Viagem ao Centro da Terra

Saulo Calderon Relatos, Relatos Lázaro Freire 21 Comments

Pois é, uma coisa que odeio é ter que admitir minha burrice.
Quando a coisa vem em dose dupla, então, mais raiva ainda.
E foi este o caso.
Parte da ficha caindo no sábado, e a outra parte só ontem.

Bem, adivinha se os amparadores não ADORAM nos colocar em situações assim, onde precisamos colocar em prática o que aprendemos, deduzir coisas, etc, e sem pista alguma?
Normalmente, até que confesso que me saio bem, e a ficha cai logo.
Mas não se pode ganhar todas, e este relato fala da excessão. Grrrrr…

Estou eu lá em Belo Horizonte, no sábado, onde minhas projeções são bem facilitadas – talvez pelo magnetismo da cidade, talvez pelo ambiente isolado de receber carinho de filho único, paparicos da mãe, talvez pelo fato daquele meu quarto possuir toda uma egrégora, sem casamentos, sem ex, sem lágrimas, sem raivas, sem desafios profissionais, quase tudo remetendo à infância e adolescência, onde uma das minhas maiores preocupações era manter os instrumentos que
ficavam no meu quarto (baixo, bateria, teclados, amplificadores, guitarras, violão, bandolim, etc) em perfeita afinação para os constantes ensaios.
Ou talvez, mais provável ainda, devido ao fato do colchão de meu velho quarto ser de espuma, e não de micro-molas… Bem como o travesseiro não ser de pena-de-ganso, como em minha casa de SP – confortáveis, mais bem anti-projetivos, sendo um peso a mais.

O fato é que estar em BH é quase garantia de projeção lúcida, contato com amparadores, e alguns dos meus melhores insights.

Mas sempre tem um amparador sacana para, feito professor rigoroso, quebrar nosso ego, nos colocar no serviço, baixar nosso orgulho ou algo assim.

Pois bem, me deito no sábado à tarde.
Recupero a lucidez em plena Fundação Harmonia, em São Tomé das Letras.
O que era aparentemente um sonho com a querida Fundação, vai ganhando contornos de projeção lúcida, ou pelo menos imagens reais no meio de um cenário onírico.
Vejo o Mahasathaiwan, vejo um grupo que estaria por ali.
Sonho Lúcido? Projeção? Ainda não sei ao certo.
Vejo o galpão, celeiro das artes.
Mahasathaiwan parece estar falando sobre SONHOS – aliás, todo mundo em meus sonhos e projeções anda fazendo discurso sobre mecanismo de sonhos, parece que me matricularam em um mega-intensivo sobre como
ver os sonhos do lado de lá, ou interferir neles.
Parece que vão me desencarnar logo, risos, e que preciso estar preparado para as tarefas da turma de descascados.

Bem, o grupo deveria ser de umas 40 ou 50 pessoas. Achei que era muita gente. Parecia haver um vídeo, ou TV, lateral – e não o usual telão retroprojetor de última geração que os Harmônicos costumam usar em seus cursos.
Só então, ao sentar, fui me dar conta que se eu, projetado ou
sonhando, estava no meio dos 50 que ouviam o Mahasathaiwan, significava que ali poderia SIM ter outros projetados – ou até mesmo descascados, “bocas de fantasmas”, ou seja, desencarnados.
Não era tão inverossímel assim.
Mas ao mesmo tempo, me lembrei de que havia um grupo de passeio em São Tomé, e não necessariamente um curso… O pessoal da Jô, em fim de sábado, poderia estar em grutas, na cidade, em cachoeiras, provavelmente em lugares diferentes do CELEIRO das palestras…
O que não impediria em nada de o mestre estar falando para 10 ou 20, harmônicos ou visitantes, com ou sem corpo físico, em algum cantinho.

E havia vários componentes de, no mínimo, sonho lúcido – daqueles que se não for 100% real, basta você fazer um mantra OM no frontal, ou dar passes no ambiente, ou ejetar luz da testa, ou clamar por LUCIDEZ AGORA que a imagem real se apresenta.

