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AYAHUASCA é um caminho espiritual para Projeção?


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AYAHUASCA é um caminho espiritual? e também para se projetar com mais lucidez ?

Há prós e contras, eu estou estudando ainda essa vertente do espiritualismo natural, nunca experimentei,

gostaria que os foristas dessem suas opiniões e também seria importante

se alguém desse fórum que já usou a AYAHUASCA explana-se se os efeitos

foram positivos ou negativos.

Eu li esse link e outros, http://www.universomistico.org/s/opcao-espiritual.html

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Tomei ano passado e compriu o que prometeu que é colocar você fora do corpo consciente, MAS, CONTUDO, ENTRETANTO, tive uma puta de uma dor de barriga, vomitei horrores, passei mal durante 2 dias. Eles disseram que eu passei mal pois meu corpo estava "impuro e precisava ser purificado", é claro, a erva é praticamente um laxante e além disso, ela desarranja seu estômago ao ponto de você não ter mais o que vomitar. O brother que foi comigo, que segue essa vertente, toma há 10 anos e diz que também passa mal, porém de forma menos intensificada, ou seja, já passou mal tantas vezes que o organismo acostumou com o negócio, em outras palavras, ta viciado e nem sabe.

Pra você ter uma noção, no local que eu fui, onde toma-se a erva tem uns 10 banheiros químicos daqueles de show já preparado pro cara entrar correndo se cagando e vomitando.

Foi uma experiência válida, porém não repetiria denovo e não recomendo a ninguém repetir.

Não vale a pena tomar um "chá de erva" pra ter alucinações e passar mal em troca de uma projeção consciente meia boca que dura o tempo que dura o efeito da erva. Além de ser uma super muleta ainda te faz passar mal por 2~3 dias. Sem falar no efeito psicológico de que a pessoa acha que só conseguirá "encontrar com Deus" (assim que a maioria lá chama a projeção) se tomar o chá da erva. É claro que numa minoria de pessoas a erva não faz efeito, daí não passam mal.. mas em 95% passa mal sem dó mesmo.

Enfim, não há nada melhor que deitar na sua cama, fazer um trabalho energético, expandir o campo e decolar por contra própria.

Abraços.

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Pois é Olympio, esta foi sua experiência, porém existem milhares de depoimentos favoráveis a AYAHUASCA,

é muito subjetiva seu relato, a qualidade das experiência depende muito do tipo de mente que a gente tem, quantoi mais uma pessoa é espiritualizada maiores os benefícios espirituais.

acho que esse mal estar dos vômitos varia de pessoa a pessoa, como

vc chegou a estes números que 95% passam muito mal?

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Posto um texto meio longo, mais muito esclarecedor:

Pesquisa Transdisciplinar sobre a Ayahuasca

MIRAÇÃO NÃO É ALUCINAÇÃO

Um breve panorama da pesquisa transdisciplinar sobre Ayahuasca

Marcelo Bolshaw Gomes[1]

A decisão desencadeou algumas reportagens jornalísticas sensacionalistas, acusando o governo de ter liberado uma droga perigosa que "causa alucinações" sob a desculpa de uma pretensa finalidade religiosa. Respondendo a essas reportagens, o presente texto tem por objetivo explicar psicologicamente a experiência cognitiva de beber Ayahuasca, como também apresentar de forma resumida a singular pesquisa acadêmica e existencial desenvolvida por diversos pesquisadores a partir dessa experiência cognitiva, comprovando assim seu valor inestimável.

1) O efeito da Ayahuasca

Há uma grande diferença entre as distorções cognitivas provocadas por entorpecentes e o uso ritual de plantas de poder. Diferenças de intenção e ambiente – "set and setting", na famosa definição estabelecida por Timothy Leary e muito repetida desde então para caracterizar as condições necessárias para o uso de substâncias psicoativas em processos de autoconhecimento. O efeito deste uso 'com finalidades de desenvolvimento' é chamado de 'enteógeno' em oposição ao termo 'alucinógeno' – utilizado para caracterizar o efeito alienante e a distorção perceptiva. Mas, os argumentos de 'ambiente' e 'intenção' raramente são suficientes para convencer leigos (e cientistas fixados no fator psico-químico) da grande diferença cognitiva entre a experiência enteógena e a viagem alucinógena.

Há duas iniciativas de ponta em âmbito internacional que estudam o 'efeito ayahuasca' do ponto de vista psico-químico: Rick Strassman (2001), que estuda a substância psicoativa da DMT (a dimetiltriptamina) e não a bebida propriamente dita ou os sistemas de crenças que configuram seu uso; e Benny Shanon (2003), que, invertendo a equação científica, não investiga mais o 'efeito ayahuasca' na mente humana, mas sim pesquisa a consciência através da experiência da Ayahuasca.

Strassman (2001) diz o corpo produz naturalmente DMT na hora da morte para favorecer a lembrança dos momentos marcantes da vida. O xamanismo tolteca chama isto de 'recapitulação' e corresponde a limpeza dos vínculos cármicos adquiridos durante a vida. A DMT permite a utilização consciente da memória visual através do lado direito do cérebro, em oposição à nossa memória discursiva ordinária organizada através da fala. É a fala que transforma a memória em narrativa, se simplesmente contarmos nossa estória, oscilaremos entre os papéis de vítima e de herói. É o hemisfério esquerdo do cérebro que acessa a memória e quer comunicar a lembrança resgatada a alguém.

Com a DMT, ao contrário, feita em estado de silêncio interior, sem interlocutor ou escuta analítica externa, as lembranças emergem objetivas, permitindo a reintegração emocional dos momentos vividos com distanciamento, vistos de fora, como em um filme narrado por outra pessoa.

E essa pode ser a principal aplicação terapêutica da DMT em um futuro breve: fechar (reviver e superar) as feridas emocionais que jorram do inconsciente individual. O acesso consciente à memória visual também pode ser colocada sob a forma de 'sonhos lúcidos'[2], isto é, a ocorrência de estado de funcionamento cerebral de alto desempenho - o sono REM (rapid eye moviment) – que normalmente acontece enquanto o sujeito está dormindo, durante o estado de vigília[3].

Vários místicos tradicionais opõem sonho e consciência. A consciência está sempre presente no aqui e agora. O sonho é memória passada e previsão do futuro. O sonho lúcido (ou o Estado de Consciência Alterada através da DMT) é visto por eles como uma alucinação a ser vencida pela consciência, como uma passagem por reinos intermediários ou como realidades subjetivas que aprisionam a alma. O xamanismo em suas diferentes versões, no entanto, acredita no desenvolvimento através dos sonhos.

Para Strassman, há quatro estágios progressivos do efeito do DMT: o estado eufórico, o 'caleidoscópio colorido', o estado de diálogo com as entidades e a transcendência do ego. Para isso, ele teria que trabalhar suas dosagens cada vez maiores de DMT. A experiência, no entanto, comprova que o mero aumento de dosagem química não basta para se alcançar estados de percepção mais profundos e intensos, é preciso também ter a ligação espiritual - que só vem através de treinamento em alguma técnica ou ritual. Aliás, quando maior a capacidade mental de alteração o estado de percepção, menor a dosagem necessária – como pode ser visto na maioria dos adeptos mais antigos dos cultos.

2) Supercognição

"Eu só miro as situações em que estou envolvido" – confessou-me certa vez um experiente ayahuasqueiro. E, certamente, as imagens psíquicas, sejam elas arquétipos universais ou lixo subconsciente, em nada ajudam ou enriquecem a experiência espiritual da DMT. O importante é compreender o quadro de relações (sociais, cósmicas, afetivas, políticas, etc) em que se está inserido.

E mais: "Mirar com firmeza resolve os problemas" – me ensinou o caboclo. A 'firmeza no mirar' é permanecer em estado de consciência alterada intenso, profundo e por longos períodos de tempo (e baixas dosagens de DMT) e conseguir reverter as relações de conflito, submissão ou enaltecimento que se apresentem. A idéia de 'miração' ou 'sonho lúcido' (e de diferentes estágios progressivos do transe quimicamente induzido) não pode ser desvinculada do sistema de crenças do sonhador em seu contexto diurno.

