Viagem Astral ao Rio São Francisco

Saulo Calderon Relatos, Relatos Saulo Calderon Leave a Comment

18/05/2002

Olá amigos, essa experiência foi uma das poucas em que tive uma clarividência tão abrangente, ainda estando meu corpo físico em local não muito indicado.

Viajei essa sexta a noite para Remanso, interior da Bahia para tocar com a banda.

Cheguei no local para viajar(sede da Banda), às 22:00 horas. A maioria das vezes a viajem acontece de madrugada. Já me perguntei muito o por quê tenho projeções em ônibus, hoje sei que é devido aos locais onde andamos, as estradas. Por serem praticamente “vazias”, a energia delas são relativamente mais sutis, então a facilidade para sair do corpo e alcançar a lucidez acaba sendo maior, se não fosse o acoplamento áurico com o pessoal do grupo.

Para isso, me deito na última cadeira do ônibus, não ficando ninguém atrás de mim, assim facilitando um pouco mais a soltura energética, mas não totalmente.

Após umas 2 horas, todo o pessoal já estava dormindo, e ainda bem, a TV desligada.

E senti um pequeno sono, mas novamente não me permitia adormecer. Não importa onde estou(pensei), minha liberdade não será apagada. Quero e vou sair do corpo, aqui mesmo onde estou. Assim, fiz um alto trabalho energético, forçando a passagem energética por cada chacra. Ainda, por repercussão energética, um colega da cadeira ao lado, acordou assustado(isso é muito comum, e acontece com freqüência quando fazemos EV em algum ambiente com alguém dormindo). Como sempre, em ônibus, não consigo sentir a saída, acho que talvez devido as muitas energias conscienciais liberadas pelo pessoal.

E despertei flutuando, uns 3 metros do chão, próximo a uma pequena mata, ao lado de uma rua.

Reparando a projeção, não perdi tempo, e procurei saber onde estava, mas antes comentei para mim mesmo, fazendo com que minha lucidez aumentasse: “estou projetado agora, meu corpo está viajando no ônibus, preciso me centrar nisso”. Ganhei mais lucidez, e meu frontal abriu de vez ao dizer isso.

Fui flutuando com cautela, pois sabia que estava em dimensão astral inferior.

Estava escuro, mas como estava com frontal aberto, via como se fosse uma lanterna saindo do mesmo. E avistei luzes de uma cidade ao longe. E fui em sua direção.

Antes que chegasse na cidade, senti uma coisa boa, e parei para perceber. E recebi mentalmente uma idéia para não ir até lá. Sabia ser de algum espírito bacana(amparador), mas quem? E indaguei:

– Olá meu amigo. Obrigado pela dica. Sabe, nunca consigo ver quem está comigo, sempre estou tão denso, ou não posso ver por algum motivo, gostaria muito de poder ver, pois quase nunca tenho projeções com seres chamados “amparadores”.

Então senti uma luz nos meus chacras frontal e cardíaco, e a minha visão foi ficando clara, e comecei a avistar uma luz dourada. Então vi primeiramente um formato de cabelo grande, e logo uma linda moça que aparentava uns 17 anos mais ou menos. Ela me olhando, disse:
– Normalmente não fazemos isso, pois ativei seus chacras para acessarem energias mais sutis, por isso está vendo nesse momento. Quando não aparecemos para você, é realmente porque não conseguem captar, devido à densidade do planeta.

Perguntei:

– Onde estou?

– Você está na entrada da cidade onde vem trabalhar, Remanso. Por sintonia você se transportou para cá, porém aconselho que não prossiga para o centro, pois a cidade está em festa, estando o clima muito ruim para a sua lucidez no momento. Venha comigo.

E pegando minha mão, em segundos apareci próximo a um Rio de beleza majestosa.

Então olhando para o rio, vi saindo uma luz meia azulada e esverdeada. Olhei para a amiga e nesse momento minha clarividência ainda aumentou mais, talvez devido o local, e vi que seus olhos eram claros, pareciam duas luzes, e do seu cabelo caia uma luz dourada encantadora.

E ela captando meus pensamentos me disse:

Esse Rio é o São Francisco. É um Rio abençoado, pois banha um povo sofredor, banha o nosso nordeste. Ele recebe flúidos de dimensão superior, para ajudar na passagem complicada que esse povo passa.

Fiquei observando aquela linda visão, então ela me disse:

– Saulo, não posso ficar, vim só lhe dar uma assistência, e aconselho que volte ao corpo, pois se aproximam alguns grupos de espíritos. Eles não poderão nos ver, tal densidade que estão, porém qualquer desequilíbrio fará você entrar em sintonia com eles.

Eu respondi:

Sim, vou voltar. Até porque, meu corpo está num ônibus, no meio da estrada, e pior(falei com humor), perto do banheiro, pois está na última cadeira, e toda hora alguém vai ao banheiro, e batem a porta. Posso perder a projeção se não voltar logo. Mas não queria perder essas lembranças, sei que perco muitas delas.

Então ela perguntou se podia ajudar?

Eu claro, disse que sim.

Ela passou a mão na minha testa(frontal), e depois levemente pelo coronário(topo da cabeça), então ficou tudo preto(como de costume).

E abri os olhos no ônibus.

Estava totalmente congelado, pois não movimentei nenhuma parte, e a sensação que tinha era essa.

Não pude escrever no ônibus essa experiência, e por isso não adormeci até amanhecer, para não esquecer, e fui transformando a experiência em imagens mentais, pois a riqueza e visão daquele momento, não podia nem de perto, ser mais sentida.

O que me impressionou, além da encantadora amparadora, foi a água do Rio São Francisco, e claro, eu não sabia que remanso era banhado por ele. E ao chegar na cidade comprovei o que vi projetado. O Rio é majestoso, grande e energeticamente muito bom.

Chegamos na cidade, todos tomamos café, e o pessoal foi passear na cidade, enquanto caminhei até o rio, (andei muito, risos), mas não podia deixar de fazer isso.

Procurei um local em que não havia ninguém, e sentei em posição de lótus, fechando os olhos. Senti uma energia muito boa, e fiquei banhado até a noite, quando tocamos.

Bem pessoal, abençoado seja esse Rio, pois me lembrou uma passagem de uma bela música de Guilherme Arantes( TERRA- Planeta Água).

Tentei tirar só uma parte da música, mas não deu. A música é perfeita.

Estou muito emocionado no momento com a água, com a lição de simplicidade que ela nos dá.

“Nos serve a todo momento. As plantas, os animais. Passam por esgotos, em nossos lares, e depois mostram a sua simplicidade, ao voltar para sua casa, a Terra, sua mãe”.

A natureza nos dá exemplos a todo momento, e nós não captamos.

Deixo a letra da música de presente para nós homens ainda tão apagados:

PLANETA ÁGUA

(Guilherme Arantes)

“Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre o profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua
Na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés onde Iara mãe d’água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra planeta água… terra planeta água
Terra planeta água”

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