Ueba, pensei, se não for projeção, posso converter em projeção, estou no comando da situação, lúcido, e ainda por cima longe de atividades, estou em outra cidade, passeando, ueba, adoro assistência, mas um turismo ou palestrinha de vez em quando não é de todo mal, e eu gostaria mesmo de ter vindo ao passeio em São TOmé, fora do corpo então, vou aproveitar mais ainda, etc…

Não deu nem tempo de fazer as técnicas para tomar controle.
Assim que EU saquei que estava em projeção, meu amparador também sacou que eu saquei.
Ele não disse nada, mas mesmo assim pude ouvir o que ele não comunicou?
Ah, é? Tá feliz de estar lúcido? Estava esperando por isso? Eu
também, significa que você então está apto a fazer coisa mais útil… (Grrr. Estes amparadores…)

Ato contínuo, mais rápido do que um gago falando OM, mais fulminante do que o filho da Karen devorando Mac Donalds, mais instantâneo do que o tempo que a Thais disse que o Wagner aguenta “tentando” cumprir suas obrigações mensais (?) de homem reprodutor, fui tracionado de volta para o corpo físico. Em Belo Horizonte, a pelo menos 300km de distância. Nem deu para curtir a paisagem.

No segundo seguinte, lá estava eu, na cama de meu quarto na casa de meus pais, flutuando levemente por sobre o corpo físico, ouvindo aquele “inconfundível” Bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz ensurdecedor
do EV – Estado Vibracional.
Caramba, amparador, não sabe do apagão? Dá para desligar este transformador de Itaipú aí, que este EV já tá até me incomodando?
Caraca, pensei, acho que se colocassem uma lâmpada de 100W na minha boca naquele instante, ela acenderia. Não, seus boiolas sacanas! Eu disse BOCA. Vagalume é a PQP!!!

Bzzzzz Bzzzz Bzzzz
Droga, eu queria estar em São Tomé, ouvir o Mestre falando lá de sonhos, ETs, intra-terrinos, etc, etc, etc…
Bzzzzz Bzzzz Bzzzz Já sei, já sei, concluí sem perguntar nada ao amparador, vamos ter trabalho de assistência, né?
Bzzzzz Bzzzz Bzzzz
Ok, nada de cachoeiras, que tal um monte de sangue, gente morta e queimada, caveiras no umbral, suicidas, assediadores barra pesada que fazem aquele violento Pokemon e Digimon parecerem mesmo filminho de crianças, bolas de luz sendo enviadas, guerrinhas astrais.
Bzzzzz Bzzzz Bzzzz
Como faz barulho este monte de abelhas e bezouros astrais, hehehe…

Well, nada a fazer mesmo, fui puxado, e nem tava vendo o tal do Kardec que saiu espalhando uma balela aí de que a gente tinha livre-arbítrio (acho que os amparadores dele eram mais leves que os nossos, senão ele ia ver que livre-arbítrio na mão de amparador é mera figura retórica de linguagem, puro eufemismo, quando os caras nos embarcam,
não tem reclamação)…

Bzzzzz Bzzzz Bzzzz
Vamos, então, sair do corpo.
Se você faz um EV acordado, pode ter dificuldades em manter. Mas se você nota que está em EV fora do corpo, espontâneo, e EM CIMA do EV natural faz o seu próprio EV, circulação energética taoista, ou qualquer coisa do tipo bolinha girando em volta de você…
Aí a coisa soma, acelera, é ligar o turbo mesmo, bem sei, e aí não tem como não sair.
Bzzzzz Bzzzz Bzzzz

Então, lá vou eu faze o MEU EV em cima do EV natural.
Para acelerar mais, fiz só até o cardíaco, sem passar por debaixo da perna.
Bolinha amarela luminosa na frente do frontal, bolinha na altura da boca, garganta, peito, atravessa o peito pelo coração, sai pelas costas, nuca, parte de trás da cabeça, área da carec… ops da minha auréola divina, coronário, desce pela testa, testa, testa, testa, testa (ok, tem pouco cabelo, eu sei, grrrr), após um tempo chega no frontal, faz de novo, o mais rápido possível, gerando energias, formando quase um capacete energético em volta da minha cabeça…
Bzzzzz Bzzzz Bzzzz Bzzzzz Bzzzz Bzzzz Bzzzzz Bzzzz Bzzzz Bzzzzz Bzzzz
Bzzzz

Assim como um avião acelerando as turbinas, a frequência sobe, o zumbido fica menos incômodo (porém mais alto) na frequência acima, atenção torre de controle, PT-LAZ taxiando na pista, permissão para decolagem concedida, lá estou eu parecendo um Sea Harrier britãnico, daqueles que decolam como helicóptero mas voam como caça, meu EU começa a descolar da base do físico, em paralelo, o Bzzzzz Bzzzz
Bzzzz fica altíssimo, todo o corpo treme, as pernas dão choques prazerosos e incômodos, isto aqui parece um orgasmo (só que sem o inconveniente de ter que ser deixado por quem você gosta sem motivo), vamos voar, vamos voar, vamos voar!!!