Eu, por exemplo, reconheço quatro paradigmas diferentes sobrepostos e simultâneos no trabalho espiritual com DMT: o paradigma da luta do bem contra o mal; o paradigma de ajuda aos espíritos sofredores vivos e mortos; o paradigma de diálogo/conflito do Eu com o Outro; e, finalmente, o paradigma da Consciência da Divindade (ou da recapitulação da biografia pela consciência/identificação com narrativas míticas e simbólicas).

O modelo de estágios progressivos de estados de consciência de Strassman tem seu valor, mas é preciso perceber que ele também se baseia em um sistema de crenças, mesmo que sejam crenças científicas céticas.

Outra grande contribuição ao estudo do Ayahuasca é o trabalho de Benny Shanon (2003), que faz um levantamento estatísticos das imagens psíquicas geradas a partir da experiência do Ayahuasca. Shanon tornou-se muito conhecido devido sua hipótese de Moises teria acidentalmente consumido DMT (uma vez que a Arca da Aliança seria de Acácia, um tipo de jurema) e entrado em transe no Sinai.

Shanon destaca ainda quatro aspectos relevantes em relação ao efeito do

Ayahuasca: a percepção do pensamento como uma cognição coletiva, a indistinção entre o interior e o exterior, as experiências desindentificação pessoal e a percepção de tempo não-linear. Sob o efeito da DMT os pensamentos não são individuais, mas sim 'recebidos em rede' (a mente como um rádio); que não existe a distinção entre o sensorial e o sensível; podem se transformar em animais (jaguares e águias são freqüentes) ou em outras pessoas; e finalmente percebem o transcorrer do tempo de forma desigual, em que alguns segundos demoram séculos e horas se sucedem rapidamente e em que alguns momentos se experimentam a simultaneidade (ou a sensação de eternidade) temporal.

Desses quatro aspectos relevantes o mais interessante é o que trata de nossa percepção do tempo. Quando baixamos arquivos no computador percebe-se que alguns segundos demoram mais que outros, em função do peso do arquivo e da aceleração da conexão da internet[4]. O que Shanon suspeita é que o mesmo acontece com a memória humana, mas só é perceptível sob o efeito da DMT. É a pesquisa da mente humana através da experiência do ayahuasca (e não mais do 'efeito ayahuasca' na mente).

Tanto Shanon como Strassman enfatizam a idéia de tempo descontínuo. A DMT nos recoloca novamente dentro da simultaneidade. Com base nessas pesquisas e em minha vivência pessoal pode-se dizer que a experiência de 'mirar' ou ter 'sonhos lúcidos' se aproxima muito mais de uma supercognição (envolvendo os dois hemisférios cerebrais simultaneamente) do que de uma alucinação ou de apenas ilusões visuais. Supercognição que permite à consciência enraizada no presente ativar as memórias do passado com objetividade visual e prever (ou até mesmo influenciar) acontecimentos futuros.

Segundo o professor Oscar Calávia Saez (2008), quando os Yaminawa tentam explicar o que o ayahuasca é para eles, usam comparações como o 'cinema do índio', a 'televisão' do índio e até 'o avião do índio'. O ayahuasca é o que permite uma visão ao longe e media o modo de ver o universo em seu conjunto. Todavia, além de ser uma tecnologia de transcendência do tempo/espaço, o Ayahuasca teve (ou tem) outro função menos evidente: criar uma linguagem xamânica comum entre grupos étnicos diferentes.

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CONTINUAÇÃO.......

O que eram praticas xamânicas muito diferenciadas tem se transformado, talvez nos últimos 100 anos, numa espécie de ecumene indígena organizada em volta do uso da ayahuasca e dos cantos que acompanham esse uso. O xamanismo dos Shipibo-Conibo, dos Kokama, dos Kaxinawa, dos Yaminawa, dos Kampa, não são mais o que poderíamos chamar de xamanismos locais, étnicos, pertencentes a um pequeno grupo etnolingüístico. Há muito tempo que esse xamanismo se transformou numa linguagem comum, num mundo extremamente comunicado onde as canções da ayahuasca se transmitem de um grupo a outro. Enfim, a ayahuasca tem contribuído de modo muito importante para dar forma a um xamanismo que, apesar pensarmos que é extremamente antigo, provavelmente adquiriu a sua forma atual com a expansão, através da comunicação, da tradução facilitada pelo uso desse veículo, da ayahuasca.

Hoje, vendo os hinos do Daime cantados em vários idiomas, não se pode deixar de pensar que se trata do mesmo fenômeno. Segundo Saez, os Yaminawa quando bebem Ayahuasca, além das canções em línguas exóticas, entoam as canções em sua própria língua de um modo diferente. "É um modo de tratar a língua de uma qualidade poética minimalista realmente surpreendente e lembra os poemas curtos japoneses, Hai-kai's; evocando detalhes infinitesimais que existem nas folhas, na pele dos animais." Experiência estética semelhante a dos hinos do Daime cantados em português mundo a fora. As pessoas cantam e compreendem telepaticamente o conteúdo, mas não sabem o que exatamente significam. "Aprender a tomar ayahuasca significa aprender a entender esse modo de poesia".

3) Revisando as revisões

Uma boa introdução à pesquisa do Ayahuasca é o livro Religiões ayahuasqueiras: um balanço bibliográfico (2008), de Beatriz Caiuby Labate, Isabel Santana de Rose e Rafael Guimarães dos Santos. O balanço das pesquisas realizadas sobre Santo Daime, Barquinha e UDV, contabilizou 52 livros (13 em inglês), 35 dissertações de mestrado, sete teses de doutorado, nove pesquisas em andamento e um número incalculável de monografias e artigos - em 11 áreas distintas de conhecimento.

Os primeiros artigos são dos anos 50. O marco fundador do campo na academia é a tese O Palácio de Juramidam (1983), de Clodomir Monteiro. Em 1984, Alex Polari, Cefluris, lança seu 1º livro. Em 1986 saiu o primeiro artigo acadêmico sobre a UDV, do Anthony Henman, em uma revista mexicana chamada América Indígena. Em 1993 foi realizado o Hoasca Project. A Barquinha tem seu primeiro livro em 1999. A década de 90 é marcada pela expansão do campo de estudos no Brasil e, a partir do ano 2000, começam a ser produzidos trabalhos no exterior. Outro marco importante é a pesquisa, realizada em 2003, sobre adolescentes da UDV. Os estudos sobre Ayahuasca hoje se multiplicam em progressão geométrica, levando os autores a declarar de que a "lista já nasce desatualizada, porque enquanto estamos falando tem alguém publicando alguma coisa". E, de fato, de lá para cá várias teses, dissertações e monografias foram defendidas, diversos artigos científicos e ensaios foram escritos em nome da Pesquisa do Ayahuasca. [5]

Gostaria de destacar algumas iniciativas recentes. Ayahuasca: uma experiência estética (2009), de Rafael Barroso Mendonça, dissertação sobre a adequação entre o estado visionário e as práticas de vida do usuário, o modo de subjetivação do indivíduo. Uma etnografia ayahuasqueira nordestina (2009), de Wagner Lins Lira, uma análise etnográfica de duas dissidências nordestinas do Santo Daime e da UDV - a Sociedade Espiritualista União do Vegetal, localizada no município de Riacho das Almas (PE) e o Centro de Harmonização Interior Essência Divina, situado em Riacho Doce (AL) – buscando compreender suas relações empatia e oposição com as antigas matrizes ayahuasqueiras.

O trabalho mais interessante é o de José Eliézer Mikosz, A arte visionária e a Ayahuasca: Representações Visuais de Espirais e Vórtices Inspiradas nos Estados Não Ordinários de Consciência (2009). Mikosz estuda várias formas visuais (espirais, mandalas, labirintos, universos em camadas) e suas possíveis significações. Apesar de usar como referência os Estados Não Ordinários de Consciência (ENOC), em vários momentos aproxima-se bastante da idéia de sonhos lúcidos, de Stephen LaBerge, desenvolvida por Strassman.

A ayahuasca talvez permita entrar no rio mercurial (streaming of consciousness) que corre entre a vigília e o sono, a interseção entre a realidade cotidiana e seu fluido reflexo nos infinitos mundos da imaginação. A ayahuasca, como outras plantas e substâncias psicointegradoras, possui a potencialidade de aproximar o ser humano do lugar, por assim dizer, de onde os mitos procedem. Essa suspeita surgiu pela semelhança da experiência vivida com a ayahuasca e os estados hipnagógicos e mesmo dos sonhos. De onde vêm os pensamentos, são deliberados por volição, são sempre escolhas do "pensador" ou surgem como acontecimentos independentes, interagindo então com o indivíduo?

