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Indo ao futuro


Eder

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Ano 1999.

Numa das noites no meu quarto das pedras, acordei deitado de bruços no estado vibracional.

Saí normalmente do meu corpo totalmente lúcido depois de toda aquela corrente elétrica, fui até a cozinha, fiquei flutuando na altura do exaustor de gordura, lugar que não dava pra explorar no mundo físico; saí da minha casa, sobrevoei a chácara, fui voando devagar até a chácara do vizinho, vendo os pés de figo lá embaixo, continuei voando até o centro da cidade, onde resolvi descer perto da rodoviária.

E quando eu desci, parei uns 15 metros do chão e fiquei observando a cidade, só que percebi uma loja, com paredes de vidro, que não existia no mundo físico.

Comecei também a perceber que ela não era a única loja, tinha muita coisa diferente, e isso me deixou intrigado.

Pensei em fazer uma experiência: procurar alguém que conseguisse me enxergar estando no mundo físico, e eu ia pedir pra ele ligar pra minha casa pra falar com a minha mãe, e iria dizer coisas pra ele dizer que só ela sabia, pra provar pra ela que o que eu falava era verdade, bem coisa de adolescente de 17 anos.

Felizmente pra minha mãe, não encontrei ninguém, porque pensando bem, ela levaria um grande susto, pensaria que fosse algum bandido.

Depois de procurar no Galeria Vicenza, voltei pra perto de onde eu havia descido, um pouco acima da rodoviária, perto da escada do dentista que cada dia cobrava um dente diferente a mais no orçamento.

Vi então uma outra diferença: a locadora Pop Games tinha um toldo azul escuro no mundo físico, isso eu me lembrava bem, pois sempre ia alugar filmes e ficava embaixo dele esperando a chuva passar. Só que ali naquele momento no mundo astral, não era o toldo que estava lá, e sim uma placa com um desenho de uma seta, algumas coisas escritas e o número 1/2 (meio) bem grande, dessa forma.

Pensei: “vou gravar o número na memória e quando eu acordar virei conferir no mundo físico se é isso mesmo”. Me lembrei de uma experiência que um amigo do Senai me contou uma vez, que ele tinha saído do corpo, viu um número 4 enorme, bem na frente dele na parede, e quando acordou, foi procurar e não achava, até que encontrou um rabisco que alguém tinha feito bem pequenininho na parede com o número 4; ele me disse então que a visão no astral é bem mais ampla e que podemos aproximar também, tipo dar um “zoom”, coisa que eu fui descobrir bem depois.

Então comecei a voar bem devagar, a uns 5 metros de altura pela cidade, olhando e observando cada canto, pra ir comparar quando estivesse no mundo físico.

Mas tudo estava bem diferente. Tinha estacionamentos na frente do Bradesco onde nem existia, eram muros que haviam no mundo físico, um banco chamado HSBC que não existia e muita coisa bem diferente.

Quando estava chegando perto do Bradesco, senti que meu corpo físico estava me puxando de volta. E dessa vez, diferente das outras vezes, eu percebi quando estava voltando bem rápido, olhei meu corpo lá embaixo deitado de bruços, e fui descendo devagar enquanto meu corpo astral ficava na mesma posição do meu corpo físico automaticamente; meu corpo astral se encaixou bem devagar.

Então permaneci imóvel pra recordar de tudo certinho, me levantei da cama e fui tomar café.

Logo pela manhã fui até o centro a pé, pra ver se era aquilo mesmo que eu tinha visto.

Mas quando cheguei lá, no exato momento em que fui verificar a Pop Games, estavam trocando o toldo azul de antes, por outro toldo diferente. Não havia nada daquela placa.

Continuei andando, procurando as coisas, mas a loja de vidros não existia, nem o estacionamento, nem o banco, nem nada. Não tinha nada a ver com o que eu tinha visto no mundo astral.

Voltei pra minha casa, pensando o caminho inteiro, se aquilo tudo não podia ser coisa do meu subconsciente apenas, que o que eu via no astral, podia não ser a realidade. Mas eu sempre sonhava com o futuro e tudo acontecia, mas estando consciente era diferente.

Pensei então que existiam coisas no mundo astral que não existiam no mundo físico, porque eu estava realmente lá numa das viagens astrais mais lúcidas até então.

Esqueci disso tudo, continuei com outras experiências e o tempo passou; a cidade foi mudando pouco a pouco; construíam coisas, depois mudavam, onde era bar virou loja, enfim.

Então no ano de 2007, eu estava andando no centro da cidade, em frente ao HSBC e olhei praquele estacionamento de carros e vi que era exatamente igual ao que tinha visto aquela vez que estava voando no centro da cidade no mundo astral.

Fiquei empolgado e fui andar pela cidade, estava lá, tudo, exatamente o que eu vi; então me lembrei da placa com o número 1/2 e fui até a Pop Games com a respiração meio ofegante, chegando lá havia uma placa escrito assim: “Estacionamento para clientes gratuito por 1/2 hora”, com o número bem grande e uma seta indicando o estacionamento. Olhei pro lado e vi a loja com as paredes de vidro.

Finalmente entendi: eu havia ido 7 anos no futuro.

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