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Perdão cura tudo ?


Recommended Posts

 

Olá  , 

1. Para vocês o que é Perdão ?

2. Para quem deseja se amar mais, depois de ter cometido erros pessoais,  o que fazer para se Auto-perdoar ? Esquecendo as dívidas do passado , e se concentrando no Agora.

3. Para quem tem um karma espiritual negativo , perdoar quem te "prejudicou"  faz aliviar os karmas dependentes com outros espíritos ?

 

 

 

 

 

 

 

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Bom dia, Ashram! Eu ainda não tenho estudos suficientes sobre essa relação perdão/Karma de forma pontual, para lhe informar bem sobre isso. Mas vou lhe trazer alguns aspectos que aprendi sobre ambos em dois livros que li recentemente:

 

Sobre o perdão, segue um fragmento do livro "O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta", de Swami Prabhavananda:

"Enquanto não nos firmarmos na virtude do perdão, não alcançaremos a pureza de coração que nos propicia a visão de  Deus. A prática do perdão é, pois, de importância fundamental para o aspirante à  espiritualidade. No Sermão da Montanha, como  vimos, Cristo insiste repetidamente nesta prática. Ele ensina a clemência, a reconciliação e o perdão das dívidas. (...)

Todos os grandes mestres espirituais enfatizaram  a importância do perdão na vida espiritual. Disse Buda:

'Se um homem tolamente me prejudicar, dar-lhe-ei em  troca a proteção do meu amor incansável; quanto maior o mal que  dele vier, maior o bem  que sairá de mim... Limpa o teu coração da malícia e cuida de não odiar, nem  mesmo teus inimigos; antes, abraça com  bondade todos os seres.'

Concordam esses mestres que, se nos faltar o perdão, se guardamos pensamentos de raiva ou ódio, causaremos mal a nós próprios bem  como  aos demais. Eles nos orientam  a fim  de que ergamos  ondas opostas de pensamentos — pensamentos de amor e compaixão — de tal modo que fiquemos em  paz com  o mundo e conosco mesmos.

Por que é difícil para a maioria de  nós seguir o ensinamento do perdão? Porque quando alguém  nutre inimizade por nós, reagimos, sentindo-nos feridos. E o que fica mais ferido?  O ego. O perdão talvez seja a maior de todas as virtudes, pois, se podemos perdoar realmente aos homens os  seus abusos, colocamo-nos acima  do ego, que nos impede a visão de Deus."

 

Sobre o karma, segue a parte inicial do capítulo "O fim do karma", do livro KARMA, de Annie Besant:

"O  Karma  força-nos  a  renascer  continuamente  e  liga-nos  à  roda  dos nascimentos  e  das  mortes.  O  Karma  bom  arrasta-nos  tão inexoravelmente  como  o  mau,  e  a  cadeia  forjada  pelas  virtudes  é  tão forte  e  prende-nos  tão  solidamente  como  a  feita  pelos  nossos  vícios.  Se assim  é,  como  e  quando  irá  parar  a  construção  dessa  cadeia,  visto  que o  homem tem de pensar e de sentir  enquanto  viver,  e  que  pensamentos e  sensações  geram  um  Karma?  A  resposta  a  esta  pergunta  é  a  lição que  encontramos  no  Bhagavad  Gitâ,  a  sublime  lição  ensinada  ao príncipe  guerreiro.  Não  é  um  eremita  nem  um  estudante  que  escuta essa  lição;  é  um  guerreiro  que  combate  pela  vitória,  um  príncipe  que  se debate  no  meio  dos  deveres  do  seu  cargo.

Nela  vemos  que  não  é  na  ação  em  si,  mas  no  desejo,  na  preocupação do  fruto  da  ação  que  reside  a  força  que  liga.  Se  uma  ação  se  praticou com  o  desejo  de  lhe  colher  e  gozar  o  fruto,  haverá  qualquer  regra  de conduta  a  seguir  para  obter  os  resultados  desejados?  A  Alma  espera  e a  Natureza  tem  o  dever  de  lhe  responder;  a  Alma  pediu,  a  Natureza tem  de  dar.  De  cada  causa  nasce  um  efeito;  de  cada  ação,  um  fruto  ; o  desejo  é  o  laço  que  os  une,  o  fio  que  os  liga  um  ao  outro.  Se  este  fio puder  ser  queimado,  cessa  a  ligação;  quebrados  os  laços  do  coração, a  Alma  liberta-se.  E  o  Karma  não  pode  detê-la;  e  nunca  mais  poderá prendê-la  de  novo;  a  roda  da  causa  e  do  efeito  continua  a  girar,  mas  a Alma  converte-se  na  vida  libertada.

Para perfazer este Karma-Yoga — ou, segundo o seu verdadeiro nome, Yoga da ação — o homem deve considerar a realização de todas as obras  como  um  dever,  e  fazer  tudo  em  harmonia  com  a  lei.  Procurando conformar-se  com  a  lei,  seja  qual  for  o  plano  de  existência  em  que funcione,  o  homem  tende  a  converter-se  numa  força,  que  atua harmonicamente  com  a  Vontade  Divina  no  trabalho  da  evolução,  e que  aspira  a  uma  obediência  perfeita  em  todas  as  fases  da  sua atividade.  Desta  forma,  cada  uma  das  ações  humanas  reveste  o caráter  de  um  sacrifício;  é  uma  oferenda  que  vai  ajudar  a  revolução  da roda  da  lei,  oferenda  desinteressada,  despreocupada  do  fruto  que  do sacrifício  possa  advir;  a  ação  cumpre-se  como  um  dever,  e  o  seu  fruto  é alegremente  ofertado  em  benefício  do  próximo, sem que aquele que a pratica se preocupe com ele; o fruto pertence à  lei; é ela que o recebe e é ela que, como melhor entende, o distribui."

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