Os devaneios, o estado hipnagógico, este muitas vezes similar às mirações, parecerem se desenvolver em uma corrente de consciência que passa como pano de fundo, independentemente da direção consciente do indivíduo. Essa corrente pode ser comparada a um filme contendo uma mistura de conteúdos pessoais e impressões e experiências vindas do meio ambiente. É possível interagir com esse conteúdo à medida que o estado de vigília vai relaxando seu controle, seja no início do sono, seja pela ação de psicoativos como a ayahuasca. Estudos mais profundos sobre essa característica da consciência certamente trarão conhecimentos maiores sobre os esforços cognitivos da mente. (MIKOSZ, 2009,249 )

Tais pesquisas (entre outras) atestam não apenas a qualidade e a importância do Ayahuasca como objeto de reflexão transdisciplinar, mas, sobretudo, a singularidade e relevância desta produção acadêmica no contexto científico internacional contemporâneo. Ou seja: o Ayahuasca e seu estudo são importantes contribuições brasileiras ao patrimônio da humanidade - algo que escapou ao nosso pobre jornalismo auto-colonizado, que pensou ter encontrado mais uma oportunidade política fácil de criticar o governo federal.

4) Uso terapêutico

No entanto, boa parte da literatura acadêmica mais recente sobre Ayahuasca trata de seu uso terapêutico, principalmente da possibilidade de sua utilização em tratamentos de dependência química, uma vez que já existe um alto de número de ex-usuários recuperados entre os adeptos das religiões ayahuasqueiras.

O texto coletivo Considerações sobre o tratamento da dependência por meio da ayahuasca (LABATE, SANTOS, ANDERSON, MERCANTE, BARBOSA, 2009) faz uma revisão bibliográfica específica desta literatura e sistematiza as principais reflexões sobre o potencial terapêutico do uso ritual da ayahuasca no tratamento ao abuso de substâncias psicoativas. O texto analisa a experiência de dois centros terapêuticos que combinam elementos da medicina e da psicologia ao uso da ayahuasca: o Instituto de Etnopsicologia Amazônica Aplicada (IDEAA), próximo à comunidade do Santo Daime Céu do Mapiá, no município de Pauini (AM) e o Takiwasi, em Tarapoto, no Peru.

São ainda discutidas perspectivas para uma futura agenda de pesquisas científicas interdisciplinares sobre este tema, refletindo sobre as possibilidades de diálogo entre biomedicina, antropologia e psicologia, além dos impasses éticos e dilemas metodológicos envolvidos neste tipo de investigação.

A aparente melhora de muitos casos de abuso e dependência de substâncias psicoativas, segundo o relato de vários grupos terapêuticos e religiosos voltados para o uso ritual da ayahuasca, bem como de antropólogos, psicólogos e psiquiatras que estudam o tema, representa um fenômeno de saúde promissor.

Esse pode ser melhor compreendido a partir de estudos interdisciplinares sistemáticos que combinem a abordagem quantitativa com uma sutileza qualitativa e etnográfica. Tal esforço interdisciplinar deve ser acompanhado também de uma tentativa de diálogo com os saberes nativos, colaborando para que o conhecimento adquirido durante décadas pelos diferentes grupos que utilizam a ayahuasca no tratamento da dependência auxilie futuros estudos clínicos de terapias psicodélicas voltadas para abordar o problema.

Em relação ao uso terapêutico, há três assuntos centrais em pauta hoje: a) a emergência de surtos psicóticos; B) como utilizar o Ayahuasca na recuperação de dependentes químicos; e c) quais são os métodos de trabalho e as técnicas mais adequadas para esta integração.

O ayahuasca tem o efeito de agravamento dos sintomas, ele promove e desenvolve mudanças existenciais, levando as situações contraditórias a níveis críticos. Assim, outro tema correlato ao uso terapêutico do ayahuasca, é que ele desencadeia crises psíquicas e emergências espirituais. A experiência atesta que tais casos tanto podem ser vistos como uma superação de tendências psicóticas como podem causar danos irreversíveis, caso o sujeito das crises não encontre o apoio e a compreensão necessários para entender a situação em que se encontra. O papel da família, da comunidade religiosa e do ambiente profissional é preponderante para a recuperação e a superação das crises.

Daí a necessidade de se estabelecer critérios e parâmetros para propiciar a emergência espiritual de conteúdos psíquicos não se torne uma psicose ou uma esquizofrenia irreversível.

Movidos por esta preocupação a resolução do CONAD prescreve - e muitas instituições religiosas acreditam se defender dessas situações através de - uma rigorosa entrevista (chamada incorretamente de anámnese), que realizada de forma burocrática por pessoas despreparadas faz uma triagem preconceituosa e de baixa qualidade. Uma entrevista preliminar com as pessoas que vão tomar ayahuasca pela primeira vez é fundamental para o aproveitamento adequado da experiência, mas não deve tentar enquadrar os entrevistados em categorias de risco, pois essa prática além de moralista e politicamente incorreta é ineficaz no sentido de identificar comportamentos problemáticos ou possíveis emergências espirituais.

A verdade é que nada substitui uma conversa franca e compreensiva. Mas do que perguntar, o entrevistador deve responder as dúvidas e questões postas pelo entrevistado. E mesmo que identificados fatores de risco nos entrevistados, isto não deve ser motivo para exclusão ou para constrangimento, mas sim como uma informação relevante para compreensão do processo de transformação que se iniciará. A responsabilidade é mais importante do que o registro de controle.

Como também não basta informar os possíveis prejuízos da utilização de outras substâncias (como o álcool e a cafeína) e de excessos sexuais em conjunto com a ayahuasca, é preciso explicar, sem fanatismo ou superstições, quais sãos esses danos e quais são as conseqüências do uso indisciplinado da ayahuasca.

Porém, se os próprios adeptos dos cultos não obedecerem às prescrições que professam aos neófitos, as restrições necessárias à experiência soarão como hipocrisia e farisaísmo. E se é incorreto tentar escapar às crises antecipadamente pela triagem e exclusão, também é errado tentar encobri-las depois que emergem. Nesses casos, além de um atendimento terapêutico individualizado, deve-se manter a participação do sujeito em crise nos rituais religiosos ou nas práticas terapêuticas de grupo (caso isto seja possível) sem o consumo da ayahuasca ou com doses simbólicas. A exclusão do sujeito em crise do contexto da emergência espiritual (e seu deslocamento para outros cenários – psico-terapêutico ou médico-psiquiátrico) será prejudicial à conclusão satisfatória do processo.

5) Da distinção e integração dos "usos"

Outro assunto recorrente das pesquisas recentes sobre o Ayahuasca é sobre distinção entre as noções de 'uso religioso' e de 'uso terapêutico' de substâncias químicas que promovem a expansão da consciência. Alguns pesquisadores argumentam que essa distinção – agora oficialmente adotada pela resolução do CONAD - não faz nenhum sentido e que o 'uso' indígena seria mais terapêutico e recreativo do que religioso.

Em minha perspectiva, há diferenças: o uso religioso caracteriza-se principalmente por ser vertical, enfatizando a relação entre o Ego e o Eu Superior (ou a divindade); enquanto o uso terapêutico é horizontal, focado na relação entre o 'Eu' e o 'Outro'. Embora essa seja uma distinção teórica, pois na prática os dois aspectos são indissociáveis, há intenções e ambientes (sets and settings) bem diferentes nas duas propostas.

E essa diferença nos faz levantar várias questões. Por exemplo: será que um dependente químico de drogas não tem maiores chances de recuperação em um paradigma (= ambiente + intenção) religioso, em que sua dependência transmuta-se em autonomia espiritual, do que em um paradigma psicológico onde ela pode ser transferida para o terapeuta ou para outros objetos horizontais? Ou ainda: será que Ayahuasca facilita ou amplifica a catarse emocional? Por que a exposição de sentimentos e emoções negativas (como a raiva e a tristeza) tão apropriadas no processo terapêutico pode gerar obsessões psíquicas e espirituais, quando realizada em estados de consciência alterada? O louvor ao sagrado cura devido sua gratuidade, já dar suporte ao desenvolvimento de resiliências (trabalho terapêutico) é uma atividade profissional remunerada – como conciliar essas questões?

