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Caridade


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Minha proposta não é de dúvida em si, mas de criar uma discussão saudável em torno desse tema tão grande. Temos tantos conhecimentos diferentes aqui, com certeza teremos as mais diferentes visões e conclusões. Toda dúvida guarda em si um conhecer futuro. :D

Queridos, que é a caridade?

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Cara.Na minha visão a caridade é ajudar alguem,pelo mais simples gesto que seja,ou simplesmente deixamos de fazer algo de nosso agrado para não prejudicar outro.Agora uma dúvida,a caridade surge das intenções de quem faz ou do resultado que atinge a outra pessoa?Fazer algo com a intenção de prejudicar alguem porém ao invés de prejudicar faz bem a esta pessoa,é uma caridade inconsciente ou uma maldade mau sucedida?

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De onde é essa citação, Elopes?

:D Minha mesmo, por isso não tem fonte. Considere como um preâmbulo, uma explicação. :D:D:D

Cara.Na minha visão a caridade é ajudar alguem, pelo mais simples gesto que seja,ou simplesmente deixamos de fazer algo de nosso agrado para não prejudicar outro.Agora uma dúvida,a caridade surge das intenções de quem faz ou do resultado que atinge a outra pessoa?Fazer algo com a intenção de prejudicar alguem porém ao invés de prejudicar faz bem a esta pessoa,é uma caridade inconsciente ou uma maldade mau sucedida?

Boa visão, a pergunta é melhor ainda.

Não podemos ter dúvida que a caridade surge tanto das intenções quanto dos efeitos dela. O único resultado que podemos ver é o material, sendo o mais simples. A caridade mais efetiva - a caridade moral consigo mesmo e com o próximo - nós não podemos sondar os efeitos, sendo muito maior do que imaginamos.

Se fazemos algo com intenção de prejudicar, é uma maldade mau sucedida. Se ela resulta bem ao próximo, isso resulta tão-somente da própria pessoa, que a converte em coisa positiva, ou da espiritualidade, que sabe aproveitar a utilidade de tudo, mesmo de uma ação má..

Muito bom. :D

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Eu concordo com as opiniões acima, e acrescento outra opinião, de que a caridade deve ter limites para não criar uma condição de dependência e estagnação, usando a velha analogia do peixe, se você sempre der o peixe, a pessoa pode não querer aprender a pescar, pois será mais facil para ela ir sempre pegar o peixe com você, ou seja, na caridade sem limites a pessoa pode pensar que esta ajudando enquanto na verdade esta apenas contribuindo para a inércia da pessoa, ajudando-a a ficar estagnada na sua condição patológica.

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Citando possibilidades de uma resposta.

O que é caridade? - Algo de certa forma egoico?

Significado de Caridade

s.f. Teologia Amor a Deus e ao próximo: a caridade é uma das três virtudes teologais.

Na expressão comum, amor ao próximo: agir por pura caridade.

Esmola, favor, benefício: fazer a caridade.

Bondade, compaixão.

Se entendida como "favor" ao próximo, ou esmola, bondade ao próximo. Nota-se aí um ponto de ego daquele que faz a caridade.

" - Não se explica o que é de natureza evidente - retorquiu o Quincas Borba -; mas eu direi alguma coisa mais. A persistência do benefício na memória de quem o exerce explica-se pela natureza mesma do benefício e seus efeitos. Primeiramente, há o sentimento de uma boa ação, e dedutivamente a consciência de que somos capazes de boas ações; em segundo lugar, recebe-se uma convicção de superioridade sobre outra criatura, superioridade no estado e nos meios; e esta é uma das coisas mais legitimamente agradáveis, segundo as melhores opiniões, ao organismo humano. Erasmo¹, que no seu Elogio da Sandice escreveu algumas coisas boas, chamou atenção para a complacência com que dois burros se coçam um ao outro. Estou longe de rejeitar essa observação de Erasmo; mas direi o que ele não disse, a saber, que se um dos burros coçar melhor o outro, esse há de ter nos olhos algum indício especial de satisfação.[...]"

¹Desidério Erasmo, ou Erasmo de Roterdã (1467-1536), pensador holandês do Renascimento, autor do Elogio da Loucura (1501). (N.do E.)

Trecho do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, página 186. Machado de Assis

A natureza humana vem sendo analisada já faz um tempo, e inclusive por aqueles do meio espiritual.

O que entre pessoas "espiritualizadas" recomenda-se fazer caridade e deixar de se cultivar o ego; contrapõe uma reação gerada pela ação seguida de qualquer atitude tomada. Que no caso é a caridade.

