Jump to content
  • advertisement_alt
  • advertisement_alt
  • advertisement_alt

Meu relato da Sereia e a vida com Iemanjá.


Bianca

Recommended Posts

Oi Amigos!

Conforme fiquei devendo, posto aqui um relato, ou melhor, não é um relato, mas uma série de coisas que aconteceram e acontecem ainda na minha vida me ligando sempre a estes dois nomes, a Iemanjá e/ou a sereia. Quero deixar claro aqui que não parece lógico nem ao menos aparenta fazer sentido. Não sei como isto aconteceu nem o motivo, apenas aconteceu e apenas vivo. Quero de antemão me desculpar se porventura ofenderei algumas vertentes religiosas por algum nome ou situação que venha a usar, pois nada sei a respeito disso e não tive criação afro-brasileira de nenhum tipo.

Enfim, o que ocorre é que as relações acontecem desde bebezinha, coincidência ou não, as coisas vão ficando mais ou menos fortes/óbvias. Não sou paranóica em fazer as relações dessas coisas, quase que nem percebo, mas tem sempre alguém que me fala.

Exemplos:

-Quando ainda bebê, meus pais moravam em Copacabana e minha mãe gostava de passear comigo em pracinhas e principalmente na praia. Quando íamos a praia (ela me conta, claro) e eu via o mar, ainda tropeçando os passos tentava correr desesperadamente para o mar, e não importava quem o o que estivesse na minha frente, ela não poderia me soltar um minuto que eu queria correr mar a dentro. Quando na beirinha, contrário as outras crianças que temiam as ondas eu queria entrar cada vez mais e ir embora era um tormento. Chorava muito para sair.

- Ainda bem criança, quando tinha aprendido a falar um pouco, ainda aprendendo muitas palavras e gaguejando a maioria, um dia depois do almoço eu dormi no tapete da sala, tirei uma soneca enquanto minha mãe assistia televisão. Acordei depois de um pesadelo e relatei para a minha mãe o que havia sonhado e inacreditavelmente usei termos e palavras que nunca havia ouvido antes, o que chocou e muito minha mãe e ela lembra disso até hoje. Com minha cara estranha ela me perguntou o que ouve e eu falei exatamente o seguinte:

É que eu sonhei com a época que eu era uma Sereia e eu nadava no mar feliz quando se aproximou um barco e eu vi um pescador. Ele queria me pegar e eu tentava fugir nadando muito rápido, mas ele jogou a sua rede e conseguiu me capturar. Foi horrível. Eu lembro de ficar em baixo do barco dele que tinha um casco azul, me escondendo muito tempo, mas depois ele me colocou em um aquário gigante e eu fiquei muito assustada. Depois disso minha mãe Iemanjá me salvou, me tirando de lá, ela me deixou em algum lugar do céu para me proteger e enquanto isso ela mandou eu ficar aqui com você, que você iria cuidar de mim até ela voltar.

:shock: Minha mãe ficou pasma. Nunca havia dito o nome de Iemanjá dentro de casa, como eu saberia daquilo? Como faria esta relação com o mar, com sereias? Eu não conhecia ainda palavras como rede, aquário, pescador, casco do barco...

Ela conta que em seguida eu voltei a dormir como se nada tivesse acontecido e depois não me lembrei mais de nada...

(CONTINUA)

...

Link to comment
Share on other sites

Com isso , devida a relação dos fatos que eu contei com a verdade existente nas lendas brasileiras e principalmente com os cultos de umbanda e candomblé, minha mãe morria de medo de eu ser uma daquelas crianças que tinham que "pagar" obrigação desde cedo...

-Mais tarde, já com uns cinco, seis anos, costumava ir a um restaurante que tinha música ao vivo com os meus pais. Na época, o cantor sempre cantava uma música que se chamava "Janaína" e era a história de uma sereia que vivia com peixes azuis...Ele SEMPRE dedicava a música da sereia Janaína para mim, mesmo sabendo que meu nome é Bianca. Detalhe: Além dos meus pais ficarem constrangidos por se lembrarem do fato anterior (P.coincidência né?) eu também ficava, mesmo sem entender o motivo pelo qual ele fazia isto, porque eu tinha uma amiga que chamava Janaína e a música era para mim e não para ela...rs...