O uso religioso objetiva o desenvolvimento ético e moral dos participantes do culto em geral, enquanto o uso terapêutico pressupõe um problema específico a ser resolvido por alguém em particular. Mas, é preciso definir melhor como se pode (e como não se deve) usar o Ayahuasca em uma resistência específica ao desenvolvimento individual e não estabelecer um 'novo uso' para a bebida.

A tradição daimista prescreve rigorosamente a não-intervenção, seja a forma de toque corporal ou tentativa verbal de comunicação, quando um participante do culto faz uma 'passagem', isto é, encontra com uma resistência em desenvolvimento e sofre algum tipo de mal-estar. Nesta ótica, é aconselhável que 'a bebida e a pessoa se entendam' ou que o processo psíquico desencadeado seja resolvido através de uma auto-adaptação da pessoa à situação emergente sem interferências. Tal prescrição é extremamente válida, principalmente no âmbito das igrejas e templos religiosos em que pessoas sem preparação (sem formação profissional específica) podem querer ajudar outras em um momento crítico.

Por outro lado, o uso consorciado da ayahuasca com algumas experiências com mudanças dos padrões corporais se mostrou bastantes produtivas, devido ao relaxamento muscular propiciado pela ingestão da bebida, como as aplicações sucessivas de massagem da técnica desenvolvida por Ida Roofing. Este processo de alinhamento postural pode ainda ser potencializado através de alongamentos e de exercícios regulares diários (de Pilates, RPG ou de Iso-stretching).

Já o uso do Ayahuasca consorciado diretamente às práticas catárticas da bioenergia e das meditações dançantes do Osho não apresentaram (para mim) nenhum benefício visível e certamente podem reforçar, ao invés de dissolver, as resistências psicológicas, sejam elas 'couraças energéticas' ou complexos comportamentais. Ou seja: a tradição espiritual desaconselha a prática da intervenção terapêutica no paradigma religioso, mas a experiência psicológica incentiva o uso da DMT como uma forma de intervenção espiritual no paradigma terapêutico. Portanto, não se trata de utilizar técnicas e práticas de outras paragens para 'completar' ou 'aperfeiçoar' os rituais associados ao Ayahuasca e às plantas de poder brasileiras, mas sim de aprender a utilizar estes rituais e estas plantas em processos terapêuticos. E, dentro de processos terapêuticos, dentro das experiências que organizei e presenciei, o Ayahuasca tem se mostrado muito mais adequado às técnicas de regressão biográfica através de sugestão hipnótica do que, diretamente, aos exercícios de movimento corporal e as massagens voltados para catarse.

Há também outras possibilidades de integração, como as técnicas de roda. A ciranda de vozes e de dança é um suporte de transmissão de memória e conhecimento anterior ao advento da escrita, quando os contextos de recepção e de transmissão de informação eram comuns. A roda centralizava o acesso ao conhecimento e instituía um tempo circular, simultâneo, sem continuidade. Com a escrita (e a memória social), surgiu a história (e o tempo linear baseado na acumulação de informação), os contextos de recepção passaram a ser múltiplos e distintos do contexto da fala. Hoje (graças à Internet) retornamos parcialmente ao tempo simultâneo e a esse suporte arcaico da cultural oral[6].

Ou seja: mesmo com o foco na DMT, percebe-se que os cantos e a dança em roda fazem parte da experiência espiritual do Ayahuasca. A química prescinde de práticas rituais para se realizar com sentido para seus usuários. E o CONAD foi bastante feliz em observar que, sem os rituais e práticas associadas ao culto da bebida, a DMT descontextualizada é apenas uma droga psicodélica que provoca acessos visuais.

6) Conclusões parciais

Quando escrevi o projeto DMT e Neurociências, imaginava desenvolver uma pesquisa acadêmica e não uma investigação pessoal sobre o papel da substância em minha vida. Porém, o transcorrer do trabalho me mostrou que o essencial era eu me conhecer e me desenvolver. E que a pesquisa do Ayahuasca não é apenas um campo interdisciplinar ou multidisciplinar, mas sim um 'espelho transdisciplinar' porque implica em auto-conhecimento: as informações científicas só fazem sentido se enquadradas em um sistema de crenças. Assim, para mim, a pesquisa do Ayahuasca passou a ser uma via de mão dupla: questionando minhas crenças em relação à objetividade científica; e, no sentido inverso, repensando a modernidade a partir da experiência cognitiva da bebida.

A resolução do CONAD é a primeira iniciativa legal para a proibição da comercialização do Ayahuasca no Brasil. Agora, o individuo que for pego portando a bebida e não estiver devidamente autorizado por uma entidade civil religiosa legalmente constituída poderá ser detido para investigação.

Só isso já é um grande ganho institucional para o movimento ayahuasqueiro e um avanço extraordinário em termos de clareza política do governo Lula sobre o papel eco-espiritualizante da cultura brasileira no cenário global – embora (quase) ninguém (nesse jornalismo tacanho de nossos dias) elogie este aspecto.

Mas, há também uma contrapartida negativa igualmente não evidente: a regulamentação poderá levar a uma fossilização institucional do movimento, a uma folclorização cultural dos rituais e/ou a um distanciamento cada maior da verdadeira essência do espírito revolucionário do Ayahuasca. A necessidade de regulamentação do movimento ayahuasqueiro está levando a um progressivo enquadramento social dos grupos e a uma atitude conformista em relação a mudanças na sociedade e nas instituições.

O que está em jogo não a sobrevivência cultural do Santo Daime, da Barquinha ou da União do Vegetal, nem mesmo o uso indígena ou psiconáutico do Ayahuasca, mas sim, o papel extraordinário que a DMT desempenhou e desempenha na evolução psíquica e biológica humana, como também, o que pode vir a desempenhar no futuro, seja na recuperação de dependentes químicos e de psicoses depressivas, seja no seu desenvolvimento ético e de novas qualidades cognitivas no âmbito da percepção e da consciência. Ou seja: a discussão tem uma importância bem maior do que enxerga a maioria dos envolvidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, Rafael Barroso Mendonça. Ayahuasca: uma experiência estética. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de Psicologia, 2009.

LABATE, Beatriz Caiuby; ROSE, Isabel Santana de; SANTOS, Rafael Guimarães dos. Religiões ayahuasqueiras: um balanço bibliográfico. Campinas: Editora Mercado de Letras/Fapesp, 2008.

LABATE, B.C., SANTOS, R.G., ANDERSON, B., MERCANTEe, M., BARBOSA, P.C.R. Considerações sobre o tratamento da dependência por meio da ayahuasca. Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP), 2009. Disponível em: www.neip.info.

LIRA, Wagner Lins. Os trajetos do êxtase dissidente no fluxo cognitivo entre homens, folhas, encantos e cipós: uma etnografia ayahuasqueira nordestina/ Wagner Lins Lira. – Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CFCH. Antropologia, 2009.

GOMES, Marcelo Bolshaw. O Hermeneuta - Uma introdução ao estudo de Si. Dissertação de mestrado em Ciências Sociais. Natal: UFRN, 1997.

LIEVEGOED, Bernard. Fases da Vida – crise e desenvolvimento da individualidade. São Paulo: Editora Antroposófica, 1994.

MCKENNA, T. 'Caos, Criatividade e o retorno do Sagrado - triálogos nas fronteiras do Ocidente' (em conjunto com Ralph Abraham e Rupert Sheldrake) São Paulo: Cultrix/Pensamento, 1994.

METZNER, Ralph. Ayahuasca - Human Consciousness and the Spirit of Nature. Thunder's Mouth Press, New York, 1999. Tradução Márcia Frazão, Rio de Janeiro: Gryphus, 2002.

MIKISZ, José Eliézer. A arte visionária e a Ayahuasca: Representações Visuais de Espirais e Vórtices Inspiradas nos Estados Não Ordinários de Consciência (ENOC). UFSC, 2009.

SHANON, Benny. A ayahuasca e o estudo da mente in: LABATE B. & SENA ARAÚJO W. (diretto da), O uso ritual da ayahuasca, 2002a pp. 631-659.

_______ O conteúdo das visões da Ayahuasca. Revista Mana, Out 2003, vol.9, n.2, p.109-152.

STRASSMAN, Richard. DMT: the spirit molecule: a doctor's revolutionary research into the biology. Rochester: Park Street Press, InnerTraditions, 2001.