Ainda dá tempo de, enquanto “taxeio” por sobre o corpo físico antes de, como sei que acontecerá, ligar o retrofoguete (não é onde vocês estão pensando) e volitar rápido, pelo menos pensar elevado, coisa indispensãvel para uma projeção legal:

– Ok, estamos prontos para servir. Tomara que nesta experiência eu possa fazer algo de legal para meu crescimento e para o da humanidade.

Bem sei que grupos religiosos fariam uma oração mais bonita de se escrever. Mas dificilmente seriam tão sinceros.

Ditas as palavrinhas mágicas, passei a contar, além com o fenÔmeno bio-energético do EV, também com a sutilização provocada pela ligação com algo superior, com a evolução, com um poder maior, com uma ordem acima, com a tarefa, com o servir… Hehehe, penso comigo, se os “projeciólogos” e “parapsicólogos”, doutores da lei da projeção, soubessem disso… Como explicar para os caras que isso dá mais
barato e sutileza, energética mesmo, do que mil EVs juntos? Eles achariam místico, devocional, muleta, proselitismo… Fazer o quê?

Mas como não sou projetor teórico, e muito mais espiritualista do que pesquisador e neo-cientista, levo vantagem, mesmo enquanto minha barba ainda é ruiva e curta.

Ato contínuo, o que já era bom via EV fica com cara de “permissão para decolagem concedida, céus de brigadeiro para você, câmbio”. Não dá nem tempo de falar camb…, meu corpo espiritual (psicossoma,
linga, perispírito, corpo astral) já sai da horizontal na qual
volitava por sobre o físico, vai ficando em vertical, 30º, 45º quando chegar a 90 deve parar e eu sair voando rapidinho daqui, sem dar bobeira (se perder muito tempo junto ao corpo físico, seu ectoplasma
e força de coerção pode me atrair de volta, e eu ficar pesado)…
Mas atinjo os 90º, só que, desta vez, não paro…
110º, 120º, começo a olhar… para baixo???!!!???
Ei, cadê a bússola, cadê o altímetro, cadê o horizonte artificial do
painel de controle, torre de controle, este troço tá desalinhado, assim eu vou estolar, para aê…

Não para. APonto para baixo, e algum amparador engraçadinho, neste momento, deve – feito naqueles desenhos de Tom e Jerry ou Coyote –
ter riscado um fósforo e ateado fogo a algum morteiro que
convenientemente amarrou em minhas costas.
O fato é que, sem mais nem menos, saio a MIL por hora em direção à cama, ao piso, ao solo, terra, pedra, minérios, rochas, escuro, mil por hora…
E quando eu vejo, no segundo seguinte, lá estou eu onde poucas vezes vou sozinho – acho que só estive nas regiões intra-terrinas
acompanhados por ETs, que são chegados nestes buracos.

Na hora, a ficha não cai tanto.
Parece névoa, fumaçã, ectoplasma, fundo de piscina suja, não sei…
Mas naquilo que parece um salão de gruta.
Como os amigos mais chegados e radicais sabem, adoro espeleologia, querem me chamar para um programa legal é pegar o carro e ir para o vale do Ribeira… Conheço bem este tipo de lugares, e esta cavidade terrena, penso agora, não foi formada por ãgua como as brasileiras, e sim por lava como as européias, como está claro pelo tipo de sulcos, quase polidos – agora, ao relatar, sei que era intra-terrino, grutas
de lavas ou vácuos de placas dentro do chão de minérios de minas.
Quase não há estalactites, estalagmites e espeleotemas. Talvez um rio de lava, ou… tecnologia mesmo, ajudando.

Mas na hora, com aquele monte de ectoplasma ou sei lá o quê, tudo sombrio, escuro, nenhuma viv´alma (desculpem o tracadiho infame) por perto… A imagem que me vinha à mente era de portais de umbrais mesmo, ou pior, de regiões abismais (bem mais barra pesada do que umbrais)…
Como alguém que abre o olho ao mergulhar no fundo de uma piscina, eu só via cerca de 20 a 30 centímetros a partir do chão, apesar de saber que o “teto” daquela cavernona deveria ter uma grande quantidade de metros de altura…
Tudo esfumaçado, como quando a gente vai chegando perto do umbral (ou da Terra, vindo de lá) e ainda não consegue deslumbrar as paisagens direito.

