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Sofrimento é opcional? Visão budista


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O sofrimento é fruto da nossa atitude para com os eventos. Querer.que o mundo, as pessoas, nossa vida.. seja como nosso ego quer é o que causa sofrimento. Torcemos para.que sejam, como se nosso pensmanento tivesse poder para alterar os eventos e pessoas. Em outros casos agimos,.investimos tempo e esforço para direcionar os eventos.

Quando algo dá errado e frustramos nossaa expectativas, sofremos.

Só que a idéia de qie controlamos os eventos é uma ilusão do ego. Aceitar que não controlamos nada fora da nossa mente , e que temos dificuldade até para ter controle do que se passa dentro da nossa mente , já é o primeiro passo para a redução do sofirmento. E como se trata de uma questão de educar nossa atitude, pode ser visto como opcional sim. O que não significa que seja fácil, precisa treino mental de uma vida toda nessa atitude. ( ver informações sobre budismo e treino em meditação)

Boa parte do treino em espiritualidade, em qualquer matriz cultural eu diria, tra-se de desenvolver essa atitude de enxergar a própria impotência humana diante dos eventos.

Já a atitude materialista , como não compreende nada além da matéria, acha que o homem é senhor do seu destino. Por isso a atitude espiritual é vista como passiva, e a religião como " ópio do povo" , já que  fornece ao povo uma jusitifica discursiva para que deixem o terreno livre para seus dominadores.

Eu diria que  ambas abordagens contém um erro fundamental: a ignorância sobre as variáveis que regem os fenômenos.

Pense numa maquina simples, uma bomba hidráulica. Se der problema e você sabe como ela funciona você não fica parado, você desmonta ela peça por peça e conserta. Você interferiu no evento e "fez o seu destino", como a abordagem materialista pregaria. Mas se você é um índio que vive numa ilha e acha no meio da selva um avião militar pousado, sem avarias, com tanque cheio, você não será capaz de voar nele. Então você tem de aceitar que aquela máquina é complexa demais para você dominar, é um "Mistério".

E acontece que o Samsara é uma máquina complexa demais para a mente humana. A ciência procura desvendar a parte física dele mas como parte de uma premissa errada, a de que o material pode ser explicado apenas pelos fatores materiais, é como alguém  querendo explicar a chuva analisando apenas a água que escorre pelo solo, sem jamais olhar para o céu, sem conhecer o completo "ciclo das águas".

Quem procura seguir a linha da espiritualidade tem mais noção dessa complexidade e portanto, ainda que possa não saber exatamente o que tem por trás de cada evento, sabe que há fatores invisíveis ( como obsessores, auxiliares espirituais, energias do local, força do pensamento, etc) e fatores de leis ocultas( como karma, escolhas pre-nascimento, forças ocultas regendo eventos maiores, para os quais você pode ser arrastado se estiver perto demais do 'olho do furacão') envolvidos, sobre os quais, em geral, ele pode fazer muito pouco. Depende de cada caso e do conhecimento que possui.

Portanto o espiritualista sabe que o problema é a extrema complexidade da "matrix" na qual estamos tendo nossa manifestação corporal temporária, e se realmente compreendemos isso, tentamos adotar a atitude de aceitar nossa impotência, sem no entanto deixar de atuar naquilo que está ao nosso alcance. 

A atitude correta, pelo que entendo, não se trata de não interferir no mundo, o que anularia a finalidade da encarnação física, mas de não se deixar iludir achando que sua ação , ou mesmo a ação coordenada de milhares de indivíduos unidos numa direção garantirá o resultado almejado. Muitas e muitas vezes na história vemos que o resultado obitido nesses casos é o oposto do almejado, ou que os grandes grupos que se uniram para "mudar tudo" trocaram 6 por meia dúzia. Exatamente porque a vontade,  sem real conhecimento,  é facilmente anulada pelas outras forças que regulam a ' homeostase' da "matrix".

A atitude correta, a meu ver, não é inação, mas  "ação desapegada". Isso evitaria o sofrimento que vem sempre quando o ego precisa admitir que é impotente para controlar tudo ao seu redor. E  adotar essa atitude é opcional, o que torna o sofrimento também opcional.

 

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Pesar, sofrimento, é uma situação inevitável da vida mundana. Apenas os homens mais avançados em sabedoria podem superar essa situação de vida. Pesar, ou sofrimento, foi descrito pelo Buda como uma verdade universal. Nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento, a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento, a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento, não obter o que se deseja é sofrimento. Em resumo, os cinco agregados influenciados pelo apego são sofrimento. O Buda não nega a felicidade na vida ao dizer que há sofrimento. Muito pelo contrário, ele admite diferentes formas de felicidade, tanto material quanto espiritual, tanto para os leigos como para os monges. Nos ensinamentos do Buda, há uma lista de felicidades, como a felicidade da vida em família e a felicidade da vida de um recluso, a felicidade dos prazeres sensuais e a felicidade da renúncia, a felicidade do apego e a felicidade do desapego, a felicidade física e a felicidade mental, etc. Mas todos esses são considerados como sofrimento. Mesmo os mais puros estados espirituais de êxtase realizados pela prática da meditação mais profunda são considerados como sofrimento.

O conceito de sofrimento pode ser visto a partir de três aspectos: (i) sofrimento devido à dor (dukkha-dukkhata), (ii) sofrimento devido à mudança e (viparinama-dukkhata), (iii) sofrimento inerente às formações (sankhara-dukkhata). Todos os tipos de sofrimento na vida, como nascimento, velhice, doença, morte, a associação com pessoas e situações desagradáveis, a separação dos entes queridos e de condições agradáveis, não conseguir o que se deseja, tristeza, lamentação, estresse - todas essas formas de sofrimento físico e mental, que são universalmente aceitos como o sofrimento ou dor, são incluídos no aspecto de sofrimento devido à dor. Uma sensação prazerosa, uma situação feliz na vida, não é permanente, não é eterna. Ela muda, mais cedo ou mais tarde e, quando isso acontece, produz dor, sofrimento, infelicidade. Essa vicissitude está incluída no aspecto de sofrimento devido à mudança. É fácil entender as duas formas de sofrimento mencionadas acima. Ninguém vai contestá-las. Este aspecto da Primeira Nobre Verdade é mais popularmente conhecido porque é fácil de entender. É uma experiência comum em nossas vidas cotidianas. Mas o terceiro tipo de sofrimento inerente às formações é o mais importante aspecto filosófico da Primeira Nobre Verdade, e ele exige certa explicação analítica do que consideramos como um "ser", como um "indivíduo" ou como "eu".

O que chamamos de "ser", ou "indivíduo", ou "eu", de acordo com a filosofia budista, é apenas uma combinação de forças/energias físicas e mentais em constante mudança, e que podem ser divididos em cinco grupos ou agregados.

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp2.28.php

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