sucessivas de massagem da técnica desenvolvida por Ida Roofing. Este processo de alinhamento postural pode ainda ser potencializado através de alongamentos e de exercícios regulares diários (de Pilates, RPG ou de Iso-stretching). Já o uso do Ayahuasca consorciado diretamente às práticas catárticas da bioenergia e das meditações dançantes do Osho não apresentaram (para mim) nenhum benefício visível e certamente podem reforçar, ao invés de dissolver, as resistências psicológicas, sejam elas 'couraças energéticas' ou complexos comportamentais. Ou seja: a tradição espiritual desaconselha a prática da intervenção terapêutica no paradigma religioso, mas a experiência psicológica incentiva o uso da DMT como uma forma de intervenção espiritual no paradigma terapêutico. Portanto, não se trata de utilizar técnicas e práticas de outras paragens para 'completar' ou 'aperfeiçoar' os rituais associados ao Ayahuasca e às plantas de poder brasileiras, mas sim de aprender a utilizar estes rituais e estas plantas em processos terapêuticos. E, dentro de processos terapêuticos, dentro das experiências que organizei e presenciei, o Ayahuasca tem se mostrado muito mais adequado às técnicas de regressão biográfica através de sugestão hipnótica do que, diretamente, aos exercícios de movimento corporal e as massagens voltados para catarse. Há também outras possibilidades de integração, como as técnicas de roda. A ciranda de vozes e de dança é um suporte de transmissão de memória e conhecimento anterior ao advento da escrita, quando os contextos de recepção e de transmissão de informação eram comuns. A roda centralizava o acesso ao conhecimento e instituía um tempo circular, simultâneo, sem continuidade. Com a escrita (e a memória social), surgiu a história (e o tempo linear baseado na acumulação de informação), os contextos de recepção passaram a ser múltiplos e distintos do contexto da fala. Hoje (graças à Internet) retornamos parcialmente ao tempo simultâneo e a esse suporte arcaico da cultural oral[6]. Ou seja: mesmo com o foco na DMT, percebe-se que os cantos e a dança em roda fazem parte da experiência espiritual do Ayahuasca. A química prescinde de práticas rituais para se realizar com sentido para seus usuários. E o CONAD foi bastante feliz em observar que, sem os rituais e práticas associadas ao culto da bebida, a DMT descontextualizada é apenas uma droga psicodélica que provoca acessos visuais. 6) Conclusões parciais Quando escrevi o projeto DMT e Neurociências, imaginava desenvolver uma pesquisa acadêmica e não uma investigação pessoal sobre o papel da substância em minha vida. Porém, o transcorrer do trabalho me mostrou que o essencial era eu me conhecer e me desenvolver. E que a pesquisa do Ayahuasca não é apenas um campo interdisciplinar ou multidisciplinar, mas sim um 'espelho transdisciplinar' porque implica em auto-conhecimento: as informações científicas só fazem sentido se enquadradas em um sistema de crenças. Assim, para mim, a pesquisa do Ayahuasca passou a ser uma via de mão dupla: questionando minhas crenças em relação à objetividade científica; e, no sentido inverso, repensando a modernidade a partir da experiência cognitiva da bebida. A resolução do CONAD é a primeira iniciativa legal para a proibição da comercialização do Ayahuasca no Brasil. Agora, o individuo que for pego portando a bebida e não estiver devidamente autorizado por uma entidade civil religiosa legalmente constituída poderá ser detido para investigação. Só isso já é um grande ganho institucional para o movimento ayahuasqueiro e um avanço extraordinário em termos de clareza política do governo Lula sobre o papel eco-espiritualizante da cultura brasileira no cenário global – embora (quase) ninguém (nesse jornalismo tacanho de nossos dias) elogie este aspecto. Mas, há também uma contrapartida negativa igualmente não evidente: a regulamentação poderá levar a uma fossilização institucional do movimento, a uma folclorização cultural dos rituais e/ou a um distanciamento cada maior da verdadeira essência do espírito revolucionário do