[1] Marcelo Bolshaw Gomes é jornalista, professor de Comunicação da UFRN, doutor em Ciências SociaisONTINUANDO O T

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Bom, você já viu alguém da Globo, na programação da Globo falar mal da Globo? Não. Acontece o mesmo nesses videos, eles gravam e colocam online o que mais agradam e colocam a moral da "empresa" pra cima.

Sem dúvidas tive uma má experiência, porém, das outras 30 pessoas de "primeira vez" que estavam comigo lá, na chácara, umas 4, no máximo, não tiveram nada. Todas as outras passaram mal assim como eu passei (daí que tirei os 95% e nem foi exato o número, foi com conotação de maioria).

a qualidade das experiência depende muito do tipo de mente que a gente tem, quantoi mais uma pessoa é espiritualizada maiores os benefícios espirituais.

Depende do que você diz "qualidade" e "espiritualizada", se qualidade for você ser literalmente puxado do seu corpo pra fora, arrancado, querer voltar porque você ta vendo seu corpo no estado que está e não poder fazer nada... E espiritualizado for dar esses depoimentos aleatórios da própria câmera deles enchendo a moral da erva e dizendo que "sentiu Jesus", "sentiu Deus", "mudou a vida, agora sou uma pessoa melhor"... É, não estou perdendo muita coisa... Tomei o negócio, esperei um tempinho, daí comecei a passar mal e depois sentei numa cadeira junto com a galera toda e do nada fui puxado pro teto da tenda, daí eu já fora do corpo (não foi a minha primeira experiência fora do corpo), vi aquele monte de gente que havia tomado comigo fora do corpo passando mal (achavam que estavam no corpo), vendo toda essa situação, tentei de muitas formas voltar pro corpo e sair correndo daquele local, estava lúcido, como agora escrevo esse texto. Tentava encaixar e nada, quando encaixava era puxado denovo, mermão, foi uma bagunça sem tamanho. Depois de um tempo, consegui voltar, agradeci, peguei minhas coisas e saí fora.

Se esse relato é subjetivo, o quão subjetivo é o relato de alguém que toma isso ao falar "encontrei com Deus", "não tenho palavras para explicar o que aconteceu"... ?

Mas não tenho muito a dizer, não fiz o uso contínuo da erva, não sou "iniciado", fui apenas para experimentar e tirar minhas conclusões e elas são simples ao meu ver, se o objetivo for sair do corpo, há meios não tão colaterais de serem feitos. Se o objetivo for "ter contato com Deus", "reforçar a fé em Jesus, o Cristo", há lugares menos nocivos.

Da mesma forma, não recomendo o uso pois é uma super-muleta (super no sentido de que ela é mais eficiente que as outras) e isso só vai retardar mais ainda a capacidade de ser autônomo da pessoa, tanto energeticamente quanto volitivamente (vontade). A pessoa vai condicionar as experiências ao Daime e não à ela, "o Daime mudou a minha vida", "Desde que comecei a tomar, sou outra pessoa", etc.. daí pra não falar que é a erva, em específico, que promove todo o intermédio entre a pessoa e Deus, diz que "foi aqui que encontrei Deus".

Entretanto, concordo com o texto no ponto em que fala que retira vícios, afinal, o negócio é mais potente que boldo e lactopurga juntos, rs.

Abraços.

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Mas já que é pra mostrar videos,

O "Líder espiritual", aos ~2:18 diz que o Daime é divino e segura a matéria!!! Agora não é mais trindade: pai, filho e espirito santo, agora é o quarteto imbatível: pai, daime, filho e espirito santo.

O cara ta divinizando uma erva!!!

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Olympio tudo bem, eu como disse não experimentei, eu fui convidado por um colega de

trabalho a conhecer e participar de um ritual da Ayahuasca.

Porém eu sendo macaco velho, pesquisei antes, e realmente esses movimentos

religiosos usam a carência de pessoas que estão na busca de um sentido a vida,

caem facilmente numa espécie de lavagem cerebral mística.

Quando postei, não foi com a intenção de fazer apologia da Ayahuasca como caminho espiritual

eu só fiz uma pergunta, para descobrir que já usou e não gostou, e vc tem razão, o santo daime

é uma forte muleta psíquica, misturada com fanatismo religioso.

Eles falam em expansão da consciência, mas ao meu ver, não passa mentes

super sensíveis pela erva, junto com a doutrinação, as músicas que cria uma

egrégora fortíssima, e muita gente delira com as visões e sentimentos artificialmente

provocados.

Um experiência espiritual autêntica que verdadeiramente purifica o ego, não precisa de muletas,

e até a viagem astral não passa de ilusão de mentes que querem tanto acreditar na vida astral

que acabam moldando um mundo todo dele, fruto de sua mente.

Aprendi que só conhecendo a si mesmo profundamente sem condicionamentos ilusórios,

alcançamos a auto-realização.

Viagem astral também não passa de condicionamento mental ilusório.

sei que vc não vai concordar, paciência esse é meu aprendizado espiritual que aprendi não

intelectualmente, mas realizando a experiência, vivendo-a!

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Olá amigos,

Uns anos atrás fiquei curioso tb a respeito, pesquisei na internet, ouvi os relatos de alguns amigos, pensei a respeito e vi que não era um caminho legal para mim.

Percebi que não há qualquer preparo das pessoas que são iniciadas, simplesmente fazem o ritual e tomam o chá para terem a sua "viagem".

Muitas pessoas com a psique e o emocianal desequilibrados tomam o chá e não tem boas experiências. Imaginem só o porquê.

O chá abre as portas da percepção, tira do corpo, etc...

Na minha opnião não são meras alucinãções, mas sim a abertura forçada dos chacras e espansão do corpo energético, projeção do corpo astral (perispírito).

Sou da opinião que isso é uma espécie de violência química com o corpo físico e com os corpos sutis, mas respeito os praticantes e desejo que realmente todos melhorem e evoluam como seres humanos na experiência terrestre.

Mas somente precisa disso quem nunca teve uma experiência "paranormal" e precisa de respostas imediatas, que não requerem nenhum tipo de esforço.

Os adeptos e simpatizantes querem ter alguma experiência "iluminadora" sem ter méritos para isso.

Parecem aqueles alunos que utilizam meios ilícitos para passarem de ano sem se preocuparem com o aprendizado.

Querem somente avançar por caminhos que ignoram, arrombando as portas das quais ainda não tiveram a capacidade nem o merecimento para adentrarem.

Não acho que seja um bom caminho querer tomar o céu de assalto, sem passar pelo estudo, pelas provações e pela melhora de si.

Portanto, acredito que não devemos utilizar o chá com propósitos projetivos, principalmente nossos companheiros e estudantes mais jovens aqui do fórum.

É necessário primeiro amadurecer, conhecer-se melhor a si mesmo, ganhar experiência, viver um pouco a vida, antes de submeter-nos a uma viagem patrocinada por um chá desses.

Que mérito teria essa viagem?

O melhor mesmo é tomar o chá da espiritualidade dentro de nossa própria consciência.

Um abraço,

:);)

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Morpheus

Muito boa sua análise, eu penso igual a ti, a espiritualidade não é uma busca desenfreada

e imatura por experiência paranormais, e nem a busca por poderes parapsíquicos é aconselhável.

Os perigos de queda moral são muitos quando se busca desenvolver poderes paranormais sem antes

aprimorar o espirito moralmente, purificando o EGO de suas mazelas egoísticas. resulta em grandes

sofrimentos.

A busca de poderes psíquicos é uma grande armadilha no caminho espiritual, deve-se evita-la,

para não se tornar um tipo de mago negro.

A melhor busca deve ser feita passo a passo, adquirindo méritos por seus esforços e renúncias,

se autoconhecendo e buscando sempre a sabedoria divina interior, que todos nós temos em semente.

Esses líderes dessas seitas do santo daime são guias cegos guiando outros cegos.

Também a busca pelo ocultismo sem antes ter uma alma espiritualizada, sendo um escravo de paixões

inferiores ainda, só resulta em quedas morais trágicas e tristes, que levariam milhares de

encarnações para reparar.