Obs.: Janaína é conhecida como a Princesa do Mar.

Link to comment
Share on other sites

- Além de gostar bastante da Ariel, a Pequena Sereia dos filmes da Disney, invariavelmente me davam coisas "do mar" para fazer na escola...

- Quando completei uns Sete anos, minha avó quis me levar em uma viagem para Minas Gerais. Ao falar com meu pai pedindo autorização, ele bêbado como sempre, disse que ela não podia, por que eu era filha da "Estrela do Mar" e que era arriscado viajar ainda nesta idade pois corria o risco de Iemanjá ir mandar "buscar minha estrela". :o

Detalhe: Meu pai jamais pisou em qualquer terreiro, nem em qualquer igreja, nem em qualquer culto, o que for. Na verdade, ele é bem inculto, rs. Ele não tem a menor idéia que disse isso e nem sabe o que significa. Claro, bêbados nunca lembram, rs. Mas eu só descobri isso na semana passada, quando perguntei a minha avó o por quê ela nunca me levou para Minas, sua terra natal. Ela explicou que meu pai nunca deixava por isso...

Link to comment
Share on other sites

-Quanto tinha uns doze anos, as coisas financeiras ficaram difíceis na família, foi quando meu pai investiu suas últimas economias em um barco...

(esqueci de mencionar que já morávamos em outra cidade, mas que também tinha praia. Poluída, mas dava para pescar.)

Eu fiquei um tempo sem ir até a praia ver o "barco novo", pois ele estava sempre quebrando, sempre dando inúmeros problemas, praticamente impossibilitando o sustento através da pesca. Um dos problemas foi com a documentação, ele tinha um nome diferente e algumas coisas para pagar. Chamava-se Iairerê e quando meu pai percebeu que dava um trabalhão mudar o nome de um barco, deixou assim mesmo. Uma vez com o barco consertado, finalmente fui até a praia ver o barco do meu pai. Ele era azul e quando o vi me lembrei do "sonho" de criança que jamais havia me lembrado durante a vida inteira e só ouvia a história da minha mãe. Quando vi aquele barco, parece que me lembrei de tudo e pude ver que a história era verdadeira. Era o mesmo barco? Ou um idêntico?

Não sei.

Só sei que quando uma "mãe-de-santo" que morava ali por perto viu o barco, e sabia que o meu pai estava achando o nome esquisito ela disse:

"Ahh...não precisa se preocupar com este nome não que ele não vai lhe fazer nenhum mal. É do meu povo. Os "Erês" contaram que na verdade ele significa 'Sereia Criança' "

:shock:

...

CONTINUA...

Link to comment
Share on other sites

Ola!!

Amiga Bianca.

Ao ler o seu post ( muito interesante) tomei a liberdade de ler ele para a minha esposa, ja que ela a pouco tempo frequentava um centro espirita de umbanda, ( já que eu nunca frenquentei e não entendo nada) quis eu saber o que ela achava do seu relato.

Segundo ela vc tem uma forte ligação com estas entidades e a religião de origem afro, (isso não quer dizer que vc tenha que ir em uma casa ou terrero, mas que vc tenha tido uma experiencias em outras vidas).

Eu que não acreidito em coincidencias, penso que talvez vc tenha algum assunto para relembrar e rever neste sentido, por isso talvez acredito que seria interesante buscar alguma informação mais apurada de alguem que possa te esclarecer, e lhe dar uma informação mais concreta.

Bom deixo um grande abraço e sinceramente espero que este meu comentario tenha sido de alguma ajuda!!

Link to comment
Share on other sites

Amigo mlmarcio25, muito obrigada pela sua resposta! Sabe? Eu não sei o que fazer com estas situações, e a experiência da sua esposa foi de grande valia. Ainda tem algumas coisas que não postei, que aconteceram depois disso.