Ayahuasca. A necessidade de regulamentação do movimento ayahuasqueiro está levando a um progressivo enquadramento social dos grupos e a uma atitude conformista em relação a mudanças na sociedade e nas instituições. O que está em jogo não a sobrevivência cultural do Santo Daime, da Barquinha ou da União do Vegetal, nem mesmo o uso indígena ou psiconáutico do Ayahuasca, mas sim, o papel extraordinário que a DMT desempenhou e desempenha na evolução psíquica e biológica humana, como também, o que pode vir a desempenhar no futuro, seja na recuperação de dependentes químicos e de psicoses depressivas, seja no seu desenvolvimento ético e de novas qualidades cognitivas no âmbito da percepção e da consciência. Ou seja: a discussão tem uma importância bem maior do que enxerga a maioria dos envolvidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COSTA, Rafael Barroso Mendonça. Ayahuasca: uma experiência estética. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de Psicologia, 2009. LABATE, Beatriz Caiuby; ROSE, Isabel Santana de; SANTOS, Rafael Guimarães dos. Religiões ayahuasqueiras: um balanço bibliográfico. Campinas: Editora Mercado de Letras/Fapesp, 2008. LABATE, B.C., SANTOS, R.G., ANDERSON, B., MERCANTEe, M., BARBOSA, P.C.R. Considerações sobre o tratamento da dependência por meio da ayahuasca. Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP), 2009. Disponível em: www.neip.info. LIRA, Wagner Lins. Os trajetos do êxtase dissidente no fluxo cognitivo entre homens, folhas, encantos e cipós: uma etnografia ayahuasqueira nordestina/ Wagner Lins Lira. – Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CFCH. Antropologia, 2009. GOMES, Marcelo Bolshaw. O Hermeneuta - Uma introdução ao estudo de Si. Dissertação de mestrado em Ciências Sociais. Natal: UFRN, 1997. LIEVEGOED, Bernard. Fases da Vida – crise e desenvolvimento da individualidade. São Paulo: Editora Antroposófica, 1994. MCKENNA, T. 'Caos, Criatividade e o retorno do Sagrado - triálogos nas fronteiras do Ocidente' (em conjunto com Ralph Abraham e Rupert Sheldrake) São Paulo: Cultrix/Pensamento, 1994. METZNER, Ralph. Ayahuasca - Human Consciousness and the Spirit of Nature. Thunder's Mouth Press, New York, 1999. Tradução Márcia Frazão, Rio de Janeiro: Gryphus, 2002. MIKISZ, José Eliézer. A arte visionária e a Ayahuasca: Representações Visuais de Espirais e Vórtices Inspiradas nos Estados Não Ordinários de Consciência (ENOC). UFSC, 2009. SHANON, Benny. A ayahuasca e o estudo da mente in: LABATE B. & SENA ARAÚJO W. (diretto da), O uso ritual da ayahuasca, 2002a pp. 631-659. _______ O conteúdo das visões da Ayahuasca. Revista Mana, Out 2003, vol.9, n.2, p.109-152. STRASSMAN, Richard. DMT: the spirit molecule: a doctor's revolutionary research into the biology. Rochester: Park Street Press, InnerTraditions, 2001. [1] Marcelo Bolshaw Gomes é jornalista, professor de Comunicação da UFRN, doutor em Ciências SociaisONTINUANDO O T
  11. Pois é Olympio, esta foi sua experiência, porém existem milhares de depoimentos favoráveis a AYAHUASCA, é muito subjetiva seu relato, a qualidade das experiência depende muito do tipo de mente que a gente tem, quantoi mais uma pessoa é espiritualizada maiores os benefícios espirituais. acho que esse mal estar dos vômitos varia de pessoa a pessoa, como vc chegou a estes números que 95% passam muito mal? 1 - 2 - 3 - 4 - Posto um texto meio longo, mais muito esclarecedor: Pesquisa Transdisciplinar sobre a Ayahuasca MIRAÇÃO NÃO É ALUCINAÇÃO Um breve panorama da pesquisa transdisciplinar sobre Ayahuasca Marcelo Bolshaw Gomes[1] A decisão desencadeou algumas reportagens jornalísticas sensacionalistas, acusando o governo de ter liberado uma droga perigosa que "causa alucinações" sob a desculpa de uma pretensa finalidade religiosa. Respondendo a essas reportagens, o presente texto tem por objetivo explicar psicologicamente a experiência cognitiva de beber Ayahuasca, como também apresentar de forma resumida a singular pesquisa acadêmica e existencial desenvolvida por diversos pesquisadores a partir dessa experiência cognitiva, comprovando assim seu valor inestimável. 