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Marco Aurélio, eu estava com depressão de 2003 a 2005 e nenhum remédio psiquiátrico me curou até o dia 28/08/05, nunca esqueço esta data, está marcada em minha vida, tomei o Chá e toda a minha vida veio à tona ! Tudo o que estava errado eu vi pela consciência e mudei de vida a partir de lá. Sou eternamente grato pela Ayahuasca. Lá vi que devia entrar pra estudar o Espiritismo e Yôga e nunca, mas nunca mesmo me projetei, cada pessoa é uma. Conheço muita gente que toma e só um ou outro que projeta e ainda sim é de vez em quando.

O grande lance do Chá é que ele tem o estigma de "alucinógeno" e isso deixa as pessoas com medo, mas não é nada disso, ele tem o DMT que é considerada a molécula do Espírito, tanto é que quando se projeta o cérebro libera mais DMT endógena (DO PRÓPIO CORPO) do que o normal, ou seja, projetar é um ato "alucinógeno" do ponto de vista químico. Existe mais ligação entre Daime e projeção do que se possa imaginar... Mas isso é materialismo, o Espiritualismo é o ponto em questão e o Chá tomado em ambientes religiosos é legalizado tanto no Astral Superior, Inferior e na Terra, o Mestre Irineu recebeu a incumbência de propagá-lo por (nada mais, nada menos que) Nossa Senhora da Conceição, é um Chá Divino, mas não é para Todos, assim como outras Religiões como o Espiritismo tb não o é.

Eu já perdi as vezes que projetado tomei o Chá em Templos Astrais. Se o Olympio projetar e perguntar aos seus mentores tenho certeza que eles o levarão para lugares Astrais onde se comunga esta bebida, claro se isso for do adiantamento dele e para seu progresso consciencial/espiritual.

Quando você tem o merecimento de ter a "Burracheira" você vai além, infinitamente além de uma projeção astral, você atinge o plano mental e alguns sortudos o Monádico (ou Self,Centelha,Eu Sou, Átma) pois ele desperta a Kundaliní liberando todos os chakras (caso eles estejam bloqueados há a limpeza física com vômitos e diarréias e a limpeza mental, com choros, gritos etc. Já vi mta gente chamando Jesus e a mãe qdo o negócio aperta, é como ir no Umbral nas projeções, voce ve demônio internos e externos, é realmente mto parecido com a projeção) Algumas vezes entro em meditação - que é o plano Buddhico ou Intuicional, além do mental e antes do Monádico - e no dia que fui curado senti o Monádico por alguns minutos, senti o próprio Universo, Eu o Ele éramos um, não havia diferenciação,

Sou eternamentegrato por esta experiência única e plena e pela cura da depressão. Caso vc deseja experimentar vá a uma Igreja séria onde não se misturam com outras drogas, procure na semana não misturar com nada,nem com álcool.

MUITA FORÇA E LUZ NA SUA ESTRADA DO AUTO-CONHECIMENTO

Mais sobre a História do Daime:

http://www.juramidam.jor.br/mensageiro/00_sintese.html

http://www.udv.org.br/

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Caso vc deseja experimentar vá a uma Igreja séria onde não se misturam com outras drogas, procure na semana não misturar com nada,nem com álcool.

Mário, E você conhece/recomenda alguma, de real confiança? Acho que isso é o mais importante a ser destacado aqui, para que os que desejam experimentar não caiam em "armadilhas".

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Que bom vc ter perguntado, olha Thiago, se vc for pesquisar (eu fiquei pesquisando um ano inteiro antes de beber, pois estava com muito medo! Igualzinho às 1as projeções! Como falei antes, existe mais ligação entre Daime e Projeção do que a gente imagina, tudo por causa da DMT liberada nos dois tipos de experiências.) Pois bem, pesquisei e vi que o Chá era tomado por Índios da bacia Amazônica Inclusive pelos Incas - Indígenas mais espiritualizados, se é que podemos chamar assim - e qdo o precursor, Mestre Irineu, conheceu o Chá e o tomou, foi da mão de um Inca. Recebeu o chamado de N. Senhora para fazer uma Doutrina e Cristianificar a Ayahuasca e daí surgiu o nome Daime: "Dai-me Amor, dai-me Luz, etc". Nâo tinha nada de álcool, maconha, pó e nada disso no meio, era só o Daime. Isso na década de 30. Logo depois um seguidor dele, Mestre Daniel, abriu a linha da Barquinha. Essas duas linhas não são expansionistas, só existem no Acre e algumas cidades do Brasil. Dificilmente vai ter em sua cidade. O site que coloque lá em cima (http://www.juramidam.jor.br/mensageiro/00_sintese.html) é de um Psicólogo e Jornalista que segue a Linha do M.Irineu

Já na década de 60, Mestre Gabriel, qdo tomou o Chá pela 1ª vez sentiu que deveria abrir uma nova linha e assim surgiu a linhda da UDV e a chamou do HOASCA (União do Vegetal, Instituição que tem o maior número de adeptos no Brasil e no exterior e é mais ligada ao cientificismo, as pesquisas junto às Faculdades e a própria legalização partiu dessa linha, ela é extramamente formalizada e ritualizada).

Depois que o Metre Irineu morreu um seguidor seu, Sebastião Mota de Melo, mais conhecido como Padrinho Sebastião, criou outra linha do Santo Daime e desvirtuou um pouco das outras linhas pq misturava com a maconha, e outras plantas. E foi essa linha do Padrinho Sebastião que o Daime expandiu ao grande público. 90% dos problemas que aparecem na mídia vêem dessa linha, justamente por ser mais abrangente e aceitar com mais facilidades novos adeptos e por misturar com outras ervas. Não por acaso o último caso que apareceu na mídia, o assassinato do Glauco, veio dessa linha.

Eu já tomei o Daime em casas da linha do Padrinho Sebastião (pq é a grande maioria, provavelmente em sua cidade terá uma linha dessa)e sei que neguinho vai lá nos fundos "fumar um".

Prefira conhecer o Chá em casas da UDV ou do Padrinho onde não misturam com outras ervas, pois nem toda casa desse linha faz esse mistura. Nas casas sérias dessa linha se alguém faz uso de outras ervas é mais por conta própria do que publicamente. Se vc ficar na sua experiência particular, sem se preocupar com os outros, cetamente terá uma ótima expeirência. Nas casas sérias sempre há um ajudante para os visitantes, não precisa ter medo, toda religião há sua banda "podre" e sua banda "limpa". Na política é assim, no trabalho e nas religiões tb, não é assim tb qdo a gente se projeta? Se alguém for comungar nunca se esqueça: Faça como o grande herói Chapolin Colorado: "Junte-se aos bons!!!" (Aprendi com o Saulo a fazer piadinhas hehehe)

GRANDE ABRAÇO A TODOS OS BUSCADORES DA VERDADE !

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Muito Bom Mário, fantástica resposta. Resumida, mas didática. (Sem desmerecer sua resposta Marco Aurélio, para ser honesto ainda não a li, não deu tempo devido a quantidade de conteúdo, mas ainda vou ler).

Acredito que aos que desejam experimentar, já seja um belo "guia inicial" do que buscar ou não. Obrigado por compartilhar.

Eu, um dia pretendo experimentar o DAIME, assim como a Salvia Divinorium, assim como já experimentei outras coisas. Acredito que toda experiência seja válida. Em minha opinião, ter um vislumbre "do paraíso" pode ser um grande motivador para termos consciência do que queremos atingir em nossas práticas. Quanto à este papo de ser muleta, não discordo nem concordo. Acredito que possamos dar o termo "muleta" para aquele artifício que é usado repetidamente para um fim espiritual que poderia ser alcançado com algum esforço próprio (assim sendo, sim, EU acho que seguir a seita do Santo Daime seja um tipo de muleta, mas não julgo seus seguidores... Talvez isto seja o que lhes foi reservado para esta encarnação, para quem sabe na próxima já estejam mais "preparados" para os próximos passos... quem sabe... Ou mais, talvez a provação deles seja justamente ter este vislumbre inicial e então conseguirem tomar a iniciativa de atingir o mesmo "efeito" por conta própria, estudando, se tornando reais buscadores). Quando a intenção é apenas conhecer ou ter um contato inicial, acho de extrema valia (Assim como você Mario comentou sobre seu primeiro contato, e a abertura que isto lhe deu para a espiritualidade e como lhe ajudou superar a depressão). Nada é errado, tudo é permitido, mas lembrando que qualquer coisa em excesso faz mal. Todas as religiões e seitas são importantes, cada uma dentro de seu próprio foco, pois existem almas que precisam exatamente daquilo para evoluírem. Contudo, em minha opinião, para o real buscador todas são apenas um ponto de partida, algo que merece o estudo e atenção, mas apenas para formar a base, pois o foco tem que ser muito maior, acima delas.