Exemplo: Ainda perto desta época, com uns doze, treze anos meu pai passou a ir no centro espírita desta mãe de santo que nos explicou o nome do barco (que já foi por si só uma grande relação com toda história, e a esta altura eu já não diria coincidência) e eu ADORAVA ir com ele. Era uma mistura da curiosidade de criança com o fascínio pelo novo, pelo desconhecido, pelo oculto sabe?? E lá, óbvio que todos me diziam que eu "era" de Iemanjá. Mas eu gostava mesmo era de um Caboclo, Seu João da Mata... Um dia esta mãe de santo apareceu lá em casa com uma estátua de Iemanjá, uma taça, umas flores , um champagne e me deu. Disse que era para ficar comigo e para eu "cuidar" dela. Ela me ensinou a fazer isso, mas imagine a minha cara olhando para aquela senhora, já que eu era uma criança ainda?!?? Ainda tenho esta estátua até hoje, mas depois de um tempo meus pais nunca mais voltaram lá e nem eu.

Depois, já com quinze anos, na casa do meu noivo que na época era meu namorado, ele me apresenta uma prima dele que ele não via desde criança. Toda família por parte da mãe dele é do Candomblé e esta prima estava lá passando por uma experiência que eu não sei te dizer o nome, mas que acontece quando as pessoas são "batizadas". Era uma época que ela dormia em uma esteira, não olhava no espelho e etc.. e assim que nós chegamos lá e ele me apresentou a ela, ela olhou no fundo dos meus olhos e tirou uma das "guias" que estavam no pescoço dela (aqueles colares de conta) e me deu. Eu fiquei sem entender absolutamente nada, na época eu ia a um centro Kardecista, e a única opnião que tive daquele colar azul e prateado, com uma palha por dentro é que era bonitinho, mas que raios eu ia fazer com aquilo? Pois bem...ela me disse que eu não precisava fazer nada não pois o colar era de Iemanjá, que bastava apenas eu guardá-lo comigo...

Com Dezenove (ano passado) eu conheci uma das minhas melhores amigas no trabalho. Ela é umbandista e desde sempre, mesmo sem saber destas ocorrências ela nunca duvidou que eu "fosse" de Iemanjá. Ela me esclarece muitas coisas, me tira muitas dúvidas e eu aprendo muito com ela.

Este ano, enquanto almoçava em um restaurante com minha mãe, minha sogra, meu noivo e um monte de gente, rs, passa pela porta um homem humilde, carregando um violão nas costas, usando um chapéu de palha. Eu pensei "nossa, quanto tempo não vejo uma pessoa como ele, me senti no norte agora", e ele pede atenção para tocar uma música para nós. Claro que minha mãe e minha sogra temeram a presença dele ali e fingiram que não viram, ele mais aparentava um andarilho, porém eu e meu noivo dissemos "claro meu amigo, pode chegar"...

E daí em diante, me espantei com tamanha sabedoria daquele humilde senhor, enquanto meu noivo tocava violão com ele... Ele pediu licença para sentar ao lado da "Filha de Iemanjá" quando se aproximou de mim e falou tanta, mas tanta coisa, que eu não saberia descrevê-las aqui para vocês...

Aquele senhor me emocionou muito...contou sua história da vinda do sertão, seus amores e desamores, falou das entidades que o acompanham desde então, falou do "santo" da minha sogra ( e ela disse que é verdade ) e se eu tenho uma "árvore genealógica" espiritual, uma descendência, aquele homem a descreveu completamente.

Fiquei pasma, depois que ele comeu e bebeu conosco, por tudo que ele disse das coisas do mundo , do céu e da terra, bem encaixadas na sua humildade e no seu estilo de vida, como aquele simples e humilde senhor, carregava tanta sabedoria! Abençoado ele!

Depois de pasma me senti como que grata, não sei dizer... Espero que ele saiba.

[..]