– Ok, senhor ampara-do-or??? O que é para eu fazer?

Silêncio, como direi, cavernoso (desculpem novamente o tracadilho)

– Cara, aparece, nem vem com este truque do amigo invisível, que eu sei muito bem que você tá aqui do lado.

Até tava mesmo, é claro. Mas nem por isso abriu a para-boca. Um silêncio “infernal”, daqueles que doeriam no ouvido – caso eu não tivesse deixado os meus ouvidos no corpo, lá em cima, em BH, hehehe.

Eu saí pensando em assistências, né?
Então, talvez por ser isso mesmo, ou talvez por minha mente ter assimilado isso, já fui me preparando.

Ok, gente aos pedaços. Suicida arrastado por obsessores chefes de falange (o tipo que habita abismos) para bem longe do umbral, exatamente para nenhum espírita ou projetorzinho ousar ir lá mexer com os escravos dele… Alguma prisão infernal… Alguns obsessores
engraçadinhos daquele tipo que gostam de plasmar um cenário de julgamento final para poder fazer a famosa “pegadinha do crente” e levar os coitados dos evangélicos recém-desencarnados para abismos,
onde estes assediadores se divertem simulando cenários infernais, para que o cara pense que Deus o julgou mal, como lhe ensinaram na igreja – e por acreditar muito nisso, o coitadinho do protestante não consegue sair sozinho, e sobra PRA QUEM? Bah…
Não dava para ser algo light, tipo acidente aéreo, pedaço de gente, etc? Pô, se adiasse por mais um dia, dava até para ajudar o Rolim, e explicar pra ele um pouquinho mais sobre mecanismos de karma, do aqui
se fez aqui se paga, e porque não é tão bom deixar 100 famílias reclamando de indenização…
Não poderia ser apenas mais uma chacina?
Não podeira ser algo novamente como aquela cena do AMOR ALÉM DA VIDA, pisar na cabeça de gente que puxa nosso pé, enquanto a gente resgata um deles de um mar de água e lama formada por espíritos aos milhares?
Isso eu já tou acostumado há anos, poxa!1!
Caraca, reclamo eu em silêncio, se isso é coisa pior, por uma lógica cruel de simples, significa que… ISTO VAI SER PIOR.

Mente, ó mente…
Se você fosse tão criativa assim para coisas legais, eu tava feito.

O fato é que a mente começa a tentar adivinhar o que lhe esperava.
E eu começo a ficar… com medo.
Estranho, não tenho isso fora do corpo.

Mas na prática a teoria é outra, e vai você, sei lá quantos km dentro da terra, sem enxergar cazzo nenhum, numa camada de névoa, silêncio irritante, tudo meio trevoso, sem saber onde ir, o que fazer, e ainda
sabendo que algo ou alguém depende de você, e não é nada ^tão light^ quanto trocar dardos energéticos com obsessores que tentam ^apenas^ ameaçãr de morte vc e seus familiares, mas sim coisa pior!!!

Assim como um mergulhador no silêncio do oceano negro, dá um frio na barriga, uma solidão, um vazio. E mesmo sem trilha do Hitchcock, dá apra esperar, em cada passo, uma surpresa das cabeludas e aterrorizantes.

Ei, será que tem um mantra para PERDER um pouco da lucidez? hehehehe.
Nestas horas, pra quê estás súper consciente, né?

Vejo alguns objetos no fundo da caverna.
Algo que parece um canivete suiço. Perfeito. Lindo.
Pego.
Já sei, alguém arrastado pelos seres trevosos, e que deve ter
plasmado este canivete, de tanto carregar no bolso por décadas, apegado… E no sufoco, perdeu.
Pena que não dá para colocar no para-bolso e trazer para o físico, pois eu bem que queria um desses, assim com mil funções, e legítimo.
Devaneios…
Pergunto para o amparador se é isso que ele queria que eu achasse.
Tolinho, sem notar, eu me vi naquela situação de procurar o brinco que a menina mais gostosinah do clube perdeu na piscina… Ou que muitas vezes jogou mesmo, de propósito, simulando a perda só para ver a gente disputar o prazer de ser útil, se aproximar dela…

Brinco disso, na falta de dicas.
O lugar vai ficando mais denso à medida em que eu caminho.
Apesar de não ser líquido, quase que dá, mesmo, para nadar,
mergulhar, enquanto procuro objetos no chão…
Acho uma coisa ou outra, digna de nota.
Pergunto para o amparador mudo…

– Era isso que você queria?