E obrigado pelo relato também Olympio, quando eu de fato for atrás de experimentar, já vou preparado com uns sacos de vômito e uns 4 rolos de papel! :)

Grande e Fraternal Abraço.

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  • 3 months later...

Oi.

O Santo Daime também é cura. A ayahuasca pode ser muito útil, principalmente para ajudar um usuário de drogas pesadas a se livrar do vício. Porém, não aconselho para quem quer lucidez nas viagens astrais.

Eu usei ayahuasca por dois anos em dois centros diferentes. O primeiro na linha que usa a cannabis na surdina. Larguei o primeiro e passei a frequentar outro centro na linha que abomina a ganja.

Além disso, num período de quatro anos vivenciei experiências bastante intensas com diversas plantas de poder. Chegava a passar uma semana sozinho na cachoeira "meditando" sob o efeito destas ervas. A salvia divinorum era uma delas. Atenção: não incentivo o uso em nenhuma hipótese, por isso evitarei citar os nomes das demais.

O fato é que minha pesquisa com as plantas avançava e as projeções astrais retroagiam. Perdi muita lucidez durante o sono neste período. Fixava cada vez menos as recordações de viagens astrais.

Eu estava iludido com o método espiritual que defendia.

Então parei de fumar maconha de vez. O daime me ajudou nisso, confesso. Porém somente depois de ter parado com TODAS as plantas, inclusive a ayahuasca, comecei a realmente vivenciar as experiências fora do corpo com nível de lucidez de arrepiar a espinha.

A parte mais difícil foi a abstinência do vício. Tive inúmeros "pesadelos". Foram meses e meses de tormento fora do corpo. Ataques de todo tipo: estive diversas vezes cara a cara com meus obsessores. Dia após dia eu ficava cada vez mais desperto fora do corpo e isso me deixava cada vez mais preocupado. Tinha muito medo de dormir, sinceramente. Passei por perrengues que não desejo a ninguém. Foram pelo menos seis meses até as coisas melhorarem e ter momentos de paz.

Meu depoimento é a única coisa que tenho a dizer para aqueles que ainda usam a maconha e pensam que é inofensiva.

Eu tinha um discurso pró-legalize e ele caiu junto com meu orgulho.

Para mim, hoje, não há dúvida: qualquer droga faz mal à saúde. As viagens astrais nos aproximam da realidade e para vivenciá-las não é preciso usar NADA.

Respeito muito os praticantes das religiões que usam a ayahuasca, mas acho a bebida uma perda de tempo. Com certeza o chá desalinha os chákras e os corpos. Ayahuasca desequilibra sim! 'Limpeza' se faz limpo, pé-com-pé com a realidade.

Apaziguar e Amar,

Frateto

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Oi, Marco Aurélio.

O ayahuasca seria natural, por vir da natureza, mas não é natural do ponto de vista geral.

A partir do momento que induzimos um estado(psíquico ou emocional) através do que seja lá o que for, o utilizamos como um instrumento artificial.

Forçar, qualquer coisa, através de uma "muleta" não nos fornece o controle.

Um meio natural seria você, sem utilizar de qualquer recurso externo, alcançar a projeção através de um equilíbrio espiritual(com a mente e a emoção controladas).

Não questiono o resultado de conseguir uma projeção com a ayahuasca, mas pode ter certeza que o caminho espiritual é conseguido com nosso domínio sobre nós mesmos.

Um abraço.

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  • 4 weeks later...

acho que todos na minha humilde opniao, deveria tomar o daime, pois esta muito alem de só ter uma viajem astral. o daime me proporcionou uma experiencia inesquecivel em minha vida. e tive experiencias muito lucidas que comprovaram não ser um "alucinogeno" como muitos custumam julgar! .... acho que o preconceito é uma opnião sem conhecimento... antao antes de julgarem pesquisem com mente aberta. não só na teoria mas tbm na pratica!

mta paz a todos! :D

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Creio que substâncias psicoativas podem ajudar muito na meditação, faça jejum só com frutas durante 1 uma semana, "sintonize" seus desejos/objetivos, vá em uma frequência "positiva", escolha uma instituição adequada e creio que vai ter uma experiência que pode transformar sua vida.

sou contra o uso rotineiro desse tipo de substância, antropolicamente sempre esteve presente em rituais.

tudo segue a lei dos opostos pode ser uma experiência divina ou diabólica vai depender da frequência.

Entendo a substância como um meio, como cada um conduz o meio?

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  • 4 years later...

Amigos sobre o  ayahuasca  o que se ouve e o que se percebe é:  ignorância por ter fugido das aulas de química do 2° grau, preconceito e ciume, quem tem não vende nem doa antes que você o chame de mestre ou senhor do seu destino kkkkk:-o:-D

Para ficar livre disso comprei as sementes de jagube e chacrona e estou cultivando no interior da minha residencia para meu uso :-o;-) 

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Já tomei várias vezes. Nunca vomitei e nunca passei mal. O máximo que tive foi diarréia algum tempo depois, mas tudo muito tranquilo.

Todas as experiências que tive foram maravilhosas e diferentes umas das outras.

Sério, nunca nem tive vontade de vomitar.

Ah e nunca me preparei pra nada também. Jejum e essas coisas todas, nunca fiz. Só chego lá, bebo e vivo a experiência de coração aberto. Sem medos, neuroses, preconceitos, regras ou doutrinas.

Todo tipo de regra que você leu em algum lugar e acreditou que existe, acaba por se tornar mais uma barreira.

Me passaram centenas de regras, li mais uma centena em muitos lugares e por sorte, não dei muita bola.

É igual projeção ou espiritualidade no geral. Quanto mais você acredita em regras, entidades e doutrinas, mais limitado fica.

Mesmo coisa se eu disser pra vocês que só pode se projetar quem faz a oração dos 400 dias de São Revertério. Se vocês acreditarem, só serão capazes de se projetar depois da tal oração e o pior, ainda vão encontrar o dito cujo, seu Revertério e jurar que ele existe. 

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O que encontrei através do chá e tenho certeza que é real:

1. O bem e o mal existe, de fato. E o bem é muito lindo, incrível e libertador.

2. O bem me passou uma noção de liberdade total. Pelo menos pra mim, nunca me passaram regra alguma de qualquer coisa que seja. 

3. O negócio é só viver de boas. Manter o coração leve e a mente aberta e viver, suavemente, levemente, numa vibe boa. Só isso. Sem segredos.

4. Esse lance de energia, vibe e tudo mais, existe mesmo e nos faz sintonizar com o bem ou com o mal. Isso pude perceber com MUITA clareza.

5. Entidades com nomes específicos ou fisionomias conhecidas. Esses eu nunca encontrei, em lugar algum. O que encontrei foi muita gente legal. Isso mesmo, um povinho querido que está sempre disposto a nos ajudar.

O que aprendi?

Aprendi que não existem segredos, o negócio é simples, tão simples, que chega a ser complicado. O lance é só viver e manter o coração leve, sem sentimentos ruins. Amar, viver, ser feliz, contente, grato e só isso, nada mais.

"Veja o mundo com os olhos de uma criança"

Agora o resto das coisas que já vi, sei não, mas tenho grande suspeita de que foram ilusões criadas pela minha própria mente, com base em conhecimento que eu já possuía anteriormente.

O segredo é se libertar de tudo o que você acha que sabe, pois assim fica mais fácil não ser enganado pelas ilusões. 

Eu sei como fazer isso? Ainda não, não mesmo, mas estou tentando e acredito que este é o maior desafio, separar as ilusões do que é mesmo realidade.

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Um amigo da época da minha adolescência começou a frequentar o Santo Daime (na verdade, mais que um, mas quero falar apenas deste), ele passou alguns meses frequentando e tomando o tal do chá.

Eu perdi o contato com ele mas depois de alguns anos, encontrei com a irmã dele que me informou que ele havia ficado muito doente. Pelo que ela me falou, o tal do chá, desencadeou nele um processo de esquizofrenia (que ele provavelmente já deveria ter uma predisposição) e ele ficou num estado em que não tinha mais iniciativa para fazer nada, até para tomar banho alguém tinha que falar pra ele e encaminhar ele para o banheiro.