Enfim, não contarei toooda minha biografia aqui pois não é para isso que vocês procuram este lugar.

Qualquer fato mais relevante que venha a ocorrer eu me lembrarei de postar aqui. Obrigada mais uma vez ao amigo mlmarcio25, e a todos aqueles que porventura se aventuraram a ler tamanho pergaminho!

Abraços a todos!

Link to comment
Share on other sites

É Luan, também estou esperando por uma explicação para esta ligação. Acho que são só nossos pais que mandam estas mensagens para não esquecermos deles ao sairmos de casa...rsrsrs...

Thiago, não pensei em "voltar" para umbanda, pois nunca fui de lá. Rs... Apenas ia de vez em quando em encontros que eram públicos, e gostava de observar e sabe? Ainda gosto. Acho lindo, acho lindo negro, acho lindo a cultura africana, acho lindos os cânticos, os cheiros, as fumaças, as pessoas em auxílio ao próximo. Acho que não deve ter caridade tão grande quanto a umbanda. Apenas admiro e muito. Aprendi a compreendê-los e respeitá-los muito mais após ler os Livros do Robson Pinheiro. É que antes de lê-los eu ia a uma casa Kardecista, na verdade há muito tempo atrás e muitos destes tendem a julgar tais religiões ou entidades como "irmãos inferiores". É claro que não são todos, e na verdade ninguém nunca me disse isso, sejamos honestos, mas a imagem que se passa é exatamente essa. Já dizia um grande sábio que "tolerar" é ignorar a diferença do próximo e isso já é de certa forma se julgar superior.

Mas voltando, os admiro muitísimo. Contemplo, sabe? Assim como o Evangelho de Kardec, as sopas das casas espíritas, os bazares, as palestras, as meditações budistas, os exercícios gnósticos, o auto conhecimento eubiota, as pregações das assembléias e a missa de domingo na igreja.

Acho que aquela música dos Tribalistas tem bem a ver comigo em relação a este negócio de religião:

"Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também..."

Rs... :D

Link to comment
Share on other sites

Eu perguntei apenas para saber se vc ainda tinha algum interesse, e vejo q tem!

Veja só o q encontrei: http://povodearuanda.wordpress.com/

Se eu pudesse estar em Copacabana no dia 20, adoraria participar dessa caminhada! Onde muitos Umbandistas entre outros estarão presentes!!

"Já dizia um grande sábio que "tolerar" é ignorar a diferença do próximo e isso já é de certa forma se julgar superior."

Sim é verdade!

Dizer que alguém é tolerante em face de outras religiões ou filosofias, não é louvor, é censura.

O homem pode ser tolerante:

1) ou por ser de absoluta indiferença em face do mundo superior, como qualquer animal ou pedra;

2) ou por desdenhar sobranceiramente as idéias dos outros.

Mas, quando o homem compreende a Verdade universal, deixa ele de ser simplesmente tolerante; sabe que a verdade é uma só, mas que muitos são os caminhos que conduzem a essa meta final – assim como muitos são os afluentes, de águas límpidas ou turvas, que lançam à magna torrente do Amazonas, a qual se afunda na imensidade do oceano; compreende que cada homem tem de seguir o caminho adaptado a seu gênio peculiar. Sabe que alguns dos seus companheiros de jornada estão no marco 10, outros no 20, outros no 50 da estrada – mas que importa?

E eu mesmo, em que ponto estou? No marco 20, 70, 90? Esteja onde estiver, o certo é que há muitos viajores abaixo e muitos acima de mim. Por isto, eu não apenas “tolero” os meus companheiros rumo ao Infinito, eu os compreende e aprovo; sei que estão comigo na mesma direção. Mesmo que alguns deles estejam ziguezagueando, incertos, para a direita e para a esquerda, que importa? O erro também é aliado da verdade: um dia, também eles entrarão na linha reta e iniciarão a sua ascensão. O que eu posso fazer por eles é prosseguir em linha reta e ser tão bom e feliz que também eles tenham o desejo de seguir o mesmo caminho.

