SimplesViajante Posted August 25 Report Share Posted August 25 Ao observar o ritmo social em diferentes meios, percebe-se um cenário em que pessoas estão tão envolvidas em suas telas digitais que acabam minimizando o mundo rico de experiências humanas. Esse fenômeno é mais do que uma mera distração; é a evidência de um estado que merece atenção/reflexão. Em um mundo hiperconectado, limitamos nossa habilidade de nos conectarmos com o aqui e agora. A luz da neurociência, nossos cérebros estão sobrecarregados de informações, o que nos leva a um estado de dispersão mental e nos distancia de uma existência mais contemplativa. Do lado da psicologia, vemos que o ego, em sua busca constante por validação externa, pode nos conduzir a um ciclo vicioso de comparações e insatisfação, alimentando uma ilusão de inadequação ou mesmo fracasso. Neste contexto, os estímulos proporcionados pelos inúmeros canais de entretimento, invariavelmente, nos direcionam para uma sentido amargo de incapacidade (depressão, fracasso e limitação - são alguns exemplos). É interessante destacar que inúmeras pesquisas em sociologia corroboram a afirmação anterior. Paradoxalmente, este sentimento amplificasse com o aumento do aporte financeiro, beleza e/ou status social (quanto mais você possui mais se sente incapaz - correlação positiva forte (para os amantes da estatística 😅)). Um pensamento imediato/raso, geralmente, aponta que uma solução é a fuga/abstinência do cyber-universo. No entanto, a intenção/esforço extremo tende a reforçar a atividade, um efeito conhecido na sociologia como backfire. Isso nos leva a questionar se a desconexão completa é realmente o caminho. De acordo com algumas culturas espiritualistas, o segredo não está em fazer nada, mas sim em cultivar uma plena consciência de presencialidade no momento. Essa abordagem nos convida a sermos plenamente conscientes de nossas ações, pensamentos e emoções enquanto interagimos com o mundo (incluso o digital). Ao fazermos isso, ganhamos a clareza necessária para discernir o que verdadeiramente importa, separando a informação útil do ruído, a conexão genuína da superficialidade. Dessa forma, em vez de sermos tragados por um ciclo de comparação e insatisfação, somos direcionados para um estado mais contemplativo e significativo de existência. Esta perspectiva nos permite não apenas participar do mundo hiperconectado, mas fazê-lo de uma forma que enriquece, em vez de diminuir, nossa experiência humana. Então, de forma prática, como podemos transformar essa hiperconexão externa em uma forma mais interna e significativa de atenção plena? Um exercício simples, mas eficaz, para praticar a atenção plena pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer momento. Trata-se de dedicar alguns instantes para simplesmente "ser". Pode ser quanto estiver usando o celular, na fila do supermercado, no ônibus ou até mesmo em uma reunião. Feche os olhos se possível, ou mantenha-os abertos, e concentre-se em sua respiração. Sinta o ar entrando e saindo, e quando sua mente começar a divagar, gentilmente traga sua atenção de volta para a respiração. Esse simples ato pode ajudar a desligar o ruído externo e sintonizar-se com a sabedoria interna que já reside em você. Fica o convite para o exercício! Ao fazer isso com amor e compaixão, estou redescobrindo o divino em mim e nos outros. obs.: Não acredite em nada do que eu digo. Faça as tuas experiências! Um fraterno abraço 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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