1) O efeito da Ayahuasca Há uma grande diferença entre as distorções cognitivas provocadas por entorpecentes e o uso ritual de plantas de poder. Diferenças de intenção e ambiente – "set and setting", na famosa definição estabelecida por Timothy Leary e muito repetida desde então para caracterizar as condições necessárias para o uso de substâncias psicoativas em processos de autoconhecimento. O efeito deste uso 'com finalidades de desenvolvimento' é chamado de 'enteógeno' em oposição ao termo 'alucinógeno' – utilizado para caracterizar o efeito alienante e a distorção perceptiva. Mas, os argumentos de 'ambiente' e 'intenção' raramente são suficientes para convencer leigos (e cientistas fixados no fator psico-químico) da grande diferença cognitiva entre a experiência enteógena e a viagem alucinógena. Há duas iniciativas de ponta em âmbito internacional que estudam o 'efeito ayahuasca' do ponto de vista psico-químico: Rick Strassman (2001), que estuda a substância psicoativa da DMT (a dimetiltriptamina) e não a bebida propriamente dita ou os sistemas de crenças que configuram seu uso; e Benny Shanon (2003), que, invertendo a equação científica, não investiga mais o 'efeito ayahuasca' na mente humana, mas sim pesquisa a consciência através da experiência da Ayahuasca. Strassman (2001) diz o corpo produz naturalmente DMT na hora da morte para favorecer a lembrança dos momentos marcantes da vida. O xamanismo tolteca chama isto de 'recapitulação' e corresponde a limpeza dos vínculos cármicos adquiridos durante a vida. A DMT permite a utilização consciente da memória visual através do lado direito do cérebro, em oposição à nossa memória discursiva ordinária organizada através da fala. É a fala que transforma a memória em narrativa, se simplesmente contarmos nossa estória, oscilaremos entre os papéis de vítima e de herói. É o hemisfério esquerdo do cérebro que acessa a memória e quer comunicar a lembrança resgatada a alguém. Com a DMT, ao contrário, feita em estado de silêncio interior, sem interlocutor ou escuta analítica externa, as lembranças emergem objetivas, permitindo a reintegração emocional dos momentos vividos com distanciamento, vistos de fora, como em um filme narrado por outra pessoa. E essa pode ser a principal aplicação terapêutica da DMT em um futuro breve: fechar (reviver e superar) as feridas emocionais que jorram do inconsciente individual. O acesso consciente à memória visual também pode ser colocada sob a forma de 'sonhos lúcidos'[2], isto é, a ocorrência de estado de funcionamento cerebral de alto desempenho - o sono REM (rapid eye moviment) – que normalmente acontece enquanto o sujeito está dormindo, durante o estado de vigília[3]. Vários místicos tradicionais opõem sonho e consciência. A consciência está sempre presente no aqui e agora. O sonho é memória passada e previsão do futuro. O sonho lúcido (ou o Estado de Consciência Alterada através da DMT) é visto por eles como uma alucinação a ser vencida pela consciência, como uma passagem por reinos intermediários ou como realidades subjetivas que aprisionam a alma. O xamanismo em suas diferentes versões, no entanto, acredita no desenvolvimento através dos sonhos. Para Strassman, há quatro estágios progressivos do efeito do DMT: o estado eufórico, o 'caleidoscópio colorido', o estado de diálogo com as entidades e a transcendência do ego. Para isso, ele teria que trabalhar suas dosagens cada vez maiores de DMT. A experiência, no entanto, comprova que o mero aumento de dosagem química não basta para se alcançar estados de percepção mais profundos e intensos, é preciso também ter a ligação espiritual - que só vem através de treinamento em alguma técnica ou ritual. Aliás, quando maior a capacidade mental de alteração o estado de percepção, menor a dosagem necessária – como pode ser visto na maioria dos adeptos mais antigos dos cultos. 