Huberto Rohden

(texto retirado do site acima).

Grande abraço!!!

Link to comment
Share on other sites

Ola amiga Bianca!!

Acredito que vc saiba que tem esta ligação!!

Porem penso que vc deva se informar sobre o porque destes laços ( digamos assim) ? Porque com Iemanjá? o que originou esta ligação? porque vc sente que falta algo para vc saber para que possa entender na integra o motivo total destes acontecimentos?

Acredito que quando obtiver estas respostas que lhe sadisfaçam, ai sim vc vai compreender o real motivo destes acontecimentos..

Porem penso e acredito que no tempo certo vc vai entendelas..

Um forte abraço!!

Link to comment
Share on other sites

Bianca, eu não sei se vc já sabe disso q vou falar, mas mesmo assim vou contar!

A religião Romana na época da escravidão tentou evangelizar os escravos de uma forma absurda e errada submetendo-os a força as crenças romanas, com o passar de algum tempo os escravos criaram sua própria religião, a Umbanda com os mesmos fundamentos da Igreja Católica Romana, ou seja, os Santos do Catolicismo são os mesmos Orixás da Umbanda q possuem suas próprias características! Mudando apenas a visão religiosa!!

Chegando ao ponto em q queria chegar, Iemanjá = Virgem Maria !!

Talvez saber disso possa te ajudar de alguma forma...

Abraços!!! ;)

Link to comment
Share on other sites

Oi Amigos!

Thiago, o tempo passou e eu acabei não indo na caminhada. Mas fiquei sabendo que foi um sucesso, rs. Vi várias propagandas espalhadas pela cidade, no metrô, nas ruas, etc... Mas se eu fosse nesta caminhada na praia, provavelmente iria deixar de caminhar para mergulhar, rsrs...

Quanto a relação da Virgem Maria com Iemanjá, eu até sabia sim, mas para mim deixa de fazer sentido ao tentar buscar respostas, pois as minhas coincidências são sempre com ela apresentando este nome, e seus companheiros seres do mar. Sereias e tal... E nem sou fã do catolicismo não, sendo sincera, respeito, acho bacana e tal, mas não é o meu lugar preferido. Devo ter entrado em uma igreja católica umas três vezes na minha vida no máximo, sendo uma delas no meu próprio batismo, quando criança.

Acho que fui queimada em alguma outra vida, devo ter guardado algum ressentimento, rs. :lol:

Então, mlmarcio25, busco sim me informar a respeito. E dividir isso com vocês foi uma forma de me expressar, tentar entender, tentar buscar alguém que possa ter passado por situação semelhante...

Ainda estou aqui. Se conseguir uma resposta ou uma pista, rs, algo que me mostre o caminho, com certeza avisarei a vocês!

Obrigada, Muito obrigada pelo apoio!

Link to comment
Share on other sites

  • 3 weeks later...

bem... Iemanja é um dos orixás da umbanda(espécie de Deusa), Erês são as entidades crianças... a árvore genealógica existe mesmo na umbanda. Enfim acho que você deveria fazer uma visita a algum terreiro de umbanda e conversar com alguma entidade pra ver se não pode esclarecer isso...

Link to comment
Share on other sites

  • 1 month later...

Tenho novidades sobre o assunto!

Um sonho que tive na semana passada!

Neste sonho eu ia visitar um "templo" de umbanda.

Só que acho que era algo muito mais profundo que isso, mas que da forma que era ligado à natureza e aos Orixás, minha cultura pobre pode definir apenas como "Umbanda".

Eu ia acompanhada por alguém que não faço a menor idéia de quem seja, porém me era tão familiar que eu não precisava olhar para o lado ao lhe dirigir a palavra, portanto não o via...

Chegamos ao local e precisei subir um nível no chão para chegar até lá, era um ambiente ao ar livre mas era suspenso, mais alto...de baixo não se podia ver o que ocorria lá em cima e parece que usamos um tipo de escada rolante (em meio a natureza?).