Faz mais sentido do que parece, já que o amparador, tão sutil, não conseguiria ser denso como eu para poder “pegar” na mesma frequência um objeto astral deixado ali… Ele é todo luz, ele atravessa coisas
densas…
Hehehe, penso comigo, já sei, no dia em que eu quiser sacanear um amparador, vou plasmar um objeto astral bem denso e colocar no fundo de uma piscina dessas, densa de ectoplasma e coisas telúricas, kundalínicas e mais grosseiras, e pedir pra ele pegar…
Teste do amparador, para ver se ele consegue concentrar tanta energia a ponto de deixar pelo menos os dedos materializados a ponto de pegar algo assim, num lugar desses, SEM a ajuda de um encarnado projetado…

Mas se por um lado ganhei uma sacanagem para fazer com meus amigos amparadores, por outro não obtive resposta.
E continuo andando.

A caverna vai se fechando.
Não era um oceano subterrâneo, como eu pensei em dado momento, mas uma cavernona mesmo, um salão de entrada, como em certas grutas.
Começo a subir, nitidamente, em ângulo ainda baixo.
O caminho natural me leva à direita e ao alto.
Passo pela névoa. Assim como a neblina que envolve a manhã em regiões montanhosas, acima de uma determinada altitude, ela fica plana, abaixo.
Atravessando a camada de neblina, dá para ver toda a extensão do salão, gigaaaaaaantesco, ao olhar para trás.
Nenhuma consciência presença, pelo menos não na minha frequência vibracional visível.
Alguns espeleotemas apenas nos cantos do salão.
Subo pela direita. À esquerda, não há saída ou passagem alguma, só paredes, tetos. Para trás, de onde vim, o salão gigantesco se perde no infinito das trevas, até onde a para-vista alcança.
Sem ninguém por perto.
O piso branco, embaixo, a neblina ectoplasmica, é até bonita de se ver, contrastando com o marrom e negro do lugar.
Se isto teve formação típica de grutas, via lava ou algo assim,
significa que precisa vir de algum lugar e ir para outro lugar.
Pela lógico, lá atrás, o vão gigantesco leva a algum canto… Mas é longe e escuro demais para eu me encorajar a descobrir, e depois, está tão denso que não dá mesmo para volitar assim…

Resta seguir em frente, para o alto e para a direita, deve ter uma saída, e o espaço vai se afunilando…
Já dá para ver que SIM, lá no alto, seguindo a ^estrada^
possivelmente formada pela lava ou maquinãrio que formou este lugar, há sim uma passagem, uma circunferência, um túnel natural, sei lá, um ponto no alto onde todo aquele salão se afunila em uma passagem de apenas uns três metros de diâmetro…
E que pela lógica, deve levar a algum lugar.
Afinal, eu estou ali para algo, né?

Vamos subir…
Quase chegando…
Entre relaxando, consciente, e ao mesmo tempo apreensivo, curioso.

Bem, se é encrenca, significa que devo estar preparado para
encrencas, e agora parece ser um bom momento. Em todos os aspectos – físico, lugar onde chegeui, minha condição emocional, expectativa.

Se há encrencas, e haverá sim, este é o momento ideal para a primeira supresa.

E ERA MESMO !!!!

Comments 21

  1. Esse foi o relato projetivo mais engraçado e descontraído que eu vi na minha vida! Nunca vi alguém comentar de uma forma tão simples e esclarecedora!
    Quero aproveitar e dizer que o novo site está maravilhoso e moderno, muito bem organizado e fácil de acessar.
    Parabéns a você Saulo, por esse trabalho lindo de conscientizar as pessoas tanto no físico quanto no astral, sou muito grato a você e toda equipe que lhe ajuda.

    Paz e luz do irmão aprendiz de projetor, rs.