2) Supercognição "Eu só miro as situações em que estou envolvido" – confessou-me certa vez um experiente ayahuasqueiro. E, certamente, as imagens psíquicas, sejam elas arquétipos universais ou lixo subconsciente, em nada ajudam ou enriquecem a experiência espiritual da DMT. O importante é compreender o quadro de relações (sociais, cósmicas, afetivas, políticas, etc) em que se está inserido. E mais: "Mirar com firmeza resolve os problemas" – me ensinou o caboclo. A 'firmeza no mirar' é permanecer em estado de consciência alterada intenso, profundo e por longos períodos de tempo (e baixas dosagens de DMT) e conseguir reverter as relações de conflito, submissão ou enaltecimento que se apresentem. A idéia de 'miração' ou 'sonho lúcido' (e de diferentes estágios progressivos do transe quimicamente induzido) não pode ser desvinculada do sistema de crenças do sonhador em seu contexto diurno. Eu, por exemplo, reconheço quatro paradigmas diferentes sobrepostos e simultâneos no trabalho espiritual com DMT: o paradigma da luta do bem contra o mal; o paradigma de ajuda aos espíritos sofredores vivos e mortos; o paradigma de diálogo/conflito do Eu com o Outro; e, finalmente, o paradigma da Consciência da Divindade (ou da recapitulação da biografia pela consciência/identificação com narrativas míticas e simbólicas). O modelo de estágios progressivos de estados de consciência de Strassman tem seu valor, mas é preciso perceber que ele também se baseia em um sistema de crenças, mesmo que sejam crenças científicas céticas. Outra grande contribuição ao estudo do Ayahuasca é o trabalho de Benny Shanon (2003), que faz um levantamento estatísticos das imagens psíquicas geradas a partir da experiência do Ayahuasca. Shanon tornou-se muito conhecido devido sua hipótese de Moises teria acidentalmente consumido DMT (uma vez que a Arca da Aliança seria de Acácia, um tipo de jurema) e entrado em transe no Sinai. Shanon destaca ainda quatro aspectos relevantes em relação ao efeito do Ayahuasca: a percepção do pensamento como uma cognição coletiva, a indistinção entre o interior e o exterior, as experiências desindentificação pessoal e a percepção de tempo não-linear. Sob o efeito da DMT os pensamentos não são individuais, mas sim 'recebidos em rede' (a mente como um rádio); que não existe a distinção entre o sensorial e o sensível; podem se transformar em animais (jaguares e águias são freqüentes) ou em outras pessoas; e finalmente percebem o transcorrer do tempo de forma desigual, em que alguns segundos demoram séculos e horas se sucedem rapidamente e em que alguns momentos se experimentam a simultaneidade (ou a sensação de eternidade) temporal. Desses quatro aspectos relevantes o mais interessante é o que trata de nossa percepção do tempo. Quando baixamos arquivos no computador percebe-se que alguns segundos demoram mais que outros, em função do peso do arquivo e da aceleração da conexão da internet[4]. O que Shanon suspeita é que o mesmo acontece com a memória humana, mas só é perceptível sob o efeito da DMT. É a pesquisa da mente humana através da experiência do ayahuasca (e não mais do 'efeito ayahuasca' na mente). Tanto Shanon como Strassman enfatizam a idéia de tempo descontínuo. A DMT nos recoloca novamente dentro da simultaneidade. Com base nessas pesquisas e em minha vivência pessoal pode-se dizer que a experiência de 'mirar' ou ter 'sonhos lúcidos' se aproxima muito mais de uma supercognição (envolvendo os dois hemisférios cerebrais simultaneamente) do que de uma alucinação ou de apenas ilusões visuais. Supercognição que permite à consciência enraizada no presente ativar as memórias do passado com objetividade visual e prever (ou até mesmo influenciar) acontecimentos futuros. Segundo o professor Oscar Calávia Saez (2008), quando os Yaminawa tentam explicar o que o ayahuasca é para eles, usam comparações como o 'cinema do índio', a 'televisão' do índio e até 'o avião do índio'. O ayahuasca é o que permite uma visão ao longe e media o modo de ver o universo em seu conjunto. Todavia, além de ser uma tecnologia de transcendência do tempo/espaço, o Ayahuasca teve (ou tem) outro função menos evidente: criar uma linguagem xamânica comum entre grupos étnicos diferentes.