Parecia um infinito entardecer com uma luz dourada insistindo em penetrar por entre as árvores que tinham suas copas um pouco mais fechadas. Isto bastava para que o ambiente estivesse completamente iluminado pelos raios dourados de sol mas que este não tocasse diretamente a pele dos presentes...

[CONTINUA]

Link to comment
Share on other sites

Estou lendo um livro chamado "Mitologia dos Orixás",conta diversas histórias de diversos orixás, estou nas histórias de Xangô ainda, e Iemanjá é só no final eu acho,mas das vezes que ela foi citada, parece que era uma mãe muito carinhosa e cuidadosa com seus filhos, tipo a "mãe ideal", quando chegar na parte dela vou postar aqui.

DICA: Agora no final do ano os centros umbandistas costumam fazer trabalhos nas praias para Iemanjá, talvez você pudesse ir em um,vai que aparece um falangeiro da Iemanjá(representante, pois os verdadeiros orixás não incorporam).

Link to comment
Share on other sites

Gente, obrigada mais uma vez pela contribuição nas respostas...

Quanto aos elementais, não sei o que dizer.Minha opnião eu emito assim que terminar de contar o sonho pois tenho medo de esquecer.

A propósito, peço desculpas pela demora, até então eu me ausentei para o jantar mas demorei mais do que esperava para continuar o relato.

Então, partindo daonde eu parei no sonho:

Tenho novidades sobre o assunto!

Um sonho que tive na semana passada!

Neste sonho eu ia visitar um "templo" de umbanda.

Só que acho que era algo muito mais profundo que isso, mas que da forma que era ligado à natureza e aos Orixás, minha cultura pobre pode definir apenas como "Umbanda".

Eu ia acompanhada por alguém que não faço a menor idéia de quem seja, porém me era tão familiar que eu não precisava olhar para o lado ao lhe dirigir a palavra, portanto não o via...

Chegamos ao local e precisei subir um nível no chão para chegar até lá, era um ambiente ao ar livre mas era suspenso, mais alto...de baixo não se podia ver o que ocorria lá em cima e parece que usamos um tipo de escada rolante (em meio a natureza?).

Parecia um infinito entardecer com uma luz dourada insistindo em penetrar por entre as árvores que tinham suas copas um pouco mais fechadas. Isto bastava para que o ambiente estivesse completamente iluminado pelos raios dourados de sol mas que este não tocasse diretamente a pele dos presentes...

[CONTINUA]

Então, com aquela luz agradável e por cima de nós haviam muitas árvores altas. Era o meio da mata. Havia um lago por perto e em uma clareira da mata algumas pessoas se reuniam para um tipo de ritual. Já não me lembro mais quantos eram pois demorei a postar este relato, mas sei que estavam formando um grande círculo e se organizavam em duplas sendo sempre um casal. Eles estavam sentados de frente um para o outro e em cima de uma esteira pequena de palha. De casal em casal se formava uma grande roda e tendo no centro uma mulher que liderava a reunião. Ela tinha a pele branca,cabelos castanhos de altura média e eram cacheados, olhar também castanho e bem penetrante. Se vestia com roupas soltas e coloridas, porém normal (não era roupa específica para ritualística).

Ela conduzia o ritual e eu sabia (simplesmente sabia) que ia ter alguma coisa a ver com a energia sexual dos presentes, mas que não acredito que teria sexo explícito, alguma coisa apenas técnica. Eu via isto de longe, de fora do círculo, junto com a pessoa que me levou lá e eu já mencionei... Lembro-me que um casal um pouco 'gordinho' não conseguiu se formar na posição que ela solicitou ( era uma coisa quase iogue ) e deram o jeito deles e isso ficou uma coisa engraçada, me fez rir e quase perdi a lucidez...

Voltando a me concentrar e observar o ambiente, percebi que uma outra mulher comandava um menino do lado de fora do círculo. Ele era negro, vestia uma calça de moleton e uma camisa branca de malha, tinha aproximadamente uns dez anos e aquilo me assustou, pois eu desconfiava que a ritualística tinha a ver com sexo então como é que poderia estar presente uma criança? E ainda por cima participar daquilo? Fiquei indagando.