O que pode, talvez, ser válido a observar é o sentimento gerado quando você toma uma atitude do tema abordado. Há uma reciprocidade entre aquele que "doa" e aquele que "recebe"? Uma "sensação" extra entre um dos dois pode ser sinal de desequilíbrio, ou alguma manifestação do ego?

Se levar em conta a lei de ação e reação examinada, a princípio haverá naturalmente um equilíbrio entre ambas as forças - mas por influencias externas e existentes o equilíbrio é desfeito. Vendo por este pondo de vista, e comparando com a sociedade atual - a geração atual -, as influências midiáticas, educacionais, cultuais que são lançadas diariamente sobre o humano... Fica visível que a palavra caridade já é algo que tende a desequilibrar.

Uma caridade ideal, seria aquela que, talvez, nem deveria chamar-se caridade. E sim, chamar simplesmente de espontaneidade. Onde possa atuar a lei do equilíbrio.

O que pode-se notar é que na atualidade há tanto desequilíbrio para se concertar, que fica toldado avaliar a caridade em si.

Um exemplo, é você pegar uma criança muito pobre e sem muita instrução e outra rica e escolarizada para conversarem entre si. Mas, antes, oriente a criança rica a "ensinar" algumas coisas (qualquer coisa) para a criança pobre e oriente também ela dar um doce para a criança pobre. Ao final, que tipo de pensamento a criança pobre terá? Inveja? (desequilíbrio) Enquanto a criança rica se sente bem por ter feito algo bom. Ou,talvez, Gratidão? (equilíbrio) As duas criaça terão uma reação positiva. É possível ambos.- Alguns vão dizer que depende da índole da criança e tudo mais... Mas, como pode ver, é uma possibilidade. Então, quando está fazendo uma caridade, pense bem, se há de fato um equilíbrio nisso.

Acho que ficar se contentando com a possibilidade de fazer caridade, é ingenuidade. Deve-se lutar por um equilíbrio geral em todos os sentidos.

Confuso né?

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Eu concordo com as opiniões acima, e acrescento outra opinião, de que a caridade deve ter limites para não criar uma condição de dependência e estagnação, usando a velha analogia do peixe, se você sempre der o peixe, a pessoa pode não querer aprender a pescar, pois será mais facil para ela ir sempre pegar o peixe com você, ou seja, na caridade sem limites a pessoa pode pensar que esta ajudando enquanto na verdade esta apenas contribuindo para a inércia da pessoa, ajudando-a a ficar estagnada na sua condição patológica.

Splinter, daí já acho que a única caridade que tem limites é a caridade limitada.

Caridade em todos os sentidos, além de prover para a pessoa inicialmente um levante material, também oferece um apoio moral e, muitas vezes, "ensinar a pescar" é também a caridade.

Concordo com você: dar sem medir, estimulando a estagnação é errado. Mas isso, de um ponto evolutivo, não é caridade. Assim, aquele que dá criteriosamente, espalhando apoio para "aquele que tem ouvidos para ouvir" está fazendo caridade maior do que se apenas estivesse dando o peixe. Assim, a caridade ainda se mantém ilimitada.

Uma caridade ideal, seria aquela que, talvez, nem deveria chamar-se caridade. E sim, chamar simplesmente de espontaneidade. Onde possa atuar a lei do equilíbrio.

hmm, interessante visão. Mas isso não deixa de ser uma questão de palavras, onde a negativação da palavra caridade se dá pela vontade humana, e não pelo ato em si.

Acho que ficar se contentando com a possibilidade de fazer caridade, é ingenuidade. Deve-se lutar por um equilíbrio geral em todos os sentidos.

Mas o que é a caridade? Como eu disse, acredito que há nela um significado mais amplo, emanado da própria lei do equilíbrio, citada por você. Ora, dar de nós o melhor - material e moralmente - para o próximo certamente contribui para o equilíbrio. Claro que há outras coisas na vida, mas, muitas vezes, o trabalho para o próximo (não no sentido da esmola, que não expressa nem 1% do ato desinteressado para o próximo) é o reajustador do espírito.

Não pensemos que "dar de nós o melhor para o próximo" é manter os caprichos e acomodações de outrem. Não, isso é ser conivente com o erro, algo que não devemos fazer. Devemos ser, em momento certo, um tanto duros/austeros, analisando onde que poderemos empregar nosso trabalho. No entanto, antes de pensar em ser isso com os outros, temos que colocar todo o amor no nosso coração e toda a rigidez moral de conduta em nosso ser, julgando ininterruptamente a nós mesmos antes de avaliar qualquer outra coisa, capacitando-se assim para o trabalho.

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