Não estou julgando o uso de ayahuasca nem como uma coisa boa nem ruim mas prefiro não me envolver com algo que cause reações químicas estremadas no meu organismo. Detesto passar mal e vomitar. E realmente não vejo a necessidade do uso de algo material com objetivo de evoluir espiritualmente. Mas essa é apenas a minha opinião que estou postando aqui somente para reflexão de quem estiver consultando o tópico.

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A pergunta é antiga, mas já que subiu, acho que vale a pena comentar.
 

On 16/6/2011 at 0:18 PM, Marco Aurélio said:

AYAHUASCA é um caminho espiritual?

Sozinho acho que nao é um caminho espiritual, dentro de um contexto xamanico talvez. Uso das plantas de poder, cai no contexto do que convém se chamar QUIMIOGNOSE. Gnosis é um meio através do qual se obtem um estado alterado de consciencia, para uso dentro do contexto da magia. Entao qualquer forma de gnosis é melhor entendido como uma ferramenta do que como um caminho em si. E toda gnosis pra ser realmente aproveitada requer CONTROLE, por que sua mente precisa estar no comando e voce centrado pra guiar isso a um objetivo. Caso contrário seu estado alterado de consciencia te leva é a ilusao, alucinacao, bestialidade, loucura.
 

On 16/6/2011 at 0:18 PM, Marco Aurélio said:

e também para se projetar com mais lucidez ?

Lucidez é uma questao INTERNA, que nenhuma ferramenta externa pode te dar. Voce precisa ter poder de concentracao, equilibrio energético e sintonia espiritual (e pra isso sim existem VARIADOS métodos, mas sao todos internos, ou melhor, de dentro pra fora). Entao usar AYAHUASCA, ou qualquer planta de poder, é com objetivo. Projecao astral seria um objetivo um pouco inadequado. Alguem que tenha capacidade de concentracao (dharana) e consiga entrar num estado meditativo (dhyana) bom o suficiente pra aproveitar o que uma planta de poder tem a oferecer (e ainda assim esse precisa de um objetivo pra usa-las), nao vai precisar de nada extra/externo pra se projetar, alguem assim já se projeta sem GRANDES dificuldades.

--------------------------------------------------------------------------

Dito isso, fica bem claro que nenhuma planta de poder deve ser usada sem um profundo conhecimento. Tem uma outra questao, que muita gente desconhece, ou ignora, ou acha que é supersticao, mas quem tem um pouquinho de percepcao espiritual e já teve contato com plantas de poder entender muito bem.
Elas plantinhas possuem espiritos elementais. E os dessas plantas em especial costumam ter uns elementais bem cheios de personalidade rsrs (e as vezes conhecimento).
Isso é em conhecido nos xamanismo da america central, e do sul. (nao sei dizer sobre os outros, ok? rs)
O que muda é a planta, Jurema aqui, e o cacto o Peyote lá em cima.
E o ponto que quero chegar é que tomando essas plantas voce está fazendo contato direto com esse elemental, e pode ser inconsciente da sua parte ou consciente, mas o fato é que ele vai te ajudar ou te atrapalhar nesse estado alterado. O cara pode ser levado a estado de inferno (mesmo sem a intoxicacao que algumas plantas/cogumelos podem dar se ingeridas na forma de cha, ou nao preparados corretamente)... e nesse caso nós dizemos que o elemental quis te dar uma licao. Ou num paradigma mais moderno é o Set/Setting, ou seja, voce e o ambiente que precisam estar nas condicoes ideais.
E aí meu amiguinho, se voce nao tiver o controler que eu falei acima, voce vai se lascar todo ! rs
Se voce tiver o controle, voce pelo menos nao vai sair vomitando, e nao vai se perder na experiencia.
 

 

On 27/9/2011 at 4:06 PM, Frateto said:

Então parei de fumar maconha de vez. O daime me ajudou nisso, confesso. Porém somente depois de ter parado com TODAS as plantas, inclusive a ayahuasca, comecei a realmente vivenciar as experiências fora do corpo com nível de lucidez de arrepiar a espinha.

Regra de ouro: Quem usa plantas de poder espiritualmente, NUNCA JAMAIS EM HIPÓTESE ALGUMA USA NENHUMA DROGA RECREATIVA. E se o fizer é porque nao entendeu o propósito do trabalho espiritual que esta almejando. 100% das pessoas sérias que conheco e fazem uso de plantas de poder sao assim. E frequentemente os caras ainda adotam uma alimentacao bem limpa (nao se trata de vegetarianismo necessariamente), mas se trata de que quem trabalha com isso nao intoxica o corpo, nao poe qualquer coisa pra dentro. Qualquer um que te fale que toma AYAHUASCA e fuma gosta de fumar unzinho, ou de tomar um choppinho... é um "centro de pestilencia" rsrs, e nada de conhecimento espiritual real vai sair dali.

Outro ponto importante que o Iogui levantou agora. Esquizofrenia é (até onde eu sei, e me corrijam se estiver errado) algo que voce nasce, e que desencadeado por alguma situacao drástica, frequentemente depressao e/ou uso de drogas, especialmente THC (maconha), LSD, DMT, Psilocibina e DMT (esse ultimo é o principio ativo da ayahuasca). E o lance é que ninguem sabe que tem isso, até... TER. Se voce já usou alguma dessas drogas que listei, mesmo que ocasionalmente, voce brincou na roleta russa da esquizofrenia, por assim dizer.
 

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  • 1 month later...

O assunto é extenso mesmo, vou acrescentar alguns pontos de vista.

Eu considero muito válido passar pela experiência pelo menos uma vez na vida. Ayahuasca é um professor fantástico que nos coloca mais em contato conosco mesmos, o lado luz e sombra. Ela nos leva muito dentro de nosso espaço interior (não tanto fora, em projeção, como foi o foco da pergunta). O ganho deste processo é evidente: ao continuar seu treinamento em casa, vc SABE onde está indo, SENTE o sabor interno da experiência pq passou por um treinamento (muito intenso, diga-se de passagem!). Neste ponto, ayahuasca é como um mapa e um guia.

Crises de cura (como vômitos e diarréia) são apenas isso: crises de cura, que também ocorrem com vários outros ramos de medicina natural e energética. Se vc vomita uma doença incubada, isso é "passar mal"??? Dependentes vomitando a droga que consumiram e limpado o corpo, isso é "passar mal"? Eu aprendi com um curador nativo que isso é "passar bem"!

O difícil é encontrar um lugar sério, eu não conheço nenhum (os vídeos lá em cima do tópico, conheço o local e passo longe também!).

Mas o detalhe mais relevante: ela causa PREGUIÇA ESPIRITUAL (olhando por este ângulo, causa dependência). Por isso existem religiões organizadas que consomem daime 2 x por mês, onde os frequentadores assistem as sessões por anos a fio em nenhuma mudança significativa (embora costumem se julgar muito bem simplesmente pq frequentam a igreja).

Para o verdadeiro buscador, conhecer a ayahuasca é uma bênção, mas decidir seguir sem ela (e com gratidão no coração por tudo que aprendeu) é um prêmio!

 

 

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  • 1 year later...

Bom, acabei de ler muita coisa interessante e ao mesmo tempo muita desinformação e calúnias.

Sou Fardado na linha do Padrinho Sebastião. Obviamente a nossa linha possui diversas problemáticas, pois, somos grandes e estamos em processo de expansão. Quando as pessoas tomam daime em linhas que não estão expandindo, obviamente vai ter menos problemas por conta da menor quantidade de pessoas novas. 

A relação da nossa linha com outras plantas de poder também foi exposta com muita desinformação. Busquem se informar a respeito dos poderes espirituais e curativos da ganja, que foi recebida pelo nosso padrinho como Santa Maria. Já estamos em 2017 e tem gente que ainda pensa que "maconha" é uma droga.

Desde que eu  comecei a tomar daime, consegui compreender a relação da purificação espiritual através da matéria, por isso que muita gente passa por estás limpezas. 

Sendo assim, eu vou me propor realizar o teste que esse tópico busca responder.

Vou começar a realizar trabalhos espirituais com daime, afim de iniciar os meus estudos com a projeção espiritual. 

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