Vi que ele estava fora do círculo com esta mulher, também sentados os dois em uma esteira de palha. Percebi que ela não faria nada com o garoto, apenas funcionava como uma tutora ou algo parecido...Lhe mostrava, falava, ensinava. Pedia que ele observasse. Ele não demonstrara medo ou receio e então deixei de me encucar...

Link to comment
Share on other sites

Continuando....

(estou escrevendo aos poucos pois o navegador daqui do trabalho, o IE 6.0 vive travando e me fazendo perder tudo que escrevo)

Lembro-me que observei e aprendi muita coisa durante esta cerimônia, mas não faço mais idéia do que seja...

Terminado o Ritual, as pessoas já se levantavam e conversavam sobre coisas distintas. Antes de eu me despedir da moça anfitriã e condutora da cerimônia eu a chamei e quis lhe perguntar em palavras pobres "qual era o meu santo" dentro daquela religião,quem era meu regente e que tipo de coisa me influenciava e tudo mais, porém eu não sabia como perguntá-la. Então, de forma engraçada mas que ela entendeu muito bem eu lhe perguntei qual era ou quais eram os orixás equivalentes ao meu Signo e meu ascendente.

Para meu espanto, ela meio que me puxou pelo braço e me empurrou para dentro do lago e por um nano segundo eu me assustei. Depois me lembrei que não havia o que temer e me deixei levar...

Fui afundando lentamente, como se respirasse na água , e virei para cima em vez de olhar para o fundo do lago. Me virei para cima e vi aquela luz do sol batendo na água, e a turva imagem das folhas das árvores...me encantei com aquilo mesmo afundando...Isso durou pouquíssimo tempo, e em seguida ela que ainda estava fora do lago, colocou sua cabeça em baixo da água para me falar, e estranhamente ela ficou com o rosto como se fosse de gesso, papel machê, não sei...uma máscara, não sei explicar bem...seu rosto em baixo d'água se assemelhava a algo entre um boneco de Olinda e aquele psicopata dos filmes Jogos Mortais. (Mas só o tipo do rosto, jamais era assustador como este último...foi só o exemplo)

Ela disse: Você é de Iemanjá com Log...uinho !

E aquela voz ecoou e percebi que já estava acordando...não entendi o que ela disse por último, fiquei tentando entender mas vi que não teria tempo de pedir para ela repetir. Ela sumiu da água, eu saí e encontrei-me de novo com a pessoa que me levou lá. Novamente pegamos a "escada rolante" que nos deu acesso àquele lugar fabuloso e fomos embora. Em segundos acordei.

Link to comment
Share on other sites

Cara seus relatos são muito interessantes,nunca ouvi falar de "loguinho" mas tem um orixá nesse meu livro chamado Logum Egdé, vou postar 2 textos aqui que possam ser úteis:

Logum Egdé nasce de Oxum e Erinlé

Um dia Oxum Ipondá conheceu o caçador Erinlé

e por ele se apaixonou perdidamente.

Mas Erinlé não quis saber de Oxum.

Oxum não desistiu e procurou um babalaô.

Ele disse que Erinlé só se sentia atraído

pelas mulheres da floresta,nunca pelas do rio.

Oxum pagou o babalaô e arquitetou um plano:

embebeu seu corpo em mel e rolou pelo chão da mata.

Agora sim, disfarçada de mulher da mata,

procurou de novo o seu amor.

Erinlé se apaixonou por ela no momento em que a viu.

Um dia, esquecendo-se das palavras do adivinho,

Ipondá convidou Erinlé para um banho no rio.

Mas as águas lavaram o mel de seu corpo

e as folhas do disfarce se desprenderam.

Erinlé percebeu imediatamente como tinha sido enganado

e abandonou Oxum para sempre.

Foi-se embora sem olhar para trás.

Oxum estava grávida; deu à luz Logum Egdé.

