Ashram Posted April 20, 2017 Report Share Posted April 20, 2017 Olá , 1. Para vocês o que é Perdão ? 2. Para quem deseja se amar mais, depois de ter cometido erros pessoais, o que fazer para se Auto-perdoar ? Esquecendo as dívidas do passado , e se concentrando no Agora. 3. Para quem tem um karma espiritual negativo , perdoar quem te "prejudicou" faz aliviar os karmas dependentes com outros espíritos ? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Cint Souza Posted April 20, 2017 Report Share Posted April 20, 2017 Bom dia, Ashram! Eu ainda não tenho estudos suficientes sobre essa relação perdão/Karma de forma pontual, para lhe informar bem sobre isso. Mas vou lhe trazer alguns aspectos que aprendi sobre ambos em dois livros que li recentemente: Sobre o perdão, segue um fragmento do livro "O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta", de Swami Prabhavananda: "Enquanto não nos firmarmos na virtude do perdão, não alcançaremos a pureza de coração que nos propicia a visão de Deus. A prática do perdão é, pois, de importância fundamental para o aspirante à espiritualidade. No Sermão da Montanha, como vimos, Cristo insiste repetidamente nesta prática. Ele ensina a clemência, a reconciliação e o perdão das dívidas. (...) Todos os grandes mestres espirituais enfatizaram a importância do perdão na vida espiritual. Disse Buda: 'Se um homem tolamente me prejudicar, dar-lhe-ei em troca a proteção do meu amor incansável; quanto maior o mal que dele vier, maior o bem que sairá de mim... Limpa o teu coração da malícia e cuida de não odiar, nem mesmo teus inimigos; antes, abraça com bondade todos os seres.' Concordam esses mestres que, se nos faltar o perdão, se guardamos pensamentos de raiva ou ódio, causaremos mal a nós próprios bem como aos demais. Eles nos orientam a fim de que ergamos ondas opostas de pensamentos — pensamentos de amor e compaixão — de tal modo que fiquemos em paz com o mundo e conosco mesmos. Por que é difícil para a maioria de nós seguir o ensinamento do perdão? Porque quando alguém nutre inimizade por nós, reagimos, sentindo-nos feridos. E o que fica mais ferido? O ego. O perdão talvez seja a maior de todas as virtudes, pois, se podemos perdoar realmente aos homens os seus abusos, colocamo-nos acima do ego, que nos impede a visão de Deus." Sobre o karma, segue a parte inicial do capítulo "O fim do karma", do livro KARMA, de Annie Besant: "O Karma força-nos a renascer continuamente e liga-nos à roda dos nascimentos e das mortes. O Karma bom arrasta-nos tão inexoravelmente como o mau, e a cadeia forjada pelas virtudes é tão forte e prende-nos tão solidamente como a feita pelos nossos vícios. Se assim é, como e quando irá parar a construção dessa cadeia, visto que o homem tem de pensar e de sentir enquanto viver, e que pensamentos e sensações geram um Karma? A resposta a esta pergunta é a lição que encontramos no Bhagavad Gitâ, a sublime lição ensinada ao príncipe guerreiro. Não é um eremita nem um estudante que escuta essa lição; é um guerreiro que combate pela vitória, um príncipe que se debate no meio dos deveres do seu cargo. Nela vemos que não é na ação em si, mas no desejo, na preocupação do fruto da ação que reside a força que liga. Se uma ação se praticou com o desejo de lhe colher e gozar o fruto, haverá qualquer regra de conduta a seguir para obter os resultados desejados? A Alma espera e a Natureza tem o dever de lhe responder; a Alma pediu, a Natureza tem de dar. De cada causa nasce um efeito; de cada ação, um fruto ; o desejo é o laço que os une, o fio que os liga um ao outro. Se este fio puder ser queimado, cessa a ligação; quebrados os laços do coração, a Alma liberta-se. E o Karma não pode detê-la; e nunca mais poderá prendê-la de novo; a roda da causa e do efeito continua a girar, mas a Alma converte-se na vida libertada. Para perfazer este Karma-Yoga — ou, segundo o seu verdadeiro nome, Yoga da ação — o homem deve considerar a realização de todas as obras como um dever, e fazer tudo em harmonia com a lei. Procurando conformar-se com a lei, seja qual for o plano de existência em que funcione, o homem tende a converter-se numa força, que atua harmonicamente com a Vontade Divina no trabalho da evolução, e que aspira a uma obediência perfeita em todas as fases da sua atividade. Desta forma, cada uma das ações humanas reveste o caráter de um sacrifício; é uma oferenda que vai ajudar a revolução da roda da lei, oferenda desinteressada, despreocupada do fruto que do sacrifício possa advir; a ação cumpre-se como um dever, e o seu fruto é alegremente ofertado em benefício do próximo, sem que aquele que a pratica se preocupe com ele; o fruto pertence à lei; é ela que o recebe e é ela que, como melhor entende, o distribui." Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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