  12. AYAHUASCA é um caminho espiritual? e também para se projetar com mais lucidez ? Há prós e contras, eu estou estudando ainda essa vertente do espiritualismo natural, nunca experimentei, gostaria que os foristas dessem suas opiniões e também seria importante se alguém desse fórum que já usou a AYAHUASCA explana-se se os efeitos foram positivos ou negativos. Eu li esse link e outros, http://www.universomistico.org/s/opcao-espiritual.html
  13. Constelação Familiar é um método psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica fenomenológica, de fundo filosófico, desenvolvido pelo filósofo e psicoterapêuta alemão Bert Hellinger. Uma das maiores necessidades do ser humano é estar em paz com a própria família. Transformar nós, em laços e assim resgatar e estar em harmonia com os nossos sistemas familiares é o propósito deste trabalho. A abordagem do psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, explora as dinâmicas inconscientes dos relaciona-mentos, visando resgatar o fluxo harmonioso que somente é possível quando se estabelece a ordem no sistema familiar. Incluir os excluídos, honrar a Ancestralidade, ocupar o seu próprio lugar e deixar que os outros ocupem o seu, são alguns movimentos curadores das nossas imagens familiares internas. Desenvolvimento do método Hellinger desenvolveu seu método a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações. Esse filósofo deparou-se com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das “esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela. Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy Moreno, criador do psicodrama. Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo britânico Rupert Sheldrake. De posse de detalhadas observações sobre tal fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na técnica descrita por Eric Berne e aprimorada por sua seguidora Fanita English de “análise de histórias”, descobriu que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar. As descobertas fundamentais Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciencia pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores: 1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã 2 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos 3 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo. O procedimento A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos. Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar. Nos anos recentes (2003-2005), Hellinger apurou sua forma de trabalho para um desenvolvimento ainda mais abrangente, que ele denominou de "movimentos da alma". Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo familiar, tais como o grupo étnico. Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções (chamado de “ajuda”) e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda efetiva, criando assim também as chamadas “ordens da ajuda”. Aplicações A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas devido aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, como: melhoria das relações familiares melhoria das relações interpessoais nas empresas melhoria das relações no ambiente educacional Tais aplicações deram início a abordagens derivadas, denominadas de constelações familiares, constelações organizacionais e pedagogia sistêmica. Embora os participantes de sessões de Constelações Familiares reportem resultados positivos (Cohen 2009; Cohen 2005; Franke 2003; Lynch & Tucker 2005; Payne 2005), a abordagem diverge explicitamente de muitas psicoterapias cognitivas, comportamentais e psicodinâmicas. Como o método utilizado pelas Constelações Familiares não se deixa ser validado impiricamente por métodos de investigação científicos, só pode ser defendido numa abordagem fenomenológica. Referências Hellinger possui uma vasta literatura publicada em mais de 10 idiomas, especialmente em alemão. Em português possui diversos livros publicados pela editora Cultrix e pela Editora Atman. Os mais significativos são: A fonte não precisa perguntar pelo caminho - Ed. Atman - ISBN - 978-85-98540-15-3 Ordens do Amor - Ed. Cultrix - ISBN 85-316-0785-X Ordens da Ajuda - Ed. Atman - ISBN 85-98540-05-6