  2. Li, esperando uma resposta e não achei! O que o amparador quis que você fosse fazer lá debaixo da terra? Encontrou quem lá? Qual era a situação da pessoa que estava lá?
    A palavra final “E ERA MESMO” não dá ao leitor a resposta concreta do quê e qual sua missão lá! : \

  3. Lázaro, você é uma comédia! Estou aqui rindo sózinha! Adorei o teu estilo. Mas, e o resto da história? Estamos curiosos pra saber o desfecho.

    1. Muito bom ler esse relato. Dei tanta risada e muitas vezes me senti parte da história com tanta riqueza de detalhes. Rsrs.

      Mas como sou curioso fiquei aqui a ver navios esperando o fim da história.

      Abraços e muita luz!!!

  4. ‘¬¬

    cadê o final?

    Além de aprender pegadinhas para os amparadores, sobrou pra nós meros aprendizes ficar babando pelo final.

    kkkkkkkk (eu ri, em pleno ambiente de trabalho)

  5. Não sou um especialista no assunto de viagem astral! Estou apenas começando minha longa jornada de estudos e experiencias… Mas ainda assim, tenho que ser honesto em meu comentário!!!! Não consegui ler todo o relato de lazaro, achei muito desrespeitoso, e de mal gosto. Desculpe, mas não vi um trabalho de caridade, de amparo e de amor, o que vi foi alguém brincando com vidas, dizendo palavras ofensivas, se vangloriando, e deixando a vaidade falar mais alto que o amparo! Tenho certeza que o bom humor é necessário, e até uma forma de ajuda na viagem, mas existe uma linha muita tênue entre bom humor e deboche. Me desculpe se estou sendo rude ou mal educado, não foi essa minha intenção.

  6. Adorei os dois relatos, mas o primeiro se confunde no final com o início não tendo continuação dos acontecimentos e o segundo também ficou sem uma continuação?
    Tanto um como outro deixou-me com expectativa grande de saber o que houve. É como ler um bom livro e deixar de ler as últimas folhas deixando o final sem resposta, ao mesmo tempo que apreciei, acabei ficando no vácuo sem entendimento dos motivos finais.
    Peço desculpas quanto a pergunta, longe de ser crítica OK.
    Abraços.

  7. Interessante a narrativa. Acho que o local bem que pode ter induzido nosso amigo a tão pessoal viagem. No entanto conhecendo o “mestre” como eu conheço, desde os idos 1980 na cidade de Araras só posso rir. O cara realmente é um artista, e convincente. Pena o rastro de tristeza que acaba deixando para que seu ego possa ser preenchido. Mas torço para que acorde o mais breve possível para começar a resgatar suas estripulices. Que todos possam ser felizes. Abraço…

  8. Bom voce dá um ótimo escritor, vai vender livros pra xuxu, mas queria saber o proximo capitulo, vai deixar a gente sem saber o que aconteceu na sequencia?
    Saulo …..!!!!
    Bj pro cê!
    LAURA

  9. Caramba que coisa doida! Nossa a projeção é mais seria que parecia. Bom hoje estou triste e feliz triste por minha mãe estar agonizando no hospital, mas feliz por ter projetado uma veizinha,e visto que há vida depois disto aqui. Saulo ajuda minha mãe! Benedita Augusta de Oliveira. Ela está desencadeando. Prometo que assim que aprender ajudarei muita gente. Hoje faço trabalho gratuito em itu ajudando a pessoas a ter uma vida melhor através de regressão de memória. Um beijo a todos muita paz muita luz.

  10. Também achei que você foi muito desrespeitoso, principalmente com o Wagner. Você enrola demais pra contar sua experiência. Tem ego de mais aí. Cuidado meu caro! Lembra do ditado: Macaco que muito pula, cai do galho!

  11. Não gostei do seu relato tbm não. Deixou em aberto, não entendi nada. Vc disse que caiu mais baixo que o umbral? Algo de errado com vc heim, cuidado! Desculpe falar mas, acredito que vc faltou com respeito a diversos espíritos aí, principalmente com o seu amparador.. sim nós temos livre-arbítrio, e o que acontece com vc nas suas projeções provavelmente está de acordo com o que vc decidiu antes de reencarnar, se não gostar do que está acontecendo, não coloque a culpa nos amparadores e mentores, simplesmente fale que não quer mais. Se vc foi pra esse lugar esquisito e vc sabe que estava acompanhado por um amparador, significa que era vc quem deveria aprender nesse lugar e não o amparador, não seja mal-educado com ele, ele estava tentando te ensinar alguma coisa ou mostrar algo.
    Abraços.

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