Logum Egdé é metade Oxum, a metade rio,

e é metade Erinlé, a metade mato.

Suas metades nunca podem se encontrar

e ele habita um tempo no rio

e noutro tempo habita no mato.

Com o ofá, arco e flecha que herdou do pai,ele caça.

No abebé, espelho que herdou da mae, ele se mira.

Logum Egdé é salvo das águas

Logum Egdé é filho de Oxóssi com Oxum.

Era o príncipe do encanto e da magia.

Oxóssi e Oxum eram dois orixás muito vaidosos.

Orgulhosos, eles viviam às turras.

A vida do casal era insuportável

e resolveram que era melhor se separar.

O filho ficaria metade do ano nas matas com Oxóssi

e a outra metade com Oxum no rio.

Com isso, Logum se tornou uma criança de personalidade dupla:

cresceu metade homem, metade mulher.

Oxum proibiu Logum Egdé de brincar nas águas fundas,

pois os rios eram traiçoeiros para uma criança de sua idade.

Mas Logum era curioso e vaidoso como os pais.

Logo não obedecia à mãe.

Um dia Logum nadou rio adentro, para bem longe da margem.

Obá, dona do rio, para vingar-se de Oxum,

com quem matinha antigas querelas,

começou a afogar Logum.

Oxum ficou desesperada

e pediu a Orunmilá que lhe salvasse o filho,

que a amparasse no seu desespero de mãe;

Orunmilá, que sempre atendia à filha de Oxalá,

retirou o príncipe das águas traiçoeiras e o trouxe salvo à terra.

Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores

e a todos os que vivessem das águas doces.

Dizem que foi Oiá quem retirou Logum Egdé da água

e terminou de criá-lo juntamente com Ogum.

~~~~~~

Veja o que acha e mais relatos serão bem vindos =D

Link to comment
Share on other sites

Nossa! Que interessante! Será que ela disse Logum?

Eu tenho certeza que começava com "Log" mas o final era algo no dimunutivo e eu não entendi! :?

Interessante este texto, então agora fiquei mais maravilhada ainda ao descobrir que este assunto de Logum Egdé também tem a ver com as águas, só que desta vez doces...

Se for isto mesmo, estou diante de um impasse pois seria eu "regida" por a Mãe ( Iemanjá ) e seu enteado (Logum Egdé) ? Pois pelo que já ouvi falar, existe uma história de amor entre Iemanjá e Oxossi ( Pai de Logum, de acordo com sua história ) já que este viveu uma decepção amorosa ao lado de Oxum.

É ...faz pensar ainda mais!

Obrigada pela sua contribuição!

Link to comment
Share on other sites

Sabe o que eu percebi só agora Re-lendo a minha mensagem?

Que a Mulher precisou entrar dentro da água para me falar! Vejam bem, eu já estava dentro da água e ela enfiou a cabeça na água para me dar a resposta que eu pedi! Não é esquisito?

E mesmo assim eu entendia perfeitamente o que ela disse, só permanecendo a dúvida na última palavra mesmo...

Mas se formos parar para raciocinar, não dá para entender o que uma pessoa fala em baixo d'água!!!

:shock:

E se formos associar as coisas, tanto Logum quanto Iemanjá são Orixás que pertencem à água!!

:shock:

Link to comment
Share on other sites

nao confie muito nisso de Logum Egdé ser filho de Oxóssi pois no meu livro em cada histórias os orixás tem pais diferentes, raramente são sempre os mesmos(mas sempre há umas semelhanças, no caso em uma história ele era filho de Erinlé,e outra de Oxóssi,mas ambos eram caçadores das matas).

Ah,pensei em algo interessante para você testar ! Que tal quando estiver em v.a. ir para alguma praia,rio ou lago e ver se tem alguém a sua espera ou alguem que possa te esclarecer as duvidas,seria bem interessante.(ta devo ter fantasiado legal agora...)

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.
Note: Your post will require moderator approval before it will be visible.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Restore formatting

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

×
×
  • Create New...