  14. Nossa É só alguém contestar o Waldo Vieira neste Forum, que gera uma defesa renhida e raivosa dos seguidores messias da Conscienciologia Waldo pelo jeito não pode ser contestado que o nível cai lá embaixo, poxa se até Cristo é contestado e criticado, principalmente pelo Waldo, porque não se pode contestar o mesmo? Tudo nesta vida é passível de crítica, o Waldo esta sempre criticando e contestando outras linha espiritualistas, principalmente o Espiritismo, e as orientalistas, é sover assistir suas tertulias, sempre sobra ironias sarcásticas c0ntra outros vertentes da espiritualidade. então quem fala o que quer, ouve o que não quer¹
  15. Martyn Muito bom texto, li com atenção, porém discordo dealguns pontos, acredito eu, que já estudei algumas técnicas de Yoga que realizam a transmutação energética da energia sexual sem ter que copular com o sexo oposto Essa técnica do Yoga de Patânjali: As oito etapas: • Yama - Conjuntos de refreamentos. (abstinência) • Niyama - Conjuntos de observâncias. (mandamentos) • Ásanas - Conjuntos de posições e posturas psicofísicas. • Pranayama - Conjuntos de técnicas respiratórias. • Pratyáhára - Conjunto de técnicas para retração dos sentidos. • Dharana - Técnicas de concentração. • Dhyána - Conjunto de técnicas meditativas (meditação). • Samadhi - Conjunto de técnicas que nos levam a iluminação. O Samadhi é o momento maior no Yoga, é neste estágio que o praticante chega ao clímax da evolução interior, a Verdadeira Iluminação. Há várias classes de sexo. Há o SEXO NORMAL, comum e corrente, há o INFRA-SEXO, e o SUPRA-SEXO. Que se deve entender por “sexualidade normal”? Entenda-se como a atividade sexual que conduz à reprodução da espécie. Em relação à infra-sexualidade, há duas classes: Segundo a Cabala, por exemplo, diz-se que “Adão tinha duas esposas: Lilith e Nahemáh”. Lilith representa uma das esferas infra-sexuais: nela se encontram os homossexuais e Nahemáh que representa os abusadores de sexo. Assim, pois, o sexo normal conduz à reprodução da espécie. E quanto ao gozo sexual, trata-se de um gozo legítimo do homem. Os que o consideram como um pecado, aqueles que o consideram um tabu, ou que têm a tendência de considerá-lo motivo de vergonha ou dissimulação, estão totalmente equivocados. O gozo sexual de nenhuma maneira poderá ser depreciado, subestimado ou qualificado como tabu. Quanto ao supra-sexo, sem dúvida é para os gênios, para os homens transcendentais, para as mulheres inefáveis. Jesus de Nazaré, Buda, Hermes de Trimegistro, Moisés, Maomé, Lao-Tsé, Quetzalcoatl, Pitágoras, etc foram suprassexuais. Ao entrar no terreno da suprassexualidade, entramos no caminho das transformações extraordinárias. Porém, não devemos pensar no sexo somente como uma questão fisiológica. Há que se ponderar que no sexo existe energia. Analisemos a Einstein quando disse:”Energia é igual a massa, multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado”. Também disse:”A energia se transforma em massa, a massa se transforma em energia”. É possível transformar massa em energia? Claro que sim! Por exemplo, uma poça d’água numa estrada. Com o calor do sol, essa água vai se evaporando e se converte em nuvens, ou seja, em energia: raios, trovões... todas as águas dos mares e dos rios se convertem em nuvens, e por último, em raios e trovões, quer dizer, em energia. O mesmo sucede com o ENS. SEMINIS, A ENTIDADE DO SÊMEN, quer dizer, o ESPERMA SAGRADO. Somente transmutando a ENTIDADE DO SÊMEN, convertendo-a em energia é que poderíamos regenerar o cérebro. A transmutação da ENTIDADE DO SÊMEN, se processa através de um artifício muito singular que os Alquimistas Medievais ensinavam a seus discípulos. O artifício consiste no seguinte: CONEXÃO DO LINGAM(FALO), COM A VAGINA, SEM A EJACULAÇÃO DA ENTIDADE DO SÊMEN. O Dr. Krum Heller, médico, coronel do Exército Mexicano, dava a fórmula em latim: “INMISIO MIEMBRO VIRIL IN VAGINA FEMINA SINE EYACULATIUM SEMINIS”. Alguns cientistas modernos aceitaram esta chave; a Sociedade Oneida, nos Estados Unidos, experimentou esta fórmula. Eles colocaram em prática estes conhecimentos da seguinte forma: Aproximadamente vinte e cinco casais começaram a trabalhar nesta comunidade, vivendo durante certo tempo, no qual copulavam sem a ejaculação da entidade do sêmen. Depois, eram submetidos a estudos clínicos por médicos americanos, os quais observaram resultados surpreendentes. Observaram que, com a seminização do cérebro, o aumento de hormônios no sangue, houve uma melhora extraordinária do organismo, fortalecimento e aumento da potência sexual, e que muitas enfermidades desapareceram. O interessante deste antigo artifício que constitui o “Secretum Secretorum” dos Alquimistas Medievais, é que através dele, jamais se chegam a degenerar as glândulas sexuais. Quando as glândulas sexuais se degeneram, degenera-se também a HIPÓFISE, e se degeneram também todas as glândulas de secreção interna. Todo o sistema nervoso passa por processos de degeneração e então advém a decrepitude e morte. Por que existe a velhice? Simplesmente porque as glândulas sexuais entram em decadência. Ao entrarem em decadência, entram em decadência todas as glândulas endócrinas e então se desencadeia todo o processo da decrepitude e da velhice. Mas se houvesse um sistema que permitisse que as glândulas sexuais não se degenerassem, não sofressem o esgotamento, poder-se-ia conservar todo o Sistema Nervoso em perfeita atividade, e então não haveria velhice e decrepitude, isto é óbvio. Segundo os famosos médicos Dr. Arnoldo Krum Heller e Dr. Brown Sequard, é possível conservar as glândulas sexuais durante toda a vida, por meio deste sutil artifício. Isto significa que um homem que praticasse tal sistema, poderia chegar à idade de 90 a 100 anos, sem perder a capacidade de copular, gozando livremente do prazer sexual, que é um prazer legítimo do homem, que não é um pecado, que não é um tabu e que não deve ser um motivo de vergonha ou dissimulação. Mediante a transformação da ENTIDADE DO SÊMEN em energia, processam-se transformações psicológicas extraordinárias: Desenvolve-se a GLÂNDULA PINEAL, a mediante a transmutação sexual, essa glândula se desenvolve, entra de novo em atividade. Este é o olho que nos permite perceber o “ultra” das coisas. No Oriente, fala-se de sete centros que existem na espinha dorsal: SETE CENTROS MAGNÉTICOS ( chacras ) que poderiam ser perfeitamente estudados, com placas especiais e também com agulhas imantadas e outros métodos de investigação. O primeiro está no cóccix; quando entra em funcionamento, confere-nos determinados poderes sobre o Elemento Terra. O segundo está na altura da próstata, e nos confere poder sobre os elementos aquosos do nosso organismo. O terceiro está na altura do umbigo, o qual despertado permite-nos controlar nosso temperamento e até atuar sobre o fogo Universal. O quarto, à altura do coração, e é óbvio, confere-nos certas faculdades extraordinárias, como a Intuição e muitas outras. O quinto está à altura da glândula tireóide(que secreta o iodo biológico) e nos confere certo poder psíquico extraordinário: a chamada clariaudiência, o poder de escutar os sons do ULTRA. O sexto, à altura do entrecenho, que nos dá poder para perceber as dimensões superiores da Natureza e do Cosmos. E o sétimo, à altura da glândula pineal, que nos dá o poder para ver os Mistérios da Vida e da Morte. Assim, pois, estas faculdades se encontram latentes dentro do nosso organismo e podem ser despertadas com esse fogo extraordinário que os hindus chamam de Kundalini, que sobe pelo canal medular, mediante a transmutação sexual. Porém, para se chegar a essas alturas, necessita-se trabalhar com este Secretum Secretorum durante toda a vida. Quem assim proceder, transformar-se-á em Super-Homem e poderá penetrar no anfiteatro da Ciência Cósmica, poderá adentrar-se na Universidade da Ciência Pura e resolver os problemas que a ciência oficial ainda não conseguiu resolver. NAMASTE
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